Japão em negociações sobre a BAE se juntar ao desenvolvimento de caças de última geração

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A aeronave deve entrar em operação em 2035, semelhante em tempo com a Tempest do Reino Unido

TÓQUIO – O Japão está em discussões para que a empresa aeroespacial e de defesa britânica BAE Systems se junte ao desenvolvimento de um caça de próxima geração que o governo pretende implantar em 2035.

O Japão e o Reino Unido já decidiram colaborar em peças de motores e pretendem definir as especificidades da cooperação expandida até o final do ano.

O caça de última geração é o sucessor do caça F-2 da Força Aérea de Autodefesa, que foi desenvolvido em conjunto pelo Japão e pelos EUA.

A Mitsubishi Heavy Industries será a principal desenvolvedora do novo jato. O motor está sendo tratado pela IHI e pela Rolls-Royce, que começaram a trabalhar em janeiro em uma aeronave de demonstração para testar o desempenho.

A BAE Systems já está envolvida no desenvolvimento do próximo caça do Reino Unido, o Tempest. Vendo que ambos tinham cronogramas semelhantes, o Japão e o Reino Unido decidiram que haveria benefícios significativos em ter um esforço de desenvolvimento conjunto, incluindo reduções de custos.

O Ministério da Defesa do Japão anunciou no final de 2020 que trabalharia com a empresa americana Lockheed Martin como um possível parceiro no caça, mas surgiram problemas posteriores na coordenação do relacionamento, sobre como as atualizações de aeronaves seriam tratadas após a implantação.

Tóquio exigirá que a próxima geração de aviões de combate tenha sistemas que integrem radar, mísseis e outros recursos, bem como um alto grau de furtividade. A ênfase também será colocada em garantir a interoperabilidade entre o Japão e os EUA.

O Japão determinará o escopo do desenvolvimento conjunto com as empresas dos EUA e do Reino Unido até o final do ano.

O primeiro-ministro Fumio Kishida se encontrou com o primeiro-ministro britânico Boris Johnson no Reino Unido em 5 de maio e os dois concordaram em princípio em cooperar em futuros programas de caça até o final do ano. O ministro da Defesa, Nobuo Kishi, também explicou a cooperação Japão-Reino Unido durante uma reunião de 4 de maio em Washington com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin.

FONTE: Nikkei Asia

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Alecs

Sou fã desse desin japonês, apesar de não ter certeza que o caça será assim.

Nonato

A foto está “troncha”, assimétrica…

Alexandre Cardoso

Até onde sei o desenho do caça não é japonês, é da BAE Systems que está desenvolvendo para o Reino Unido. Está no texto. Realmente como está em fase de desenvolvimento, provavelmente o desenho mudará, provavelmente. Mas sim, é bonito o desenho dele.

Carlos Campos

até o momento que eu saiba o desenho é Japa, e por isso mesmo deixaram a LM pra lá, pois não queriam passar certos itens, querem só vender partes do caça feito nos EUA, o Japão não aceitou, além de que anos atrás o Japão fez um veículo de viabilidade para testar se a industrai do país poderia fazer um caça furtivo, o Shinshin.

Alexandre Cardoso

Sim, está o desenho é japonês … li o texto e qdo digitei a msg. misturei com o Tempest.

LEONARDO BASTOS

Isso está em português…??!

karl Bonfim

O desenho deve ficar em segundo plano?
Em primeiro lugar deve vim a funcionalidade?
No meu achismo, os dois devem andar lado a lado!

Maurício.

Até 2035 serão 13 anos, basicamente o tempo que o F-2 levou para ficar pronto, e isso que o F-2 é basicamente um F-16 turbinado, não é um caça que foi projetado do zero, se os japoneses querem esse novo caça já em 2035 é melhor começarem agora, caso contrário vai atrasar.

Jodreski

Apesar de ser um F-16 “Turbinado” eu acredito que deva ser extremamente complexo vc se basear em um avião e construir um irmão “bombado”, o perfil aerodinâmico deve mudar, o centro de massa tb, o comportamento em voo tb e por ai vai.. Mas vc tem razão! Se eles demoraram 13 anos para projetar a contruir o F-2 é bom acelerar pq todos os caças de 5ª geração já construídos deixaram uma clara lição: vc começa pensando que vai custar X, ai no meio do caminho aparecem várias dificuldades técnicas não previstas no projeto que elevam o custo e o… Read more »

Thiago A.

Uma parceria que promete bem…Até lá terão quase 150 F-35A/B, números incríveis para a realidade da maioria das forças aéreas do mundo, mas considerando os vizinhos nem tantos assim

Jodreski

Corrigindo… “(…) mas considerando O vizinho (..)”, pq a Rússia vai sair dessa guerra mais pobre que o Kongo (extrapolei eu sei). Para mim, após a guerra da Ucrânica a Rússia deixará de soar como uma ameaça que era antes do conflito. Muitos pensaram que a Ucrânia não tinha chance alguma de vitória e estamos vendo que o cenário do tabuleiro mudou. Se a Ucrânia conseguiu barrar os Russos imagina o que o Japão faria com eles… Ou seja, só sobrou a China com uma real ameaça aos Japoneses via terra, ar e mar, claro que ainda sobra a ameaça… Read more »

Andre

de novo…ta feia a coisa…

Slow

Uma hora é gps caseiro e agora é americano ? 🤣🤣🤣 jaja vão dizer que estão sem gps ..

