Ministério da Defesa da Argentina testa a bomba autopropulsada Dardo 3
O Ministério da Defesa da Argentina, em colaboração com a Força Aérea, iniciou os testes da bomba stand-off Dardo 3. Fotos do mecânico de aeronaves Jorge Méndez mostram a arma sendo transportada por uma aeronave de treinamento de combate IA-63 Pampa III B2 durante testes no Centro de Testes de Voo.
A Dardo 3 é oficialmente classificada como um míssil de cruzeiro, equipada com um motor a jato e asas dobráveis, permitindo que alcance distâncias de até 200 km. A bomba é baseada na Mk.82 de 227 kg de origem norte-americana, modificada com o novo motor a jato e asas dobráveis para aumentar o alcance. Possui 2,6 metros de comprimento e um diâmetro máximo de 400 mm, sendo compatível com caças leves e aeronaves de treinamento.
O sistema de guiagem da Dardo 3 inclui um sistema inercial, GPS e uma câmera infravermelha para a fase final de voo. A arma também pode ser equipada com sistemas de guiagem adicionais e diferentes ogivas, incluindo detonadores de contato remoto. A família Dardo possui várias versões, com alcances que variam de 40 km (Dardo 1) a 200 km (Dardo 3).
Além disso, a Dardo 3 pode ser integrada aos recém-adquiridos caças F-16AM do país, comprados da Dinamarca. A Argentina também requisitou equipamentos dos Estados Unidos para seus F-16s, incluindo mísseis AIM-120, bombas MK82 e diversos sistemas de controle e direcionamento.
FONTE: Defense Mirror
No Pampa, não entendi bem aonde o piloto recebe a imagem dessa câmera infravermelho. Na foto, é um pod designador/imageamento?
sim. Parece ser um pod designador
Ou o teste nao foi no range maximo ou opod esta ali apenas simular os registros de lançamento, lembrando que a bomba tem plataforma inercial e GPS
Os argentinos estão de parabens
Na Ucrânia, as vezes, rolam umas gambiarras com um tablet. Parece que a ANG também já fez isso já que são menos engessados que a USAF.
Rinaldo, acredito que aquele equipamento, no pilone externo, ao lado da Dardo 3, é um casulo de fotos/filmagens para registro do lançamento da arma.
Sim, pode ser.
também tenho essa impressão, com câmeras para captar o lançamento/separação. No caso do Dardo 3 com alcance de 200 km a aeroanve lançadora não precisa designar o alvo, essa bomba/míssil irá voar para o alvo por GPS/Inercial.
Isso. O guiamento é do mesmo tipo das Spice.
Um “baby” SCALP, bacana.
Temos algo parecido?
não que eu me lembro, mas a Mac Jee tem um projeto bem interessante de kit para conversão de bombas burras em guiadas tipo as jdam, projeto nacional!
Mas com esse alcance os argentinos estão de parabéns mesmo. Ainda mais que parece ter alguma furtividade pela imagem
Parabéns Hermanos!!!
Esse tipo de projeto já existe por pelo menos duas empresas e nunca foi pra frente porque não compram…
Kits parecidos foram desenvolvidos e oferecidos às FA’s brasileiras pela empresa Britanite.
Não sei se chegou em fase de teste ou que fim deu isso.
Sim, as bombas Spice-250. Apenas o alcance é menor por não serem propulsadas, mas ainda assim podem atingir alvos a 120km se lançadas de grande altitude.
Sim, o MICLA-BR ! Tem várias concepções artisticas na internet e, provavelmente, o desenho no papel já deve estar na terceira geração.
eu acho o MiclaBR uma categoria diferente um pouco acima devido ao peso e alcance maiores… e custo também. mas ele coloca o brasil em outro nível se agente for comparar
Sim, coloca o Brasil não apenas em outro nível, mas também em outra categoria, a categoria de “Ficção Bélica”.
A Dardo é um projeto que foi abandonado em 2011 por problemas técnicos e falta de dinheiro. O projeto Tronador deles também é outro programa com características impressionantes, mas que nunca foi pra frente.A Dardo tem 30 lançamentos, todos recuperados via paraquedas. Ou seja, nunca foi testado com impacto.
Curioso como algo de fora já tratam como uma “estrela da morte” e como um produto operacional e industrializado.
A nossa “Ficção Bélica” pra você
O MICLA BR é projeto da Avibrás então está completamente parado se não regrediu pois os engenheiros que lá trabalhavam já pularam o barco faz tempo.
