Pesquisa & Desenvolvimento perdem relevância se não cumprirem prazos, diz Chefe da Força Aérea da Índia
LCA Tejas
O chefe da Força Aérea Indiana (IAF), Marechal do Ar A.P. Singh, afirmou que pesquisa e desenvolvimento (P&D) perdem relevância se não cumprirem prazos. Ele destacou que o caça leve de combate (LCA) da Índia, concebido em 1984, ainda não entregou as primeiras 40 unidades em 2025, refletindo os desafios de atrasos no desenvolvimento e entrega de aeronaves nacionais. Esses comentários foram feitos em meio à crise enfrentada pela IAF, devido à redução da frota de caças e atrasos significativos em programas de produção.
“P&D perde seu propósito quando não atende aos prazos. Tecnologia atrasada é tecnologia negada. Precisamos aceitar os riscos e as falhas inerentes ao P&D. O importante é aprender com esses erros e seguir em frente”, disse Singh durante o 21º seminário Subroto Mukerjee, organizado pelo Centro de Estudos de Poder Aéreo. Ele acrescentou que alcançar a autossuficiência (“Atma Nirbharta”) terá um custo elevado, mas é necessário para garantir a independência tecnológica.
O Marechal do Ar alertou sobre as crescentes preocupações de segurança da Índia, especialmente devido à militarização nas fronteiras ocidentais e do norte, por China e Paquistão. Ele citou o pesado investimento da China em sua força aérea, incluindo o recente lançamento de novos caças furtivos, como um exemplo das ameaças em evolução.
Singh destacou a necessidade de aumentar a capacidade de produção e flexibilizar processos. Ele argumentou que as agências de produção devem investir em tecnologias avançadas de fabricação para acelerar a entrega. Apontando o exemplo do programa LCA, Singh detalhou os atrasos: o projeto foi concebido em 1984, o primeiro voo ocorreu apenas em 2001, e a indução começou 15 anos depois, em 2016. Em 2025, ainda não foram entregues 40 aeronaves. Para resolver isso, ele defendeu a inclusão de empresas privadas para aumentar a concorrência e garantir múltiplas fontes de produção.
No final de dezembro, a China revelou dois novos caças furtivos, aumentando sua frota de aeronaves de quinta geração, enquanto a IAF permanece com 31 esquadrões de caça, abaixo da necessidade ideal. Novas aquisições, como o LCA-MK1A, enfrentam atrasos, enquanto o LCA-MK2 e o caça de quinta geração ainda estão em desenvolvimento.
Singh sublinhou que, para que a Índia se torne uma economia desenvolvida até 2047, o setor aeroespacial será um dos principais pilares. Ele mencionou a importância dada pelo Primeiro-Ministro Narendra Modi aos setores de defesa e aeroespacial, citando o lançamento da fábrica de aeronaves de transporte C-295 como um marco para o programa de autossuficiência.
Listando iniciativas da IAF para promover a produção autóctone e a autossuficiência, Singh destacou o estabelecimento de um Diretório de Design Aeroespacial no quartel-general da Força Aérea para colaborar com empresas privadas e start-ups em tecnologias avançadas. Ele mencionou que os Centros de Tecnologia dos Depósitos de Reparos Base são responsáveis pela produção autóctone de quase 50.000 componentes, em parceria com pequenas e médias empresas, e citou contratos importantes sob o esquema Mehar Baba-I e outras iniciativas.
FONTE: The Hindu
Tapa na cara do Brasil, que não cumpre prazo nem daquilo que já domina. Depois sempre tem aquelas pesquisas académicas de Doutourado: “A relevância dos sapos Coach-Coach na Lagoa de Pereapeba do Oeste e sua influência na cultura dos Xupinambás e nas chuvas no Rio Amazonas”.
Prezado, uma pesquisa em Biologia de baixo custo, como o seu exemplo de observação de uma espécie de sapo na bacia amazônica, não tem absolutamente nada haver com ingerência de recursos nas forças armadas.
Você é pesquisador?
Se eu fosse pesquisador iria mudar a equação? ou é só pra tentar invalidar a critica?
Não, de maneira alguma. É só para te dizer que, no trecho da tua oração: “…não tem absolutamente nada haver com ingerência de recursos nas forças armadas.”, o correto é “a ver”. Nunca, nesse caso, se usa o verbo “haver”. Abraço.
Ia escrever exatamente isso… aqui é uma piada em entregas no prazo de P&D.
