FAB e AEL Sistemas, responsável pelo desenvolvimento do Projeto Link-BR2, reuniram-se na sede da Empresa e na Base Aérea de Canoas para importantes marcos do Projeto

A Força Aérea Brasileira (FAB) e a AEL Sistemas, empresa responsável pelo desenvolvimento do Projeto Link-BR2, reuniram-se entre os dias 30/11 e 02/12 na sede da Empresa e na Base Aérea de Canoas (BACO), no Rio Grande do Sul (RS), para realizar importantes marcos do Projeto.

Participaram do evento representantes do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC) e do Centro de Inteligência da Aeronáutica (CIAER).

Durante os encontros, representantes da FAB tiveram a oportunidade de evidenciar o desenvolvimento, a integração e a efetiva entrega de subsistemas do segmento de solo do Projeto Link-BR2, que permitem o estabelecimento deste enlace de dados entre as redes aéreas e terrestres: a Estação Data Link de Comunicação (EDL COM) e a Estação Data Link de Comando e Controle (EDL C2).

A EDL COM tem por finalidade estabelecer a comunicação segura entre a rede de solo e a rede aérea. Projetada para uso operacional em campo e composta por rádios, computadores e antenas, ela apresenta características como robustez, dimensões reduzidas, mobilidade e gerenciamento remoto.

Já a EDL C2 tem por finalidade gerenciar, no nível de Comando e Controle, todas as ações operacionais das aeronaves participantes da rede aérea do Link-BR2. Nela são concentradas informações transmitidas pelos sensores das plataformas aéreas e também pela síntese dos radares de solo, proporcionando uma consciência ampliada e em tempo real.

Com a integração das Estações ao segmento aéreo do Link-BR2, a FAB ingressará em um novo ciclo operacional no que tange às comunicações, no qual as informações, vitais para a superioridade no campo de batalha, estarão disponíveis, simultaneamente, nos segmentos aéreos e terrestres da Força Aérea.

Campanha de Ensaios em Voo

No período de 29/11 a 10/12, foram executados diversos voos da segunda fase da campanha de ensaios do ano de 2021, denominada Operação IRIS. Durante a campanha, foram testadas uma gama de aplicações do Data Link, tais como a comunicação por voz, o compartilhamento de dados por meio do Link-BR2, além do seu alcance efetivo. A campanha contou com voos cooperativos entre duas aeronaves F-5M e uma Estação de Comando e Controle, integradas ao Sistema.

No dia 10 de dezembro, deu-se o término da operação IRIS com a presença do Chefe do Estado-Maior Conjunto de Operações Aeroespaciais, Major Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi e do Comandante do V COMAR, Brigadeiro do Ar Mauro Bellintani. Durante o encerramento, liderado pelos pilotos do IPEV, executou-se um voo de demonstração das capacidades operacionais do sistema Link-BR2, utilizando um cenário tático simulado com engajamento de duas aeronaves equipadas com o Sistema e vetoradas pela Estação de Comando e Controle interceptando outra aeronave F-5M do 1º/14º GAV.

“Hoje é um dia muito marcante para a Força Aérea em virtude da entrega de um produto que imaginamos há tanto tempo e poder fazer essa integração de dados em combate via Data-Link, ter a informação dentro de um Comando e Controle é um avanço extraordinário, que vem completar um sistema de armas, que é o Centro de Operações Aéreas, dentro de uma FAC (Força Aérea Componente). Ficamos muito felizes em ver este investimento da Força Aérea sendo realizado por uma empresa brasileira. Esperamos que, em breve, nossos caças Gripen estejam operando com o sistema Link-BR2 por todo o Brasil”, mencionou o Major-Brigadeiro Barbacovi.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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Nilo

Esta é mais um produto de tecnologia nacional de valor estratégico em que o projeto de parceria com a Suécia, agrega soluções nacionais para os nossos Gripen E/F.
Parabens FAB, está gerindo o maior projeto de aquisição de tecnologia até hoje realizado pelo Brasil, com vantagens custoxbenefícios indiscutivelmente favoraveis na sua decisão.

