Força Aérea Brasileira inaugura nova estação radar de vigilância aérea em Rondônia

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Estação será usada pelo Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) para auxiliar na proteção de fronteiras do Brasil

A Força Aérea Brasileira (FAB) inagura no dia 29 de setembro a nova estação radar localizada no 1º Pelotão Especial de Fronteira do Exército Brasileiro, o Real Forte Príncipe da Beira, que fica no município de Costa Marques (RO). A estação será entregue pela empresa de Defesa brasileira Omnisys, subsidiária do Grupo Thales, para ser usada pelo Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) no auxílio à proteção das fronteiras do Brasil com o Paraguai e a Bolívia.

A estação de Forte Príncipe da Beira é formada por radares primário e secundário (LP23SST-NG e RSM970S). Adotando recursos e equipamentos de alta tecnologia, a estação potencializa a identificação de aeronaves voando em baixas altitudes em região de fronteira, trazendo benefícios operacionais tanto para o controle civil quanto para a defesa aérea. Além de auxiliar no controle do espaço aéreo, a nova estação vai ampliar a vigilância e o combate ao tráfego aéreo ilícito.

A associação dos radares LP23SST-NG e RSM970S oferece a melhor solução para garantir a eficácia do controle e vigilância do tráfego aéreo. O LP23SST-NG é uma nova geração de radares primários de longo alcance, capaz de detectar aeronaves cooperativas e não cooperativas. Já o RSM970S é uma geração de radar secundário de alto desempenho, que utiliza técnicas inovadoras desenvolvidas para fornecer a melhor resposta aos requisitos operacionais, garantindo total integridade e disponibilidade dos dados de vigilância e comunicação. A estação conta também com as tecnologias de altimetria que capacitam os radares para operação 3D, além de contramedidas eletrônicas.

Os radares foram fabricados no Brasil pela Omnisys, em suas instalações em São Bernardo do Campo (SP). A subsidiária do Grupo Thales também exporta suas soluções, que já estão presentes em diversos países da Europa, América Latina e Ásia. Com essa nova estação, o Grupo Thales celebra a marca de mil radares de vigilância de tráfego aéreo entregues pelo mundo, com estações em mais de 100 países, pelos cinco continentes.

Para o CEO da Omnisys, Luiz Henrique, a entrega do milésimo radar do Grupo Thales acontecer justamente no Brasil é um marco da excelente relação que a empresa construiu ao longo de sua trajetória com a Defesa do país. “É uma honra atingir esse marco com uma estação em Rondônia, solidificando a parceria da Omnisys e da Thales com um dos pilares da soberania brasileira: a defesa e segurança de suas fronteiras”, detalha Henriques.

Sobre a Omnisys

A Omnisys é uma empresa brasileira de alta tecnologia com ampla experiência nos mercados civil, espacial, defesa e segurança. A empresa está sediada em São Bernardo do Campo (SP) e conta com mais de 200 funcionários e forte presença nos segmentos de controle de tráfego aéreo, defesa aérea, mísseis eletrônicos, guerra eletrônica, sonar, cargas de satélite, entretenimento a bordo e serviços. Em 2006, a Omnisys tornou-se subsidiária do Grupo Thales e é referência no grupo com seu Centro de Excelência em Radares de Gerenciamento de Tráfego Aéreo, produzindo para o mercado nacional e internacional. Desde 2015, a Omnisys também recebeu investimentos para a implantação de uma linha de produção de radares secundários e a inauguração do Centro Sonar. Junto com o Espaço Thales Alenia, a Omnisys também inaugurou seu Centro Tecnológico Espacial em São José dos Campos (SP). A Omnisys é a fornecedora líder do programa espacial CBERS.

Sobre a Thales

A Thales (Euronext Paris: HO) é líder global em alta tecnologia que investe em inovações digitais e tecnologias essenciais — conectividade, big data, inteligência artificial, cibersegurança e tecnologia quântica — para construir um futuro em que todos podemos confiar, e que é vital para o desenvolvimento de nossa sociedade. A empresa oferece soluções, serviços e produtos que ajudam seus clientes — empresas, organizações e nações — a superar suas missões críticas nos mercados de defesa, aeronáutica, aeroespacial, transporte e identidade digital e segurança, tendo sempre pessoas à frente do processo de tomada de decisões.
A Thales tem 81.000 colaboradores em 68 países. Em 2021, o Grupo faturou € 16,2 bilhões.

