Indústria italiana assina contrato para a próxima fase de desenvolvimento de um sistema aéreo de 6ª geração

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  • As atividades de conceito, avaliação e demonstração que sustentarão a participação da Itália no Global Combat Air Program (GCAP) estão em andamento
  • Isso ajudará a definir as tecnologias inovadoras que darão um salto geracional nas capacidades de defesa nacional
  • O projeto gerará um retorno positivo para o ecossistema industrial nacional da Itália, atraindo PMEs, start-ups, universidades e o mundo da pesquisa

Roma XX de Janeiro de 2023 – A equipe de empresas italianas que participará do desenvolvimento do novo Programa Global de Combate Aéreo (GCAP) assinou um contrato para apoiar o Ministério da Defesa italiano na nova fase de conceito e avaliação do programa, além das atividades de demonstração relacionadas. A equipe, que inclui a Leonardo – como parceira estratégica – e outras empresas italianas líderes em seus respectivos domínios: Elettronica, Avio Aero e MBDA Itália, avançará no desenvolvimento de tecnologias de apoio para o conceito de “sistema de sistemas” da GCAP, baseado na sexta geração de plataformas aéreas de combate que opera em cenários de múltiplos domínios.

A indústria irá colaborar com universidades, centros de pesquisa, PMEs e start-ups, permitindo troca de conhecimento, crescimento de habilidades em nível nacional e estreita parceria com o Ministério da Defesa italiano. O Ministério será responsável por definir as necessidades operacionais e direcionar o desenvolvimento tecnológico, contando com o apoio da indústria.

Alessandro Profumo, CEO da Leonardo disse: “Esta nova fase é um passo crucial no processo de identificação e disponibilização de tecnologias inovadoras. Graças a elas as nossas capacidades de defesa poderão dar um salto geracional, tecnológico e operacional necessário, permitindo à nossa indústria nacional atingir o mais alto nível de excelência e autonomia estratégica. Como parte do programa GCAP, as empresas italianas desempenharão um papel fundamental no futuro da indústria de defesa em nível nacional e internacional. Isso acontecerá num cenário de crescimento, que reforça a capacidade operacional das nossas Forças Armadas ao mesmo tempo que gera retornos positivos, incluindo progresso tecnológico, econômico e social para todo o ecossistema nacional”.

Enzo Benigni, Chairman e CEO da Elettronica disse: “Com o lançamento desta nova fase do programa GCAP, 0estamos desenvolvendo um plano de tecnologia e indústria que levará o setor de tecnologia da Itália da era Typhoon, o último grande programa europeu de desenvolvimento aéreo de combate, para uma nova era sustentada por recursos de sexta geração. O contexto geopolítico destaca como é vital atingir o nível certo de prontidão, interoperabilidade e disponibilidade de tecnologias. Assim, estaremos preparados para administrar qualquer crise que possa nos afetar. O papel significativo da indústria italiana no programa GCAP garantirá um legado nacional, europeu e internacional, ajudando a consolidar os conceitos de autonomia estratégica e soberania tecnológica. A Elettronica está pronta para contribuir e reconhece que os objetivos

Riccardo Procacci, CEO da Avio Aero disse: “O desafiador contexto geopolítico de hoje exige soluções tecnológicas com foco na excelência operacional e na capacidade de adaptação a cenários futuros. O programa GCAP responde a esta necessidade e apoiará os requisitos das Forças Armadas, garantindo a autonomia estratégica. A Avio Aero, como empresa europeia do setor da propulsão e parceira de longa data das Forças Armadas, traz para o programa as suas capacidades e reconhecida excelência tecnológica, bem como continua a investir no desenvolvimento de tecnologias inovadoras com o apoio e envolvimento da sua rede de colaborações com universidades, centros de investigação e PME”.

Lorenzo Mariani, Diretor Executivo de Vendas e Desenvolvimento de Negócios do Grupo MBDA e CEO da MBDA Itália, disse: “Ao participar do programa GCAP e desta segunda fase de nosso contrato, a MBDA Italia e nossos parceiros em centros de pesquisa e PMEs irão implantar nossa capacidade coletiva de gerenciar os efetores e as tecnologias relacionadas necessárias para o sistema de sistemas. Essas tecnologias formarão a base de sistemas complexos para a defesa aérea nacional. A capacidade de combater ameaças mais desafiadoras será um elemento-chave do desempenho de um sistema aéreo de combate de sexta geração”.

Para apoiar o programa GCAP, a Itália já destinou 6 bilhões de euros de investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Esse valor permitirá o lançamento de projetos de desenvolvimento tecnológico em áreas de interesse estratégico, garantindo que a indústria nacional da Itália participe das futuras fases de desenvolvimento do sistema de sistemas.

O desenvolvimento de um ambiente nacional de trabalho colaborativo, com infraestrutura digital baseada em segurança avançada, permitirá a partilha segura de informação, serviços e atividades, suportando as fases subsequentes de implementação através de um ambiente virtual seguro e classificado. A ativação de projetos que proporcionem crescimento tecnológico em áreas de interesse estratégico permitirá que a indústria nacional da Itália desempenhe um papel substancial no desenvolvimento do sistema de sistemas. Esta atividade será vital para alcançar um nível adequado de soberania nacional.

Esta iniciativa também lançará as bases para maior colaboração internacional no desenvolvimento de tecnologias relacionadas a plataformas aéreas de combate de sexta geração, aprimorando a competitividade industrial nacional da Itália, sua autonomia estratégica e as habilidades acadêmicas e profissionais das gerações atuais e futuras. Visando esse objetivo, empresas já começaram a investir em pesquisa, ativar colaborações com universidades e apoiar incubadoras tecnológicas no setor de inovação, promovendo as iniciativas mais promissoras nacional e internacionalmente.

