GRÁFICO: Alcance dos radares e dos mísseis ar-ar de caças da OTAN e do Pacto de Varsóvia nos anos 80

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Uma avaliação puramente ocidental dos radares e mísseis ar-ar soviéticos da década de 1980.

Dos bons velhos tempos dos livros ilustrados da Salamander.

Via Air Power (@RealAirPower1), no Twitter.

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Gustavo

O pacto teria que ter algum ás na manga, pois na prática levaria um chocolate geral.

pedro

Na realidade era apenas um quadro super dimensionado de um lado e sub dimensionado de outro, simples!

groosp

Lembro de livros desta época que diziam que o R-33 tinha um alcance de menos de 50km e o R-73 tinha o desempenho próximo ao Sidewinder L. Por outro lado o R-27 era superestimado, comparado ao Amraam.

Cristiano de Aquino Campos

Verdade, hoje sabemos que os caças soviéticos eram muito melhores. Onde que o MIG.31 teria um radar com yão pouco alcance.

Andre K

A doutrina lá era GDI, interceptação controlada por terra, e massa (no sentido de quantidade). Muitos caças controlados por terra contra uma força invasora numericamente menor.

Bosco

Mas a OTAN usava extensivamente o AEW&C.
O GCI do PV era por conta de uma postura defensiva.

Alfredo Araujo

Perfeito !
Corrobora a máxima… Um equipamento é bom para o propósito a qual ele foi desenvolvido !

Carvalho2008

Olha…o que sempre ouvi, é que mísseis russos tinham mais alcance mas menor velocidade….e falta MIG31 aí na lista…

Hcosta

E o F14…

Red Pill - 红色药丸

Super Trunfo, não acrescenta nada, nenhum combate aéreo é um duelo ao por do sol, é todo um conjunto.

SteelWing

Não é o único ponto em consideração em combates aéreos mas as capacidades das aeronaves e seus armamentos são importantes sim.

Bosco

Não interessa o cenário , quem tiver melhor equipamento em tese sai com vantagem. Isso é óbvio. Depois vem as variáveis: doutrina, manutenção, apoio externo, experiência, treinamento, motivação… sorte.
Esses não têm como ser aferidos por isso no mundo todo o que se faz é comparar o que dá para ser comparado, que é basicamente a quantidade e a qualidade (características) do equipamento (qualidade que aqui na Trilogia insistem com esse tal de “Super Trunfo” que eu felizmente nunca conheci).
No caso, a OTAN da década de 80 tinha melhor equipamento e maior quantidade.

Red Pill - 红色药丸

Israel nas décadas de 60 e 70, saiu vitorioso frente aos árabes, mesmo tendo equipamento, em tese, inferior.

Bosco

Red,
Mas Israel tem aqueles ancestrais tipo Davi então é um ponto fora da curva. rsss
Agora, falando sério, como disse no comentário anterior, muito provavelmente as “variáveis” difíceis de serem aferidas eram amplamente favoráveis aos israelenses que compensou o fraco equipamento, mas pode ver que hoje eles não contam mais só com essas variáveis e se armam com o que tem de melhor.

Red Pill - 红色药丸

Chegaram a ganhar dogfight “no canhão” a baixa altitude com uma aeronave nada indicada para tal, como o Mirage 3 que era praticamente um interceptador de grande altitude.

Antoniokings

Tem ancestrais tipo Davi e tio tipo Tio Sam.

Bosco

Mas do outro lado tinha os tios com nomes terminados em “v”: Khrushchev, Brezhnev, Gorbachev…

Heli

Em 1967 Israel tinha, e ainda tem, um excelente serviço de Inteligencia. Atacou dias antes, pegou os inimigos totalmente de surpresa, destruiu grande parte das Forcas Aéreas adversarias no chão.
Já depois, em 1982, Israel tinha a imensa superioridade dos F-15 e principalmente dos AEW/AWACS Grumman E-2 Hawkeye.

