50 Anos do Panavia Tornado: Um Marco na História da Aviação Militar
O Panavia Tornado comemora seu 50º aniversário, celebrando meio século de serviço como uma das aeronaves mais emblemáticas e versáteis da história da aviação militar. Desenvolvido em uma colaboração tripartite entre Reino Unido, Alemanha e Itália, o Tornado foi projetado para ser uma aeronave de ataque multifunção, capaz de realizar uma ampla gama de missões, desde ataques aéreos de precisão até missões de reconhecimento e defesa aérea.
O Panavia Tornado nasceu em um período de grandes mudanças e desafios no cenário global, quando as forças aéreas europeias buscavam uma solução conjunta que pudesse enfrentar as ameaças emergentes da Guerra Fria. A resposta foi o Tornado, um jato de asa de geometria variável que proporcionava excelente desempenho tanto em altas velocidades quanto em operações de baixa altitude. Essa capacidade única fez dele uma escolha ideal para penetração em profundidade e ataques em ambientes fortemente defendidos.
Desde seu primeiro voo em 14 de agosto de 1974, o Tornado se destacou por sua adaptabilidade e robustez. Ao longo das décadas, ele foi modernizado e adaptado para enfrentar novas realidades e ameaças, permanecendo relevante mesmo diante de avanços tecnológicos constantes. A aeronave foi amplamente utilizada em conflitos importantes, como a Guerra do Golfo em 1991, onde demonstrou sua capacidade de operar sob condições extremas e desempenhar um papel crucial nas operações da coalizão.
VÍDEO: Tornado em ação
Além de suas proezas em combate, o Tornado simboliza a cooperação europeia em defesa, representando o que três nações puderam alcançar trabalhando juntas. Essa colaboração não só reforçou os laços entre os países participantes, mas também pavimentou o caminho para futuros projetos conjuntos, como o Eurofighter Typhoon.
Hoje, enquanto o Panavia Tornado se aproxima de sua aposentadoria em várias forças aéreas, seu legado permanece intocado. Ele não só marcou uma era na aviação militar, mas também deixou uma marca indelével na história da cooperação internacional em defesa. A celebração de seus 50 anos é uma homenagem não apenas a uma máquina extraordinária, mas também ao espírito de inovação e colaboração que permitiu sua criação.
Ao olharmos para o futuro, o Tornado será lembrado como um verdadeiro ícone da aviação militar, um símbolo de excelência operacional e um testemunho do poder da parceria entre nações. Os aviadores que pilotaram o Tornado e as equipes que o mantiveram em operação podem se orgulhar de terem contribuído para um dos capítulos mais notáveis da história da aviação.
Limda aeronave. Ainda tenho meu livro Aviões de Combate sobre ele.
Uma das fotos que mais chamam atenção nesse livro é aquela na qual estão o motor do F4 Phantom (GE J79) e o do Tornado (RB199) lado a lado. O RB199 era 1,6 metros menor e 700kg mais leve e com apenas 1000 libras a menos de empuxo.
Agora bateu a curiosidade. Vou ver lá,assim que chegar em casa.
*Linda…kkk
Uma das aeronaves mais lindas da Europa.
Vetor incrível !
Como foi o desempenho dele na Guerra do Golfo em 1991?
Sofreu nas mão da antiaérea de tubo e mísseis de curto alcance. Vários abatidos. Quando mudaram o perfil das missões para uma latitude mais alta o consumo de combustível ficou muito alto.
Groo, não faz muito sentido ter gasto combustível demais em uma altitude mais alta do que mais baixa.
Também não entendi o raciocínio…
Parece que é algo relacionado à maior taxa de bypass do RB199 em relação aos motores dos outros caças (provavelmente o maior em um caça com esse desempenho). Como ele foi projetado para alta velocidades e baixíssima altitude, o ar mais rarefeito das altitudes maiores torna o empuxo gerado apenas pelo fan menor, diminuindo o empuxo total. O motor foi modificado na versão ADV.
Altitude.
Descobriram que ele não era tão eficiente para aquele teatro de operações
Não era eficiente para ataques a baixa altura contra aeródromos, tendo em vista as defesas antiaéreas lá instaladas. 11 Tornados foram abatidos. Depois disso o Lt Gen Charles Horner, JFACC, proibiu os ataques à baixa altura.
Em resumo, decepcionante!
Não foi decepcionante não. Foi muito bom até. As perdas foram por causa do perfil de ataque. Quando pararam de fazer ataques à baixa altura, as perdas pararam. Todas as aeronaves que fizeram ataques à baixa altura tiveram perdas, e os Tornados atacaram alvos muito bem defendidos.
