Investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), localizado em São Paulo (SP), foram acionados, nesta quinta-feira (09/01), para realizar a Ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PR-GFS, no município de Ubatuba (SP).

Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação.

Acompanhe a investigação:
Em breve, a ocorrência estará disponível para consulta no Painel SIPAER, por meio do site do CENIPA.

O CENIPA destaca ainda que é por meio da emissão e publicação do Relatório Final que se pronuncia sobre os resultados de suas investigações, conforme disposto no art. 88-H da Lei nº 7.565/1986 (Código Brasileiro de Aeronáutica – CBA).

A conclusão dessa investigação terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes.

O CENIPA tem por objetivo investigar as ocorrências aeronáuticas, de modo a prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram.

VÍDEO: Acidente com a aeronave PR-GFS em Ubatuba (SP)

Sobre o Painel SIPAER:
Desenvolvido pelo CENIPA, o Painel SIPAER é uma plataforma online, atualizada diariamente, que oferece acesso a dados sobre as ocorrências na aviação civil brasileira. Apresenta, ainda, informações em gráficos e tabelas que podem ser modificadas pelos usuários conforme os filtros de pesquisa aplicados. Além disso, possibilita a visualização dos históricos das ocorrências aeronáuticas dos últimos dez anos por meio do menu “Panorama” e consultas às Recomendações de Segurança já emitidas pelo Centro. Os usuários também podem acompanhar o andamento de uma investigação ao digitar a matrícula da aeronave, a data ou o Estado em “Ocorrências”. Para essas e outras informações, visite o Painel SIPAER por meio do site do CENIPA ou clique no link: https://painelsipaer.cenipa.fab.mil.br.

DIVULGAÇÃO: Força Aérea Brasileira

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JuggerBR

Se foi apenas um morto será um milagre, a avenida Iperoig costuma ser muito movimentada, ligação entre as praias e o centro de Ubatuba.

Marcelo Andrade

exato! Se fosse em um dia de sol , a tragedia seria maior!

Willber Rodrigues

Ví essa notícia quando estava saindo de casa.
O que diabos está acontecendo com a aviação de pequeno porte no país?

JuggerBR

Não acho que esteja mais perigosa agora do que já foi antes, ao contrário.
Milhares de pousos e decolagens todos os dias, a taxa de acidentes é extremamente baixa na aviação comercial, um pouco maior na aviação civil.

Willber Rodrigues

Não estou falando de aviação civil de grande porte e de companhias aéreas do tipo Gol ou LATAM, e sim de aviação civil de pequeno porte, como jatinhos particulares ou aviação agrícola.
Recentemente teve aquele jato particular que caiu bem na avenida central de Gramado.
E nos jornais, é frequente notícias de aviões agrícolas caindo.

Fernando Vieira

Só a título de ajuda e para diferenciar direito, os termos:
Aviação comercial: Aviões de carreira, transporte de passageiros e carga como Gol, Latam, Azul, Passaredo…

Aviação geral: qualquer aeronave que seja operada por um particular não realizando transporte regular. Essa aeronave acidentada por exemplo é da aviação geral. Normalmente os jatinhos, monomotores, os pequenos turboélices… Só não ser de uma cia aérea ou de uma força aérea que é aviação geral. Não importa o tamanho da aeronave, tem um sheik que tem um A380 particular, ele também é aviação geral.

Willber Rodrigues

Hum…obrigado pelo esclarecimento.

PS: me lembrei do Sheik que comprou um A380 só pra levar seus falcões de caça…

Santamariense

“Recentemente teve aquele jato particular que caiu bem na avenida central de Gramado.”

Era um turboélice, bimotor.

Luiz

A titulo de curiosidade:

“Brasil registra maior número de mortes em acidentes aéreos dos últimos 11 anosO Brasil encerrará 2024 com uma marca trágica para o setor aéreo”
Fonte:
https://noticias.r7.com/brasil/revista-oeste/brasil-registra-maior-numero-de-mortes-em-acidentes-aereos-dos-ultimos-11-anos-27122024/

Fernando Vieira

Mas esse ano teve um ponto fora da curva que foi um acidente com um avião comercial com perda total da aeronave e das vidas a bordo. Isso distorce a estatística porque estávamos anos sem ter um acidente com uma aeronave comercial. Só naquele acidente foram cerca de 70 mortes.

BlackRiver

Falta de infraestrutura, somada há uma agência incapaz de gerir o que é de sua alçada.
Em resumo, falta de investimentos e jeitinho brasileiro.

Rinaldo Nery

Não é isso não. Mas que falta fiscalização pra essa aviação, isso falta. Não há INSPAC pilotos em número suficiente. Eu fui INSPAC do SERAC 6 (Brasília), à época do DAC. Nessa época, havia milhares de oficiais aviadores INSPAC, e o DAC conseguia fiscalizar todo mundo.

black@gmail.com

Atualmente esse serviço cabe a ANAC pelo que entendi uma vez que agencia foi criada para ser “autônoma, e soberana” teoricamente sem interferência politica.
Um colega comentou que no caso do modelo CJ a ANAC hoje exige simulador para renovar a carteira todo ano, como passageiro em aviões de carreira escuto que o simulador é uma das melhores fermentas para treinar e avaliar pilotos.
Já para a falta de infraestrutura, qual a sugestão?
( ) Fiscalizar, proibir, multar?
( ) Desburocratizar, apoiar, fomentar, investir, construir?

