A Airbus Defense and Space e a Tata Advanced Systems Limited (TASL) executarão em conjunto o projeto para equipar a Força Aérea Indiana com 56 aeronaves de transporte C-295 sob a iniciativa Make-in-India no setor aeroespacial

A Índia assinará um contrato de US$ 2,5 bilhões neste ano para o fornecimento de 56 aeronaves de transporte médio para a Força Aérea Indiana para substituir sua frota de aviões Avro 748 antigos, disseram autoridades familiarizadas com o desenvolvimento no dia 5 de janeiro.

A Airbus Defense and Space e a Tata Advanced Systems Limited (TASL) executarão em conjunto o projeto para equipar a Força Aérea com 56 aeronaves de transporte C-295 sob a iniciativa Make-in-India no setor aeroespacial.

Segundo o contrato, a Airbus fornecerá as primeiras 16 aeronaves em condições de voo, enquanto as 40 restantes serão montadas na Índia pela TASL, disseram os funcionários.

A aquisição de 56 C-295 da Airbus com participação de uma agência de produção indiana para a fabricação de 40 aeronaves (de um total de 56) na Índia está em fase de aprovação financeira e o contrato deverá ser assinado em um futuro próximo, o ministério da defesa disse em sua revisão de fim de ano.

“O caso é o primeiro do tipo, que prevê a participação de empresas privadas e se revelaria um impulso para a nossa indústria de defesa”, disse o ministério.

Enquanto os C-295s devem substituir os aviões de transporte Avro 748, a nova aeronave também será adequada para as funções exigentes que o AN-32 desempenha atualmente, conforme relatado anteriormente pelo Hindustan Times.

O Avro 748 entrou em serviço no início dos anos 1960 e deveria ser substituído há muito tempo, disse o vice-marechal Manmohan Bahadur (retd), diretor geral adicional do Centro de Estudos de Poder Aéreo.

“O projeto de substituição do C-295 está em trabalho nos últimos oito anos e gerou um novo termo – o modelo Avro – no campo de aquisição devido ao caminho exclusivo adotado. Na verdade, há uma fadiga de aquisição que se instalou, um estado que precisa ser superado com a introdução da aeronave, o que é extremamente exigido pela IAF. O C-295 também seria o substituto natural do AN-32, que também será descontinuado em breve”, disse Bahadur.

Os primeiros 16 aviões serão fornecidos em dois anos, e as entregas dos 40 montados localmente se estenderão por mais oito anos. A aeronave pode operar em pistas de pouso curtas e despreparadas e realizar uma variedade de missões em todas as condições meteorológicas.

O contrato para a compra de 83 aeronaves LCA Mk 1A para a IAF da Hindustan Aeronautics Limited (HAL) também deve ser assinado logo após a aprovação pelo Comitê de Gabinete de Segurança, disse o ministério. Em março passado, o Ministério da Defesa deu luz verde para a compra de 83 jatos avançados Tejas da HAL. O negócio deve valer Rs 38.000 crore (US$ 5,6 bilhões).

O negócio para os 83 jatos Mk-1A elevará o número total de variantes do Tejas encomendadas para 123 unidades.

As 40 LCAs já encomendadas pela IAF estão nas configurações de capacidade operacional inicial (IOC) e nas configurações de capacidade operacional final mais avançada (FOC). O LCA Mk-1A virá com melhorias adicionais em relação à aeronave FOC, tornando-o a variante Tejas mais avançada até agora.

Espera-se que a variante Mk-1A venha com receptores de alerta de radar digital, pods de jammer de autoproteção externa, radar de varredura eletrônica ativa, mísseis avançados além do alcance visual e facilidade de manutenção significativamente melhorada.

A Índia também deve assinar um acordo com Israel para sistemas adicionais de armas Harop (P-IV) de “loitering” no primeiro trimestre de 2021, disse a revisão de fim de ano.

O Harop foi projetado para localizar e atacar alvos de alto valor com precisão. A arma (também conhecida como drone suicida) rastreia o alvo, mergulha nele e detona a ogiva com o impacto, de acordo com seu criador, a Israel Aerospace Industries.

FONTE: Hindustan Times

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smichtt

Parece que tempos interessantes estão a vir. Rafales, C-295, porta-aviões japonês, coreano…A corrida armamentista recrudesce.