Last edited 2 anos atrás by Nilo
Maurício.

Nilo, essa tecnologia que você menciona não seria mais israelense do que nacional já que a AEL é uma Elbit com outro nome?

Felipe Morais

Bom Maurício, a tecnologia pode ser israelense, de propriedade da ELBIT. Mas se está sendo desenvolvida, implantada e operada em estrutura nacional, por profissionais brasileiros, o ganho é grande para o país do mesmo jeito.

carcara_br

Depende…

Canarinho

Me corrija se estiver errado, mas se a tecnologia ja ta vindo em grande parte pronta da matriz (israel), entao na verdade nao tem muito sendo desenvolvido, a palavra mais correta seria adaptada ao uso no Brasil. No mais Brasil, sendo Brasil. Privilegiando empresas que de nacional `tem so o nome.

Wilson

Sim, adaptada para enviar informações aos EUA em tempo real. E ainda pagamos por isso. O escandalo da Cripto AG não ensinou nada à FAB?

Last edited 2 anos atrás by Wilson
OSEIAS

Cara, não confunda as coisas. Comunicação e o enlace da criptografia da FAB quem está desenvolvendo é a empresa Kryptus que é da Embraer e brasileira. Faz o mesmo papel da Cripto AG.

Jadson S. Cabral

Me perdoem a grosseria, mas o senhores são burros ou o quê??? O link-br 2 foi desenvolvido em parceria com a FAB, sob encomenda da FAB, com os requisitos da FAB e a FAB deve ter a propriedade intelectual do projeto, nos mesmos moldes dos projetos em conjunto com a Embraer. A empresa pode ser subsidiária da Elbit, mas os técnicos são brasileiros e a tecnologia pertence a FAB. Todo mundo que acompanha o a trilogia sabe disso e você ficam discutindo bobagens, como se tivessem caído aqui de paraquedas e não soubessem do que estão falando. Uma dica, caso… Read more »

Maurício.

Felipe, o ganho pode ser grande (ou não, já que estamos lidando com algo bastante sigiloso, mas com uma outra nação envolvida, que pode ou não ser confiável, de acordo com seus interesses…), mas o fato é que é uma tecnologia israelense e não nacional, a AEL já não é nacional faz uns 20 anos.

Nilo

Esta sendo desenvolvida na (não pela) AEL Sistema, o Link-BR2 é um projeto da Força Aérea Brasileira, gerenciado pela Comissão Organizadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), desenvolvido por engenheiros brasileiros e participação nos ensaios de pilotos brasileiros, não é israelense nem tão pouco americano, (ex.: Coronel Aviador R1 Fernando Mauro Medardoni, Especialista de Suporte Operacional, da AEL Sistemas) . Além da COPAC, esta envolvido COMAE, COMGAP, COMPREP, EMMAER, DECEA, DCTA, CIAER, IPEV e IFI. Mais duas subcontratadas brasileiras AEROMOT e KRYPTUS. Essa de depende. Depende NADA. Essa de não entender porque este projeto esta nesta empresa é porque desconhece… Read more »

Wellington Góes

Claro, com certeza nenhum estrangeiro que trabalhe na AEL/Elbit tem acesso a nenhuma informação técnica e sigilosa… Assim como os novos LAADs que a Elbit está “desenvolvendo” nos EUA para os caças estadunidenses, não receberam informações e dados técnicos baseados no que foi desenvolvido para o WAD… Nenhum dos projetos e o pessoal técnico sob a batuta da mesma empresa matriz (Elbit), tem qualquer interação… Onde já se viu né?! Isso é só teoria da conspiração…
Rsrsrs

carcara_br

Como se dá a apresentação dos dados ao piloto do F-5?

Rinaldo Nery

Na tela do radar e da navegação, no MFD. E em texto também.

carcara_br

obg, Rinaldo.

Up The Irons

[OFF]
Alguém sabe se os Gripens prontos na Suécia já foram despachados pro Brasil?