Sim mais um especialista em teclado, já publiquei artigos A3 e não é fácil.
KC-390 e A-29 mandam beijos pra você!
A emb não foi vendida porque a Boeing desistiu do negócio. Empresário tem que entender de negócio, no geral se não inovar tende a quebrar. Existem negócios fortemente baseado em tecnologia e outros não baseados em tecnologia. Lembrando que conforme a norma ISO 56000, que a inovação é a realização de um novo valor. Também pode se dizer que é algo que causa um incremento na relação custo benefício.
Quem quis vender uma parte da Embraer foram seus acionistas e não o governo. O governo apenas não vetou (ou autorizou a venda, se preferir).
É a lei de procura e oferta. Se o empresariado brasileiro criar e desenvolver mais empresas que buscam a inovação tecnológica em seus produtos e gerar assim maior procura por cientistas e pesquisadores. Será criada uma demanda maior por tais profissionais e a ”Universidade” terá mais pessoas buscando formação nas ciências e pesquisa aplicadas por estas empresas. Ou seja; a universidade responde ao mercado, se não houver demanda por empregos, por exemplo, na área de ciências exatas e tecnologia, o número de formandos nesta área tende a ser pequeno. E acontece muito que aqueles realmente vocacionados nestas áreas, se formem… Read more »
os caras confundem ciência com negócios . Ciência , como disse et bilu, buscar acumular conhecimento, já negócios visam acumular dinheiro para alguns.
Na ciência hipóteses são validadas ou inválidas. O modo de falha me parece ser estabelecer hipóteses que não façam sentido ou que não almejam a busca
pela oportunidades de incremento em alguma relação de custo/benefício, independente de sua natureza.
Trabalha com R&D correto ?…… Não precisa se ofender….Projetos na área de defesa, mesmo com altos custos e complexidade…precisam ter prazo…artigo publicado não vai dissuadir ninguém.
Mas através de um artigo explicando o haddop que inovou e desenvolveu o big data. Conceitos de spark, map redução etc…
A Nvidia a dois anos lançou um artigo sobre geração de imagens via IA usando CNN, agora lançou um artigo sobre Cosmos que é robotica IA, sendo open source
Tem pesquisa inútil, já foz dois mestrados um em engenharia de mareirias e até livro publiquei. Depois fiz um em ciência da computação no qual publiquei artigo qualys a3, voltado para simular epidemias. Ambos os mesteados trabalhando e sem bolsa.
Vc é um cara recalcado, não conseguiu nenhum título acadêmico e nem é coach de nada.
Coach? Sério que tu meteu essa?? Meu Deus …
Quem mais produz ciência e deposita patentes hoje é a academia chinesa de ciências, já foi os EUA. Me parece que a orientação política não determina uma relação de causa efeito para um país ser eficiente em sua ciência.
e Lá é uma ditadura
Me parece um mal uso do dinheiro público. O que diz o TCU sobre isso?
E aind aganham ajuda financeira para pesquisa assim, na China do Deng esses tipos de gastos fora quase nulos, pois precisavam meodernizar o país
Eu sou a favor das pesquisas, desde que sejam feita dinheiro privado, não com dinheiro publico
Prefiro que o governo pague pesquisa na área da química, siderurgia, fisica quantica, medicina, eletrônica, que vai ajudar o país se desenvolver mais rápido, esse tipo deixa pros gringos pq eles tem dinheiro para torrar
É bastante evidente que a ciência brasileira, a despeito da enorme quantidade de universidades e institutos de pesquisas públicos, é bastante ineficiente quando se verifica que até hoje não conseguiu desenvolver uma vacina eficaz contra COVID, mesmo depois de cinco anos que as primeiras vacinas foram criadas. Na área de humanas, em especial no Ocidente, o que se vê são pessoas com mestrado e doutorado mas que não produzem nada de relevante, muito menos conhecimento, e acabam vivendo de ajuda estatal ou de empregos para pessoas de menor escolaridade. O Brasil ainda absorve sociólogos e filósofos porque deram um jeito… Read more »
Pois é, o Brasil teve períodos democráticos por bem mais de 40 anos.
1894-1930
1946-1964
1988-presente.
A não ser que o conceito de autoritário dele não seja o oposto a democrático. Aí ele poderia considerar períodos democráticos como autoritários, mas daí seria uma classificação “ao gosto do freguês”.