João ESIE

Um nicho de mercado que a Embraer e a FAB poderia ter aproveitado. O mercado de transporte de carga está crescendo e a Embraer irá aproveitar com o Kc-390.

Fabio Araujo

Provavelmente as negociações começaram com a venda dos Rafales, mas em todo caso o KC-390 é um avião de maior porte e capacidade, outra categoria, ainda deve ter espaço para alguns KC-390!

João Adaime

Caro Xará
Você sabe que o KC-390 e o C-295 são de classes diferentes. Ao que parece, a Embraer não quer competir com o Casa e sim com o ATR, o primo do C-295.
Notícias indicam também que a FAB e a Embraer vão projetar um cargueiro menor do que o C-295, o Stout, mais do porte do antigo Brasília e com tecnologia híbrida, duas turbinas turboélices e duas elétricas.
Com toda certeza a FAB viu mais necessidade numa aeronave menor e a Embraer enxergou ali um nicho de mercado mais promissor.
Abraço

Luiz Antonio

No projeto do Stout, poderiam incluir um “Stout Extended” para concorrer com aeronaves maiores, e ainda oferecendo a propulsão híbrida. O C-295 é um sucesso de vendas, porém creio que não permite muitas novidades importantes que possam ser agregadas ao projeto, considerando um futuro não muito distante em termos aeronáuticos.

Nascimento

A questão é o modelo de negócio. A India exige participação local (Made in India) para grandes projetos. A Embraer tem que estar disposta a jogar esse jogo.

Fabio Araujo

Os países estão investindo na renovação/ampliação das suas forças armadas e nesse tipo de investimento não é só em armas é também em meios logísticos pois não adianta ter armas sem ter como mantê-las funcionando com peças, combustível e munições e sem ter como transportá-las!

Carlos Campos

Numa cacetado só decidiram por mais de 50, ainda vai vir Harop, as baterias anti aéreas da China que se cuidem.

Zen

Por curiosidade quantos desses a Fab tem no inventário?

Junior

Se não me engano 15, 12 são da versão de transporte

Rinaldo Nery

14. Um deu pt em Surucucu.

Turu

Esse aqui

Flanker

Eram 12 C-105 (denominação da FAB para o C-295). Uma célula fez um pouso duro, causando danos de monta na estrutura. Optaram por retirar tudo que poderia ser aproveitado da aeronave e a fuselagem foi sucateada. Sobraram 11, às quais se somaram as 3 células da versão SAR, o SC-105. Então, no total são 14 células.

Hellen

Impressionante a quantidade de equipanento que a india compra todo ano em grande quantidade !!!!

EduardoSP

O Casa 295 não tem condições de substituir o An-32. O soviético tem o dobro da potência, e maior MTOW. No Himalaia isso faz toda a diferença.

Segatto

Tem maior MTOW mas leva uma carga ligeiramente menor que o C-295, sendo a carga aquilo que se preza, isso é que deve fazer a diferença

ednardo curisco

Índia deve manter os 2

Tiago da Silva

Uma notícia já esperada e aparentemente agora vai, a força aérea indiana tem 22 unidades equipadas com o Avro 748 e An-32 e antes que falem sei que não tem menção a substituição deste último mas vai que a longo prazo… A produção local é o grande calcanhar de aquiles da Índia mas vamos ver se rola mesmo porque a demanda é bem maior que as 56 aeronaves inicialmente encomendadas, mas quando falamos desta nação tudo é incerto e vai que encomendam também um outro modelo futuramente para fazer uma dupla com o “295”. Na minha contagem rápida usei o… Read more »

Wellington Góes

Bem, tivéssemos um MdD que, efetivamente, organizasse o processo de desenvolvimento da indústria de Defesa, bem como a aquisição e padronização de meios, esse seria o caminho para criar uma nova indústria aeronáutica, bem como dar asas fixas ao EB e novas asas à MB e assim diminuir a pressão por voos de aeronaves da FAB, mas pra quê criar facilidades se o que dá dinheiro é a produção de dificuldades, não é verdade?!
Não seria Brasil se isso não acontecesse….

Marcelo

Acertou na mosca !!!