Fox 3 Kill podcast: A gênese do Super Tucano
Um dos mais consagrados aviões de contra-insurgência e ataque ao solo da atualidade tem a sua origem um tanto quanto inusitada. E é esse papo que o Coronel Nery conta no sexto episódio de Fox 3 Kill Podcast.
Quem imaginaria que a sugestão de um tenente com ampla experiência em missões de ataque e apoio aéreo aproximado resultaria em um programa de sucesso de exportação? A história do Super Tucano começa assim, no início dos anos 1990, durante uma visita do então Tenente Wagner Rocha à Embraer.
Com base no EMB-312 Tucano, a empresa havia desenvolvido um protótipo para concorrer ao Joint Primary Aircraft Training System (JPATS), um programa que tinha por objetivo selecionar a futura aeronave para fazer o treinamento dos futuros pilotos da Força Aérea e da Marinha norte-americana.
Ao ver aquele protótipo no pátio de estacionamento no aeroporto de São José dos Campos, que era maior e parecia mais moderno e capaz que o “Tucaninho”, Wagner Rocha esboçou um questionamento natural:
“Por que a Embraer não faz uma versão armada do JPATS? O Coronel Schittini falou para o Wagner escrever a ideia num papel e levar para ele, lá na Embraer. E eu o ajudei a escrever isso. Foi então que imaginamos o que o avião poderia ter com base nas tecnologias existentes na época”.
Aquele questionamento foi o gatilho para uma sequência de fatos e acontecimentos que culminaram no programa do ALX, o Super Tucano. E tudo isso você vai ouvir nesse novo episódio.
Acesse aqui para ouvir esse episódio!
Vou deixar salvo pra ouvir quando voltar do trab a noite, mas desde já fica a pergunta:
Já não é chegada a hora da Embraer/FAB começar a esboçar um substituto pro ST?
Ou, quem sabe, usar o ST como base pra um drone de ataque ao solo 100% BR?
Não há necessidade de substituto. Basta a frota passar por um MLU.
E esse MLU já teria previsão?
Não que eu saiba, mas já foi pensado pelo EMAER.
Pra que? Não prestou nem pra pegar garimpeiro…
Quantos ele pegou desde 2004, quando ele foi entregue para a FAB??
Nenhum!!! hahahahaha…
Alias, a FAB nem viu os garimpeiros voando pela Amazônia…
Que bobagem!! Tu não tem a menor ideia do que está falando!!
Deixa, Flanker. Deve ser um adolescente, pelo nível dos comentários. Ignore.
Don´t look up…
O professor Wagner Rocha é um sujeito como poucos. Bem poucos.
Macedo, figura ímpar. Caçador, iteano e asas rotativas. Era um cara bom e sabia bem disso. hahah
Grande história, Rinaldo. Parabéns.
Obrigado, amigo. Há mais podcast a ser liberado, acerca da criação do 2°/3° GAV.
Muito bom saber. Estou ansioso para ouvir.
Por que a FAB não compra mais algumas unidades do Super Tucano? Eu acho que já estaria na hora, um caça de grande importância na interceptação de pequenas aeronaves do tráfico e até do garimpo ilegal, e alguns foram perdidos em acidentes e outros repassados para a Esquadrilha da Fumaça.
Não vi novas compras desde que a encomenda original foi concluída.
Necessita, sim. Como falei, há espaço prum 4°/3° GAV. A fim de permitir a formação e de absorver mais caçadores.
Há comentários de que haveriam Super Tucanos ofertados a venda, demonstraram interesse na época: Ucrânia; Portugal e Uruguai. Essas notícias não procedem mais, certo?
https://aeromagazine.uol.com.br/artigo/uruguai-pode-estar-negociando-compra-de-cacas-super-tucano-da-fab.html
Pelas noticias são mais de 200 aeronaves de garimpeiros e não pegaram nenhum!!
Ou o ST não presta ou os “fabianos” não servem pra nada!!
Don´t look up…..
Santo desejo de falar algo…mesmo que impensado…..sabe a diferença entre trafico e garimpeiro?….é claaaaaarooooooo que não…..dou uma chance incomoda….não tente pensar na respostas do ponto de vista moral…..pense no tecnico….
Já havia assistido há 2 dias no YT (Canal Hunter Press) e achei interessante nosso conhecido e que respeito muito, Cel. Nery, revelar que o pessoal da Embraer foi ao Musal ver um P-47 p/ entender e replicar como era a instalação da metralhadora na asa, afinal esse arranjo deixou de ser usado logo após a 2ªGM. Vale muito a pena ouvir esse podcast.
Pois é.
Para essas missões é que o MAA-1B (ou mesmo o A um pouco mais melhorado) cairia muito bem.
Houve, anos atrás, uma monografia dum caçador dos Terceiros demonstrando a inviabilidade da utilização de qualquer míssil ar-ar pelos A-29. Creio que foi publicada aqui. Se não foi aqui foi no site da ABRAPC. Me convenceu.
Era relacionado ao efeito da umidade sobre os componentes do míssil se não estou enganado…, pelo que me lembro era demonstrada a inviabilidade de operar tais sistemas de armas pois em um determinado período o equipamento iria se degradar, principalmente em aeródromos remotos.
Aí fica melhor explicado ainda.
Realmente em tal situação fica ruim mesmo.
Só não entendo como os americanos conseguiram operar os Saidwinder,s no Vietnã.
