A versão mais recente do míssil AIM-120 AMRAAM da Raytheon está se aproximando do alcance “limite” do novo e secreto AIM-260 JATM (Joint Advanced Tactical Missile), disse um executivo da empresa em 10 de setembro. A Raytheon sugere que os dois mísseis podem formar uma combinação alta/baixa para o combate aéreo futuro.

John Norman, vice-presidente da Raytheon para requisitos e capacidades de sistemas aéreos e espaciais, afirmou que o AMRAAM evoluiu significativamente ao longo de seus 30 anos. Ele disse que o AMRAAM agora possui um alcance “além da paridade” com mísseis de ameaça e será “complementar” ao JATM AIM-260 da Lockheed Martin. Segundo Norman, o alcance do AMRAAM está se aproximando da capacidade que a Força Aérea dos EUA espera alcançar com o JATM quando ele for operacional.

Fontes do setor sugerem que as versões mais recentes do AMRAAM podem interceptar alvos a 100 milhas, enquanto o JATM é projetado para alvos a mais de 120 milhas. O JATM, fabricado pela Lockheed Martin, terá uma “capacidade excepcional” para enfrentar ameaças avançadas, inclusive contra medidas e contramedidas eletrônicas.

AIM-260 JATM

Norman descreveu o AMRAAM como o “míssel de capacidade”, que é mais acessível, enquanto o JATM será a arma “abrir caminho”, mais cara e especializada. Ele acredita que as duas armas se complementam nas avaliações operacionais da Força Aérea para o futuro.

O AMRAAM D3 mais recente resulta de uma colaboração com a Força Aérea dos EUA para fechar lacunas de ameaças com simulações e modelagem avançada. O míssil agora tem um alcance quase duas vezes maior do que antes, com melhorias significativas na resistência contra técnicas de interferência digital de radiofrequência usadas pelos adversários.

Raytheon enfrenta o desafio de instruir pilotos de combate sobre as capacidades completas do novo AIM-120. O míssil pode ser lançado do ar ou do solo, utilizando o sistema NASAMS, ampliando sua versatilidade em cenários de combate aéreo e terrestre. Países têm doado AMRAAMs mais antigos para a Ucrânia, que os usa com uma taxa de eficácia superior a 95%.

A demanda por AMRAAMs está crescendo, e a Raytheon aumentou a produção para até 1.200 unidades por ano, acima das 450 a 650 anteriores. A empresa considera expandir a produção para outros países, como o Japão, caso a demanda alcance 2.000 unidades anuais.

FONTE: Air & Space Forces Magazine

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Andiere

Do jeito que os mísseis de motor foguete (de estágios único, duplos e triplos) estão evoluindo, será necessário uma atualização no Meteoro para mantê-lo competitivo. Na verdade os europeus já estão dando passos nessa direção.

Gustavo Gimenes

O europeu Meteor é o melhor míssel p caças hoje da um banho em tudo no AMRAAM alcance, manobrabilidade, eletrônica, etc

Bigliazzi

Será? Lembro quando o Harrier foi adotado pelos EUA, ele não tem vergonha de adotar o que é muito melhor do que eles possuem

André Luis Lacerda

A última versão do AMRAAM tem alcance similar ao Meteor usando apenas 1 estágio de propelente. O Meteor por ser RAMJET e por ser fabricado na Europa certamente possui um preço custo maior do que a última versão do AMRAAM.

Carlos Campos

Vou ter que olhar os preços, pra mim o Meteor ainda é melhor, quase alcançando Mach 5, Muita energia mesmo no final do alcance.

DSC

O Meteor não tem melhor radar e capacidade ECCM que o AIM-120D/D-3.
E além disso, o AMRAAM é mais leve e tem menores dimensões que o Meteor…
Isso significa que o AMRAAM manobra com mais facilidade e também que na fase final de um engajamento, o AMRAAM como é mais leve e gera menos arrasto, perde menos energia que o Meteor enquanto continua manobrando e ajustando sua trajetória.

De um modo geral, não acho que o AIM-120 seja melhor que o Meteor.
Mas também falar que o Meteor dá banho no AMRAAM, é absurdo, bobagem.

rfeng

Pelo que sei a vantagem do Meteor não é o alcance mas a energia que pode ser dosada e em sua parte final dar uma extrema agilidade no míssil, ou seja não adianta alcançar se não tem folego pra manobrar.

Bispo de Guerra

Assim com os drones mudaram o “Modus operandi” da infantaria na Ucrânia… mudarão o mesmo nos céus ….

O futuro será drones x drones … caça com humano a bordo somente em feira e vídeos.

Drones: força G , velocidade, quantidade, letalidade, disponibilidade, custos …

Teremos N tipo de drones …do “ponta de lança” passando pelos “boi de piranha” aos “fim de festa” , rs, enxames , de patrulha, etc ao cubo.

Avião caça será passado … em 30 anos ou até menos…bem como operador de drones.. AI assumirá(não tem “falhas humanitárias”)🙃

Bigliazzi

Resumindo… Os USA continuam a liderar a arena ar ar com muita supremacia

Maurício.

Só falta a coragem pra eles fazerem uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, como eles fizeram contra o Iraque, ex-Iugoslávia e Líbia, né? Rsrsrs.

Fabio Jeffer

Contra os pé de chinelo do talibã que possuem apenas armas leves os EUA dão um banho

Leandro Costa

Mas contra defesas antiaéreas fortes eles levaram baixas, mas continuaram sempre atacando do mesmo jeito e bolando formas de anular ou destruir as defesas antiaéreas.

Já o mesmo não se pode falar dos Russos…

Carlos Campos

Não é por causa desses mísseis que eles continuam a dominar os Céus, SU57 existem poucos, J20 ainda tem quantidades pequenas, J35 ainda nao está operacional,