Dezessete anos após o início do projeto e desenvolvimento, a Administração Nacional de Segurança Nuclear (NNSA, na sigla em inglês) anunciou hoje a conclusão do trabalho na ogiva nuclear B61-12. A última unidade de produção da ogiva modernizada foi concluída em 18 de dezembro, cerca de três anos após o início formal da produção da bomba nuclear de gravidade atualizada dos Estados Unidos. Um relatório de outubro de 2024 da agência estimou o custo total do programa em cerca de US$ 9 bilhões.

“Concluir o B61-12 dentro do cronograma é o exemplo mais recente do que temos afirmado há anos: a NNSA está entregando capacidades no ritmo e na escala exigidos por nossos parceiros do Departamento de Defesa e pelos requisitos de dissuasão”, disse a administradora da NNSA, Jill Hruby, no anúncio.

Enquanto o Departamento de Defesa supervisiona os sistemas de entrega de armas nucleares, a modernização das ogivas nucleares é gerida pela NNSA, uma divisão semi-independente do Departamento de Energia. O programa de extensão de vida útil do B61-12 consolidou as variantes mais antigas B61-3, -4, -7 e -10, ao mesmo tempo em que atualizou a tecnologia. Tecnicamente, o B61-12 não é uma nova arma nuclear que aumenta o arsenal, pois as ogivas das bombas mais antigas foram colocadas em novos invólucros.

Em 2020, o F-15E tornou-se o primeiro caça certificado para transportar a ogiva B61-12. Em março, foi relatado que a arma também foi certificada para o F-35A. Segundo o relatório da NNSA de outubro de 2024, a B61-12 também está certificada para uso no B-2, F-16 e nos caças PA-200 Tornado da Força Aérea Alemã. Certificações adicionais estão em andamento para os Tornados da Força Aérea Italiana e para o bombardeiro B-21 da Força Aérea dos EUA.

Com a conclusão da produção do B61-12, a NNSA anunciou que começará a produzir a bomba B61-13. Anunciada em outubro de 2023, a B61-13 será projetada para ter um rendimento mais elevado, com capacidade estimada de explosão de 360 quilotons, representando um grande avanço em relação aos 50 quilotons do B61-12.

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Rodolfo

E pensar que essa bomba torna Alemanha, Bélgica, Holanda, Itália e Turquia em estados com arsenal nuclear também. A próxima deve ser a Polônia.

Camargoer.

Discordo. Nenhum dos países tem autonomia para usar estas bombas. O único país que tem os códigos de ativação são os EUA e apensas o presidente dos EUA (que deus tenha misericórdia dente planeta) pode autorizar o seu uso.

No caso das armas estocadas na Alemanha, a força aérea deles está homologada para fazer o lançamento, uma herança da guerra fria onde a linha entre as duas Alemanhas era considerada a fronteira onde a III Guerra teria início.

Creio que nos outros países, principalmente Turquia, apenas a USAF pode lanças as bombas

mario

Não existe um código para ativar, a presença de bombas nucleares em alguns países europeus é regulada por acordos bilaterais, os Estados Unidos não podem autorizar o lançamento, é uma decisão de ambos os países, e não só os Estados Unidos podem lançar bombas porque trivialmente a aeronave F16 Tornado F35 mencionada acima também pertence às frotas das Forças Aéreas Europeias, como explica o artigo.

Rui Mendes

Isso não é verdade, quem transporta e lança essas bombas, são as próprias forças aéreas desses países e seus pilotos, mas com a autorização dada pela Nato e EUA.

Atirador

A Italia também pode fazer a entrega

JuggerBR

Com todo esse barulho que o Trump está fazendo, não sei se no futuro elas continuarão na Europa, nem se a OTAN permanecerá existindo em caso de uma invasão americana à Groelândia.

Rinaldo Nery

Seria mais provável o velho senil usar essas armas do que o Trump. Não criem narrativas. E Trump vai encerrar o conflito na Ucrânia. O tempo é o senhor da razão.

Dworkin

“Não criem narrativas” disse o _______________________________

EDITADO:
2 – Mantenha o respeito: não ataque outros comentaristas.

Fernando Vieira

Eu também acho que o Trump encerra esse conflito. Fecha a torneira de dinheiro para a Ucrânia e bota os dois na mesa de negociação. Fica o acordo, do Dnipro pra leste é russo, pra oeste ucraniano. Ucrânia fora da OTAN.

Mas tem o outro lado que ele pode imprensar o Putin como fez com o Kim Jon Un. A saber. E os americanos achando que se livraram de um velho senil… Conseguiram arrumar outro.

Heinz

ele não vai encerrar, ele vai entregar a Ucrânia de bandeja para o Putin massacrar

Rui Mendes

Invasão da Gronelândia???
E o pai Natal vai na frente.
O Trump é um covarde, é um imitador do seu verdadeiro mestre, Putin, só que as cópias são falsas, são cópias.

Fernando Vieira

O Trump está em modo bravata. O congresso americano não aprovaria essas aventuras doidas dele. Ele falou um monte de groselha antes de tomar posse no seu primeiro mandato e não fez nada daquilo. Ele está fazendo de novo. Depois da posse ele sossega.