Jadson S. Cabral

Eu sei que vai ter supresa aí. Não vai ser igual a ultima vez não. Não sei dizer o que e como exatamente, mas vem supresa aí. Aguarde

Wellington Góes

Informações e dados cruciais sendo desenvolvidos por uma empresa “brasileira”….
Juro que não entendo a cabeça dos planejadores na FAB.

carcara_br

Então esbarra naquele probleminha de acesso a componentes eletrônicos avançados pra indústria militar. Existe saída? Sim, mas existem custos e consequências.

Canarinho

Nem eu, ta ai uma questao que eu gostaria muito de ver a explicacao por parte dos oficiais.

Hellen

Vai explicar o inexplicavel !!!!kkkk

Rinaldo Nery

O Nilo já explicou aí em cima.

Maurício.

Wellington, está tudo em casa entre os “apadrinhados” e a “parentada”…

Nonato

Maduro agradece sua colaboração.

Maurício.

Nonato, você está falando do ditador que segundo alguns ia cair em questão de horas porque os Tomahawks já estavam se aproximando mas que até agora nada? Sinceramente, eu não entendi seu comentário.

Grifon Eagle

Excelente!!!

Foxtrot

“realizado por uma empresa brasileira.” Bom á menos que Brasília tenha se tornado Tel Aviv, não há como dizer que a AEL é Brasileira. Eufemismos a parte, e declarações confusas do comandante da FAB de outra parte, realmente o Link BR2 será um grande salto evolucionário na FAB. Fico com uma dúvida, o link pode também transmitir áudio e vídeo ? Por fim, fico mais tranquilo de saber que a parte de criptografia, e Chips sensíveis vem da Cryptus (essa sim, uma empresa brasileira). Deveriam ter feito a mesma coisa com o MAR-1, SPC-01 e outros projetos estratégicos da Mectron… Read more »

Rinaldo Nery

Acho que transmite áudio e vídeo também, se necessário.

Nilo

Sim, permite transmissão de áudio e vídeo.

Âncora

Vai funcionar em harmonia com os sistemas de guerra em rede do Gripen? Ou substitui?
Vai se comunicar com o Meteor para travar num alvo?

Last edited 2 anos atrás by Âncora
FRANCISCO MARCELIO DE ALMEIDA FARIAS

Bem, o link tático interno é nativo do gripem, ele que se comunica com os sistemas de guerra, com mísseis e miras lazer e infravermelho, portanto o linkBR2 só é usado para comunicação piloto a piloto, para repassar localização de alvo recebidos via radar e dos sistemas de longo alcance.

Last edited 2 anos atrás by FRANCISCO MARCELIO DE ALMEIDA FARIAS
Âncora

Então imagino que essa localização seja passada para o sistema do Gripen. O Link BR-2 terá que conversar com ele para permitir que um alvo BVR seja travado a partir de sensores de maior alcance, como por um E-99 ou um radar em terra (com o caça em silêncio eletrônico), isso seria um objetivo importante do enlace de dados.

Last edited 2 anos atrás by Âncora
Rafael

Nem o KC-390 nem o Mi-35 aparecem nesse diagrama? Alguém sabe por quê?

Wellington Góes

Porque assim como o F-X2 na imagem, quando produzida, não existia nem a definição do F-X2, nem de como de fato seria o KC-390, ou seja, essa imagem é anterior a estes.

Rafael

Obrigado pela resposta Wellington.

Âncora

Deve ser pq é velho, ainda fala em FX-2. Há quantos anos decidiram pelo Gripen? Sinal de que o programa é antigo.

Rafael

Obrigado pela resposta Âncora.

Rinaldo Nery

Acabou o Mi-35.

Rafael

Obrigado pela resposta Rinaldo.
O senhor saberia o motivo?

Rinaldo Nery

O preço da grande revisão ficou exorbitante.

FRANCISCO MARCELIO DE ALMEIDA FARIAS

Não dá para falar em genuinamente nacional, até porque os hardwares são misturas de Israelense, italiano, alemão e outros, mas os softwares são somente brasileiro e Israelense, que já é muita coisa, link tático ninguém tem independente no mundo, linkbr2 é um grande avanço, criptografia Independente de uma empresa do grupo Embraer melhor ainda.