ATENAS, Grécia – A Grécia recebeu na quarta-feira (21/7) o primeiro dos 18 caças franceses Rafale, parte de um grande plano de aquisição militar enquanto o país busca modernizar suas forças armadas.

O ministro da Defesa, Nikolaos Panagiotopoulos, compareceu à cerimônia de entrega em Istres, no sul da França, descrevendo-a como um “dia importante para a Força Aérea Grega”.

A Grécia assinou um acordo de 2,3 bilhões de euros (US$ 2,7 bilhões) em janeiro para os aviões Rafale, incluindo 12 aeronaves usadas e seis novas construídas pela Dassault Aviation. Devem ser entregues no prazo de dois anos, a partir deste mês.

A compra faz parte de um programa de modernização para os militares da Grécia e ocorre durante um período de relações principalmente turbulentas com a vizinha Turquia. Os dois aliados da OTAN estão em desacordo por causa de uma série de disputas, incluindo sobre fronteiras no Mar Egeu e no leste do Mediterrâneo, e chegaram à beira da guerra três vezes desde meados da década de 1970.

“Esta compra contribuirá para o reforço adicional da capacidade de combate e do poder de dissuasão da Força Aérea e das Forças Armadas, cuja principal missão é a defesa da integridade territorial e dos direitos soberanos de nossa pátria”, disse Panagiotopoulos.

O ministro também enfatizou os estreitos laços de defesa entre a Grécia e a França, dizendo que a compra “demonstra nossa determinação em fortalecer ainda mais não apenas nossas relações bilaterais, mas também nossa cooperação para a estabilidade e prosperidade na região mais ampla do Mediterrâneo oriental”.

Eric Trappier, presidente e CEO da Dassault Aviation, descreveu o Rafale como “um divisor de águas estratégico para a Força Aérea Helênica. Ele terá um papel ativo por parte da liderança de segurança da Grécia como uma grande potência regional.”

FONTE: Military.com

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Fabio Araujo

Um belo reforço para os gregos!

OSEIAS

Um belo reforço em todos os sentidos. O Rafale é uma aeronave belíssima, essas entradas de ar dão um destaque a ele.

Willber Rodrigues

Parabens aos helenos. Compraram logo um dos melhores caças de 4° geração atuais.

Kemen

F3 R usado, melhoraram os Rafales em relação aos anteriores, mas não é lá essas coisas, espero muito dos F 4. Mas comparado com o que a Grecia tem hoje sera uma boa melhoria para a Força Aérea Helenica.

Last edited 2 anos atrás by Kemen
Kemen

A quem me negativou, um conselho, pesquise um pouco mais. Beleza estética não diz tudo de um caça. A versão F3 R incluiu finalmente aceitas em 8 de março de 2021, atualizações de software e hardware, tão necessarias, devido a mediocridade de alguns sistemas anteriores do Rafale se comparados por exemplo aos sistemas dos Eurofigther, F-16 V e dos F-39. -Finalmente a integração dos Meteor chegou e foi aceita. -Uma versão mais recente incluindo melhorias no AASM (ar-solo), a muito requisitada. -Enfim o radar Thalles AESA RBE2. -Integração do POD de mira Thalios. -Integração do Spectra. -Sistema preventivo Auto-GCAS. Continuam sem… Read more »

Last edited 2 anos atrás by Kemen
leandro

acredito que esses 12 semi novos são bons para os gregos como para os franceses… os gregos conseguem 12 caças a toque de caixa já que as coisas estão esquentando por lá… já a França consegue se desfazer de algumas células antigas e troca de futuros rafales F3…

todo mundo saiu ganhando nessa…

Rodrigo LD

Essa primeira unidade faz parte dos novos de fábrica? Os usados estarão no mesmo padrão?

Camargoer

Olá Rodrigo. As primeiras unidades são aquela oriundas da força aérea francesa. São os caças usados. Os novos vão ser os últimos. Um caça moderno leva de 1,5~2 anos para ser fabricado. Para comparação, um B24 podia ser fabricado em um mês e tinha cerca de 250 mil peças. Um F35 tem 50 mil peças e demanda 2 anos para ser fabricado.