Fale mais sobre a versão de interceptação que voou anos com dificuldades de radar etc… é uma aeronave com dezenas de peculiaridades durante seu tempo de serviço
Voou sem radar kkkkk. Complicado para um interceptador BVR equipado com mísseis semi ativos.
Não foi bem assim não.
Nao foi projetado inicialmente como uma aeronave de interceptação, mas os britanicos pediram um versão, tanto que apenas eles a arabia saudita e por um periodo a italia utilizaram esse versão.
A versão ADV era alongada em relação a versão IDS e o radar foxhunter so foi instalado na versão F3.
Para a função que foi criado, ele se saiu muito bem.
Sou fã dessa aeronave. Além dos F-14 é claro..rs
Taí uma das primeiras aeronaves que me fez gostar tanto deste assunto, belo avião, fez história durante seu tempo de serviço. De certa forma seu desenvolvimento conjunto multinacional abriu caminho pro Typhoon.
Sempre lembro do livro Tornado da Coleção Aviões de Combate, da década de 80. Parabéns ao Tornado. Aeronave de belíssimas linhas e que certamente entrará para a história da aviação militar. Algum entusiasta do Tornado sabe informar em quais países ele ainda está em operação e as quantidades? Existe possibilidade das aeronaves retiradas do serviço ainda serem exportadas e permanecerem em operação? Obrigado.
Arabia Saudita,Italia e Alemanha ainda tem seus Tornados em atividade.
.webpOlha um belissímo exemplar alemão com a pintura comemorativa dos 50 anos de seu primeiro voo.
O Tornado é uma daquela aeronaves que eu acho bacana, mas ao mesmo tempo considero abaixo da média. O motivo é que o Tornado chegou uns 10 anos depois do que deveria. Foi o último caça de geometria variável, quando essa “moda” da engenharia aeronáutica já estava de saída. Vejam que ele entrou em operação depois dos 4 caças da série “teen” americanos, que já eram multifunção. Aliás, o nome do programa originalmente era Multi Role Combat Aircraft (MRCA), mas a aeronave resultante era totalmente dedicada ao ataque ao solo, resultando que fosse criada uma versão dedicada ao combate aéreo… Read more »
O Tornado ADV,F.2 na RAF, não é uma aeronave para combate aéreo,é um interceptador
O F.2 era um caça de ataque adaptado à tarefa de interceptação. Se uma guerra com os soviéticos estourasse, eles estariam em maus lençóis se tivessem que encarar bombardeiros escoltados por Su-27s. Os EUA ofereceram o F-15 para a RAF. Esta escolheu tentar transformar um F-111 pequeno num caça… Mas os caçadores britânicos não precisavam passar por esse aperreio. O F-14 provou que um caça de GV podia ser competitivo com os de asa fixa. O problema foi que os ingleses ainda estavam com o sangue azedo por causa do cancelamento do TSR-2, e queriam porque queriam algo para substituí-lo.… Read more »
“O F-14 provou que um caça de GV podia ser competitivo com os de asa fixa”
Usou o incidente do golfo de sidra pra embasar isso?
Que barbaridade de comentario
Parece que sairá em breve o Tornado para DCS, assim como o MiG-23. Vamos esperar para ver.
Em 2007 conheci um piloto de Tornado da Luftwaffe (Ten Cel), num simpósio de defesa aérea em Pretoria, África do Sul. Ganhei um prendedor de gravata do Tornado.
O Reino Unido perdeu 10 Tornado na guerra do golfo, era muito marketing e pouco resultado.
Você nunca leu nenhum livro sobre a campanha aérea na Guerra do Golfo, né? Confessa.
Primeiro me diz, o Reino Unido perdeu ou não perdeu 10 Tornado? Reponde aí.
Perdeu sim. E então? Quais livros vc leu sobre a guerra do golfo?
Ué, o Leandro mudou de Nick? 😂🤣
EDITADO
2 – Mantenha o respeito: não ataque outros comentaristas.
Eu me dou ao direito de responder apenas para o Leandro, que é educado.
