Contrato permitirá a substituição das aeronaves H-50 Esquilo, da Força Aérea Brasileira (FAB), e da Bell 206 Jet Ranger, da Marinha do Brasil (MB), pela aeronave H125

Construir uma Força Aérea cada dia mais tecnológica e inovadora. Esse é o objetivo do Comando da Aeronáutica (COMAER), que, nesta quinta-feira (15/09), assinou o contrato com a empresa Airbus Helicopters, dando mais um passo visando a modernização da frota.

O acordo, assinado pelo Presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), Brigadeiro do Ar Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues, e pelo Vice-Presidente da Airbus Helicopters América Latina, Alberto Robles, permitirá a aquisição de 12 aeronaves H-125 em substituição às aeronaves H-50 Esquilo, da Aviação de Asas Rotativas da Força Aérea Brasileira (FAB). O mesmo contrato também prevê a aquisição de 15 aeronaves do modelo pela Marinha do Brasil (MB).

A cerimônia de assinatura foi presidida pelo Comandante de Operações Aeroespaciais, Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues, e contou com a participação do Comandante de Preparo, Tenente-Brigadeiro do Ar Sérgio Roberto de Almeida; do Comandante-Geral de Pessoal, Tenente-Brigadeiro do Ar Ricardo Reis Tavares; do Secretário de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Ricardo Augusto Fonseca Neubert; de Oficiais-Generais da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Aeronáutica; do Adjunto do Advogado-Geral da União, Paulo Henrique Kuhn, representando, neste ano, o advogado-Geral da União, Ministro Bruno Bianco Leal, dentre outras autoridades civis e militares.

“Esse momento representa o trabalho de várias Organizações Militares da FAB, capitaneadas pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, e diversos órgãos envolvidos para que esse projeto desse certo. Em nome do Comandante, gostaria de agradecer a todas as Organizações e seções envolvidas nesse processo. E, é claro, à Airbus, que já é uma parceira de longa data da Força Aérea”, destacou o Tenente-Brigadeiro Heraldo.

À frente do projeto na COPAC, o Brigadeiro Soares ressaltou que o sucesso do projeto deve ser compartilhado. “A aquisição conjunta, aqui celebrada, das aeronaves H-125, pela Marinha do Brasil (MB) e pela Força Aérea Brasileira (FAB), concretiza, em sua plenitude, um passo importante para a adoção de um meio padronizado, doravante definido pelo Ministério da Defesa, para a formação das tripulações de Asas Rotativas das Forças Singulares. Para que esse projeto desse certo, contamos com o apoio de diversos órgãos do Governo brasileiro, como a Advocacia Geral da União (AGU), que garantiu que todo o arcabouço jurídico constitucional fosse observado”, explicou.

Por sua vez, Alberto Robles destacou a importância da renovação da frota. “Nesse momento, renovamos uma parceria com as Forças Armadas brasileiras. Tenham a certeza de que estarão recebendo agora o estado de arte da Aviação das Asas Rotativas, isto é, o nível mais alto de uma aeronave da área: uma aeronave moderna e versátil, que irá contribuir extremamente na formação dos futuros pilotos. Com essa parceria, estamos desenvolvendo não só as capacidades aéreas, mas toda a capacidade de geração de emprego e renda com a fabricação desses helicópteros aqui no Brasil”, concluiu.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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Rui Chapéu

O esquilo até é bonitinho, mas tudo fica horrível com essa camuflagem da FAB…

Carlos Crispim

Concordo plenamente. E o KC390, como é que vendem naquelas cores ? Bastou Portugal comprar e botar a cor q ele merece.

Last edited 1 ano atrás by Carlos Crispim
Chevalier

Temos que admitir que o KC-390 fica bonito. Mas só.

Camargoer.

Olá Rui “MInha nossa, nossa nossa”

Willber Rodrigues

Compra conjunta do mesmo material pra 2 ou mais FA’s, facilitando a logística e manutenção.
Esse é o caminho. Parabens.

Aliás, o EB não precisa substituir o Panther, ou ainda não é preciso?

Last edited 1 ano atrás by Willber Rodrigues
Wellington Góes

Sim, enfim fizeram algo visando o ganho de escala e padronização de meios, é digno de parabéns, apesar da demora. Mas ainda precisamos avançar mais nesses processos. Falta de uma coordenação central, com a participação dos três ramos. Quanto a substituição dos Panteras, penso também que isso já deveria estar em curso, mas com a modernização deles para versão MK2, isso deve atrasar. Entretanto, como disse acima, havendo uma coordenação central, poderíamos ter um processo unificado de aquisição de meios e isso levaria a aquisição de helicópteros médios puros, na casa desses de 8, 9, ou 10 ton. para os… Read more »

Leandro Costa

Willber, os Pantera passaram por modernização recente, e acredito que os Esquilos do EB ainda tem bastante vida pela frente, mas ainda assim tem muita coisa em comum com esses novos H125 que faz com que a manutenção tenha facilidades. Não duvido que o EB substitua os Esquilo por H125 no futuro também, mas quanto a substituição dos Pantera, acredito que esteja ainda mais longe.

Bueno

Leandro, os “Esquilos” e Fennec, foram modernizados passaram para o padrão H125m

https://www.eb.mil.br/web/noticias/noticiario-do-exercito/-/asset_publisher/znUQcGfQ6N3x/content/id/14671185

Leandro Costa

Então realmente tem bem mais vida pela frente. Obrigado pela info, Bueno.

