A importância dos voos ISR em áreas de conflito: O Caso da Ucrânia
Os voos de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISR, na sigla em inglês) têm desempenhado um papel estratégico essencial em conflitos modernos, especialmente em cenários como a guerra na Ucrânia. Com a evolução tecnológica e a necessidade crescente de informações em tempo real para decisões táticas e estratégicas, as operações ISR tornaram-se um elemento central na guerra contemporânea.
No caso da Ucrânia, o uso de aeronaves ISR por países ocidentais, como os Estados Unidos e seus aliados da OTAN, tem sido crucial para monitorar os movimentos das forças russas e fornecer dados precisos às forças ucranianas. Aeronaves como o RQ-4 Global Hawk, MQ-9 Reaper e aeronaves tripuladas como o RC-135 Rivet Joint têm sobrevoado regularmente o espaço aéreo adjacente ao conflito, coletando sinais de comunicações inimigas e rastreando movimentações de tropas e equipamentos militares.
A utilidade desses voos vai além da coleta de dados de combate. Eles permitem que os comandantes ucranianos compreendam melhor o campo de batalha, identifiquem alvos prioritários e antecipem possíveis ofensivas russas. Além disso, as operações ISR são essenciais para avaliar os danos causados por ataques anteriores e medir a eficácia de campanhas militares. Esses dados ajudam a Ucrânia a otimizar seus recursos limitados, mantendo a resistência contra um adversário tecnologicamente superior.
Voos ISR próximos ao Mar Negro, em novembro de 2024
Outra característica importante dos voos ISR é sua capacidade de operar em áreas próximas a conflitos sem violar diretamente o espaço aéreo do inimigo, reduzindo o risco de confrontos diretos. As operações realizadas sobre o Mar Negro ou sobre os países vizinhos, como Polônia e Romênia, são exemplos de como as aeronaves ISR fornecem suporte estratégico sem infringir as fronteiras de combate.
Por outro lado, as operações ISR em áreas de conflito também enfrentam desafios significativos. Os sistemas de defesa aérea avançados, como os russos S-400, representam uma ameaça para aeronaves tripuladas e não tripuladas e o ambiente de guerra eletrônica na Ucrânia é altamente contestado, o que pode dificultar a coleta de sinais ou comprometer a comunicação segura com essas aeronaves.
Existe alguma aeronave tripulada planejada pro lugar do Rc-135? Já estão em serviço há 60 anos…
Todo ataque bem sucedida da Ucrânia foi coordenado por esses aviões.
A Rússia só pode olhar,não há nada a ser feito,nem sei se é possível interferência eletrônica, são muitos drones e aviões com rotas diferentes.
Pegando o gancho do seu comentário, há limites para o reconhecimento remoto por aeronaves “normais”, que é o horizonte radar numa dada altitude. A 10.000 metros é algo como um pouco mais de 300 km dentro do território observado se a aeronave estiver sobrevoando a fronteira. Uma aeronave de reconhecimento de grande altitude (ex: U-2) teria um alcance de uns 600 km. Geralmente esse tipo de aeronave utiliza o radar de abertura sintética ou sensores de RF passivos. Mais profundo em território inimigo só se for com satélite ou ISR “penetrante” (geralmente com drones ou aeronaves stealths). Os satélites têm… Read more »
Para reconhecimento eletrônico ainda necessitamos das aeronaves/drones. Para reconhecimento por imagens a melhor solução é o satélite.
E para isso, com a tecnologia já disponível, só dependemos do número de satélites.
Com satélites o suficiente é possível monitorar a superfície terrestre em tempo real
Um pena que nossos aviões para esse fim são poucos.
5 E-99, 3 R-99, 6 P-3M e alguns P-95M.
Mencionado o P3 e recentemente o “projeto P(KC)-390, em cuja leitura, pressupõem-se um patrulheiro de superfície, em vossa opinião como ficaria o anti submarino, aparentando não ter-se ( menção) do MAGE e sonoboias, quem faria a missão?
A MB deve cumprir essa missão. Hoje há drones com capacidade AS.
Acrescenta aí o F35 que foi usado pelos americanos para localizar defesas anti aereas russas na Ucrania de acordo com o min de defesa de Singapura, um dos países membros do programa F35… minuto 20 do vídeo.
https://www.channelnewsasia.com/watch/committee-supply-2024-debate-day-1-ng-eng-hen-new-fighter-jets-and-defence-spending-4156591
Singapura não é membro do programa F-35, tem F-35’s, só.
Não recebe royalties pela venda dos F-35, como os membros do programa.
Singapore is a security cooperative participant (SCP) in the F-35 program, along with Israel.
In 2019, the Republic of Singapore selected the F-35 as its next generation fighter jet, and in 2020 the United States government approved the sale of the F-35B to Singapore. Singapore has been a part of the F-35 program since 2003 when it joined as a Security Cooperation Participant.
https://www.f35.com/f35/global-enterprise/singapore.html
Então…depois dizem que a Rússia é irremediavelmente incompetente em liquidar com o conflito…
A Rússia é sim incompetente por não prever as implicações do conflito.
Mas se a Ucrânia estivesse por sua própria conta, penso que o açougue já teria fechado às portas.
Vamos ver o que o Brasil vai aprender com esse conflito.
Durante a guerra das Falklands, a nossa MB viu que estava años luz da realidade da guerra moderna e melhorou em muitos aspectos..
Sgt Moreno
E a Rússia, se não estivesse a ser ajudada com material militar e soldados, também já acenava bandeira branca.
Só ressaltando que no ISR a relevância “também” são pelas comunicações. Lembrando o uso do aparelho da FAB no Perú ( a pedido deste) que rapidamente localizaram os sequestrados pelo Sandero, através de comunicações deles na selva. O Cel. Rinaldo seria o mais indicado a comentar.
Sim. A capacidade COMINT ainda é importante.
Faltou dizer que o F35 também foi usado para ISR
O que a Rússia tem de equivalente ao Ocidente em ISR, em aeronaves?