EDITADO
Não. Perdeu 7. Os Italianos perderam 1 e os Sauditas perderam outro. Talvez soubesse disso se tivesse lido à respeito. E quais outras aeronaves foram perdidas no mesmo perfil de missão, no mesmo tipo de alvos, e quantas vezes os Tornados atacaram esses alvos em relação aos outros aviões? Quais as diferenças entre um pacote de ataque Americano e Britânico, e por que houveram essas diferenças? Para efeito de comparação, os Americanos perderam 6 A-10 e 5 AV-8B’s, aeronaves que por necessidade e projeto também atuavam à baixa altitude, e foram desenvolvidas com absorção de dano de batalha em mente.… Read more »
Verdade, Leandro, eu me confundi, os britânicos perderam 10 Tornado, mas alguns foram em treinamento para a guerra do Golfo! 🤷🏻♂️ https://www.ukserials.com/losses-1991.htm “Os Tornado passaram à operar de médias à grandes altitudes utlizando armamento guiado.” Não tem uma história que os britânicos tiveram que pegar os velhos Buccaneer para iluminar os alvos para os Tornado já que o Tornado não tinha um designador laser? “Qualquer livro sobre a campanha aérea na Guerra do Golfo teria te dito isso.” Só um detalhe, Leandro, os livros que tu já leu à respeito da campanha aérea na guerra do Golfo, são todos de… Read more »
O Tornado foi planejado para fazer ataque em penetração à altas velocidades, inclusive com armamento nuclear, confiando na velocidade como fator de sobrevivência além do fator surpresa. Para isso ele não precisava de designador laser e portanto não teve um integrado. O mesmo tinha sido pensado para um tal de F-105, mas ao contrário dos Americanos, os Ingleses não tiveram um Vietnã para ensinar que voar à baixa altitude em alvos muito bem defendidos era um ‘tantinho’ perigoso. Esse é um dos motivos (houveram vários motivos), aliás, que armamento guiado à laser foi desenvolvido. O Buccaneer tinha, justamente porque o… Read more »
“Sua birra é com o perfil de missão que não se demonstrou ser o pulo do gato como esperavam, e não com a aeronave em si.” Eu não tenho “birra” nenhuma com o Tornado, eu só não acho ele grande coisa, um avião de ataque, no qual os britânicos tiveram um baita susto na guerra do Golfo. “os Ingleses não tiveram um Vietnã para ensinar que voar à baixa altitude em alvos muito bem defendidos era um ‘tantinho’ perigoso.” Já que tu está comparando com americanos, eu vou comparar com os russos, o alto número de Su-34 perdidos/abatidos é porque… Read more »
Maurício, tergiversando como sempre, mas vamos lá. O Su-34 é de pouco antes da queda da URSS, acho que de 1990 ou algo assim. Ele só foi entrar em operação lá para meados da primeira década de 2000 ou até pouco depois disso. Acho que os Russos tiveram bastante tempo de absorver esse mesmo conhecimento. Livros, estudos, e outras fontes de informação já estavam disponíveis para eles aprenderem e incluírem em sua própria doutrina e em seu próprio avião. O mesmo vale para SEAD, nas quais se mostraram inéptos até o momento, para não falar de que boa parte dos… Read more »
Tá bom, vou acreditar que os russos tiveram tempo para aprenderem alguma coisa, mas os coitados dos britânicos não!
Você, de novo, com entendimento seletivo. Os problemas americanos no Vietnã foram enfrentados de diversas formas, como AWACS, Armamento Guiado ar-solo, melhores armamentos guiados ar-ar, EW (Stand-Off Jamming, pods ECM, etc.) e SEAD. Eles sabiam melhor da eficácia da EW e SEAD Americana do que os próprios Americanos, já que equipamentos Soviéticos eram os alvos. Mesmo que não fossem operados por Soviéticos, o conhecimento era repassado à eles. O que os Americanos conseguiam vislumbrar disso era justamente se havia alguma diferença no campo de batalha, inteligência operacional, e por aí vai. Eles tem conhecimento de uso e táticas SEAD pelo… Read more »
OBS.: O último livro que li sobre a guerra aérea no Golfo é de 2022, escrito por um Americano (Richard P. Hallion, livro fino, bom para referência, da Osprey). As fontes citadas por ele são ótimas.
Mas é aquele negócio, se está procurando falhas nas fontes por causa da origem dos autores, é como você procurar por um autor que concorde com o que você acha, ao invés de realmente ler e ver se a coisa foi bem feita, não importando de onde vem.
Leandro, tu começou tentando desqualificar o meu primeiro comentário, afirmando que eu nunca tinha lido um livro sobre a campanha aérea na guerra do Golfo, certo?
Ou seja, tu tentou desqualificar meu comentário baseado no teu achismo, e eu posso desqualificar teus comentários baseado nos autores que você lê, americanos ou britânicos, simples assim.
A diferença que teu achismo é com base em preconceito. O meu é baseado em argumentos.