Bueno

sim, conforme o site do EB seria +/-25 anos de operação, contando que a modernização iniciou em 2012 , as 1º 4 Aeronaves entregues em 2014 .. temos a ideia de que +/- em 2035 inicia a baixa destes modernizados.. o EB já deve estar iniciando planos para comprar de novos e ir repondo as baixas.
Pode ser que comprem o mesmo modelo.. ou irão usar esta nova escola de pilotos,acrescentando aeronaves nela.. se a ideia é unificar a escola de preparo para minimizar custos…

Last edited 1 ano atrás by Bueno
Heinz

Os esquilos podem lançar mísseis antitanque?

Bueno
Bueno
Camargoer.

Olá Wilber O grande salto seria a criação de uma escola unificada de helicópteros. Aposto 100 kichute$ que estas aeronaves receberão nomes e códigos diferentes na FAB e na MB.

Willber Rodrigues

Aposto a mesma coisa…

Agnelo

Boa tarde Camargoer É bem possível q tenha designação diferente… pra variar…. Hahahahahah Mas saliento q não é econômico pro EB reunir com outras forças. Explico: 1) o EB não pode se desfazer de seu Centro de Instrução, pois o curso de Piloto de Combate é completamente diferente das outras Forças. O He do EB não tem o mesmo emprego tático das outras forças. Nas outras as FT Amv são menores, não estão em diferentes contextos, de manobras defensivas, ofensivas e de apoio com suas diversas tarefas. Logo o EB não “perderia” seu Centro. Há quem diga q o curso… Read more »

Camargoer.

Ola Agnelo. Você levantou pontos importantes. De modo geral, o histórico das forças armadas brasileiras resultou em uma segmentação e duplicação de muitas estruturas, como por exemplo na área de saúde, educação, inteligência, logística e até mesmo treinamento básico. O custo de manter um sistema de defesa moderno e eficiência se tornou extremamente elevado para qualquer país. No caso brasileiro, em função da dimensão territorial, este custo parece ser muito mais elevado. No caso do treinamento avançado, você tem razão na necessidade de segmentação, mas ainda fico incomodado com a incapacidade do MInDef de aproveitar a demanda comum das forças… Read more »

Rafael Oliveira

Boa noite, Agnelo. Interessantes suas ponderações. Penso que poderia ocorrer a centralização da formação de todos os pilotos justamente em Taubaté, que continuaria oferecendo outros cursos relacionados, sejam os “exclusivos” do EB, sejam os exclusivos das outras unidades. E não precisaria ficar restrito a operação dos H125. Poderia ter instrução nos H225M também, por exemplo. Claro que existem missões específicas de cada Força, mas, além do treinamento básico, também há missões comuns. Um pouco dessa ojeriza em unificar é mais uma questão de ego (meus pilotos, minhas regras rsrs) do que propriamente de dificuldade em ter um currículo comum. Países,… Read more »

Rinaldo Nery

Agnelo, a padronização não é problema. Os Terceiros ministram o MESMO curso de Liderança de Esquadrilha de Caça, e cada um num canto (CG, PV e BV). Basta alguém no CAVEx centralizar isso.

Rafael Oliveira

Eu achei ótima a ideia de trocar H225M desnecessários por outros helicópteros necessários e bem mais baratos.
Mas acho que o Brasil já demorou demais para unificar o treinamento de pilotos de helicópteros, o que resultaria em redução de custos de formação e o dinheiro economizado poderia ser usado em outros projetos das nossas Forças Armadas.

Pedro Fullback

Os H-125 é o helicóptero das FFAA com maior nível de nacionalização, fora que existem peças desse helicóptero no mundo inteiro, facilitando o contrabando de peças em caso de embargo.

Mas fiquei feliz pela compra conjunta das MB e FAB! Espero que daqui pra frente as compram caminham desse jeito. Porém, recentemente a MB comprou um 4×4 blindado dos EUA e não compraram o Lince que é montado no Brasil.

Matheus

É possível vir uma versão armada?
Sei que existe já uma versão do esquilo com duas .50 e lançador de foguetes e mísseis anti-carro.

Rinaldo Nery

Tem que vir, porque os Aspirantes do °/11° GAV aprendem o emprego armado no curso, em Natal.

Frederick

A partir dessa aquisição, qual seria a destinação dos Esquilos e dos JetRangers?

Camargoer.

Olá Fred. Boa pergunta. Eu não sei como seria o mercado secundário destas aeronaves e se eles poderiam ser recondicionadas para serem usadas como aeronaves civis ou mesmo transferidas para outros ministérios ou secretarias estaduais. Ou se o destino mais apropriado seria virar sucata.

Willber Rodrigues

Se for possível, sou da opinião da gente vender “barato” pra Uruguai e outros países da AL, com a condição da modernização ou manutenção ser feita aqui.
Com isso, fortalecería-mos os laços com esses países, as FA’s se livram do custo de manter material antigo, e nossa indústria ainda leva um $$.

Camargoer.

Olá Wilber. Quase concordo com você. Defendo que sejam doados para países amigos de orçamentos mais apertados, como Uruguai, Paraguai ou até países africanos. É mais barato doar e exercer uma diplomacia de amizade. O valor da diplomacia de amizade não tem preço

Luiz Trindade

Lá se vai o Bell Jet Ranger da MB embora… 🙁