Heinz Guderian

não sabia disso caro camargoer, interessante que hoje em dia, mesmo com tecnologias inovadoras, robôs, computadores, demore assim para um caça ficar pronto. Não sabia, obrigado pela informação.

Vendéen

Bonjour, É isso mesmo, dos 18 encomendados, os primeiros 12 serão Rafales de segunda mão (nível de disponibilidade de operações da Grécia como novos aviões) retirados de certos esquadrões.  Diz-se que o custo de compra do Rafale usado ronda os 400 milhões de euros (não tenho meios de verificar este preço e para quem o negócio é bom rs). Os outros 6 são novos aviões. A compra de aeronaves usadas Rafale em bom estado de conservação talvez seja uma boa oportunidade para alguns países que pretendem ter em sua equipe uma aeronave com múltiplas capacidades operacionais de bom nível e… Read more »

Antunes 1980

Em conjunto com as 24 unidades do F-35, a aTurquia estará em grande desvantagem.
Parabéns aos Gregos.

Theo Gatos

Os F35 estão ainda em negociação e o negócio, infelizmente pros gregos, não foi fechado e o governo Biden ainda não priorizou esse negócio… Certamente não é falta de interesse grego…
.
Sds

Flanker

Independente de qualquer outra questão, na minha opinião, o Rafale é o caça mais bonito em operação hoje no mundo. Linhas perfeitas que formam um conjunto perfeito.

Vendéen

Bonjour,

Flanker como fã de Rafale merece um vídeo sobre o “nascimento” do 100º Rafale.
Espero que ainda não o tenha visto e que este vídeo o faça feliz.
É um presente modesto de um francês que por vezes é um pouco… muito chauvinista lol.
Aproveite!!!
“Montagem final do 100º Rafale até ao seu primeiro voo. (Dezembro de 2010)”.
https://www.youtube.com/watch?v=XvTGBwQxK1o

Andre

Depois das repetidas ofertas dos russos do su35 e su57, todas recusadas pelos turcos, sobra a eles comprarem o typhoon, ou vão ficar muito atrás.

Hcosta

Nem isso, estão a desenvolver o seu.

Andre

Vai ficar operacional lá por 2050, junto com o checkmate…

Thiago A.

Typhoon nem pensar, seria a maior dor de cabeça para eles. É uma ótima aeronave, mas por questões políticas seria a pior opção para eles. O risco é que uma das nações(principalmente o parlamento alemão) que compõem o consórcio fabricante queira embarga em algum momento o fornecimento de armas e peças por qualquer questão humanitária ( e convenhamos a Turquia não tá nem aí para esses assuntos de direito civil) é muito alto.

Theo Gatos

Apesar da histórica (e muitas vezes sinistra) amizade entre os povos germânicos e turcos, o momento político não ajuda essa compra nem junto à Alemanha (por resistência interna) e nem junto aos Italianos (já tem acordo fechado apoiando os gregos na questão do petróleo do mar Egeu)… Sobrará a Inglaterra ou alguns de segunda mão (Áustria talvez?), mas serão caros e não vão resolver os problemas por serem de versões mais antigas…
.
Sds

Segatto

Sem contar que mesmo comprando de segunda mão precisarão de peças de reposição que se não me engano cada parte do avião é produzido em Paris diferentes do consórcio, basta um vetar. PS pobre Espanha, esqueceram que ela faz parte do consórcio

Theo Gatos

Olá Segatto, sim precisarão de peças que podem ser embargadas no futuro…
.
Sobre a Espanha realmente não foi citada, mas é a que fabrica menos partes da aeronave na CASA e também a responsável por menos tecnologias sensíveis durante o desenvolvimento (a Espanha chegou a abandonar o consórcio na época que a França o fez durante o desenvolvimento, mas voltou ao grupo algum tempo depois)… Então tem um papel, ainda como sócio do consórcio, menos central…
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SDS

Andre

Mas ainda assim, são a melhor opção para os turcos contra os Rafale gregos.

Theo Gatos

Não disse que não… apenas não é tão simples de efetivar!
.
Sds

rui mendes

Espanha também conta e muito.

Marcelo Bardo

Na verdade conta pouco.

Roberto

A Grecia não estava quebrada ?

Adam Nikolaos Adamakis

Rafale + Meteor ameaçariam os 737 AEW&C Turcos?