Comac intensifica produção para atender à alta demanda do C919 em 2025
Após um ano de sucesso, a fabricante líder de aeronaves da China, Comac, prepara-se para um 2025 ainda mais intenso. A empresa está ampliando sua capacidade de produção para atender à crescente demanda por seus aviões, especialmente o C919, um modelo narrowbody. Para isso, anunciou novos projetos para aumentar a produção em sua base em Xangai, onde a expansão das instalações é considerada essencial diante do grande volume de pedidos.
Com um backlog significativo, a Comac destacou a necessidade de novas linhas de produção em Xangai. Em outubro, a empresa renovou acordos com autoridades locais para transformar a cidade em um importante polo aeronáutico, comparável a Everett, nos EUA, e Toulouse, na França, centros de operações de Boeing e Airbus. Esses projetos envolvem um investimento total de 26 bilhões de yuans (US$ 3,56 bilhões), refletindo a ambição de colocar Xangai no mapa global da indústria.
A expansão busca responder ao desafio de acelerar a produção do C919, enquanto a Comac já emprega mais de 10 mil pessoas, incluindo 5.300 trabalhadores qualificados e 3.000 técnicos. A liderança da empresa enfatiza a urgência de atender às expectativas do mercado, aumentando a produção e diversificando os modelos para suprir as necessidades de várias companhias aéreas. A capacidade de adaptação será essencial para lidar com a demanda crescente.
Até o momento, apenas 15 unidades do C919 foram entregues, sendo a mais recente à Air China. Contudo, ainda há 365 pedidos pendentes, com entregas previstas para se estender até o início da década de 2030. Em 2024, a empresa deve alcançar um recorde, entregando 13 aeronaves, incluindo uma unidade à China Eastern Airlines, o que demonstra que o ritmo de produção está ganhando força.
A Comac também trabalha para certificar o C919 no mercado internacional, o que representa um passo importante para consolidar sua presença global. Apesar de ser celebrado como um marco da manufatura chinesa, o modelo ainda depende de fornecedores ocidentais para componentes críticos, como motores, aviônicos e trens de pouso, algo que continua a desafiar os esforços da empresa por maior autossuficiência.
Além disso, a indústria aeronáutica enfrenta dificuldades nas cadeias de suprimentos. A Associação Internacional de Transporte Aéreo alertou para a escassez de peças e o aumento de custos, problemas que devem se intensificar em 2025 e que representam desafios significativos para todos os fabricantes, incluindo a Comac. Navegar por esses obstáculos será crucial para manter o ritmo de produção planejado.
Apesar dos desafios, a Comac aposta em sua expansão e na intensificação da produção para atender à demanda crescente e consolidar o C919 no mercado global. A cooperação com parceiros da cadeia produtiva será fundamental para superar os entraves e fortalecer sua posição como uma concorrente à altura de Boeing e Airbus, reafirmando seu compromisso com a inovação e a excelência na indústria aeronáutica.
O volume de produção depende da perspetiva…
Como se compara com a concorrência? Airbus e Boeing?
Não se compara, Airbus e Boeing já tem amplas estruturas para a fabricação de suas aeronaves, a Comacainda esta implementando e isso leva tempo. A partir do momento que a estrutura como um todo estiver pronta e a cadeia de suprimentos normalizada a produção tente a aumentar.
Outro ponto importante, a Comac não precisa de uma comparação em números de exemplares produzidos como a Airbus/Boeing, como a sua demanda é até o momento interna esta pode ir aumentando de maneira gradativa atendendo os pedidos da companhias chinesas.
E tudo o que escreveu não está no artigo…
Será que alguém, somente ao ler este artigo e sem saber os números, percebe que não dá para comparar?
Ou poderão pensar que a COMAC já produz quase tanto como cada um dos seus concorrentes?
Imagina alguém pensar que alguma empresa chinesa conquistou determinado nicho de mercado antes dominado pela Europa e EUA?
Temos que impedir isso amigo lusitano. Como ousam escrever matérias a esse respeito?
Cabe ao amigo uma interpretação de texto, o que apontei é que não é necessária uma comparação com Airbus/Boeing, são caminhos distintos.
Mas ao mesmo tempo o meu ponto é baseado em leituras que vão além desta, e com isso consigo emitir uma opinião, mas se não te agrada paciência.
Boeing andou prometendo 450 737 e Airbus andou produzindo 550 A320 por ano.
Números bem longe do alcance chines… Mas ao mesmo tempo, um mercado gigante… Onde 10% dele ja seria motivo pra festa, imagino.
Embraer bem que poderia fazer o seu e dar o primeiro passo pra ser a 3a gigante da aviação. Olha o KC-390… Ninguém imaginava que iria tão longe.
Sim a Embraer poderia dar este salto (já deveria ter feito mas..) mas os dinossauros na gestão da empresa estavam resistentes, aparentemente agora as coisas estão mudando um pouco.
Seria o momento certo dadas as questões de Airbus e Boeing cada uma com o seu dilema. Com isso a Embraer tem a oportunidade de adentrar este novo nicho,mantendo o regional como sempre mas ampliando o portfólio.
Creio que não há amadores na gestão da terceira fabricante do mundo. Tampouco dinossauros. Se fosse viável, já o teriam feito.
Bom essa é a minha opinião como colaborador, e de bastidores é o que a ampla maioria acredita.
Agora com as mudanças que estão para acontecer quem sabe as coisas mudem, ainda somos a terceira maior fabricante de aeronaves comerciais mas até quando? Essa é uma conversa que nem todos estão dispostos a ter, afinal perder este lugar pode ferir o ego de muitos.
