Concepção do Next Generation Air Dominance (NGAD)

A Força Aérea dos EUA suspenderá temporariamente o programa Next Generation Air Dominance (NGAD) para avaliar se está “no curso certo” com o caça destinado a substituir o F-22, anunciou o Secretário Frank Kendall em 30 de julho. Apesar disso, outros aspectos da modernização da superioridade aérea estão avançando rapidamente.

Falando no evento anual Life Cycle Industry Days em Dayton, Ohio, Kendall garantiu que o NGAD continuará de alguma forma, expressando confiança na criação de uma aeronave tripulada de sexta geração. No entanto, a Força Aérea está se questionando sobre o processo e o conceito operacional adequados antes de avançar com um único design e fornecedor.

Kendall também mencionou a possibilidade de o NGAD ser não tripulado, embora acredite que a tecnologia ainda não está completamente pronta. Ele sugeriu que o NGAD poderia ser “opcionalmente tripulado”, semelhante ao bombardeiro furtivo B-21 Raider.

O NGAD é uma “família de sistemas”, centrada em um caça tripulado que controla até seis aeronaves de combate colaborativo (CCA). As CCAs estão tão interligadas ao NGAD que são financiadas na mesma linha orçamentária.

O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General David W. Allvin, causou surpresa ao afirmar que o NGAD é apenas uma das “muitas escolhas” no orçamento, uma mudança de apoio sólido que o caça recebia até agora. Kendall e outros líderes indicaram na Paris Air Show que o alto custo do caça está sob revisão para possíveis reduções.

O NGAD pode estar sendo superado pelos avanços tecnológicos das CCAs, que têm progredido significativamente. Kendall destacou que o programa CCA adota uma abordagem incremental para implantação de capacidades.

Embora Kendall tenha afirmado que a meta é atualizar frequentemente o NGAD com novos sistemas, armas e tecnologias, líderes da Força Aérea questionam se essa abordagem é viável, dada a rápida evolução tecnológica. O NGAD pode precisar ser atualizado com a mesma frequência das CCAs, aproximadamente a cada três anos.

Kendall enfatizou que a USAF deve se adaptar aos rápidos avanços tecnológicos da China em combate aéreo e sua capacidade de lançar mísseis balísticos em bases aéreas. A necessidade de operar apenas em bases com pistas longas representa um desafio estratégico significativo.

FONTE: Air & Space Forces Magazine

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Padofull

Não deixa de ser verdade. Mas ainda só temos exemplos de conflitos entre forças muito desiguais. Que Deus nunca deixe isso acontecer, mas e se duas potências entrassem em conflito, como seria?

Maurício.

“Que Deus nunca deixe isso acontecer, mas e se duas potências entrassem em conflito, como seria?”

Esses caças, assim como os porta-aviões, servem só para por pressão em países de terceiro mundo, em países que não possuem forças armadas de respeito.
É igual aquele “meme” americano das “90,000 Tons of Diplomacy” de seus porta-aviões, mas que na verdade só atuam diretamente contra cachorro morto.
Uma guerra entre potências seria resolvida com Bulavas, Satans, Tridentes, Minutemans, M-51, JL-2, DF-41, entre outras biribinhas atômicas, o resto são narrativas, simples assim.

Last edited 1 mês atrás by Maurício.
Sensato

Sério? Porque a China está torrando dinheiro numa fornalha pra montar seus esquadrões de caças stealth e grupos de ataque capitaneados em NAe? Eles são idiotas ou vão bater em países de 3° mundo?

Maurício.

“Eles são idiotas ou vão bater em países de 3° mundo?”

A China quer uma USAF e US Navy pra chamar de sua, e os objetivos são os mesmos dos EUA, colocar pressão em países fracos de terceiro mundo.
Ou tu acha que um dia EUA e China vão se enfrentar diretamente? Rsrsrs.

Sensato

Talvez seja bom rever sua análise pois ela peca em desconsiderar um fato primordial: eles já se enfrentam.

Willber Rodrigues

Galera fala que, em caso de invasão a Taiwan, os EUA entrariam em guerra contra a China, mas…

Quais as chances de ambos os lados não usarem nukes se verem que a situação está ficando feia pro seu lado? Ou vocês acham que quem tem nukes, não as usará em caso de derrota?

Sensato

Derrota é uma coisa. Extinção da maior parte da humanidade é outra.

Willber Rodrigues

Tú acha mesmo que, se os EUA não tiverem Guam arrasada e uma Task Force inteira arrasada, eles não pensarão 2x em usar nukes?