Spice nos Gripens e Lizard nos AMX.
sim mas não são nacionais… mas tbm não tem propulsão…
Nem Spice nem Lizard são propulsadas. A Spice é uma bomba planadora com guiamento EO/IR e a Lizard, também uma bomba inteligente, não é planadora, e possui guiamento laser.
só uma correção: SPICE é EO/IR, GPS/INS e Infravermelho. O operador seleciona o modo. Por isso os kits são TÃO caros a ponto de Israel mesmo preferir usar JDAM pra ataques mais simples em que só laser já resolve.
“ só uma correção: SPICE é EO/IR, GPS/INS e Infravermelho.”
O “IR”, ali do lado do “EO”, é justamente o infravermelho. E o GPS/INS é para regulagem de trajetória de meio-curso ou para guiamento quando há baixas condições de visibilidade ou outros impeditivos para o correto funcionamento do EO/IR.
Bernardo,
Vale salientar que “kit” só para a Spice 1000, A Spice 250 é integral .
De produção própria? Não, só em página da wikipédia. Aí o alcance é até maior. Só não existe.
Tem bombas guiadas (em pequenas quantidades), mas menor alcance. Não é por falta de opção no mercado. Tem opções com alcance maior (de distância) que poderiam funcionar no Blackhawk ou Tucano (e ogiva menor). Alcance E ogiva maiores (quase igual na verdade) que funcionariam no Tucano, Gripen, Astros E lançamento naval (família Breaker, por ex.). Mas aqui se prefere investir em página de wikipedia por ser produto nacional.
Black Hawk lança bombas?? Acredito que quando cita Tucano você se refira ao Super Tucano, não?
Pegaram uma Mk-82, instalaram asas retráteis, um motor e um sistema de guiamento. Solução simples, sem inventar a roda e sem alarde.
O pilone externo direito está vazio, isso não torna a aeronave com problemas de equilibrio?
Deve estar dentro do limite da aeronave.
Dardo 3, o “Storm Shadow” de baixo orçamento.
está mais para uma JSOW
A jsow não tem motor.
Diria que tá melhor que a JSOW.
Ta ai um projeto de baixo custo e que pra mim é top! alcance bom, parece ter alguma furtividade e fabricação nacional para eles!
algo assim aqui no brasil poderíamos usar até no A29 pois a munição tem propulsão independente diferente dos kits de conversão que só tem guiamento necessitando de velocidade e altitude para ter alcance.
Parabéns aos Argentinos!!! parece renascer das cinzas a Argentina tanto na economia como nas FAA
Se não em engano há um armamento israelense muito parecido com este e que é dito capaz de ser lançado pelo A-29, havia um material de divulgação da Embraer que aparecia ele, mas eu não lembro o nome do dito cujo.
A israelense Spice 250 é semelhante na aparência com essa arma argentina, mas não possui motor. É uma bomba planadora.
E no caso a Spice pesa 250 lb (120 kg) , com uma ogiva numa faixa de uns 70 kg.
*Tem a Spice 250 ER, motorizada. https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTib-V9dYlz9TvoKybyQpW9JMB-uI5Jx_aflQ&s
O Ice Breaker pode ser lançado também por turboprops (como o AT-6, Tucano, etc). “cerca de” 300km de alcance, voando em baixa altitude, com TERCOM. (Sea Breaker é a versão marítima desse msm míssil, é praticamente igual)
A ogiva é pequena (é próxima de uma mk82 mesmo). Manda a foto antes do impacto pro operador (pra confirmar que tava na cara do gol, né) e outras coisas que são básicas de cruise hoje em dia. Fabricado pela Rafael. Talvez seja esse?
Ver https://www.youtube.com/watch?v=ZbrzDDJ-u3Y
era a Delilah. Já apareceram imagens do submundo dos A-29 colombianos equipados com ela.
Isso mesmo! Era este mesmo.
Tá renascendo sim, confia…
Previsão do PIB argentino em 2024: queda de 3,5%. Fonte: FMI
Um detalhe, não consegui achar a entrada de ar para o motor dessa bomba.
Aqui a entrada de ar da Dardo 2.
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQinEZF4YkTgMXN7UY7k_4B083bZILd7YGHeA&usqp=CAU
Eles sempre estiveram a frente.
Prejudicados foram pelo peronismo e pela ditadura sangrenta 1976-1983.
O passo em falso nas Malvinas acabou com tudo.
Tivessem paciência e agissem em silêncio teriam chegado longe.
