Suécia e Filipinas assinam acordo de cooperação para aquisição de equipamentos de defesa

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O Ministro da Defesa Pål Jonson e o Ministro da Defesa filipino Carlito Galvez Jr. assinaram em 3 de junho, em conexão com a Conferência de Segurança Shangri-La em Singapura, um acordo de cooperação para aquisição de equipamentos de defesa (Memorando de Entendimento – MoU).

O governo filipino anunciou que pretende fortalecer sua capacidade de defesa nacional e modernizar suas forças armadas, e o acordo cria condições para que a Suécia e as empresas suecas contribuam para esse processo.

– Estou convencido de que os sistemas de nossos produtores suecos de equipamentos de defesa seriam de interesse para as Filipinas. As soluções suecas na área combinam alto desempenho com baixos custos de ciclo de vida, alta disponibilidade, fácil manutenção e boa usabilidade. Tudo isso contribui para a capacidade de defesa de um país e para proteger sua integridade territorial.

Aguardo com confiança o aprofundamento da cooperação com as Filipinas, disse o Ministro da Defesa Pål Jonson.

FONTE: Governo da Suécia

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Rinaldo Nery

Conferência de Segurança “Shangri-La”. Com esse nome deviam comprar pombas brancas e incenso. Mas será bom pro projeto Gripen E/F.

Camargoer.

Pois é. Tem um filme de 1973 chamado “Horizonte perdido”. Um clássico. Por outro lado, tem um filme insuportável chamado “Xanadu”… Outro clássico que vale a pena assistir é “Hair”

Camargoer.

Aliás, odeio cheiro de patchouli

Santamariense

Isso se não forem envolvidos alguns C/D nas negociações. Isso não ajudaria o E/F.

Rafael Oliveira

Também achei estranho e pesquisei: Shangri-La é o nome do hotel em Cingapura onde foi realizada essa conferência, organizada pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS).
Talvez o hotel tenha dado um desconto na locação para ter o “naming rights” do evento.

MMerlin

Qual a probabilidade da Alemanha embargar também uma possível venda do Gripen para o mesmo país que tentou adquirir nosso blindado 6×6?
Partes da avionica, do sistema de comunicação e o canhão são de origem Alemã.

DanielJr

A Suécia é mais parça deles do que o Brasil, que foi o alvo principal da sanção, penso eu. Bem capaz de liberarem as vendas.

MMerlin

Concordo Daniel. O comentário foi escrito em tom irônico.
Sem dúvida não vai existir ali embargo.
Quando o Gripen foi oferecido a Filipinas, encontrei uma notícia (no Janes salvo engano) com uma imagem da aeronave com especificação de todos os países participantes, apontados para cada item produzido.
Nesta notícia, a imagem fez uma junção dos países europeus com a bandeira da União Europeia. Os demais países estavam segmentados.

LucianoSR71

Como hoje se completam 79 anos do Dia D, vou aproveitar e citar que houve um Porta Aviões USS Shangri-La, classe Essex, que participou da Guerra no Pacífico, uns dizem que seu nome tem origem na resposta que Roosevelt deu ao ser perguntado por jornalistas de onde saíram os B-25 que atacaram Tóquio no famoso Doolitle Raid: saíram de Shangri-la!

Rinaldo Nery

Interessante.

LucianoSR71

E mais um fato interessante: no final de 1944 foram realizados testes de viabilidade de pouso e decolagem de aeronaves ‘terrestres’ adaptadas c/ gancho de parada P-51 e PBJ (versão do B-25 utilizada pela US Navy e pelos Marines) justamente no USS Shangri-la. Apesar dos testes terem sido bem sucedidos a ideia acabou sendo abandonada principalmente pela reconquista de várias ilhas que estavam sob domínio japonês, que podiam operar esses aviões sem precisar de adaptações.

Marcos Silva

Quanta baboseira….

Willber Rodrigues

A alguns anos atrás, a Embraer tava apresentando o 390 pra eles.
E eles já compraram ST.
E agora a Suécia entra na jogada.

Hora do Brasil e Suécia se unirem pra oferecerem pra eles Gripen + 390.

Vai que…

Régis

Tomara que sim, pois quanto mais Gripens e 390 forem vendidos menores serão os custos.

Rogério Loureiro Dhiério

Seria o caminho mais lógico.

Fabio Araujo

Não me lembro se já saiu o resultado, o Gripen levou a disputa com o F-16 nas Filipinas?

Filipe Prestes

Uma pena que a Tailândia também não vá de Gripen E

Hank Voight

Por que não? Recentemente os EUA negaram o F-35 a eles (muito provavelmente em virtude de suas relações militares próximas a Pequim) e uma vez que já operam o JAS-39C a adição do Gripen E seria algo natural inclusive como substitutos aos seus F-16

Fernando Botelho

Isso mesmo, Kings!

J R

e pensar que os Filipinos esqueceram tão facilmente o genocídio promovido pelo governo americano e pelo general Jacob Smith.

Henrique A

Contexto completamente diferente. Hoje a China é uma ameaça muito maior a soberania territorial das Filipinas.

