Força Aérea Chinesa treina pilotos e Inteligência Artificial em combates aéreos simulados

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J-16

A Força Aérea do Exército de Libertação Popular da China (PLAAF) começou a desdobrar Inteligência Artificial (IA) como oponentes simulados no treinamento de combate aéreo dos pilotos para que estes possam não apenas aprimorar suas habilidades de tomada de decisão e combate contra computadores de cálculo rápido, mas também para que as IAs também possam aprender com cada confronto e já superaram seus oponentes humanos em muitas ocasiões, de acordo com uma nova reportagem.

Além de treinar pilotos de forma eficiente, espera-se que as IAs sejam parte integrante dos futuros aviões de combate da China, que auxiliem os pilotos em suas decisões de combate, disseram os observadores.

Uma brigada de aviação afiliada à Força Aérea do Comando do Teatro Central do PLA realizou uma simulação de treinamento no início do verão, na qual Fang Guoyu, um líder de grupo da brigada e campeão em um exercício anterior de combate aéreo, foi abatido em uma simulação de batalha aérea contra uma aeronave pilotada por AI em um simulador, informou o PLA Daily.

Esta não é a primeira vez que o renomado Fang foi abatido pela IA, e Fang não é o único ás que a IA derrotou nos últimos anos, disse a reportagem.

“A IA mostrou habilidades de controle de voo e decisões táticas sem erros, tornando-se um oponente valioso para aprimorar nossas capacidades”, disse Du Jianfeng, comandante da brigada. A brigada vem integrando treinamento simulado e assistido por IA no treinamento diário nos últimos anos, disse ele.

O treinamento simulado pode aumentar a eficiência do treinamento, economizar custos e diminuir os riscos de voo e, com o rápido desenvolvimento da tecnologia, tornou-se um objetivo comum para as principais potências militares ao redor do mundo tirar proveito das simulações de treinamento, disse o PLA Daily.

O simulador de combate aéreo autônomo baseado na tecnologia AI foi desenvolvido em conjunto pela brigada e institutos de pesquisa e se tornou um suporte sólido para aumentar as capacidades de combate dos pilotos, disse Fang.

A AI também está aprendendo com os pilotos à medida que coleta dados de cada sessão de treinamento. “No início, não foi difícil vencer a IA. Mas, ao estudar os dados, cada combate tornou-se uma chance de melhorar”, disse Fang, observando que em uma sessão de combate, Fang usou uma tática difícil contra a IA e finalmente a venceu por uma pequena margem, mas na próxima sessão, a IA usou a mesma tática contra Fang para derrotá-lo.

Isso obriga os pilotos a desenvolver táticas cada vez mais inovadoras e fazer descobertas para vencer essas simulações, disse o PLA Daily.

IAs podem não apenas ajudar os pilotos a melhorarem no treinamento, mas também ser integradas em aviões de combate e auxiliar os pilotos em combate, por exemplo, calculando as melhores opções táticas para os pilotos escolherem levando em consideração toda a situação do campo de batalha, com uma eficiência muito melhor do que um cérebro humano em situações muito complicadas, disse um especialista militar chinês ao Global Times, solicitando o anonimato.

Este também é o conceito levantado por Yang Wei, projetista-chefe do jato de combate stealth J-20 da China. Yang disse em um artigo em 2020 que o caça a jato de próxima geração poderia apresentar IA, que é um campo-chave para ajudar os pilotos a processar uma vasta informação e tomar decisões em ambientes de campo de batalha complicados.

FONTE: Global Times

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Antoniokings

Desenvolvimento natural.
Off topic – Parece que o Paquistão está qurrendo trocar seus F-16 por J-10 chineses.
Aguardemos.

M.@.K

Não sei se o J10 é o top dos top, mas que ele é bonito, é sim… pelo menos acho mais bonito que o J20.

Miguel Junior

O ‘top dos top’ é o J-20

Heinz Guderian

creio que é até um caminho natural, pelo menos eles vão poder usar o vetor como em entender, sem interferência externa. ( Creio eu)

carcara_br

Isso me lembra:
https://youtu.be/ziCQqmEllZo
Acho que a nós ainda não vimos o design final de muitas máquinas quando for de fato retirado o piloto de alguma delas, maquinas que não seriam controladas por operadores, mas de fato capaz de reagir em tempo real no campo de batalha, a uma grande diversidade de situações praticamente todos os limites estruturais das aeronaves atuais estariam subdimensionados. Estratégias que foram abandonadas devido a pesada baixas humanas que imporiam poderiam ressurgir com força total.
E temos claramente uma corrida nesta direção, americanos, russos, chineses, iranianos, europeus, indianos e brevemente brasileiros.

Rodrigo Martins Ferreira

No fim deste vídeo o Mover comenta sobre as diferenças entre voar real e o cara que só voa no virtual e queria ver um combate entre o AI e o cara que só voa virtual.

Este combate existiu e o AI venceu, mas não de forma invicta.

Perdeu um combate para um guri coreano viciado no DCS World F16.

carcara_br

Eu assistir o vídeo com a análise dele.
Na realidade simuladores com uma física avançada e disponíveis ao público são ferramentas poderosas de treinamento de IA.
O google tem uma inteligência artificial de xadrez que foi treinada exatamente desta forma.
Foi um combate bem interessante com técnicas pouco convencionais, mas a IA é osso duro conseguiu acertar em condições precárias de sustentação.
Novas tecnologias, novos tempos, uma hora alguém vai colocar um soft deste pra rodar numa avião real, quero muito ver os resultados.

Salomon

Que grande oportunidade para o Brasil