Em um marco significativo para a aviação naval, o F-35C Lightning II, o mais recente caça embarcado da Marinha dos Estados Unidos, realizou seus primeiros ataques em combate. Este evento marca a estreia operacional do F-35C, demonstrando suas capacidades em um cenário de conflito real.

O F-35C é um caça de quinta geração, com longo alcance e tecnologia stealth, projetado para o exigente ambiente dos porta-aviões. Ele é equipado com tecnologias avançadas, como um radar poderoso, sistemas sofisticados de guerra eletrônica e a capacidade de transportar uma ampla gama de armamentos. Essas características permitem ao F-35C executar diversas missões, incluindo combate aéreo, ataques ar-terra, reconhecimento e guerra eletrônica.

Os ataques ocorreram entre 9 e 10 de novembro e tiveram como alvo instalações de armazenamento de armas dos Houthis no Iêmen. Esses locais abrigavam armas convencionais, incluindo mísseis antinavio, que representavam uma ameaça a embarcações dos EUA e internacionais no Mar Vermelho e no Golfo de Áden. A operação foi conduzida pelo Esquadrão de Ataque de Caças dos Fuzileiros Navais (VMFA) 314, conhecido como Black Knights, parte do Esquadrão Aéreo Embarcado (CVW) 9, a bordo do USS Abraham Lincoln (CVN 72).

VÍDEO: Decolagem de jatos da CVW-9 contra alvos no Iêmen

O VMFA-314 tem uma história notável como pioneiro na adoção de novas aeronaves. Foi o primeiro esquadrão do Corpo de Fuzileiros Navais a operar o F-4 Phantom e o F-18 Hornet e, em 2020, tornou-se o primeiro esquadrão de frota da Marinha e do Corpo de Fuzileiros Navais a operar o F-35C. Este último feito adiciona mais um capítulo ao seu legado de inovação. Em 2022, o VMFA-314 fez história ao ser o primeiro esquadrão de fuzileiros a desdobrar o F-35C em um porta-aviões, o USS Abraham Lincoln.

O desempenho do F-35C durante os ataques foi elogiado pelo Tenente-Coronel Jeffrey “Wiki” Davis, comandante do VMFA-314. Ele afirmou que “o F-35C demonstrou sua vantagem em combate ao transitar por espaço aéreo contestado e atacar alvos no coração do território Houthi durante vários dias”.

O Capitão Gerald “Dutch” Tritz, comandante do CVW 9, destacou que “as capacidades ofensivas e defensivas do F-35C ampliam o poder de ataque do nosso esquadrão aéreo. O agora testado em combate Air Wing do Futuro provou ser um divisor de águas em todas as missões do esquadrão aéreo embarcado”.

A estreia do F-35C em combate segue os desdobramentos anteriores de suas variantes irmãs. Em 2018, o F-35B, projetado para decolagem curta e pouso vertical, realizou ataques contra o Talibã no Afeganistão e o ISIS na Síria. No ano seguinte, o F-35A da Força Aérea conduziu sua primeira missão de combate contra alvos do ISIS no Iraque.

Essas operações iniciais anunciam uma nova era para a aviação naval. As capacidades avançadas do F-35C, combinadas com a flexibilidade e o alcance dos grupos de ataque de porta-aviões, estão prontas para redefinir o espaço de batalha marítimo. À medida que o F-35C continua a ser integrado aos esquadrões aéreos embarcados, seu impacto nas operações navais futuras promete ser profundo.

VEJA TAMBÉM:

ESPECIAL: Acompanhamos o Esquadrão VMFA-314 a bordo do USS ‘Abraham Lincoln’ (CVN-72)

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Rinaldo Nery

Existem fotos pros dois fatos.

RDX

O F-35 que pousou em SPA usa o mesmo combustível do A-4?

Leandro Costa

Ambos usam JP-5, se não me engano.

Esteves

Sim.

Esteves

Sim.

Ricardo

“Espaço aéreo contestado” ….no Iêmen? Tem que batizar o bicho na Ucrânia. Sendo furtivo, os putínicus não poderiam dizer que foram atacados pela OTAN, kkkk

Last edited 8 dias atrás by Ricardo
Bosco

Os Houthis possuem mísseis hipersônicos e balísticos antinavios. Achar que não possuem nenhum tipo de defesa AA seria ingenuidade.

Sensato

Não tem que batizar nada na Ucrânia. Principalmente uma aeronave dos EUA. Essa guerra tem que acabar antes que acabe com todos nós.