Rinaldo Nery

Sim, todo mundo sabe que cabe à ANAC, que tem funcionários concursados. Os diretores são indicados politicamente. A criação da ANAC foi meio tumultuada, e o DAC não quis repassar tudo o que sabia. A ANAC ficou anos sem a estrutura necessária. Nesse ínterim não houve fiscalização adequada. A infraestrutura de aeroportos não cabe à ANAC. Cabe ao Ministério de Portos e Aeroportos, por meio da INFRAZERO, concessionárias e municípios (alguns aeroportos). No caso de Ubatuba, o piloto deveria ter consultado o manual da aeronave e verificado se o avião dele “cabia” naquela pista, seca e molhada. Não sabemos se… Read more »

BlackRiver

Obrigado pelo feedback, ficou mais claro.

INFRAESTRURA Cabe ao Ministério de Portos e Aeroportos, desse ministério não tem muito oque esperar, eles não fazem questão de investir…
Um problema que eu vejo muito Brasil afora, sempre foram feitas obras aquém da demanda, depois uma emenda aqui outro ali…
E nem é por falta de dinheiro, é por ignorância mesmo… estradas, ferrovias, aeroportos…

LUIS

A infraestrutura aeroportuária era orientada pelo antigo IAC juntamente com os estados através dos Planos Aeroviários! A intervenção política era mínima! Com a extinção do IAC, a infraestrutura ficou a mercê de vontades políticas, sem a mínima justificativa técnica e econômica, haja visto vários “aeroportos” inaugurados nos últimos anos que ainda não possuem vôo regular.

Rinaldo Nery

Exato. Convença alguns aqui que o DAC sempre foi melhor que a ANAC… Depois de Guarulhos, Viracopos, Confins e Galeão nunca mais construíram um grande aeroporto. Exceto o elefante branco de São Gonçalo do Amarante, para valorizar a fazenda do Garibaldi Alves.

LUIS

Minha opinião é que nenhuma das opções é adequada. Não se pode tirar o poder discricionário dos pilotos e não se pode investir em todos os aeródromos públicos brasileiros! Acredito que as ações que promovem a Segurança de Vôo eram mais efetivas no tempo do DAC. A fiscalização responsiva que querem aplicar será ótima para as grandes empresas, mas será que vai funcionar para a aviação geral?

Rinaldo Nery

Já estamos vendo que não está funcionando.

Underground

Aviação Comercial: recebe em reais com custos em dólares.

black@gmail.com

Na verdade…
Qualquer aviação tem custos em dólares, tudo na aviação é atrelado ao dólar.

Antunes 1980

Repórter: “Fulado, é comum caírem tantas aeronaves em tão curto espaço de tempo e de forma estranha?”

Especialista em aviação do YouTube: “Sim, ao meu ver, não tem nada de anormal.”

BlackRiver

O número de mortes no trânsito brasileiro é um dos maiores do mundo e ninguém, fala nada!

Marcelo Andrade

Varou a pista do Aeroporto. Não sei se estava chegando ou saindo!

Rinaldo Nery

Chegando. Bastava ter lido os comentários.

Last edited 7 dias atrás by Rinaldo Nery
Santamariense

Que avião era? Quantos ocupantes? Estava decolando ou pousando?

Rinaldo Nery

Citation CJ. 1 piloto e 4 pax. Pousando.

Santamariense

Muito obrigado.

LUIS

Exato Jugger. Faltou uma análise adequada das condições da pista. A pista possui 940 m sendo que os primeiros 380 fechados para pouso em face dos vários obstáculos (cab 09). Sobrou 560 m. Não conheço a aeronave, mas o manual fala em distância mínima para pouso um pouco mais de 700 m.

juggerbr

Segundo a reportagem, nas condições da pista no momento do acidente, o manual da aeronave indicava algo como 900-1000 metros.

Underground

Isso aí. 560 m de pista, com 700 metros necessários. Se pegar manual, acrescentar passageiros, combustível, talvez precisasse mais.

Chesterton

Ubatuba já é difícil pousar com um piper monomotor por aquela cabeceira que é cheia de obstáculos e geralmente se chega um pouco alto, fora a pista pequena. Com um jato, chega ser um acidente anunciado com um tempo ruim.

LUIS

Mas vamos destacar o que funciona: o trabalho do DECEA ao longo dos últimos 30 anos não deve nada para nenhum país do mundo! AISWEB sempre disponível e acessível! Publicações sempre atualizadas! Se o piloto tivesse consultado o ROTAER, provavelmente teria tomado outra decisão. Tá tudo lá!

Rinaldo Nery

É por aí. Há que se saber se o fez. Ou não.