Allan

Concordo, e tem ainda dos USA ser a unica potencia que produz caça presente ali, sendo uma boa alternativa de fortalecer os laços entre os paises.

Rogério Loureiro Dhiério

Kings, de boa pq vc insiste nestes codinomes?

Dagor Dagorath

Esse texto sobre a atuação situação geopolítica do Brasil (em relação aos ex e ao atual mandatário e suas aproximações com o Putin) e do Mundo (com a Suécia entrando na OTAN) pode respingar nos Gripen brasileiros é deveras bem interessante.

https://www.defesanet.com.br/destaque/noticia/1052352/gripen-e-suecia-os-impactos-da-geopolitica-no-programa-gripen-e-a-necessidade-de-reavaliar/

Frederico Boumann

Li o texto, realmente são pertinentes as colocações do colunista. A situação da FAB pode ficar difícil com a entrada da Suécia na OTAN (praticamente certo); e se os suecos optarem pelo F-35, aí morreu o Gripen, não há como a FAB sustentar sozinha uma linha de montagem de um caça de primeiríssima linha como o F-39.
Sem falar que, se o atual presidente não deixar claro a neutralidade nacional, e continuar flertando com a Rússia como vem fazendo, poderá haver uma proibição de diversos componentes do Gripen inviabilizando de vez o caça.

José Luiz

Li e fiquei surpreso. Se acontece isso que prevê será uma catástrofe.

MMerlin

O texto é ótimo. Algumas posições do Düring até me surpreenderam. Boa parte dos apontamentos estão corretos. As FA, exclusivamente, sem o MD, caminham estrategicamente, sem sincronia com a gestão atual (e anterior). Não é uma crítica. Existem áreas que analisam, avaliam e estudam exatamente a geopolítica no grupo. Mas o Brasil precisa ter uma política de Estado, onde todos os principais atores devem seguir em sincronia. O Estado precisa estar acima de qualquer ideologia. Mas isto é praticamente impossível. Temos um congresso e judiciário que, em livre e espontânea vontade, até de modo natural e sustentável, automaticamente se auto-validam… Read more »

Allan

Como sempre a situação não se desenrolou para o lado do Brasil, e é um fato se a Suecia adquirir o F35 como a OTAN quer vai ser complicado para a FAB, talvez seja a hora das forças armadas serem um pouco pragmaticas, aguardar um pouco e ver como a situação se desenrola, e tbm buscar outras alternativas de aeronaves alem OTAN, China e Russia ta ai, e é claro aguentar o peso geopolitico dessa situação.

Santamariense

Texto que expõe uma situação urgente. A FAB chegou numa encruzilhada. Vai ter que escolher o caminho a ser seguido. E assumir o que vier depois, seja qual for o caminho. Eu já falei inúmeras vezes sobre os baixos números de venda e produção do F-39 ( que não se devem ao avião em si) e o que isso pode ocasionar logo ali adiante. E com as mudanças na segurança global causadas pela guerra na Ucrânia, somadas às ações, manifestações e gestos do anterior e do atual ocupante do planalto, colocam o Brasil em uma situação em que deverá se… Read more »

Mig25

Putz,.não dá pra levar a sério artigo totalmente tendencioso, cheio de ideologia e preconceitos…

FSA

O artigo é muito ruim mesmo. O curioso é o articulista nem achar estranho o país que produz a aeronave não adquiri-la….
Acho que está na hora de se começar a pesquisar e tentar entender porque ninguém quis o Grippen, que pode se tornar uma aeronave extremamente cara para a FAB operar.

glaxsquis7

Nem as Filipinas querem F-16.
Só a Ucrânia.”

Ucránia, EEUU, Israel, Emirados, Grécia, Bélgica, Egito, Dinamarca, Noruega, Singapura…

Vai ser “mal querido assim lá na China!” que só não o tem por que já o teriam clonado.

André Sávio Craveiro Bueno

A Suécia não irá optar pelo F-35. Seria desmobilizar uma política de Estado de décadas. Matando o F-39 E ela mataria a dinastia de caças suecos. E o F-39, para eles, é melhor negócio que o F-35.

FSA

Será mesmo? Começo a questionar os motivos reais. Lembrando que o Grippen ainda está numa fase pré-operacional…

Fernando "Nunão" De Martini

Tem só uns 30 caças Gripen em diversos estágios de montagem final na fábrica sueca da Saab em Linköping (uma parcela deles é para a FAB, mas outros tantos são para a Força Aérea Sueca) para desmentir concretamente esse artigo que vocês estão comentando.

Com todo o respeito ao autor, que conheci pessoalmente ao longo de anos cobrindo eventos de defesa, nesse caso vejo muita especulação e pouco fato concreto embasando as conclusões, pelo menos fatos que venham da Saab e de seus contratos com o governo sueco e diversos fornecedores pelo mundo.