DIVULGAÇÃO: FSB Comunicação

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roberto

Uma dúvida, por que fica dentro dessa bola se normalmente vemos os radares fora ?

Beerboat

proteção resistente ao tempo, transparente para as ondas do radar.

Cristiano Salles (Taubaté-SP)

Interessante…, não sabia disso…, tipo aquela proteção de fibra da antena parabólica…

Mateus

Direto do Google

Radomes são grandes estruturas em forma de cúpula que protegem os radares das más condições meteorológicas, mas ao mesmo tempo permitem que os sinais eletromagnéticos sejam recebidos pelo radar sem qualquer distorção ou atenuação.

Matheus

Proteger dos elementos.

Henrique

a bola protege a estrutura do radar das ações do clima

Last edited 1 ano atrás by Henrique
Silvano

Existe um princípio matemático que diz: “Toda onda que incide sobre uma parábola dirige-se para o seu vértice”.

Carlos Crispim

Essas cúpulas geralmente são feitas de fibra de vidro, tanto as ondas são trasmitidas como retornam sem nenhuma deflexão, passam direto pelo material como se não existisse , serve justamente por isso . É mais pra proteger as antenas das intempéries ou choque com pássaros e materiais que podem danificá-las.

Willber Rodrigues

Por causa da curvatura da Terra que limita o alcance dos radares, não deveria ter esse tipo de radar a cada “X” km’s um do outro, pra evitar pontos cegos, ou isso não é necessário?

Douglas Rodrigues

Outros dois radares já foram inaugurados anteriormente (um em Corumbá/MS e outro em Porto Murtinho/MS), são iguais esse inagurado agora em Rondônia, ainda haverão outros naquela região.

Carlos

Boa tarde Douglas
São 3 Radares inaugurados , na sua lista faltou o Radar de Ponta Porã (MS)
, Inauguração em 2021

https://www.fab.mil.br/noticias/mostra/37543/

Last edited 1 ano atrás by Carlos
Douglas Rodrigues

Verdade, obrigado por lembrar, com esse da notícia então são 4….

Rinaldo Nery

Acho q já havia um em Pimenteiras, próximo a Cáceres.

DanielJr

A baixa altura sempre será um ponto cego. Eu acredito que esses equipamentos auxiliem na navegação e segurança de aviões de passageiros de linhas aéreas e particulares, que voam em locais predeterminados na rota de voo e ainda detectem algumas aeronaves a mais baixa altitude que porventura esteja naquela região (curta distância, mais próximo da antena).

Em casos de suspeita de rotas ilegais ainda cabe enviar os Embraer 99 e posicionar aqueles radares móveis da Lockeed Martin que ficam andando pela fronteira.

Rinaldo Nery

Farão tudo o que você escreveu, mas a intenção principal é coibir o tráfegos ilícitos. Vai auxiliar muito na Defesa Aérea, e o Alerta DA do 2°/3° GAV, em Porto Velho.

BLACKRIVER

Prezado Cel Nery; Em se tratado de radar embarcado para controle de espaço aéreo, o mercado oferece soluções para serem operados em aeronaves de pequeno porte como por exemplo um PC12? Ou em UAV de pequeno porte? Pergunto pois a fronteira é extensa e mesmo com a instalação desses últimos radares sempre tem uns “buracos” nos níveis mais baixos, e o crime organizado tem grana pra estudar os alcances dos radares e saber onde está esses buracos, afinal mercenarios tem em todas as áreas. O radar M60 talvez seria uma solução? mas dado seu alcance precisaria ter um número em… Read more »

Rinaldo Nery

Talvez o SABER 200 fosse a melhor solução. Mas, pra instalar radar tem que ter energia elétrica, local adequado pra instalar e gente pra mantê-lo. A FAB possui um ótimo relacionamento com a PF. A PF nos avisa quando, de onde e qual horário o traficante vai passar. Daí o E-99 já estará esperando-o. O serviço de inteligência da PF é muito bom, e há troca de informações com as polícias dos países vizinhos.

BLACKRIVER

Muito obrigado pelo feedback

Willber Rodrigues

Mas como os R-99/E-99 tem outras missões, não seria interessante instalar aqueles radares SABER do EB em pontos específicos, pra cobrir essa lacuna de aeronaves em baixa altitude?