Participação italiana no GCAP

As atividades italianas relacionadas ao GCAP, o Programa Global de Combate Aéreo, começaram oficialmente em dezembro de 2021, com financiamento inicial alocado pelo Ministério da Defesa. O Ministério lançou a fase de evolução e transição tecnológica “Typhoon-to-GCAP” com o apoio da indústria, pondo em marcha um processo de modernização estratégica dos recursos operacionais da nação.

A ambição nacional da Itália é desenvolver, por meio do programa GCAP, um modelo verdadeiramente inovador de colaboração entre a Defesa e a indústria, que possa representar um modelo para projetos futuros. Adotando uma abordagem em nível de sistema, as tecnologias envolvidas vão da aeronáutica à eletrônica, do ciberespaço ao gerenciamento integrado de propulsão e energia. Todos os projetos poderão alavancar tecnologias como inteligência artificial, análise de big data, computação quântica, geminação digital e integração entre plataformas tripuladas e não tripuladas. As atividades de P&D do Ministério da Defesa e da indústria incluem, portanto, o estudo dos requisitos e soluções necessárias para definir o sistema geral, a criação de um plano de desenvolvimento de tecnologia para um demonstrador que possa apoiar o roteiro e o desenvolvimento e eliminação de riscos da tecnologia.

DIVULGAÇÃO: Leonardo

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Underground

GF, FAB, Embraer vão entrar nesse negócio aí?
Oportunidade única para participação real em um projeto de grande porte.
Não, né!?
Não temos nem previsão ou dinheiro para troca de treinamentos elementares que estão com 50 anos de uso, quanto mais um projeto ambicioso desses.
Outra coisa é saber se alguém no planeta nos quer, já que fomos expulsos da ISS.

Waldir

Não fomos expulsos. Nós que abandonamos. Fim foi em 2007, na era Lula. Impressionante esse caso. O nine é encantador de serpentes mesmo.

Underground

Brasil vai acabar entrando para o P.D.R., programa de desenvolvendo de uma aeronave de 7ª geração, com propulsão nuclear e capacidade de ir ao espaço e voltar, cujo desenvolvimento será feito entre Brasil, Argentina, Venezuela, Cuba e Rússia.

Ivan herrera

Kkkkkkk , eu particularmente só queria ver a entrega dos 40 gripens, resta saber se estarei vivo daqui 40 anos😂

Hank Voight

Não seja assim tão pessimista meu amigo

Marcos Borges

Com ou sem IRST?

Ivan herrera

Com o IRST será que é pedir demais kkkkkkkkkkkkkk

Saldanha da Gama

Ótima oportunidade para usarmos nosso precioso Tot adquirido e, fazermos parte de um grande empreendimento..Ou será que não iremos usar? ( projeto com os italianos).
Abraços

Romão

Só passando pra lembrar que os F-5 foram adquiridos no período da ditadura militar, numa época que Já existia F-14 Tomcat, então… Xiuuu…. Cala a boquinha.

Luiz Antonio

KKK, agora conte aquela do bêbado.

Luis Carlos

E fugindo dos EUA.

Radagast, o Castanho

E o Irã já trouxe o mockup escondido e desembarcou ele no Rio de Janeiro.

tsung

queria muito ver se eu viver ate lá 2050

Hank Voight

Esse projeto será feito em parceria com o Reino Unido e o Japão

Leonardo Bastos

Agora vai… rsrsrs

Hank Voight

Com certeza vai ser um caça de sexta geração legítimo, visto que contará com a expertise do Reino Unido, e não um “Tipo 5G” como o Su-57…rs!

Maurício.

Tirelles, fazia tempo que você não usava esse Nick por aqui…rsrsrs.

Luis Carlos

Novo nada.
Só aparece em post sobre 5G.
Talvez esperando que os de Israel não sejam aterrados a toda hora.
kkkkkk

Luis Carlos

E não deve cair toda hora como o F-35, né?
Se o 5ª geração faz isso, imagine o de 6ª?

Luis Carlos

Rússia, China, Inglaterra, França, Alemanha, Espanha, Itália, Coreia, Suécia e Turquia.
Mercado está ficando saturado
Eu só quero ver para quem os EUA vão vender seus F-35.
Ah!
Esqueci da Finlândia.
A nova felizarda (ou vítima) que quer entrar para a OTAN.

Rui Mendes

Coreia e Turquia não são bem 5geração, muito menos 6geração, e Rússia e China, se estão a trabalhar em algum 6 geração, é em segredo, o único que falta, da lista de cima, que está também a trabalhar em um projecto 6G. são os EUA.

Diego Tarses Cardoso

Afinal, quais as diferenças entre um avião de sexta geração com um de quinta ? Disseram que seria invisível a olho nu e que teria armas laser kkkk

Maurício.

Tem um pessoal que gosta de viajar na maionese, eu lembro que o Vader jurava que o vencedor do TX americano seria uma aeronave stealth, que poderia ser vendida para países aliados, o Justin, na época, disse que um treinador deveria ser uma aeronave simples e barata. Bem, no final, o Justin estava certo, a Boeing apresentou seu T-X, um avião bem simples e nada de stealth, lembro que alguém disse, na época: “mas ele tem deriva dupla inclinada”, mas isso, até os F-5 do Irã tem.

Rui Mendes

Muitas, mas existe muita informação a esse respeito, basta ter interesse em se informar.