A HENSOLDT fortaleceu sua colaboração de longa data com a Airbus ao garantir um novo contrato para fornecer um Banco de Integração Funcional (FIB) baseado em sua solução ALYSA®. O contrato faz parte do projeto ZEROe, iniciativa da Airbus que busca desenvolver aeronaves movidas a hidrogênio até 2035.

O banco de integração, fornecido pela filial francesa do Grupo HENSOLDT, desempenhará um papel fundamental na validação do sistema de controle e monitoramento do motor a hidrogênio, que será testado na aeronave Airbus A380. Esse sistema é essencial para garantir o desempenho e a segurança dos motores movidos a hidrogênio, tecnologia-chave para a descarbonização do transporte aéreo.

Projetado no site da HENSOLDT Nexeya France em Toulouse, o banco de testes incorporará o núcleo de software em tempo real ALYSA® e diversos módulos de aquisição para conexão com as ECUs protótipos. Desde a fase de concepção, o sistema será utilizado pelo escritório de projetos da Airbus para testar e validar os componentes do sistema de controle e monitoramento, permitindo reduzir riscos técnicos desde as primeiras etapas do projeto, graças a um ambiente avançado de simulação.

À medida que o projeto avança, elementos reais de hardware substituirão os modelos simulados, e o banco de integração desempenhará um papel crucial nos testes de laboratório antes do primeiro voo do demonstrador. O objetivo final é fornecer à Airbus os resultados necessários para obter a certificação de voo do demonstrador de hidrogênio.

A tecnologia ALYSA® é projetada para suporte à integração e validação de sistemas críticos em diversos setores, como aeronáutica, ferrovia e defesa, permitindo testar e validar equipamentos ao longo de todo o seu ciclo de vida.

“Este projeto marca uma nova etapa na colaboração entre a Airbus e a HENSOLDT na França, que já dura mais de 30 anos. Com mais de cinquenta bancos de integração já em operação na Airbus, esse novo contrato confirma a expertise da HENSOLDT Nexeya France e a importância estratégica do software ALYSA® para as inovações aeronáuticas do futuro”, afirmou Aliette Quint, presidente da HENSOLDT Nexeya France.

O banco de integração ALYSA® está previsto para ser entregue à Airbus no site de Saint-Martin-du-Touch em 2025.

FONTE: Hensoldt

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Fernando Vieira

Eu quero ver fazer um vaso de pressão suficientemente forte e seguro para aviões comerciais (nos padrões de segurança que temos hoje) para suportar hidrogênio como combustível.

Só consigo lembrar do Hindenburg.

Sulamericano

Os desafios da transição energética são complexos e significativos.

No caso dos aviões elétricos, o peso elevado das baterias e da durabilidade da carga (autonomia de voo) são os maiores obstáculos.

O hidrogênio, por sua vez, enfrenta dificuldades relacionadas ao armazenamento e à sua natureza altamente inflamável.

Eu acredito que o SAF (Synthetic Aviation Fuel), produzido a partir de hidrogênio e CO₂, seja a alternativa mais promissora, pois permite a utilização da infraestrutura e dos sistemas atuais. O problema é o seu custo de produção extremamente elevado.

Aéreo

Eu também acredito no SAF como a alternativa “menos exorbitante”.  Complementando isso que colocou, o hidrogênio foi durante algum tempo a tecnologia estado da arte da indústria espacial. O Saturno-5 (1967), o Space Shuttle (1981), o Energia (1987), o H-22 (1994) e o Ariane-5 (1996) e Delta-IV (2022)  demonstraram  o desempenho do hidrogênio líquido como combustível. Quando o custo por lançamentos começou a cair, no final da década de 90, primeiro com a Rússia e depois com a China, o hidrogênio líquido passou a ser questionado como a melhor alternativa econômica. Na virada do século a baseline para projetos de… Read more »