Lei do Orçamento de Defesa dos EUA para 2022 coloca um alvo nos custos do F-35, com aquisição de mais aviões dependendo dos resultados

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A Lei de Autorização Nacional de Defesa do FY22 emite um desafio para o Pentágono: menores custos de sustentação do F-35, ou os serviços não poderão comprar ou voar tantos quanto quiserem

A última versão da Lei de Autorização de Defesa do ano Ano Fiscal 2022 mira o programa F-35, impondo restrições de custos e forçando o Pentágono a liberar o controle do programa para os serviços militares até o final da década.

Os legisladores normalmente argumentam por aumentos para a aquisição do F-35, mesmo que procurem mais informações sobre o custo e o cronograma do programa. Este ano, no entanto, os legisladores inseriram texto que poderá diminuir a aquisição do jato pós-2028.

A National Defense Authorization Act (NDAA) impede a Força Aérea dos EUA, a Marinha e o Corpo de Fuzileiros navais de comprar o número completo de F-35 planejados, a menos que o custo de sustentação do jato atenda aos alvos autodefinidos dos serviços.

Especificamente, a legislação gira em torno do “custo anual por cauda”, que mede o custo médio de voar, manter e atualizar uma aeronave, bem como o pessoal associado com essas atividades.

Os serviços têm até 1º de outubro de 2025 para apresentar um custo atualizado anual por alvos para o FY27. No entanto, se um serviço perder esse objetivo após 1º de outubro de 2028, o número de F-35s que pode ser adquirido ou operado pelo serviço poderá ser proporcionalmente reduzido.

A Lei também impõe um prazo para o escritório do Programa F-35 (JPO) para entregar autoridade de modernizar e sustentar o F-35 à Força Aérea e à Marinha, deixando o destino final do escritório incerto.

Além dessas disposições legislativas, a Lei estabelece os requisitos para o Pentágono apresentar uma série de relatórios sobre o F-35, incluindo:

  • Uma estratégia de aquisição para equipamento do modelo de decolagem e pouso convencionais F-35A com um motor adaptativo que começa no FY27, e um plano similar para atualizar a variante de decolagem curta e pouso vertical F-35B e variante de porta-aviões F-35C com um motor mais avançado.
  • Um mandato para o Comptroller Geral do Pentágono para realizar uma revisão anual dos esforços de sustentação do F-35 para os anos 2022 a 2025, incluindo o fornecimento de informações sobre o que o Pentágono poderá fazer para reduzir o custo de manutenção da aeronave.
  • O texto que impede que o departamento insira um contrato de logística baseado em desempenho para a sustentação do F-35, a menos que o Secretário de Defesa certifique que o contrato corta custos ou aumente a prontidão e forneça uma análise de custo-benefício comparando o acordo logístico baseado em desempenho com contratos legados.

FONTE: Breaking Defense

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Michel

Que avião feio!!! Feio, caro e ainda funciona mal.

Last edited 2 anos atrás by Michel
737-800RJ

Só faltou chamar de bobo!
Eu concordo que os custos de desenvolvimento excederam muito as projeções iniciais e que o preço de aquisição e manutenção seja alto, porém os mesmos serão diluídos ao longo dos anos, já que ele é um sucesso de vendas e a tendência é que barateie e mitiguem falhas mecânicas a cada nova atualização. O F-35 é uma realidade e verdade seja dita: é o único caça de quinta geração em intensa produção no mercado. Não há concorrentes.

Antoniokings

Contando com o ovo na galinha? ‘e a tendência é que barateie e mitiguem falhas mecânicas a cada nova atualização” A L.M é mestre em fazer isso. Lembremos do F-104 que foi um sucesso de vendas bem maior que o F-35 e mesmo assim foi uma ‘bomba’ que nunca teve jeito. Ademais, mesmo que consigam mitigar os inúmeros problemas, o F-35 será comprovadamente ineficiente para um teatro de operações de longuíssimas distâncias como na Rússia e China. E isso, até os próprios militares americanos concluíram. Li recente artigo que dizia que esses aviões não terão como se aproximar das costas… Read more »

Leandro Costa

Ahhh… o F-104… aquele avião cuja má fama é considerada como verdade absoluta e que na verdade está longe de ser.

E desde quando alvos Russos são considerados alvos distantes? Você acha mesmo que algum caça, qualquer que seja, foi projetado visando a penetração profunda em território Russo ou Chinês? LOL

Chris

Caro Kings… Pode apostar que a Russia adoraria estar no nivel do F-35 !

Agora a previsão para o SU-57 se tornar operacional… É 2027 !

Eqto ja fabricaram mais de 600 F-35 e ja estão desenvolvendo novos caças.

Last edited 2 anos atrás by Chris
Antoniokings

Prezado Chris.

Produzir 600 aviões não é sinal de sucesso.
Pelo contrário, pode ser sinal de 600 problemas.
A indústria militar é prodiga desses exemplos.

Michel

Chama-se de desperdício de recursos em um mundo que já não os têm tanto assim. Eles se acham “os tais’ e procedem dessa forma. Mas um dia a conta chega. Aliás, já está chegando. O sr. Kings já se referiu ao que está acontecendo no meio-oeste norte-americano. As pessoas estão fugindo de lá devido a desertificação. Os EUA estão se tornando um país inchado nas bordas e vazio por dentro (interior). Ou seja, depreende-se desse panorama três aspectos sociais alarmantes: Cidades com maior aglomeração populacional; Maior facilidade de transmissão de doenças; Fomentação ao preconceito, ao racismo. Esse pessoal vindo do… Read more »

Last edited 2 anos atrás by Michel
Chris

Eu ainda não sei pq os americanos querem tantos aviões… Só de F-35 ja devem ser mais de 600 fábricados…

Nas últimas guerras não enviaram nem 5% de sua força !