Rinaldo Nery

O SABER do EB é um radar antiaéreo. O range é muito baixo. Acho que 30km.

Wellington Góes

60km

Rinaldo Nery

Grato.

PRAEFECTUS

Até parece que o Nery não sabia…rs

Rinaldo Nery

Tinha dúvidas.

Guilherme

O objetivo dos radares é fechar a fronteira. O tráfico vai apanhar durante algum tempo dos radares, mas depois procura novas rotas mais ao Norte. Por isso existe um planejamento do CISCEA de mais radares primários/secundários na região. Os radares primários embaixo do radome tem capacidade de 200NM (cerca de 450km) e detectam aeronaves com transponder desligado.

Frederick

Você está partindo da suposição de que a Terra é redonda.

Brincadeirinha. Não resisti.

Saldanha da Gama

Verdade, brincadeirinha….
se não me engano, ela é geoide…
abraços

Cristiano de Aquino Campos

Os pontos cegos são cobertos pelos R-99 e radares moveis de superficie. O cobertor e curto e na sorte, más dificulta você não saber se vai ser detectado hoje voando baixo ou não.

Rinaldo Nery

E-99.

Carlos Crispim

Os outros já responderam, mas só gostaria de lembrar que existem radares transhorizonte, as ondas refletem nas camadas atmosféricas e o alcance chega a milhares de quilômetros, a curvatura da Terra não é problema, mas as finalidades são outras e são muito grandes também.

Rinaldo Nery

Radar OTH (Over The Horizon).

Rinaldo Nery

Observem ao fundo o Forte Príncipe da Beira, construído pelos portugueses no século XVIII. Estive muito lá quando servi em Porto Velho. Uma vez ao mês íamos lá de C-98 Caravan, transportando 700kg de frango pro efetivo do PEF, subordinado ao 6° BIS, de Guajará Mirim. Pista de 1200m de grama. É impressionante perceber a capacidade dos portugueses em erguerem um forte daquela magnitude, de pedra, em plena selva. Os canhões demoraram cinco anos pra serem transportados de Belém até lá. Lembrando que havia a Cachoeira de Teotônio, no Rio Madeira, antes de ser construída a Hidrelétrica de Jirau. O… Read more »

Gustavo

Não sabia da história deste forte. Interessante! obrigado por compartilhar.

Talisson

Legal demais!

Theo Gatos

Sensacional! Deu até vontade de visitar! Obrigado!

Rinaldo Nery

Vale a pena. Chega-se via Costa Marques, cidade mais próxima.

PRAEFECTUS

O problema Nery é chegar lá via terrestre. Já asfaltaram a estrada até lá?

Rinaldo Nery

Creio q sim.

Hélio

Imagina o prejuízo se alguém bate uma Hilux ali

Rinaldo Nery

Sumiu um comentário que fiz sobre o forte.

Rogério Loureiro Dhiério

Não fala sobre a capacidade de cobertura do radar.

Alguém saberia dizer quantos KM a capacidade de detecção?

Rinaldo Nery

Acho, não tenho certeza, o LP23 tem range de, aproximadamente, 120 NM acima do FL100.

Rogério Loureiro Dhierio

Show. Valeu Cmdt.

Carlos Crispim

Parabéns, show de bola, mais um radar de vigilância, que venham mais, excelente notícia.

BLACKRIVER

Parabém a FAB e ao EXÉRCITO

É exatamente desse tipo de equipamentos que precisam, e não de A330 (nem de E170 como os da PF)

Agora só falta uma estrutura mínima para dois ST A29 nessa pista!

Rinaldo Nery

Pista de grama de 1200m?

BLACKRIVER

Mais um motivo pra evitar a compra desnecessárias ou digamos de menor importância (Airbus A330, Embraer E170, Grumman S-2T) e investir onde precisa para cortar o foco de muitos problemas que se refletem nas nossas vidas no dia a dia…

Fabio

Como assim os A330 não eram importante, era uma vergonha com um pais desse tamanho, e não tínhamos nenhum aviao de grande porte para longas distancias, foi uma compra essencial.