Perguntem aos que participaram da comissão de inspeção do programa muclear deles, no governo Sarney…
“Estiveram, passo em falso, tivessem, agissem, teriam….” Assim até o Brasil seria o país do futuro
E onde vamos encontrar algum destes que fizeram a inspeção? Se tu sabes de algo é só postar…
Desculpe, mas não é bem assim: os “Pulqui”, primeiros jatos militares fabricados fora da Europa ou EUA, já eram projetos sob o peronismo (aliás, Perón, tal qual Vargas, tinha simpatia pelo nazismo). E depois, salvo efêmeros governos da UCR o o peronismo sempre governou aquele país, sendo que o programa nuclear teve (como aqui no Brasil) um avanço significativo durante a ditadura militar. Após, o peronismo dominou de novo a política daquele país, com efêmeros governos da UCR e o govero Macri. Foi a ditadura militar que reforçou as FFAA argentinas, mas fez tanta besteira junto com isso, que as… Read more »
Calma lá, a tecnologia de enriquecimento de Urânio que a Argentina domina (Difusão Gasosa) é considerada obsoleta e muito ineficiente, inferior em comparação a ultracentrifugação que o Brasil domina. Tanto é verdade que a Argentina comprou nos últimos anos pelo menos 4 recargas de combustível nuclear do Brasil (Resende) para as suas usinas nucleares.
Na questão do enriquecimento, estamos bem a frente deles.
EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.
No Brasil, a FAB iria buscar algum projeto internacional caríssimo, pedir ToT e encomendar meia dúzia de bomba.
A MB iria querer outro tipo de projeto para o seus A-4 e o EB iria pensar em algo mirabolante para algum veículo da década de 60.
Brasil véi de guerra.
heheheheheh
Eu fico indignado quando leio coisas assim, daí me lembro que tudo o que Senhor Emmanuel digitou ai está miserável e desgraçadamente correto. Chega bate uma tristeza na gente.
Eu fico indignado quando escrevo algo assim porque também me bate uma tristeza.
Só esqueceu dos banquetes com bons vinhos e lagostas para o estudo sobre as aquisições hehe.
Se não tiver o que postar fica calado.
É verdade. Esquecer que os problemas como essas regalias não existem para elas continuarem acontecendo eternamente.””Temos que pegar no pé sim. “”.
A existência de um Ministério da Defesa, que foi criado exatamente pra dar alguma lógica racional pras três forças, só serviu de cabide de emprego…
Eu acho é melhor comprar fora E TER. Agora é pra ter muito. Porque se for esperar tecnologia nacional, fique aí aguardando o “matador” e o MICLA. pelo menos o MSS saiu. depois de 40 anos.
Não dá pra desenvolver aqui e nos 20-30 anos enquanto isso TALVEZ ACONTEÇA (e quando vier já vai estar defasado) não ter nada. É uma maluquice
Por mim, toda compra das FFAA deveria ser de “prateleira”. Não há orçamento e nem escala para essas transferências de tecnologia.
Excelente matéria, parabéns aos Argentinos, fazendo milagre com o pouco que possuem.
Interresante seria los hemanos fornecer esse equipamento para a Ukrania… como forma de testar sua eficiencia 😉
Eu também pensei nisso. Eliminaria uma série de fases de testes e finalizaram o processo de certificação muito mais rápido. E com experiência real e não ensaios.
Acho que alguém ficaria Putin com isso!
Rapaz capaz deles enviarem, mesmo Millei tá louco atrás de dólares
Manchete: “Ministério da Defesa da Argentina testa a bomba autopropulsada Dardo 3″…
minutos depois…
“A Dardo 3 é oficialmente classificada como um míssil de cruzeiro, equipada com um motor a jato e asas dobráveis, permitindo que alcance distâncias de até 200 km.”
É um míssil de cruzeiro…
O Hilário e cômico é exatamente isto é o que digo e repito e repito…o importante mesmo , i dependente do vetor , é a espada que ele carrega….olha que impressionante!!! um aviaozinho desprestigiado por tantos, como muda de figura com uma adaptação destas…dá para fazer piada?…alcance de 100km, 150km, ou 200km…é coisa pacas…e o projetil só precisa do uber….qualquer coisa que a leve até o ponto de lançamento
Apesar de ser maior esse formato pode reduzir a detecção por radar ou outro meio?
Não encontrei muitas informações sobre isso.
No fim das contas a Argentina vai ter um míssil de cruzeiro operacional bem antes de nós kkkk
Engraçado que o país quebrado de que todos riamos há até pouco tempo, por não terem caças, compraram 24 caças F-16 com armamentos que paga o cenário não está ruim e já estão testando uma míssil de cruzeiro de fábrica ao própria, com motor nacional com essa alcance, quanto o Brasil, que está há mais de 10 anos desenvolvendo um míssil de cruzeiro, deixa sua empresa falir, jogando o míssil num limbo de incertezas.
Impressionante a nossa incompetência.
Na verdade está desenvolvendo esse míssil há mais de 20 anos o que também me faz questionar a competência da empresa que está “desenvolvendo” o míssil e que está em recuperação judicial.
