Força Aérea dos EUA avança no desenvolvimento de drones colaborativos de combate
Análises e jogos de guerra indicam que a segunda fase do programa de Aeronaves de Combate Colaborativo (Collaborative Combat Aircraft, ou CCA) não deve ser uma aeronave “sofisticada demais” – ou seja, extremamente furtiva e equipada com muitos sensores e armas. Porém, ela deve ter mais capacidades que a Fase 1, e um aumento de custo de 20-30% seria aceitável, afirmou o Secretário da Força Aérea, Frank Kendall, à revista Air & Space Forces Magazine nesta semana.
O programa CCA tem como objetivo desenvolver aeronaves de combate semi-autônomas que voem em formação com aeronaves tripuladas, carregando armas adicionais ou, em versões futuras, operando de forma independente ou em conjunto com outras CCAs em missões de reconhecimento ou ataque. No entanto, as capacidades e o custo desses drones “companheiros” continuam sendo tema de debate entre líderes da Força Aérea e da indústria.
Na Fase 1, Kendall declarou que a Força Aérea busca um custo por unidade que seja uma “fração” do preço de um F-35 tripulado, algo entre US$ 25-30 milhões por aeronave. O trabalho preliminar na Fase 2 já começou, mas os oficiais ainda não definiram claramente as características desejadas para esta nova fase, variando entre uma aeronave mais simples e barata ou uma plataforma sofisticada capaz de penetrar profundamente em espaços aéreos contestados e realizar ataques cinéticos. Segundo Kendall, a Fase 2 definitivamente não deve ser “sofisticada demais”, com o foco permanecendo em “massa acessível” – ou seja, muitas unidades acessíveis capazes de sobrecarregar o adversário.
Apesar disso, Kendall também sinalizou que a Fase 2 provavelmente terá um aumento moderado de custo em relação à Fase 1, justificando que uma diferença de 20-30% seria aceitável dependendo das capacidades distribuídas entre as aeronaves. Ele destacou que, tradicionalmente, caças são equipados com todos os subsistemas necessários para operar sozinhos, mas que no futuro, essas capacidades podem ser distribuídas entre diferentes CCAs e aeronaves tripuladas, criando uma vantagem significativa para os usuários e complicando as defesas inimigas. Ele também enfatizou que o programa CCA representa uma conquista transformadora de sua gestão, destacando o progresso na Fase 1 e as perspectivas de melhoria contínua por meio de iniciativas como o X-62 Vista e o programa VENOM-AFT, que aprimoram a autonomia das aeronaves. A decisão final sobre o design da Fase 2, no entanto, será tomada pela próxima administração.
Anduril? The “Flame of the West”!!
Lembrei a mesma coisa.
Parece que os EUA estão realmente priorizando os drones ao invés de um avião de sexta geração, diferente da China. O sucesso dos drones na Ucrânia e os elevados custos de um caça tripulado, com certeza pesaram.
Talvez não estejam priorizando porque essa matéria diz respeito a um estudo, ou melhor, a segunda fase de um programa que está em desenvolvimento. Aquilo na foto é só um desenho qualquer. Provalvelmente estão alocando recursos de outras areas pra dar continuidade.
Ter um caça de sexta geração é necessário, mas esse tipo de drone é o futuro. Na guerra moderna há dois fatores importantíssimos a serem considerados: custo de produção vs volume. Exemplo claro são os drones ucranianos que são baratos, produzidos aos milhares e que estão fazendo um estrago nas linhas russas. Hoje ninguém ainda tem ideia do quanto esse sistema está “economizando” recursos se fosse comparado a um combate tradicional, homem a homem ou utilizando recursos tradicionais para cumprir uma missão. Se considerarmos somente o fator humano que não é perdido nas linhas de frente a coisa fica bem… Read more »
30 milhões de dólares por um drone ‘simples’… Vai perguntar quanto custa um drone similar na China… Taí uma guerra que os americanos não vão ganhar, a dos custos!
Faz mais de uma década que os americanos produzem MQ-9.
A questão não é a capacidade deles, é o custo…
Ainda está barato. Quando sabemos que a indústria bélica americana está nas mãos da iniciativa privada que dita prazos, regras, especificações, adiamentos e ainda administra um lobby poderoso, chegamos a conclusão que é uma pechincha.
Isso vai ser produzido ás centenas e vai fazer a alegria de muita gente no congresso americano e altas patentes da forças armadas.
Uma das ganhadoras da fase inicial do CCA foi a Anduryl com o Fury. Um dos objetivos dessa empresa é justamente baixar os custos de aquisição de produtos de defesa focando em drones, IA e períodos de desenvolvimento curtos. O fundador, Palmer Luckey, foi o criador do Oculus, empresa que mais tarde foi comprada pelo grupo Meta. Hoje é a start up de defesa que cresce mais rápido nos EUA.
https://www.anduril.com/
Quais são os requisitos desses drones que fazem deles “simples”? Você sabe qual é o motor utilizado por exemplo? Só nisso podemos estar falando de algo na casa dos milhões de dólares. O mesmo vale para radar e equipamento de guerra eletrônica. O fato é que – sem saber as capacidades e tamanho deste drone – dizer que é barato ou caro não faz sentido algum. Adicionar capacidades aumenta o custo final, não tem como fugir disso (e isso vale para qualquer sistema desenvolvido por qualquer país que seja). Não estou dizendo que a China não faria por um valor… Read more »
Como ter certeza que os números de gastos chineses estão corretos?
Depende da proposta de uso da aeronave.
O objetivo desse drone em particular é ser o equivalente a um burro de carga, ou seja, um ala robótico que transportará mísseis e bombas, e cujos comandos de ataque serão designados pelo piloto das aeronaves tripuladas que acompanham em combate.
Tanta tecnologia para a guerra e nao conseguem apagar um incendio numa Cidade? Vou pedir ao Presidente Putin para vos dar uma ajuda
No ano passado houve um incêndio na Sibéria que queimou 5.2 milhões de hectares…
A Rússia não consegue apagar nem um tanque de combustível queimando. 🤣
Fala sério!
Imagino que os russos estejam ocupados demais apagando o fogo nas refinarias de petróleo que toda semana são atingidas no território profundo do país
O governador Newson cortou 101 milhões de dólares do programa de prevenção de incêndio para dar aos socilalistas americanos.
https://www.newsweek.com/gavin-newsom-cut-100m-fire-prevention-budget-before-california-fires-2012980
Sempre dizem que a corrida armamentista chinesa é ” baratinha” mas como saber se esses números são verdadeiros? Os números são eles que divulgam e não existe guerra barata.
Off: https://economia.uol.com.br/colunas/todos-a-bordo/2025/01/11/vazam-fotos-de-novos-avioes-chineses-e-ate-a-bolsa-nos-eua-e-afetada-veja.htm
Pois é, como sempre falta dinheiro pro que realmente importa.