De 88 em diante não vivemos em uma democracia e sim uma cleptocracia,me aponte um só politico da decada de oitenta que não ficou milionario atraves da politica!
Remunerações de políticos são elevadas. Não precisa “roubar”, basta ter um pouco de conhecimento financeiro e poupar uma parte para se tornar milionário. Um político carreirista que não seja milionário é incompetente.
* Ahem *
Eu sou de humanas heheheheh
E reitero o que eu disse.
E falando dentro do contexto militar e geopolítico deste site; ciências humanas, como antropologia, sociologia, psicologia e outras…são amplamente aplicadas em ”revoluções coloridas”.
Certamente agencias como a CIA
e o Mossad as incluem entre suas ferramentas.
Com humanas como base, constroem métodos para gerar agitações e pré-disposições nos países alvos e mesmo como parte da guerras entre países, sejam guerras econômicas, por influencia ou mesmo bélicas, como forma de sabotagem ao quebrar/enfraquecer a vontade interna do país adversário.
Por isto é perigoso deixar correrem soltos comentários tipo; depreciando o Brasil e propondo a entrega da Amazônia…
Sim. Eu encerrei meu debate com ele, conforme coloquei no último parágrafo do meu último comentário.
E tem gente torcendo por essa joça aí!!! Rsrs
Até nisso a Índia é bagunçada, vão ter que remar muito ainda para chegar no nível dos chineses.
Um absurdo um programa que começou em 1984 ainda não ter entregado as aeronaves propostas. Isso ai é projeto nível MB
A Índia e bagunçada. O Brasil é pior.
O que o Brasil tem de pior, a Índia é pior ainda. E isso se relaciona com basicamente tudo.
O problema do Brasil é a corrupção generalizada na política.
Talvez neste caso, antes de desenvolver tecnologia fosse melhor começar integrando tecnologia.
E pensar que em 1984 era entregue a 1º unidade do AMX-A1.
Sempre penso onde estaríamos hoje se o Brasil tivesse seguido no rumo certo.
Mas o “SE” não serve de nada. Se eu tivesse acertado nos 6 números da Mega-Sena da virada, eu seria milionário.
1989*
Obrigado pela correção. Em 1984 foi o vôo do primeiro protótipo.
Na Itália. No Brasil foi em 1985.
““P&D perde seu propósito quando não atende aos prazos. Tecnologia atrasada é tecnologia negada.”
MSS, ALAC, MANSUP e MAR-1 que o digam…
Uma das melhores críticas que vi nos últimos tempos. O cidadão foi absolutamente assertivo em poucas palavras. A Índia estaria muito melhor servida se estivessem construindo no País centenas e mais centenas de Gripens. Absorvendo uma boa tecnologia que pode ser empregada como base de desenvolvimento para os próximos 40 anos. Com a vizinhança que tem a Índia não pode ficar perdendo tempo
40 anos pra fazer um ATGM e, quando finalmente ficar “pronto”, já nascer totalmente obsoleto é simplesmente inadmissível.
Em 40 anos Índia e Turquia criaram toda uma família de ATGM’s, sejam do tipo disparados por veículos, helis ou por infantaria, e desde então fazem versões melhores e com maior alcance.
Enquanto isso, levamos o mesmo tempo pra finalmente “dar a luz” um ATGM que parece um Malyutka.
É inadmissível.
Fazemos aviões
Tudo o que eu li indica que projetamos a carcaça e integramos sistemas. O motor, computador de bordo, radares, sensores, etc é quase tudo importado.
A Boeing e Airbus também não fazem motores, computador de bordo, radares, sensores…..
O problema do Brasil, não é necessariamente técnico…o problema é realmente orçamentário e de desenvolvimento de continuidade….quando quer…ele faz…quando o dinheiro fica pingando a conta gotas….o resultado é a conta gotas… Veja a metodologia americana pós guerra…o Governo destinava uma verba para cada empresa criar um protótipo, construir um protótipo, onde as forças Armadas iriam avaliar o melhor é não raro, optava até por dois deles com encomendas….ou seja…a pesquisa é o protótipo de cada empresa era realizado com dinheiro público… As vezes, os perdedores apesar de não classificados, ganhavam subempreitada de uma fração na industrialização de componentes do modelo… Read more »
Sim.
Coloca desorganização do sub nuclear
..não sei antes de 2050 se sair
Sub-nuclear em “quase” dou uma colher de chá, porque estamos fazendo-o sozinhos, embora eu também concorde que ele está se arrastando a tempo demais.
