FAB conclui extração de dados de gravadores de voo de E190 acidentado no Cazaquistão
A Força Aérea Brasileira (FAB) informa que, no último sábado (04/01), foram concluídos os trabalhos de extração, aquisição e validação dos dados contidos nos dois gravadores de voo (Cockpit Voice and Flight Data Recorder – CVFDR) da aeronave Embraer 190, matrícula 4K-AZ65, no Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (LABDATA) do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), em Brasília (DF).
Após as atividades, todos os dados foram entregues à Autoridade de Investigação do Cazaquistão, agência responsável pela análise e investigação do acidente em pauta, conforme os protocolos internacionais de investigação de acidentes aeronáuticos.
A aeronave esteve envolvida em um acidente ocorrido no dia 25 de dezembro de 2024, próximo à cidade de Aktau, no Cazaquistão.
Esse trabalho foi realizado em conjunto com a Aviation Accident and Incident Investigation – Department of the Ministry of Transport of the Republic of Kazakhstan. Essa cooperação reflete o compromisso do Governo brasileiro, por intermédio do Ministério da Defesa e da Força Aérea Brasileira, com a promoção da segurança na aviação.
Análises e Conclusões
As análises dos dados extraídos dos gravadores de voo e as informações a serem divulgadas no Relatório Final dessa investigação são de exclusiva responsabilidade da Autoridade de Investigação do Cazaquistão, conforme o Anexo 13 à Convenção sobre Aviação Civil Internacional.
DIVULGAÇÃO: Força Aérea Brasileira
A participação do CENiPA era só de extrair os dados?
O Cenipa fez apenas a extração dos dados entregando-os à Agência Casa que é responsável pelas investigações.
Acidentaram ele hehehe
Correção: Agência Cazaque
Como nação fabricante da aeronave, o CENIPA também é convidado para integrar as investigações, embora não seja ele o responsável pelo relatório final que fica a cargo da autoridade aeronáutica cazaque. No “acidente” com o Legacy 600 em 2023 que vitimou Yevgeny Prigozhin, o governo russo não convidou o CENIPA para a investigação. Pode ocorrer em alguns casos divergências entre o que um órgão convidado (como foi o BEA no acidente do TAM 3054) e a autoridade responsável. Nesse caso é facultado ao final do relatório expor eventuais pontos de divergências com o órgão oficial de investigação. No caso do… Read more »
O termo “acidentado” me pegou. No mais, infelizmente não foi o primeiro e nem vai ser o último avião cívil vítima de escaramuças ou guerras mesmo. O que não falta são exemplos, os EUA abateu um avião iraniano, os iranianos já abateram um lá dentro mesmo, os soviéticos derrubaram um Sul Coreano e por aí vai a lista. Espero que pelo menos esse último gere (mais) um protocolo para evitar esse tipo de “erro”.
Imagino as falas da tripulação, tentando o impossível, e sem ajuda, aparentemente, do controle de voo russo, já que teve o pouso de emergência negado. Desespero.
A CENIPA sempre faz um bom trabalho, e é bom ver que podemos contribuir em alto nível em investigações de acidentes aéreos em outros países!
O CENIPA. O Centro.
Não sei se funciona assim então corrijam para eu aprender. Qdo o operador do radar plota um alvo na tela a informações de velocidade e altitude não são apresentadas ? O perfil de voo de um drone não apresentaria diferença em relação ao perfil de voo de uma aeronave qualquer ? Pior, o perfil de voo de uma aeronave de ataque não apresenta perfil de voo diferente de uma aeronave de passageiros ?
Saudações.
Apresenta, e também o código transponder, coisa que o drone não possui. Se estiverem voando reto e nivelados, o perfil é semelhante. Exceto pela diferença de velocidade.
Então Nery, com todas essas informações (e ainda o transponder) os caras “confundiram” e largaram o aço ?!?
Das duas uma, ou foi falta de treinamento (não digo nem profissionalismo pq um profissional da guerra (militar) não se permitiria tamanha falha) ou os caras deduziram que de onde vinha não teria condições de retaliar e “…e andaram” a ponto de negar o pouso de uma aeronave declarada em emergência.
Difícil.
Saudações.
Concordo. Tem que ver como são os procedimentos russos, e o que o equipamento apresenta de informações.
Duvido que algum descubramos o que aconteceu, se o equipamento russo consegue ler o código transponder e passar pro operador, e se isso foi entendido pela cadeia de comando naquele momento.
Bem, qualquer sistema antiaéreo deve ter um bom receptor IFF. É o mínimo para evitar o fraticídio.
E o sistema dos caras que interfere no sinal dos drones? Pode ter atrapalhado a transmissão do transponder? Lembrando que o sinal de GPS não estava confiável.
Não tem nada a ver uma coisa com a outra. São frequências e bandas bem diferentes.
Os sistemas IFF russos significam Is Foe, Fire!
Excelente pergunta.
Provavelmente alguém deve jogar sujo e disfarçar os drones através de aeronaves civis.
Sobre o Ceripa IV em São Paulo que atuou no acidente da Passaredo em Vinhedo,ela é uma subsidiária do Cenipa? Fazendo a pergunta aproveitando esse assunto envolvendo o Cenipa.
É uma unidade regional que integra o CENIPA. Salvo engano, são sete serviços regionais que integram o CENIPA.
SERIPA. Serviço Regional
Entendi,mas a sua atuação seria como uma perícia prévia e auxílio até os investigadores do Cenipa nacional chegarem?