Simples, eles estão fabricando para vender mundo afora e ganhar dinheiro.
E garanto que não vai faltar cliente.
Se produzirem em escala sustentável, é mais um produto para exportar e ajudar a recuperar a combalida economia do país.
O MTC já fez mais de 16 voos de testes, inclusive acertou o alvo com precisão de 9 metros, técnicamente está na mesma situação do Dardo, falta recurso para os últimos testes.
Lembrando que o EB sempre que tem uma oportunidade exibe o MTC, deve ter um bom motivo pra isso, caso contrário já teria sido descartado.
Tando o matador como o MICLA são projetos da Avibrás, uma empresa que no momento está completamente paralisada até a sua venda ser concluída.
Espero apenas que a Mac Jee que já contratou boa parte dos engenheiros que antes trabalhavam na Avibrás consiga tocar seus projetos de forma competente.
Isso é muito complicado, pois não é porque você contratou os funcionários que trabalhou no projeto que você poderá tocá-lo. A Mac Jee, caso tivesse interesse, deveria comprar os direitos da Avibrás, caso essa também tenha interesse em comprar, e como a Avibrás está enrolada dessa forma, não deve ser fácil vender algo dessa magnitude não. Quem vai comprar a Avibrás, está comprando o quê? Porque funcionários ela praticamente não tem mais, as terras onde ficam sua fabricas não pertecem a ela mais… logo, teoricamente a unida coisa de valor que a empresa ainda tem são suas patentes e projetos… Read more »
Eu acredito que esses programas da Avibras morreram junto com a empresa, mas nada impede os engenheiros com expertise da Mac Jee desenvolverem seu próprio produto.
As FFAA do Br são o suprassumo da incompetência
Eu, não ficaria surpreendido se o Brasil, em pouco tempo apresentar um projeto similar a esse dos Argentinos ou melhor. Temos a MAC JEE, pra isso, é só esperar que o projeto aparecerá em pouco tempo. Acredito sim.
Se o míssil é baseado na bomba Mk-82 de 500 lb (227 kg) ela deve pesar pelo menos uns 400 kg e não os 225 kg citados no quadro.
Creio que não, mestre Bosco….não sei o limite de carga dos pilones/asas do Pampa, mas certamente é abaixo dos 400 kg em cada ponto
Parabéns aos argentinos uma boa arma. Acho o Pampa um aviãozinho bem bacana, pena ser meio que um “concorrente” do a-29, se não fosse a EMBRAER poderia fazer uma parceria com a FAdeA e desenvolvê- lo mais para ter um leque maior de treinadores e aviões de ataque leve, o Pampa com um radar poderia carregar dois A-Darter mais suas armas de ataque ao solo daria a ele uma boa envergadura num teatro de baixa/média intensidade.
O problema do Pampa nesse sentido é que ele é quase um Alpha Jet, mas deixando ele mais armado e capaz, vai acabar concorrendo com a versão de ‘caça leve’ do M-346, e aí é concorrência barra pesada.
É isso, os países sul-americanos tem que desenvolver armas modernas pois nem sempre vão poder comprar principalmente a Argentina que sofre embargo dos ingleses.
Até Argentina com bomba planadora, se melhorar isso ai vira um storm shadow latino, iae FAB? Vão deixar?
Existem algumas bombas propulsadas. Para ser consideradas assim elas devem se encaixar em um “kit”. Não é o caso desse míssil argentino.
Exemplos:
1- Skipper II (USA)
2- AGM-130 (USA)
3- JDAM-Powered (USA) – em desenvolvimento
4- Thunder (Rússia)
5- AASM Hammer (França)
6-PGM-500/PGM-2000 (UE)
Até para a Argentina os caras são vira latas, impressionante. O Brasil em tema de mísseis está muito a frente da Argentina e qualquer país da América Latina. O Brasil tem/teve mísseis ar-ar com guiamento IR: os Piranhas 1 e 2; eles não foram industrializados em massa apenas, pois no fim não teria tanto mercado para esse investimento, nem o Brasil compraria tanto para justificar a industrialização por parte da Mectron/DCTA. Também em mísseis ar-ar o Brasil teve participação no A-Darter que já se especula que pode ser industrializado em massa com o financiamento da EDGE. O Brasil construiu o… Read more »
20 anos pra desenvolver uma bomba…é aqui no Brasil nego ainda reclama de alguns programas. kkkkk
É verdade sim, confia. De peruanos fazendo SCUD de papelão, para argentinos usando mockup de um projeto que foi abandonado em 2011 por problemas técnicos e falta de dinheiro. Confia no potencial. Os caras levaram 30 anos para conseguir integrar um POD de 30 mm nesse avião.