Há 75 anos, voava o bombardeiro protótipo Consolidated-Vultee XB-36
Em 8 de agosto de 1946, em Fort Worth, Texas, o protótipo XB-36 da Consolidated-Vultee Aircraft Corporation, 42-13570, fez seu primeiro voo. Os pilotos de teste da Convair, Beryl Arthur Erickson e G.S. “Gus” Green, junto com o engenheiro-chefe de testes de voo James D. “J.D.” McEachern, estavam na cabine. Seis outros membros da tripulação estavam a bordo.
O B-36 era o maior e mais pesado avião construído até então. Ele foi projetado como um bombardeiro pesado de longo alcance, capaz de atingir alvos no continente europeu a partir dos Estados Unidos e retornar, caso a Inglaterra fosse invadida pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
Com o fim da guerra, seu propósito foi alterado para o de um bombardeiro estratégico de longo alcance, portando grandes armas nucleares que nem mesmo eram imaginadas quando o processo de projeto havia começado.
O XB-36 tinha envergadura de asa de 70,1 metros, quase 27 m mais longa do que a do B-29 Superfortress que iria substituir. Tinha 49,4 metros de comprimento e 14,2 metros até a ponta do leme vertical. O peso vazio do protótipo era de 131.740 libras (59.756 kg) e tinha um peso bruto máximo de 276.506 libras (125.421 kg).
O XB-36 era movido por seis motores radiais Pratt & Whitney Wasp Major TSB1P-G (R-4360-25) refrigerados a ar, superalimentados, com potência normal de 2.500 cavalos a 2.550 rpm a 5.000 pés (1.524 metros) e 3.000 cavalos de potência a 2.700 rpm para decolagem. Os motores foram dispostos em uma configuração de “pusher”, com a admissão e o ar de resfriamento entrando pelas entradas no bordo de ataque da asa. As hélices de três pás tinham um diâmetro 5,8 metros.
A velocidade máxima do avião era de 557 km/h e a velocidade de cruzeiro era de 348 km/h. Tinha um alcance estimado de 15.290 quilômetros com uma carga de bombas de 4.536 kg.
O YB-36 foi selecionado para produção como o B-36A Peacemaker. A série B-36 foi produzida nas versões de bombardeiro e de reconhecimento e esteve no serviço de linha de frente de 1949 a 1959.
Começando com o B-36D, quatro motores turbojato foram montados sob as asas em pods semelhantes aos do Boeing B-47 Stratojet, aumentando significativamente o desempenho do bombardeiro.
Um total de 384 aviões foram construídos, mas apenas cinco foram preservados. O Peacemaker nunca foi usado em combate.
FONTE: This Day in Aviation
NOTA DO EDITOR: O bombardeiro B-36 Peacemaker foi o pivô de uma disputa entre a Força Aérea e a Marinha dos EUA no episódio conhecido como “A revolta dos almirantes”. Leia sobre essa história no site Poder Naval, clicando aqui.
É uma aeronave impressionante quando vista de perto. Enorme e imponente. Estive literalmente embaixo de um deles no Pima Air & Space museum.
Mas que raio de deslike em um relato desse!
Não faz o menor sentido, Caio.
Fernando, um dia espero ter essa experiência. Uma pena o YB-60 não ter sobrevivido. Eu o achava ainda mais imponente.
Realmente impresionante Fernando, o conheci no Museu da USAF em Dayton. “SIX TURNING, FOUR BURNING:”
‘Six turning and four burning.’
Sempre que vejo o B-36 lembro do filme e dessa frase !
Para ir para as armas traseiras tinha um túnel com um carrinho para a tripulação se deslocar. E se não me engano dava para acessar os motores em vôo.
Abraço a todos!
A indústria aeronáutica dos EUA, nos impressiona há muito tempo.
Cara, se vc assistir o que os americanos fizeram para chegar na Lua, tem vários vídeos passando no Discovery, tipo “segredos da NASA” e etc… os americanos realmente são formidáveis, o que eles fizeram nos anos 50 e 60 o Brasil até hoje, no século 21, não tem a mínima capacidade de reproduzir, é zero mesmo, os carasdo MIT já faziam gisroscópios para guiar espaçonaves até a Lua NOS ANOS 60 !!!!!, inacreditáVEL!!!!
384 produzidos e 6 preservados.
Quantas panelas não foram fabricadas…