Eric Vargas

ERRADO! OTAN, na década de 1980, tinha melhor qualidade mas não a maior quantidade, visto que somente a URSS produzia 600 MiGs 23/ano naquela década.

Bosco

A superioridade numérica do PV em relação aos veículos de combate, em especial aos tanques, era de pelo menos 4 para 1. No caso da aviação de combate era praticamente parelha. Não havia superioridade esmagadora de nenhum lado. Se em algum momento da Guerra Fria o PV teve quantidade maior de meios não foi significativo, muito diferente do que ocorria em relação aos meios terrestres, que obrigou a OTAN a desenvolver meios de lidar com uma quantidade esmagadora, tais como: 1- bomba de Neutrôns; 2- helicóptero Apache/míssil Hellfire; 3- projétil Copperhead; 4- submunição SADARM; 5- submunição BAT; 6- bomba CBU-97… Read more »

Eric Vargas

Somente a quantidade de MiGs 21 e 23 nos países do Pacto de Varsóvia, fora a URSS, na Europa Oriental, nos anos de 1980, superava tudo que a OTAN tinha na Europa Ocidental.

Last edited 2 anos atrás by Eric Vargas
EdcarlosPrudente

É só perguntar para os Sul Africanos quando deixaram de combater MiG-21 e passaram a combater MiG-23.

J R

Lembrando que os sul-africanos sofriam um embargo e não usavam os mísseis mais avançados do ocidente.

Joanderson

Boa tarde pessoal
Fico imaginando como e quanto os EUA e urss gastaram com a guerra fria precisamente no auge nos anos 80
Se alguém ai souber informar de quanto era o orçamento de defesa dos EUA e da urss e a quantidade de equipamentos nas tres forças desse dos países eu ficaria grato.
Desculpa ai se pedir de mais ou digitei merda é que é sempre bom aprender mais e vcs aqui majam muito desees assuntos.
Abraço e feliz ano novo.

Matheus S

Os EUA aumentaram os gastos de US$143,9 bilhões(com a correção monetária o valor representa hoje US$482,3 bi) no ano fiscal de 1980 para US$286,1 bilhões(com a correção monetária o valor representa hoje US$725,3 bi) em 1986. Na expansão do orçamento militar dos EUA até 1986, o crescimento mais rápido foi o de ‘investimento'(pesquisa e aquisição de armas, bases e infraestruturas), que aumentou de 36% do orçamento dos EUA em 1980 para 47% em 1986. Esses investimentos estavam concentrados em setores de alta tecnologia: tanques, munições, mísseis, construção naval, aeronaves e motores aumentaram rapidamente sua produção militar entre 1982 e 1987,… Read more »

Joanderson

Obrigado por essa excelente informação vlw msm.
Sobro o assunto realmente tufo indica qui a União soviética destinava muito do seu pib para defesa não faz sentido ser so 9 % sendo que ate uns 5 anos atras a Rússia destinava 5 % do pib e hj destina algo em torno de 3, 5 % sempre ouvir que a União soviética ruiu devido a sacrificar muito do seu pib para forças armadas.
Sobre os avioes awacs vi qui a urss so tinha menos de 20 essa conta ta certa ?

Matheus S

O planejamento da URSS era adquirir 40 aeronaves AWACS A-50 para substituir o Tu-126, divididos entre o PVO e o VVS, mas apenas 25 aeronaves foram adquiridas e 16 estavam em serviço quando a URSS ruiu em 1991. A demanda da URSS por AWACS não era assim tão grande quanto a OTAN, porque os soviéticos tinha uma defesa aérea integrada que continham muitos radares em terra, o AWACS era apenas um preenchimento de lacunas expostas destes radares baseados em terra. Quanto ao gasto militar da URSS, eu discordo. Hoje, o mesmo erro é interpretado nos gastos chineses e o Ocidente… Read more »