Mas 40 anos pra um ATGM, aí não, aí não dá pra justificar isso…
Desenvolvido em 1984… Há 41 anos atrás… É como um F-5, que foi convertido como um “Mike”. Uma aeronave obsoleta com alguma capacidade de combate em certas condições.
Uma das diferenças pode estar aqui, na China há duas empresas principais que fabricam aeronaves e competem para o PLA: Chengdu (CAC) e Shenyang (SAC), as duas sendo filiais da holding AVIC.
isso era pra ser o comum ( MiG x Sukhoi, Lockheed Martin X Northrop Grumman)
Os indianos precisam conversar com os brasileiros para aprenderem sobre como não perder uma oportunidade de perder uma oportunidade.
Nisso, somos campeões.
Olha o Caramelovirus….rzrzr
Caramelo para mim é um herói nacional , quem dera nossos lideres tivessem virtudes como os cães.
A nota de 200 deveria ter sido o caramelo e não o lobo guará.
au au!!!
Rzrzrzrz
O Tejas é um projeto marcado por atrasos e problemas em seu desenvolvimento, tendo diversos outros vetores em operação eles podem esperar , já a FAB precisa de algo pronto , F-5s e A-1s saindo de operação e uma pequena frota de F-39 não tem a mesma situação da FA da India .
Essa frase é top!
Vale o mesmo para o Brasil !
Os atrasos de m desenvolvimento técnico militar da Índia, dado aos valores que gasta com armamento importado, são negócios formidáveis para os EUA, Europa e Rússia.
Será que ninguém nos gabinetes deles , leva alguma coisinha para atrasar os projetos deles.
Nunca atribua à malícia aquilo que pode ser adequadamente explicado pela incompetência
Eu me pergunto se o Tejas é melhor que o F-5…
Se a resposta for sim, tem uma melhor, qual F5?
A Índia tem feitos notáveis em seu programa espacial. Mas em se tratando de construção aeronáutica é um país atrasado, haja vista a quantidade de dinheiro que investe em suas forças armadas. Quais as causas disso? Difícil opinar de tão longe da realidade deles. Mas provavelmente deve caminhar para má questão, corporativismos, corrupção, as mesmas causas do nosso atraso por essas bandas de cá.
E ainda falam dede caça para o Brasil? Espero que não passe da fase de conversas.
De P&D os indianos entendem, tiveram trinta anos de pesquisa para chegar a versão final do Tejas…
Mestre Madureira, acho que a maioria aqui erra em muito na avaliação do Tejas. Ele foi um produto focado em desenvolver tecnologia….o projeto em si sempre foi o de fazer um protótipo tecnológico 100% indiano Ser um protótipo tecnológico indiano 100% nacional é totalmente diferente de ter um produto de produção massiva e comercializável. Então, do lado tecnológico é um sucesso, mesmo com algumas metas batendo na trave. Mas como comercial…é caro e defasado…..natural como qualquer empreitada em sua origem e nascimento. Eles erraram feio em não ter embarcado no gripen em 2008….se o casamento fosse feito, já estariam com… Read more »
Você acha que o Tejas na FAB seria um “Marea voador” ou poderia ter uma passagem boa e ser uma aquisição satisfatória ?
É da vida….o Tejas é um caça verticalizada na Índia….apesar do motor e o radar de fora….é caro para sua categoria….
Um caça similar, caro por ter tecnologia própria e verticalizada nacionalmente, é o Rafale…por isto que o francês é caro de aquisição e manutenção….
Mas, Rafale é Rafale….e Tejas é Tejas….
Encrenca…e encrenca não estabilizada…pois ao contrário do que pensam….a Saab não desistiu do Gripen na Índia….e se acaso o Gripen entrar lá….f8m da linha para o Tejas MK1 e MK2
E o Brasil querendo entrar nessa furada adquirindo aviões da india!
Foto legal, apesar de não gostar desse caça
A Índia tem bons programas, mas um dos problemas é a forma como são conduzidos e isso se reflete nos prazos e também é claro em outras questões que juntando dão no que dão.
Mas isso faz parte de ao menos uma tentativa de diminuir a dependência externa, e estão conseguindo mesmo com muito jogando contra. No caso específico do LCA Tejas já são quatro décadas e contando, muito se evoluíu até o momento mas ainda falta até chegarem a uma definição final e enfim escalarem a produção.
Vai acontecer porém vai demorar um pouco mais.