Santamariense

Nunão, o que está em produção é aquilo que foi contratado há anos. Está mais que na hora de ter todas essas células em produção. Mas, o que aconteceu de novo? Houveram vendas à outros países? Novas encomendas de Suécia e Brasil? A posição, no mínimo dúbia, do Brasil em relação à guerra na Ucrânia, pode não influenciar a posição da SAAB em relação ao Brasil, mas e a pressão política da OTAN sobre esse flerte do Brasil com a rússia vai permitir que o governo sueco e de outros países fornecedores de sistemas do caça não interfiram no programa?… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Santamariense,

O texto diz que a Suécia vai desistir do Gripen E, deixando o Brasil como único operador. Não faz sentido e há uma fábrica repleta de caças em produção contradizendo essa afirmação.

O resto eu achei um exagero. Análise deve pesar vários fatores, e ele carregou as tintas em apenas alguns.

Santamariense

Eu nem acho que a Suécia vai desistir do Gripen E. Ao menos os 60 contratados ela vai receber. Mas, vai adquirir mais? Não sabemos. A FAB vai adquirir mais? Torcemos que sim, ao menos mais 26 ( número aventado). Mesmo se dobrarem o que foi encomendado até agora, teríamos 200 células. Seria a mesma quantidade produzida de AMX…e olha o final melancólico do avião ítalo-brasileiro. Mas, voltando ao que foi falado no texto em discussão, eu creio que o principal é o posicionamento (ou o não posicionamento) do Brasil em relação ao que está acontecendo no mundo. Essa ausência… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Santamariense,
O grande problema da continuidade da operação do AMX é o motor Spey, descontinuado há muito tempo e que teve um uso bem mais restrito, em quantidade, que o motor do Gripen, o GE F414. Não vejo o mesmo problema. Pode haver outros, mas esse eu acho que não.

Santamariense

Nunão, sei muito bem do problema do Spey. Mas, ele não é o único. Tem milhares de itens que precisam de suprimento/reposição em um caça, como vc bem sabe. E nem todos são mais fornecidos, há um bom tempo. E isso se deve à escala. Ah, mas o F-22 teve a mesma quantidade de unidades produzidas do que o AMX. Sim, mas o F-22 é dos EUA, que pode se dar ao luxo de manter suprimentos para uma quantidade reduzida de células. Não adianta. A escala cobra seu preço, cedo ou tarde. Por isso, é impreterível, fundamental que o Gripen… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Concordo que o Gripen E/F precisa de mais operadores. Isso é muito importante.

Mas não se pode esquecer que o conceito do Gripen E/F é ter boa parte de seus componentes da categoria “COTS”, ou de prateleira, disponíveis comercialmente ou comuns a outras aeronaves.

Aliás, isso costumava ser um dos grandes motivos de críticas do pessoal mais nacionalista ou pró-Rafale ao projeto, porque a Suécia e a Saab não produz isso ou aquilo, porque é uma colcha de retalhos etc. Na real isso reduz o problema da escala menor.

Então é a velha história do pau que dá em Chico…

Frederico Boumann

Nunão, não tenho dúvidas que os suecos honrarão os contratos assinados, no que dependerem deles, mas, geopolítica é feita por levantamentos de teses e possibilidades, o texto trouxe isso, possibilidades. Vamos fazer um exercício de possibilidade, se o atual morador do Palácio do Planalto enviar várias mensagens que tendenciosas em favor da Rússia, o fabricante da turbina do F-39 é da GE e se os EEUU embargarem a venda de motores de reposição? O Gripen têm vários fornecedores de inúmeras partes, e isso facilita um embargo por algum desses países. O texto fala ou deixa subentendido, e daqui para frente,… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Frederico,

Minha crítica foi bem específica em relação ao que o texto em questão fala sobre o governo sueco deixar de se comprometer com o Gripen.

Análises geopolíticas (aliás, coloca-se na conta da “geopolítica” muita coisa que nem é, fazendo um verdadeiro saco de gatos) tem que ter um pé nos fatos. E há dezenas de fatos na linha de montagem sueca que contradizem o texto.

Sobre essas hipóteses de embargo de outros fornecedores ao Brasil, não escrevi nada em meu comentário.

Mas comento agora: acho que o autor exagerou.

Camargoer.

Olá Nunão. O texto é ruim. Eu sempre falo para os alunos que a qualidade de uma análise é inversamente proporcional á quantidade de adjetivos. Como o assunto está meio fora do tópico, achei melhor nem mexer para não piorar. Por exemplo, o autor escreve que a FAB só recebeu até agora 6 aeronaves das 36 do primeiro lote, sugerindo que isso indicaria problemas no programa. Diz que a expectativa era de 100 aeronaves para a FAB, mas ignora que existe a negociação para um segundo lote. Diz que o preço do F35 se torna atraente, mas ignora que os… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Pois é. Eu também sempre insisto nisso: se as premissas estão erradas, o único jeito de se acertar nas conclusões é por sorte, ou tentativa e erro. E para cada acerto por esse método, vem uma coleção de erros. Quando não são premissas erradas, são indícios pinçados deliberadamente (ignorando outros indícios que os contrariem, ou pior, os fatos) por se conformarem de antemão a uma conclusão já definida. E mais uma vez, com todo o respeito ao autor e ao seu histórico de cobertura de temas de defesa, o texto é uma análise ruim da situação, com premissas erradas e… Read more »