Ok, Leandro, continua com o teu achismo, e eu continuo com o meu! Segue o baile! ✌🏻
Beleza. Só deixando claro que o meu achismo é em relação à você nunca ter lido um livro sobre a campanha aérea na Guerra do Golfo. Continuo achando isso. Não tenho achismo em relação ao mesmo assunto ou em relação à atuação dos Tornados durante a Guerra.
Já o seu achismo, não é achismo. O nome correto é ignorância e/ou preconceito. E se orgulha disso, o que é mais ‘interessante’ heheheheeh. Como dizia o ditado ‘ignorância é uma bênção!’ né?
Leandro, eu já disse, continua com o teu achismo, baseado nos autores que tu acha que estão certos, e continua acreditando no que tu julga ser o correto! Rsrsrs.
Tranquilo! Outra coisa interessante é que mesmo tendo todas as deixas e oportunidades, você não conseguiu me recomendar nenhum livro ou autor de ‘sua preferência,’ o que reforça meu ‘achismo’. Mas beleza, eu continuo estudando e você continua achando. C’est la vie!
EDITADO
Eita..que resposta ! Alto nível. Parabens Leandro.
As perdas foram elevadas mesmo. O pessoal da RAF estava empregando táticas desenvolvidas para atacar na Europa, onde havia relevo para os atacantes se esconderem, fazendo as sortidas sozinhos.
Já os EUA empregaram uma evolução do ataque em “pacote” da época do Vietnã, onde aeronaves específicas desempenhavam papeis específicos voando alto, num ataque de força bruta que sobrepujava as defesas do inimigo.
O resultado foi muito melhor, e as perdas dos Tornados diminuíram quando adotaram os métodos americanos.
Depois de ler os comentários quanto ao desempenho do Tornado na Guerra do Golfo, fiquei curioso sobre o desempenho do seu irmãozinho AMX, conhecido na Europa como Mini-Tornado.
Parece que se saíram bem nos Balcãs, mas nada sei sobre o Golfo.
O AMX não lutou no Golfo. Quando essa guerra começou e acabou ele ainda estava na fase de protótipo.
Na verdade o AMX não era mais apenas protótipo na época da Guerra do Golfo, pois entrou em operação em esquadrões brasileiros e italianos em 1989. O batismo de fogo do AMX na Força Aérea Italiana foi em 1995, sobre a Bósnia. Minha explicação provável (precisaria pesquisar para comprovar) do não envio de AMX da Itália para a Guerra do Golfo de 1990-91 é que, pela lógica, faria sentido mandar aviões de esquadrões com maior prontidão, e o Tornado (e seus pilotos) já acumulava mais tempo de operação na Força Aérea Italiana, assim como experiência em operar em conjunto com… Read more »
Eu fui traído pelas minhas fracas fontes de informação da época. Na época da Guerra do Golfo, eu então com meus 11 anos fui bombardeado de informações sobre aviões de guerra. Todo mundo queria faturar nessa esteira e lançaram inúmeras publicações a respeito. Eu achar que o AMX estava na fase de protótipo ainda na Guerra do Golfo se deve a eu ter lido isso numa dessas publicações, o álbum de figurinhas de aviões de guerra, que tinha uma foto do AMX (protótipo) e a informação era justamente ainda da fase de protótipo, dizendo que tipo de armamento brasileiros e… Read more »
Eu tenho esse álbum também.
Engraçado, o F-14 não levava cargas externas na parte das asas que tinham enflechamento variável. O Tornado consegue. Isso não provocaria arrasto fazendo esse armamento ficar “de lado” em alguma configuração de asa? Ou o pilone girava?
Outra coisa é que abandonaram a geometria variável. E nos anos 60-70 era o máximo da tecnologia…
O pilone girava, Fernando.
O F-111 tinha pilones pivotantes desde o projeto. Eram 3 em cada asa.
Caramba, não tinha ideia que falar alguma coisa rvim sobre o Tornado provocava tamanha ira. Não sabia desse contingente de fãs dele aqui no Br. E isso que o Mauricio nem falou algo rvim, só falou que ele “não era tão bom”…nem vou me atrever rsrsrs
Uma particularidade que eu achava interessante lá nos anos 90 era o seu canhão de 27mm, algo incomum, normalmente se usava 20, 23, 30mm.
Por sinal, mesmo canhão do Gripen.
A questão não é falar algo que acredita-se ser errado. A questão é:”eu acho o Tornado(ou qualquer outro) ruim”.
Não sabemos tudo quase sobre nada,mas quando o Mauricio foi questionado,com argumentos sólidos,ele fugiu do assunto e não respondeu nada que não fosse o que ele achava ser.