Andre

talvez você tenha uma grava deficiência de leitura, de memória ou de caráter. Já era, como é agora, um GPS de uso civil de uma marca americana.

Satyricon

Tais aparelhos de GPS foram instalados nas aeronaves para lembrar as tripulações russas da decadência das sociedades ocidentais…

Carlos Campos

Muito legal ver o andamento desse caça, pelo visto os EUA foram despensados mesmo, talvez alguma coisa ou outra vindo deles, pelo que li o principal que o Japão quer do UK é a tecnologia em Turbofan, o que é mais coisa da RR, afinal tanto Tempest quando o futuro caça do japão vão precisar de muita energia para radares super potentes que funcionarão como Jammer, lasers e etc.

Maurício.

“pelo visto os EUA foram despensados mesmo”

O Japão é uma eterna viúva do F-22.🤭

Jacinto

A toshiba forneceu um sistema de usinagem computadorizada que permitiu à então URSS fabricar helices mais eficientes para seus submarinos, sem cavitação.

Carlos Campos

Sim kkkk não deram ele. Aí agota deram o troco

Andre

pelo visto os EUA foram despensados (sic) 

pelo visto a mesma dificuldade em escrita há na leitura:

A ênfase também será colocada em garantir a interoperabilidade entre o Japão e os EUA.

Carlos Campos

Uma coisa não tem nada a ver com a outra seu cabeçudo, os EUA foram dispensados como como parceiro de alto nível de projeto, e isso não interfere em nada que exista a interoperabilidade com os caças dos EUA, lembrando que o Japão já tem o F35, e para manter essa interoperabilidade basta que os caças se comuniquem com data link compatível tipo o Link 16 da OTAN, ou coisa mais moderna, podendo fazer o engajamento cooperativo e etc… aprendeu agora como mantém a interoperabilidade sem manter os EUA como um parceiro de alto nível e sim o UK?

Andre

Se você acha que “basta” o data link para interoperar aeronaves de caça, tudo bem, pelo visto você nunca teve contato com um projeto de interoperabilidade de sistemas.

Pelo menos absorveu a lição de gramática.

Nonato

Até poucos anos atrás vivemos um período único. Vários países fornecedores se oferecendo para transferir tecnologia. Isso nunca foi comum. Quem tem, se passa, depois perde a utilidade e cria um novo concorrente. Mas em algumas situações é melhor vender e passar um pouco de técnico do que ficar com a tecnologia e não vender nada. A Rollis Royce que eu saiba não tem nenhum motor inovador para caças. A parceria com o Japão pode render dinheiro para desenvolver um novo produto. Mas também podemos criar um novo concorrente. Para a BAE a mesma coisa. Pode guardar a tecnologia que… Read more »

Nonato

Let’s go, Brandon!!!

Carlos Campos
Tutu

Off#

O PR-AIS, o a330 da azul que brevemente será da FAB fez um vôo de teste no interior de São Paulo, logo ele vai sair do Brasil rumo a Jordânia para manutenção e pintura.

Jadson S. Cabral

Será que já vem na cor cinza com as insígnias da FAB? Será que a FAB já mandou pilotos para o treinamento?

Silvano

Com certeza. Mesmo que o MRTT em si demore um pouco, apenas um desses gigantes já dará a FAB um ganho operacional exponencial.

O prazo de entrega em contrato é até 17 de julho, o segundo deve ser entregue entre setembro e outubro.

O MRTT não tem tanta pressa, pois o KC-390 vai cumprindo essa missão, e tem sua própria sonda Revo, ou seja, ele mesmo pode ser reabastecido.

Luiz Antonio

..ainda estava nas cores da Azul.

Luiz Antonio

Eu estava em Monte Mor no sábado passado. O PR-AIS (FAB2901) voou cerca de 90 minutos fazendo 360 em Viracopos e o bichão passou a cerca de 3000 pés várias vezes.

Last edited 1 ano atrás by Luiz Antonio
Tutor

Na situação que está hoje, eu acredito que a Força Aérea de Autodefesa do Japão é a quarta mais bem aparelhada no mundo, atrás somente de EUA, Rússia e China, na minha humilde opinião está a frente da indiana. Quando finalizarem as entregas do 105 F-35, mais esse aí, se sair papel, vai ficar mais F… ainda.
Japão tem dinheiro, capacidade e necessidade, então, o resultado não poderia ser diferente.

Marcelo Bardo

Acredito que a israelense fica á frente da japonesa também.

Satyricon

“a Força Aérea de Autodefesa do Japão é a quarta mais bem aparelhada no mundo, atrás somente de EUA, Rússia e China”

Então é a terceira…

Diogo de Araujo

Aí sim, sem prepotência, trabalhando juntos em prol de um objetivo comum, porque, como disse em outras oportunidades, querer desenvolver caças de quinta geração sozinho (japão, coréia do sul, até turquia) não é demonstração de capacidade e sim a mais pura prepotência

Heinz Guderian

Está circulando um vídeo no telegram em que um par de SU-25 ucranianos bombardeando posições russas em severodonetsk.
Isso realmente me pegou de surpresa, pensei que os russos tinham dizimado a força aérea ucraniana no segundo dia de guerra.

Nonato

Cadê o vídeo?
Gosto de ver.

Alfredo Arantes

Incrível

Alfredo Arantes

Não sabia disso

Luiz Trindade

Com a China apertando o cerco o japonês decidiu abrir o olho!