Sensato

Acho. Desde a 2ª Guerra, ninguém usa nukes pois todas as potências nucleares plenas, ou seja, aquelas que tem a capacidade de “entrega” de ogivas por submarinos, seguem a doutrina MAD, de mutual assured destruction ou destruição mútua assegurada. Em resumo, são países que, se estivéssemos em um videogame (algo que parece ser do gosto de muitos aqui), trocariam kill se fossem atacados com ogivas nucleares. Assim sendo, não acho que os EUA, Russia ou China estariam dispostos a extinguir a raça humana em função de Guam, onde tem 171k de pessoas ou de um CSG onde tem aproximadamente 8k… Read more »

Maurício.

“Galera fala que, em caso de invasão a Taiwan, os EUA entrariam em guerra contra a China.”

Esse pessoal que fala que os EUA entrariam em guerra contra a China, por causa de um território que eles nem reconhecem como livre e soberano, só podem viver em uma realidade alternativa!

Willber Rodrigues

“No entanto, a Força Aérea está se questionando sobre o processo e o conceito operacional adequados antes de avançar com um único design e fornecedor.”

“Kendall e outros líderes indicaram na Paris Air Show que o alto custo do caça está sob revisão para possíveis reduções.”

Hum…aparentemente, a USAF aprendeu algo sobre “como NÃO fazer” ou “como não repetir seus erros”, graças ao programa do F-35…

Rodolfo

O que parece que está matando o programa tripulado de 6a é o custo de aquisição de cada aeronave cerca U$300 milhões, os investimentos necessários no novo míssil balístico Sentinel, e o fato que a Lockheed está enrolada no F35 TR3/Block 4 (se ganhasse o NGAD teria que deslocar engenheiros do F35 pro NGAD) e a falta de confiança que a Boeing hoje seja capaz de desenvolver qualquer aeronave (tem 2 astronautas presos na ISS graças aos problemas do Starliner que está bem atrasado, fora todos os problemas do setor de aviação civil). Também EUA, OTAN, Japão e Australia estão… Read more »

Willber Rodrigues

Sobre o “causo” da Boeing na ISS, eu também acompanho isso.
Fora o programa do KC dela pra USAF, que também acumula estouro de custos e prazos.
Jesus, parece que a Boieng não dá uma dentro a décadas…

Sobre a extimativa de 300 milhões cada caça de 6° geração, eu duvido, mas duvido MUITO, que fique só nesse preço.
Veremos caças de geração 4++ carregar o piano ainda por décadas, por ser economicamente mais viável.

Rodolfo

O historico do Pentagono é de sempre estourar o orcamento.

Willber Rodrigues

Sendo bem justo, praticamente não existe nenhum programa militar ao redor do mundo que não tenha extrapolado custos.
O problrma dos EUA é a “escala” desses estouros….

BraZil

Ao menos uma utilidade as maravilhosas super armas voadoras dos EEUU F35 já demonstraram: o F22 derruba balão e o F35 derruba orçamentos e planejamentos.

Carlos Campos

Bom parece que os CEO vão receber menos bonus, e a EUA terão mais defesa

Diego Tarses Cardoso

“A necessidade de operar apenas em bases com pistas longas representa um desafio estratégico significativo.”

Olha porque o Gripen é um baita acerto da FAB.

Leonardo

Se o próprio F-22 foi considerado muito caro para continuar a produção, imagina essa “nave estelar” aí… kkkk

Rodolfo

O erro da administração Bush e Obama foi achar que o F22 era desnecessário para o mundo de hoje, foi pensado pra combater a URSS, e que no século 21 um avião inteligente como o F35 seria o suficiente, essa ideia foi por agua abaixo quando o 1o protótipo do J20 levantou voo em 2014 mas aí já era tarde demais a decisão de fechar a produção do F22 já tinha sido tomada e ao invés de manter 380 unidades (metade do plano inicial durante o programa ATF) terminou em 186 por decisão do secretario Robert Gates. Hoje teria sido… Read more »

Fabio

Daria pra comprar 4 gripens E e sobraria uns trocos para alguns meteor

GuiBeck

O Tempest e o francês vão voar antes desse daí… heheheh os americanos tão se perdendo feio, de uns tempos pra cá.

Engenheiro Diogo Matos

quando se trata de tecnologia os Americanos estão anos luz de qualquer nação. O SU-57 ainda apresenta uma enorme assinatura de radar, já os caça J-20 Chines ainda precisa dos novos motores e o F-22 que voo pela primeira vez em 7 de setembro de 1997 quase 30 anos depois segue soberano. Varias nações do mundo tentando criar um caça de 5º geração, algumas refinando e um caça de 6º geração americano já voou, isso é bizarro….

adriano Madureira

revisão estratégica? Certamente deve ser algo já relacionado a custos do programa.