As entregas não chegam nem a uma centena por ano, mas cada qual com suas certezas.
Lembrando que a Bombardier quase faliu querendo bater de frente com Boeing e Airbus com o programa do C-Series. A Embraer não quis arriscar. Outra coisa, a Embraer não tinha bola de cristal pra prevê que aconteceria com o 737MAX
Eu penso que a gestão da Embraer cometeu um erro, lá atrás, ao decidir pelos E2, ao invés de apostar em projetos de modelos maiores . Na época, lembro que o CEO, ao ser questionado por jornalistas, disse que o mercado de jatos maiores estava muito bem atendido pelos 2 incumbentes, e que seria inviável um novo player tentar quebrar este duopólio (isto, obviamente, foi antes da crise do Max).
Uma empresa que provavelmente no futuro(suposição ) será alvo de sanções dos EUA.
Por isso estão investindo em paralelo com uma versão nacional do C919, vamos ver em quanto tempo por exemplo o motor CJ1000A vai estar pronto para testes e afins. Diminuir a dependência externa é um dos caminhos que estão sendo seguidos neste momento, similar ao que acontece com o MC-21 russo.
Não duvido eles estarem em SJC garimpando mão de obra qualificada em breve.
Pineu Michelan que consta no infográfico é francês não estadunidense. Michelin é uma empresa multinacional francesa fabricante de pneus com sede em Clermont-Ferrand, na região de Auvergne-Rhône-Alpes, na França.
https://www.ustires.org/about-us/our-members/michelin-north-america-inc
Tem tudo para ser bem sucedido no mercado da euro-ásia e áfrica.
Vai precisar abrir um centro de apoio e manutenção fora da China (Europa, pelo menos), se quiser ter sucesso nas vendas.
Na escassez de aviões que vivemos acho que logo farão isso.
Airbus com entregas só depois de 2035 na família a320neo, a Boeing atrasada com os MAX, A220 e E2 tbm com listas de entregas ficando longas.
Sem falar na falta de peças para manter a frota em uso.
A Azul vai receber um 195-E2 novo para canibalizar…
Caro Tutu. Acredito que hoje estamos vivendo um dilema, a Airbus com um grande volume de encomendas da família A320NEO, e os pedidos não param de chegar. Ainda tem o A220 que teve um 2024 mediano quanto a encomendas mas este ano deve ultrapassar a milésima aeronave contratada, sinal que vem atendendo bem as expectativas do mercado. Depois temos uma Boeing ainda certificando duas versãoes do 737 MAX (7/10),estas que atrasado é pouco e que vem causando desistências e multas para a fabricante dos EUA. E isso sem contar todos os problemas que ainda envolvem este programa. Já quanto a… Read more »
Cara, já era pro ocidente, principalmente a EUR não há como competir com a China, perceba que ela já tá enterrando a indústria automobilística a combustão com carros elétricos, já superou a indústria naval americana , já foi no espaço, já construiu um ótimo avião o começo, já detém todas as tecnologia que o mundo nem sonha…e tudo bom é barato
China será para o mundo nas próximas sete décadas o que os Estados Unidos e a Europa foram nas últimas sete ou 8 décadas…
Me admira que os EUA 🇺🇸
Ainda não levaram as máquinas holandesa de litografia que estão em Taiwan 🇹🇼 para os EUA 🇺🇸, talvez seja por que já sabem que não tem como vencer a China 🇨🇳 nessa guerra moderna que não envolve pólvora, chumbo e baionetas.
O maior responsável de todo esse expansionismo chinês partiu desde mundo nesta semana…
As máquinas são só parte do segredo. Mas a maquina que fabrica essas maquinas está na holanda mesmo.
Cada vez que leio algo a respeito sobre essas máquinas fico espantado como avançado o homem conseguiu chegar no setor de tecnologia. A máquina mais avançada fabricada é a da ASML É um domínio tecnológico difícil de outra empresa alcançar o nível dessa empresa.
Se os States ja eram e a China é isso tudo que dizem por quê então ninguem quer imigrar para lá????
Quanto tempo durou o processo de desenvolvimento e certificaçao desse modelo Chinês, pela sua autoridade aeronáutica?
Autoridades americanos (FAA), europeia (EASA) ou brasileira (ANAC) terão livre acesso à todas as documentações que rastreiam e evidenciam a segurança, desde o desenvolvimento, processos de fabricaçao dos protótipos, seus ensaios e testes no solo e em voos, etc etc etc para que esse modelo receba as respectivas certificações dessas autoridades aeronauticas?
Se não tiverem a certificação não é concedida. Simples assim.
Autoridade é …. autoridade. Ou atende suas exigências, …. ou nada acontece. Entendeu°? 🙂
A Embraer está perdendo o Bonde em não desenvolver uma família maior, está mais que provado que a demanda por novos aviões de corredor único até 220 passageiros vai durar por décadas ainda mais com a decadência da Boeing.
Ué, se você tiver alguns bilhões de dólares aí sobrando, liga para a Embraer e fala que quer investir nisso, mas avisa que você assume todo o risco.
Lei do mercado amigo, se a Embraer não fizer isso em alguns anos estará fora do mercado com o domínio dos chineses.
Lei do mercado, amigo. Se não tem grana sobrando para investir em algo novo em que a competição é consolidada e forte, você precisa de um investidor externo com disposição para assumir os riscos, o que nos leva de novo a: Se você tiver alguns bilhões de dólares aí sobrando, liga para a Embraer e fala que quer investir nisso e assume os riscos.