Bosco

Se Deus permitir as mesmas condições aceitas pelos ucranianos para um cessar- fogo ( de perder território para o invasor) servirá de exemplo para os palestinos e fará com que aquela guerra no OM, outro barril de pólvora mundial, também cesse de vez.

athalyba

Sem a mínima chance disso acontecer, mestre Bosco.

Se me permite, sugiro a entrevista do professor John Mearsheimer para a Jasmin Kosubek:
Prof. John Mearsheimer on Trump, Ukraine, Nuclear War, Israel-Gaza, and the Dangers of Multipolarity

art

o militar da marinha que divulgou segundo consta foi punido por isso kkkk

Bosco

A grande vantagem do F-35 é o custo.
Fossem utilizado caças convencionais se faria necessário um pacote de ataque muito mais complexo, com capacidade SEAD, atacando de média altura.
Ou então o ataque teria que ser feito a muito baixa altitude impondo algumas restrições.
Ou teria que ser utilizado caros mísseis de longo alcance.
O F-35 vale o quanto custa e consegue sozinho atacar a grande altitude sem restrição utilizando bombas de queda livre guiadas de baixo custo.

Alex Barreto Cypriano

Trocava 36 F-39E (Skr 40 bilhões, USD 3,6 bi, R$ 21 bi) por 36 F-35A (USD 3,1 bilhões, R$ 17,9 bi)… 😭

Leandro Costa

Você não tem amor ao dinheiro hehehehe

Em que universo paralelo 36 cacas F-35 custariam US$ 3,1 bilhões se contrato recente de 32 aeronaves do tipo foi cotado em US$ 7,2 bi?

https://www.aereo.jor.br/2024/09/13/departamento-de-estado-dos-eua-aprova-venda-de-32-cacas-f-35-para-a-romenia-por-us-72-bilhoes/

Alex Barreto Cypriano

No mesmo universo paralelo em que uma aeronave tecnicamente inferior produzida às poucas dezenas, talvez somando algumas poucas centenas de todos os modelos, seja considerada vantajosa frente a outra tecnicamente superior produzida às muitas centenas, prevista pra somar alguns milhares de todos os modelos. Ok, falei apenas do flyaway cost (que é de USD 85 milhões por alfa), sem acrescentar manutenção e operação (~ USD 7,3 milhões por unidade por ano com ~ 180 horas de vôo) e sem ToT (chato ficar dependente da Lockheed e fornecedores, mas tudo do Gripen que for patenteado não poderá ser localmente produzido ou… Read more »

De fato, você está raciocinando num universo paralelo no espaço e no tempo.

Alex Barreto Cypriano

Ainda o mesmo espaço e tempo que compartilhamos nesse planeta (bagunçado e ambíguo) onde Israel adquiriu 25 F-35A por USD 3 bilhões. Aqui:
https://armyrecognition.com/news/aerospace-news/2024/israel-secures-huge-deal-with-us-for-25-additional-f-35-fighter-jets-worth-3-billion
Qual a mágica? Nenhuma: finanças e política se tornaram uma coisa só.

Last edited 6 dias atrás by Alex Barreto Cypriano

Brasil não é Israel, a não ser num universo paralelo, em outro espaço e tempo.

Alex Barreto Cypriano

O próximo Secretário da Marinha escolhido por Trump é um financista, John Phelan, aqui: https://news.usni.org/2024/11/26/financer-john-phelan-tapped-to-be-next-navy-secretary Política e finanças. Israel investe na política americana – ricaços judeus, sionistas ou não, são doadores interessados e AIPAC tem muita influência (tanto que um senador ianque, Lindsay Graham, já garantiu que os EUA vai sancionar economicamente qualquer nação, incluindo aliada, que ousar, cumprindo a ordem da ICJ, prender Netanyahu). É, Brasil não é Israel, e isso tudo nesse tempo e espaço irrelevantes onde são igualmente irrelevantes a massa e a força, o trabalho e a energia – decisivo é a abstração valorativa na transação… Read more »

Last edited 5 dias atrás by Alex Barreto Cypriano
Matheus

Isso sim é um sonho… aí estaríamos com dominância total na AL.

JuggerBR

Tivesse o F-35 sido uma aeronave apenas da USAF, sem o VTOL e a versão naval, tornaria o projeto menos problemático e caro. A lógica de unificar tudo pra baratear custos ficou só na intenção.

Kleber Peters

Batismo de fogo é um marco para qualquer vetor. Agora então todas as variantes já estiveram em operações de combate.
BZ Black Nights.

Só espero que nunca ocorra batismo de fogo para os F-39.

giovani gxp

O Fato é que o F-35 é uma máquina incrível e até o momento imbatível.