Marcelo

Eles fazem propaganda do seu armamento nuclear atualizado e tem um monte de países burros que assinou o tratado de nao proliferação nuclear !!!

Adriano RA

As grandes potências nos ensinam que tratados assinados foram feitos para serem rasgados. Não valem um tostão furado.

Joao

O mais importante na notícia é: gestão pelo Departamento de Energia.
O que realmente significa? É esse departamento que paga? Não está no orçamento de Defesa?
Esses gatilhos q são importantes de entender na Defesa de outros países.

Leandro Costa

Pequena demais para o Slim Pickens.

carcara_br

pra cada Quilo de bomba 1.000.000 de kg de dinamite. Ainda bem que os americanos são os únicos que constroem essas bombas pra não usarem.

Kleber Peters

Bom, até hoje todos os países que construíram armamento nuclear não o utilizaram, à exceção de um: os EUA.

Leandro Costa

E ainda bem que usaram. Salvaram o Japão.

Alexandre Costa

Que passada de pano descarada.

Leandro Costa

Leia mais História, não apenas sobre o Japão e EUA durante o final da Guerra, mas também sobre os povos sob ocupação Japonesa, e menos superficialidade. Não jogar as bombas teria condenado dezenas de milhões, de diversas etnias além de Japoneses e Americanos, à morte. Procure saber sobre os efeitos não apenas do bombardeio incendiário, mas principalmente sobre a infra-estrutura de transportes japonesa, as condições das colheitas e distribuição de comida, os efeitos do bloqueio naval e isso tudo visto em relação às diretivas estratégicas do Conselho de Guerra Japonês e sua estratégia para terminar a Guerra. Aí faça um… Read more »

Alexandre Costa

Jogasse os EUA duas bombas atômicas a 20km da costa japonesa o recado seria dado e o resultado possivelmente seria o mesmo.

Justificar duas bombas atômicas sobre civis mostra que você lê muito livro de história escrita apenas por um mesmo ponto de vista.

Um pouco de reflexão vai bem.

Imagina se a Alemanha soltasse duas dessas na Inglaterra logo após a batalha de Dunkirk. Teria evitado diversas mortes também. Você vê como é perigoso esse caminho?

Leandro Costa

Não Alexandre. O efeito de algo causado em cima de um centro urbano, seja um tornado, seja um show de luzes, seja uma bomba, jamais vai se comparar a algo que acontece à 20km da costa. Simplesmente não causa o mesmo efeito. E como eu sei que você não leu o que eu falei sobre a reunião após Hiroshima, aonde os Japoneses simplesmente decidem que vão continuar a Guerra mesmo assim, certamente chegariam à essa conclusão ainda mais facilmente após uma ‘demonstração’ à 20km da costa, que ainda colocaria em cheque qualquer disposição séria de se usar essa arma. Isso… Read more »

Rui Mendes

Essas bombas tem 50 kilotons de potência, recorde-se que a bomba que destruiu a cidade de Hiroxima, no Japão, tinha 15 kilotons.
Só o míssil de cruzeiro ASMP-A da França, com mais de 500km de alcance e com velocidade superior a Mach 3, lançado a partir dos Rafales B da força aérea e dos Rafale M da Marine Nationale, tem uma ogiva com 300 kilotons, capaz de destruir uma grande cidade totalmente e sem ter se preocupar com as defesas aéreas.

ChinEs

A China esta a produzir 100 ogivas novas todos os anos (cada reator produz material fissil suficiente para construir 50 bombas nucleares por ano, sendo 2 reatores, o que prefaz 100 ogivas) ,depois de abrir duas centrais dedicadas para aumentar o seu poder nuclear. O CFR-600 (projeto piloto de reator rápido de Xiapu) é um reator nuclear de nêutrons rápidos do tipo piscina resfriada a sódio em construção no Condado de Xiapu, província de Fujian, China, na Ilha Changbiao. É um projeto de demonstração de geração IV da China National Nuclear Corporation (CNNC). A construção começou no final de 2017.… Read more »

Fernando Vieira

Eu adorava as missões no F-22 Lightning III que tinha que usar a B61. Já fui abatido por ela algumas vezes porque ficava voando perto pra ver a explosão. Eram as missões mais legais do jogo.

Filipe Bacelar Rocha

Aposto que já reservaram algumas pra Dinamarca kkkkk.

Marcelo

Não vai precisar,os americanos já possui um base gigantesca na Groelândia (Dinamarca ) com milhares de militares só aguardando a ordem do Trump.
A Dinamarca levou o inimigo para dentro do seu território, agora ela deita e chora !!!

Last edited 8 dias atrás by Marcelo
Rui Mendes

Sim, e o pai Natal vai com o coelhinho da páscoa ao circo.
A Dinamarca está na NATO e na UE para alguma coisa, para não ter que levar com quem quer que seja, como disse a França.

Atirador

E tu achas mesmo que se os americanos resolverem invadir a Groenlândia a Nato vai fazer alguma coisa ? acha mesmo que vão entrar em guerra com os EUA ?