Unidade de defesa da Airbus propõe esforço conjunto para exportar aeronaves sul-coreanas para a Europa Ocidental

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KAI FA-50

SEUL — A Airbus Defense and Space propôs esforços conjuntos com a Coreia do Sul para impulsionar a exportação do jato FA-50 da Coreia do Sul e outras aeronaves para países da Europa Ocidental, disse o Ministério da Indústria de Seul na quarta-feira (16/11).

Michael Schoellhorn, CEO da Airbus Defence and Space, fez a proposta durante sua reunião com o ministro da Indústria sul-coreano Lee Chang-yang em Seul para discutir maneiras de aumentar a cooperação na aviação, espaço e vários outros setores de mobilidade, de acordo com o Ministério do Comércio, Indústria e Energia.

A Airbus propôs uma “estratégia ganha-ganha” de exportar aeronaves sul-coreanas para países da Europa Ocidental à luz de seu acordo com a Polônia de venda de aeronaves de ataque leve FA-50 e o teste de voo bem-sucedido de seu caça KF-21, disse o ministério.

Em julho, a Korea Aerospace Industries, a única fabricante de aeronaves da Coreia do Sul, assinou um acordo básico de US$ 3 bilhões com a Polônia para exportar 48 caças FA-50.

O chefe da Airbus disse que sua empresa planeja aumentar o volume de componentes de empresas sul-coreanas dos atuais 700 bilhões de won (US$ 529,3 milhões) por ano para mais de 1 trilhão de won.

Ele expressou esperança de uma cooperação expandida no campo espacial com a Coreia do Sul e prometeu compartilhar detalhes sobre seus casos de projetos conjuntos com a Agência Espacial Europeia sobre o plano da Coreia do Sul de estabelecer uma entidade espacial.

KAI KF-21 Boramae

Lee saudou a proposta sobre as vendas potenciais da aeronave militar sul-coreana na Europa Ocidental.

Ele agradeceu ao chefe da Airbus pelo plano de aumentar suas importações de peças de aviação sul-coreanas e pediu que a empresa compre novos tipos de itens.

Lee pediu à Airbus que construísse um centro de pesquisa e desenvolvimento na Coreia do Sul para aumentar a cooperação nos campos de aviação de próxima geração, enfatizando a tecnologia e infraestrutura avançadas da Coreia do Sul em termos de semicondutores, displays, baterias e software.

Na Ásia, a empresa possui centros globais de P&D na China, Índia, Singapura e Malásia.

“O chefe da Airbus disse que sua empresa apresentaria detalhes sobre a proposta da Coreia do Sul sobre o estabelecimento de um centro de P&D”, disse o ministério.

Lee também pediu para ter mais empresas sul-coreanas nos projetos de aviação da Airbus desde os estágios iniciais e tê-los como parceiros-chave, em vez de simples fornecedores, de acordo com o ministério.

Ele sugeriu que a Airbus propusesse itens detalhados onde os dois lados pudessem trabalhar juntos, como impressão 3D e moldagem por transferência de resina, acrescentou.

Lee então prometeu medidas de desregulamentação, incentivos fiscais e vários outros para criar “as melhores circunstâncias de investimento do mundo”.

FONTE: Yonhap

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Filipe Prestes

Boeing e SAAB não curtiram a notícia.

Saldanha da Gama

Pensei o mesmo….

Alfredo

Como assim?
Facada nas costas?

Ivanmc

Até o FA-50 já foi testado em combate.

Zé bombinha

Me veio um delírio enquanto lia o texto….A400👀

Marcelo Bardo

Eu pensei algo do tipo. Capaz de oferecerem isso para os coreanos como contrapartida.

Neto

muito possível.

Pedro Fullback

Airbus, indústria sul-coreana e Bombadier. A Boeing têm a SAAB e o gigantesco lobby americano…

Enquanto isso a Embraer está sozinha… Ainda dizem que é errado a Embraer se juntar a um grande player…

Filipe Prestes

Essa lógica não funciona 100% quando se trata da área de defesa, afinal compras militares sempre levam em conta o peso geopolítico de cada país. No caso do Brasil, carecemos desse último fator, faça a Embraer o que fizer. Daí explica-se a lógica de projetos com vários fornecedores como o KC-390. Exemplos de hard e soft power recentes não faltam como as vendas do F-35 para o Canadá e países europeus que antes da invasão russa na Ucrânia nem sequer cogitavam o caça da Lockheed. As parcerias que a Embraer precisa realmente estão na parte comercial e executiva, que por… Read more »

Rui Mendes

Boing e Saab, onde???
A Airbus com a Bombardier, só no modelo A220, que a Airbus comprou os direitos.

Nonato

No T 7…

Tallguiese

Esse FA-50 até que é um aviãozinho bem esperto heim? Assim como o M-346 também!

Robson Rocha

A KAI tem um produto que a Airbus não tem: um caça leve para oferecer para quem não tem recursos ou necessidade de um Typhoon. A Airbus tem um produto que a KAI não tem: um cargueiro militar. O problema está no lado europeu: o A400M é um avião de projeto problemático. Caro de comprar e caro de operar. A proposta europeia será sedutora o suficiente para fazer a KAI desistir de seu projeto de avião cargueiro próprio e também de vencer o KC-390 da Embraer que se aproximou de outras empresas sul coreanas para oferecê-lo por lá?

Andromeda1016

A KAI quer projetar seu próprio cargueiro pois tem excedente de engenheiros que estão sobrando com a maturação do projeto do F-21. Parece que o projeto deles vislumbra um cargueiro com algo em torno de 50% maior de capacidade de carga que o KC-390 para evitar concorrência com outros cargueiros. A Embraer devia ser parceira neste projeto.

Last edited 1 ano atrás by Andromeda1016
Andromeda1016

Do nada a indústria bélica coreana despertou o interesse do mundo. Pudera, tem qualidade, preço e capacidade de produção e entrega que poucos países do mundo possuem hoje em dia. Agora dizem que a Lokheed Martin está propondo uma versão navalizada do FA-50 para ser vendida à marinha deles. Com isso a KAI ganharia acesso a tecnologia necessária para adaptar caças para uso embarcado e a KAI poderia aplicar essa tecnologia no F-21 como muito desejam na Coreia do Sul. O mundo dá voltas e “sorte” acontece com quem ajuda a sorte acontecer ….

Emanuel

sds, off topic: vcs acham que o Brasil tem a tecnologia pra desenvolver e produzir um avião como esse, numa eventual preocupação em substituir os atuais a-29? creio que com a expertise em desenvolver materiais compostos poderia vir a ser um substituto ou meio termo para um caça mais pesado. Tenho consciência que as verbas não conseguiriam manter um caça pesado em disponibilidade boa o suficiente para o tamanho do Brasil, não por falta de dinheiro mas por alguns outros n fatores que não queria ligar nesse primeiro momento. Mas nesse cenário hipotético, em que essas aeronaves a serem desenvolvidas,… Read more »