Rinaldo Nery

Há várias pistas asfaltadas no entorno, onde o Alerta DA pode ser desdobrado: Guajará Mirim, Ji Paraná, Ariquemes e Cacoal. Não há porque gastar dinheiro nessa pista que está na fronteira. Do outro lado do rio Mamoré é Bolívia. Não creio que a compra dos A330 foi desnecessária. Não posso falar dos S-2T e do E170.

Douglas Rodrigues

Dois ST A29 na pista pq está ao lado de um radar? Imagina se todos os lugares que tivessem radar, dois ST teriam que ficar em alerta, como se um Super Tucano fosse uma viatura policial, fácil de operar e manter, e qqr um pilota né? Tenho certeza que os KC-30 e os E170 serão mto mais utilizados que um Super Tucano posicionado especificamente em uma das diversas fronteiras do país, deixa o trabalho de interceptação com a Base Aérea de Porto Velho (uma hora de voo dali).

Rinaldo Nery

Menos de uma hora.

Sequim

Seria interessante a aquisição de um lote de uns 35-40 Chinooks para as FAs. Helicóptero grande, robusto e que seria muito útil em locais de pista precária ou inexistente.

BLACKRIVER

O traficante voa baixo, literalmente espantado macacos, a grande maioria das vezes em aviões a pistão que voam a no máximo 150KT, embora lentos; são ágeis para pousar em qualquer estrada mais ou menos… nessa hora faz falta um aeronave de asa rotativa que tenha certa velocidade…
Maquinas do porte do Chinooks ou MI26 seriam bem vindas, mas eu ainda pensaria em alugar algumas dessas máquinas visando a logística para construir pistas boas e com posição estratégicas, pistas são pra sempre.

groosp

Qual a diferença de um radar primário e um secundário?

Rinaldo Nery

O secundário capta o código transponder.

Salim

Somos meio estranhos, nosso maior detrator e incentivador de bloqueios econômicos e até uso da força contra nosso pais e a França, daí baseamos nossos submarinos , mísseis, radares…. em base francesa e europeia. Parece a Alemanha com base energética baseada na Rússia, e tão óbvio o risco Que fico meio desconfiado de tudo.

Salim

Ate o comentário 48 somente perguntas e respostas pertinentes , parabéns a todos. Radares de suma importância , como patrulha e guarnição de nossas fronteiras contra entrada de ilícitos e saída de bens preciosos como minérios, madeiras nobres, etc….. o único senão de minha parte e serem franceses pois este país mantém discurso negativo e agressivo a nosso pais.

Willber Rodrigues

Nossos principais helis, nossa principal classe de submarino, quase compramos Rafale, a FAB operou Mirage por anos, o Exocet…

Sempre fomos grandes compradores de produtos franceses, e temos bom relacionamento com eles de várias décadas.

Josias

Parabéns pela reportagem e pelos comentários muito construtivos,aprendi muito sobre radar,um dia minha filha perguntou o que era aquela grande bola perto da ala 6 em PVh, respondi que era um radar mas fiquei com vontade de dar maiores explicações mas não soube o que falar,agora já possoensinar mais um pouco a ela.

Rodrigo

Uma dúvida de alguém que é totalmente leigo no assunto. Se for besteira, por favor, ignorem. É possível colocar um radar desses em um pequeno vagão autopropulsado sobre trilhos, os quais teriam uma extensão de 1 ou 2 km por exemplo. E, sobre esse vagão, o radar funcionar parado 1 minuto, desligar, andar aleatoriamente em alguma direção, funcionar de novo, desligar de novo etc. Com isso formando uma imagem do conjunto dos vetores aereos e estando, com alguma sorte, imune de algum míssil antirradar? (já que a última fonte que o míssil teria seria um local onde o radar poderia… Read more »

Rodrigo

E também; seria possível construir ao redor da estrutura verdadeira, umas 10 estruturas falsas, gerando, em cada uma delas, algum tipo de radiação que confundisse o míssil antirradar , direcionando-o para uma delas?

olivete da silva

Hum…..Hum….casas do lado da torre de radar…..????? a gurizada vai usar a torre pra brincar…..deveria ter uma base aerea ou algo do tipo…mas do lado de residencias….só no Brazillllllllllllllllllllllllll.. e gira o globo.

Rinaldo Nery

Ali é o próprio Pelotão Especial de Fronteira. Não há lugar melhor, pelas questões de segurança.