Satyricon

Gráfico bastante esclarecedor.
Impressionante o desempenho do F-15, o que explica o porque dele ser a coluna vertebral da defesa aérea de países realmente preocupados com sua defesa, como os EUA, Japão e Israel (além de Arábia Saudita, Catar, etc)
Imagino que a diferença hoje nem seja tanto o alcance, mas o fato da maioria dos radares da OTAN ser AESA, enquanto do outro lado sejam majoritariamente convencionais. Isso se soma, é claro, ao baixo desempenho desses convencionais frente à aeronaves stealth, que estão se tornando maioria na organização.
Ou seja, a vantagem da OTAN se mantém (neste ramo).

Mirade 1969

Em 1980 não havia AESA, os F-15 eram só operados pelos EUA e Israel. Havia uma paridade sim na época mesmo lembrando que os soviéticos e o Pacto tinha superioridade numérica o que se fosse usada mesmo tendo vantagem tecnológica não duraria muito tempo e teria muitas baixas também .

Paulo

Havia radares de varredura sim na década de 1980, os russos desenvolveram o Zaslon (Flash Dance para OTAN) para equipar MIG-31, só depois os americanos responderam com o mesmo tipo de.tecnologua nós F-15

Bosco

Na década de 80 a superioridade numérica do PV era em relação ao meios terrestres e não aos meios aéreos e navais.

Satyricon

Mirade, esse é o ponto, não é mesmo? A doutrina soviética, da qual a Rússia é herdeira, sempre valorizou a quantidade sobre a “modernidade”, e empregou maciças quantidades de tudo, de tanques a obuses. O pacto chegou a ter mais de 10.000 aeronaves militares, o que, em tese, seria mais do que páreo para o ocidente mais tecnológico, mas em menores quantidades. Entretanto, desde a derrocada soviética, e a dissolução do pacto, as quantidades de material bélico só fez cair na herdeira Rússia, ao ponto de hj ser, em certos itens como aeronaves, parelhos em quantidade com a OTAN. Porém,… Read more »

Victor Filipe

Russia não é parelha em quantidade de aeronaves nem com os EUA sozinho, quanto mais com a OTAN.

J-20

Isso reflete bastante na ideia pro trás do uso de caças pelas forças da OTAN e Pacto de Varsóvia. Enquanto a OTAN dava aos caças uma independência de agirem por conta própria ou de servirem para de radares aéreos para companheiros, os soviéticos amarravam seus caças aos grandes radares de solo e limitava seus raio de ação.

Mirade 1969

Eu tive este gráfico que era dos livros que a Abril editava se não me engano era 1987 mas ai ainda faltava os novos caças na época (Su-27, Mig-29 e Mig-31) que ainda eram quase desconhecidos e não estavam operacionais na época e que equilibraram a balança na época.

sub urbano

O gráfico está correto. Nos anos 80 a OTAN superou a URSS que só conseguiu alcançar o ocidente de novo no final dos anos 80 com o SU-27 e o Mig-29 com seus radares de 140km e o míssil R73 de 40km de alcance. Os anos 80 marcaram a derrocada da União Soviética em todos os sentidos. A operação dos israelenses no Vale do Bekaa em 82 foi um choque de realidade para os soviéticos, mesmo que os equipamentos sírios não estivessem no estado de arte, foi uma amostra da qualidade dos equipamentos ocidentais.

Mirade 1969

Os Mig-23/27 e os MiG-21 combateram contra os F-15 e F-16 que eram de 4ª geração sendo eles de 3ª geração estavam uma geração atrasada, teriam um combate á altura se tivesse combatido contra os Su-27 e Mig-29 que seriam da mesma geração. Lembrando que o Mig-29 tinha misseis de 4 ª geração enquanto os F-15 e 16 ainda tinham de 3ª geração.