Lucas Esteves

a ideia era que que ele substituísse, quase todos os caças em operação por suas forças armadas, mais com o superfaturamento, ops quero dizer custo de desenvolvimento, estão mudando de ideia, por isso ate já estão desenvolvendo outros caças(força aérea e marinha).

Antoniokings

Eita!
As ‘coisas’ caminham para o previsto.

JPC3

Faz críticas com telhado de vidro Kings…. dá para citar diversos projetos revolucionários do seu time que caminharam para o previsto, cancelamentos, atrasos, aumentos de custos, problemas técnicos…..Não são poucos, mas nem vou comentar para não ficar falando mal de outros países por aí sem necessidade.

Antoniokings

Deixa eu aproveitar um pouco.
kkkkkk

SDS

Matheus S

Os EUA estão com um problema sério de planejamento e execução de projetos orçamentários. O problema começa a ser introduzido quando a USAF deseja retirar aeronaves da sua força da ativa e até frotas inteiras que libera ainda mais orçamento do que uma retirada gradual de uma determinada frota de aeronave da ativa. O Congresso americano, com políticos eleitos para representar seus respectivos eleitorados não deixam os comandantes das forças retirarem por conta das empresas locais que fornecem suporte a operação dessas aeronaves, agradando seu eleitorado, mas prejudicando os projetos da segurança nacional. A priorização implica na eliminação de sistemas… Read more »

Leandro Costa

Enquanto houver uma polarização do congresso, é bem capaz de as coisas piorarem mais antes de melhorarem. Talvez seja necessária a eclosão de algum conflito, mesmo que limitado, mas desafiador, para que os legisladores entrem em alguma espécie de consenso sobre o que exatamente fazer. Uma leitura mais simples talvez indique uma incapacidade de os representantes da USAF conseguirem apresentar seus argumentos de forma convincente aos legisladores, se bem que eu considero isso como fato ante aos dados apresentados. O problema é se existe efetivamente alguma forma de convencer os legisladores sobre o ganho da USAF com a aposentadoria desses… Read more »

Matheus S

Eu não sei como vai ser a resolução destas questões, mas algo precisa ser feito para os EUA tomarem o rumo certo dos projetos de defesa nacional. Não digo que seria necessário algum conflito para eles acordarem nessa questão, mas na medida que outros países consigam diminuir o gap tecnológico, podendo até alcançar tecnologicamente os americanos, eles serão obrigados a entrarem em comum acordo para resolverem esses impasses, com os militares no papel central abordando os projetos de desenvolvimento e o que deve ser feito e como deve ser feito. Esse impasse da política com os militares está tornando a… Read more »

Antoniokings

Notícia de 10/12/21 : 14:12 h

marketwatch.com/story/u-s-budget-deficit-narrows-to-356-4-billion-in-first-two-months-of-new-fiscal-year-11639163546?mod=home-page

Deficit ‘cai’ para 356 bi em dois meses.
Mesmo assim são quase 160 bi ao mês.
Multiplique, minimamente, por 12 para saber o déficit anual.
Vai passar fácil de US$ 2 tri.

Vendéen

Bonsoir Matheus S,

Além do conteúdo do seu comentário, há um bom artigo da Aire & cosmos que me parece muito explícito.
https://www.air-cosmos.com/article/budget-de-la-dfense-us-toujours-plus-dachats-le-f-35-en-danger-25656

Caso contrário, para a anedota:
O velho soldado ainda está salvo lol:
“o congresso americano acelera a retirada dos aviões mais antigos da Força Aérea dos Estados Unidos, exceto o A10”
https://www.meta-defense.fr/2021/12/08/le-congres-americain-accelere-le-retrait-des-avions-les-plus-anciens-de-lus-air-force-sauf- the-at-10 /

Tenha uma boa noite

Matheus S

Vale destacar que no ano fiscal de 2022, enquanto a capacidade AMTI distribuída e baseada no espaço é amadurecida, a USAF solicitou a compra provisória de 10-15 E-7 Wedgetail para substituir os E-3 Sentry mais antigos. Isso permitirá que os mais antigos dos 31 E-3 sejam substituídos, isso irá liberar os recursos de O&M para suportar maior prontidão para a frota restante, essa é exatamente o que a USAF quer com a redução do A-10, mas o Congresso veta. Sem falar que a USAF foi bem clara em dizer que o Wedgetail é um caminho provisório até a chegada da… Read more »

Rodrigo LD

Eles precisam manter a indústria bélica produzindo, mas realmente os custos para uma frota tão grande são excessivos. Poderiam reduzir as quantidades e liberar as Forças para que cada uma começasse a planejar sua futura aeronave, com base nas suas respectivas missões.

MGNVS

Alto custo de desenvolvimento, alto custo de manutencao, alto custo de horas de voo. Esse F-35 é um peso no bolso do contribuinte. Nesse quesito os russos e chineses sao mais pragmaticos, eles nao tem o mesmo nivel de tecnologia, mas ainda assim conseguem fazer muito com pouco.

Salim

Meio confusa esta recomendação, redução de custo e na mesma nota desenvolver opção nova de motor para as trés variáveis!?!! O custo de operação nos EUA colocam todo gasto do caça em sua vida útil, portanto nova motorização só ira aumentar este custo. O custo só ira cair se aumentar NR de caças e NR horas voadas. O sistema foi criado para treinar muito e ter alta disponibilidade, bem interessante.