Até operaram mas o desempenho foi bem ruim, tanto na USN quanto na USAF…”Kill probability”de 0.18. Mas acho que deveria ter sido mais preciso na minha postagem, digo: certamente operar essas armas em ambiente de alta umidade é possível, mas é necessário analisar se do ponto de vista operacional e somado a complexidade logística de armazenamento além da necessidade de equipamento de diagnose e ferramental para manutenção e reparo é necessário verificar se a adoçāo desse meio se faz necessário. E ainda…No caso da Guerra do Vietnã os componentes eletrônicos sofriam degradação de forma diferente por pertencerem a uma geração… Read more »
hummmm…confundi com uma tese que falava da pequena velocidade e baixa transferencia de energia deixando sempre o avião em absoluta desvantagem de alcance do missil…..achei que era esta…
Mas o meu também nāo é certeza…kkk
Mas botei porque achei totalmente convincente também.
Foi aqui mesmo. O autor demonstrou (e muito bem) que mísseis são muito pouco eficazes para um engajamento por turboélices, podendo chegar a um alcance inferior a 2 km pela limitação de velocidade da aeronave lançadora.
Fica mais lógico essa explicação do que as anteriores, já que é de conhecimento geral o emprego em massa de mísseis AIM-9 na guerra do Vietnã ( ambiente tão ou mais úmido que a Amazônia).
Ok obrigado pela resposta !
Mestre Nery,…..mas uma pergunta pragmatica…vi esta tese….mas ela não seria contestavel sobre certos aspectos? Não queremos brigar contra as leis da fisica sobre a energia doado da aeronave ao missil paraagregar alcance….mas seu aceite não seria o mesmo que condenar qualquer missil ar-ar em helis? OU seu reaparecimento em drones….?
Não conheço os dados sobre o emprego de mísseis ar-ar em heli. Houve algum caso em algum conflito? Obteve sucesso? Não confundir com ar-solo.
Sobre as .50…..o alcance efetivo operacional é de quanto?
Não sei de cabeça. Vou checar. Chuto algo em torno de mil metros.
Uma coisa que não me desce à garganta é não termos concluído o projeto do MAA-1A e MAA-1B Piranha. O primeiro foi pelo “rolleron” ter sido deixado de ser fabricado nos EUA, simplesmente aqui no Brasil ninguém buscou pegar os que já existiam e copiar, preferiu-se abandonar o projeto todo. O segundo é um mistério, ele é praticamente uma cópia do Magic 2 francês, não tinha rolleron, porém não foi concluído e pronto, a Fab ficou sem um míssil ar-ar nacional de curto alcance, dependendo de compras externas. Entendo que a aquela altura os dois projetos já estavam defasados, havia… Read more »
Coisas de FAB.
Não se esqueça do A-Darter.
Ao que parece nas FAAs nacionais (mais na FAB), a dependência é proposital e até incentivada e aceita.
O “complexo” de vira latas deve ser a política que as rege !
Seria bom se eles dessem na época o palpita de adquirir um modelo aeronave a jato chamada: MFT-LF ou EMB-330 que viria se sucedida pela A-X1. Aí diria que seria genial a ideia e não bestial, mas enfim, nossa cultura se baseia nisso ter o mínimo e não necessário.
Aproveitamos uma aeronave que já existia. Ninguém queria começar um projeto do zero. Nem havia recursos pra isso, nem da FAB tampouco da EMBRAER. A EMBRAER estava num buraco de 400 milhões de dólares. Por isso não houve esse ¨palpite¨.
Parabéns para nossa FAB pelo excelente trabalho e profissionalismo!!
Ficou muito bom esse podcast. Parabéns Coronel pela iniciativa de vocês! Nem imagino o tamanho do orgulho de vocês em ver o ST operando por ai!
A FAB poderia convidar o senhor para mais uns voos com ele. Um único voo foi sacanagem. rsrsrsrs
A FAB não me deu nem ¨muito obrigado¨! kkkkkkk
Sei que não é o assunto, mas é a oportunidade que tenho de fazer duas perguntas.
1) porque não temos um motor a jato nacional?
2) porque não temos um avião a jato de combate, tipo caça, 100% nacional ?
Temos motores a jato nacional, como o TJ 1000 da Turbomachine, evidentemente não se pode comparar a potência e a própria finalidade com o General Electric F414-GE-39E, motor do Gripen E. Ambos turbojatos, mas com finalidades distintas, o primeiro com aprox 4,5KN de empuxo e capacidade de conduzir nosso míssil tático de cruzeiro e o segundo com ate 98KN capaz de ser a “locomotiva” de nossos caças. Mas para termos motores a jato da capacidade que alguns países tem, teríamos de ter começado o desenvolvimento entre 1930 e 1935. Não temos um avião de combate a jato 100% porque são… Read more »
Cel. esperei o sabado para ouvi-lo, quando se fica na espectativa a cada minuto por novas revelações significa que valeu a pena os 53 min.
Esse seu trabalho que rendeu para nos 53 min, acredito que lhe deve ter custado mais de hora de dedicação do seu tempo.
Obrigado.
Vale cada minuto. Já se falou muito sobre o A-29 no blog, e essa é a oportunidade de conhecer a verdadeira história da gênese do projeto.
Meus cumprimentos ao Mestre Nery!!!
Sacada de mestre onde acreditar é 90% do sucesso!!! E convencer do obvio 95% da dificuldade!!!
Eu tenho fissura em tentar compor soluções , como todos sabem, mas o A-29 é algo quase impossivel de superar no equilibrio dado ao avião!!!! é impressionante como ficou bom!!!