J R

Só que em 82 não haviam Mig-29 e Su-27, a URSS estava muito atrasada frente ao Ocidente, fato que ainda estão, vide quando foi implementado o Raptor e o Su-57 até hoje não esta totalmente operacional.

Agnelo

Faltou o F-14 com seu AWG-9 e seu AIM-54.

Mirade 1969

O F-14 era da Marinha americana e do Irã não apareceu no gráfico porque se não me falha a memória o livro era sobre o poderio aéreo soviético e só aparecia a força aérea americana sendo assim não aparecia o F-14, A-4 e outros da marinha americana.

Last edited 2 anos atrás by Mirade 1969
Matheus S

Comparação esdrúxula. O MiG-31 entrou em serviço em 1981. O Su-27 entrou em serviço em 1985. O MiG-29 entrou em serviço em 1982. Ou seja, estavam operacionais na década de 80. Mesmo considerando que fosse uma análise das aeronaves do PVO, ao invés da Força Aérea Soviética, todas as três aeronaves teriam que ser incluídas na comparação, porque todas as três estavam sendo implantadas no PVO. O MiG-31 com o seu radar Zaslon que tinha um alcance de 141 km para caças com RCS equivalentes do F-15. O MiG-29 com o seu radar Phazotron N019 Rubin com um alcance de 90… Read more »

J R

Você só esta esquecendo que esta é uma publicação da época da Guerra Fria e que provavelmente nem os serviços de inteligência da época tinham as informações que você tem hoje, convenientemente e confortavelmente pegou na livre internet.

Alexandre Galante

Sobre os aviões russos que você citou, o Ocidente tinha poucas informações sobre eles quando o livro foi publicado no início dos anos 80.

Last edited 2 anos atrás by Alexandre Galante
Matheus S

Os serviços de inteligência ocidentais tinham conhecimento do MiG-29 e do Su-27. Os dois modelos foram observados ainda em modelos de pré-produção/protótipos, porque o Ocidente tinha satélites de reconhecimento e espiões que vigiavam constantemente os aeródromos soviéticos. A exceção é o MiG-31 que realmente não se tinha conhecimento algum. Foi assim que o Ocidente descobriu o MiG-25, mas o conhecimento era superficial, a capacidade da aeronave só foi analisada quando houve a deserção de um piloto soviético para o Japão. Conhecimento eles tinham, pelo menos a inteligência ocidental, isto ainda no início da década de 80, mas as capacidades das… Read more »

Alexandre Galante

A informação era insuficiente para incluir os aviões no gráfico.

Matheus S

Galante, qual a edição do livro que o AirPower tirou o gráfico ilustrativo? Não tenho twitter.

Alexandre Galante

O livro é esse aqui, de 1982:

Matheus S

Obrigado!

Leandro Costa

De fato, eu tinha um livro da salamander sobre os MiG e nele haviam concepções artísticas do que se sabia do MiG-29 e do MiG-31. Não haviam sequer fotos públicas deles.

Bosco

Hoje um F-22 pode detectar e rastrear um caça com RCS de 10 m² a quase 400 km e um Gripen a 200 km.
Com os novos TRMs de GaN o desempenho dará um salto jamais imaginado. O suecos e americanos já estão testando radares AESA de GaN para caças.
Os americanos com o APG-79(V)4 de GaN vão equipar os Hornets do USMC. Terão radar melhor que seus F-35.

JOSE DE PADUA

Comparou caças da OTAN dos anos 80 com caças do Pacto de Varsóvia dos anos 70, bem desproporcional isso ai. O MiG-29 e Su-27 eram contemporâneos ao F-18, Tornado ADV e ao Mirage 2000, mas suprimiram no gráfico. Tenho Livros da Editora Nova Cultural chamado Aviões de Guerra que já falava do Mig-29 e Su-27, então, não eram desconhecidos.

Alexandre Galante

O Ocidente tinha poucas informações sobre o MiG-29 e Su-27 quando esse livro foi publicado.