Os Secretários de Estado da Defesa da Alemanha, França e Espanha assinaram a adenda ao Acordo de Implementação 2 da integração da Espanha na Fase 1A do projeto NGWS/FCAS.

A Secretária de Estado da Defesa, Esperanza Casteleiro Llamazares, participou no dia 16 de outubro com os seus homólogos da França e da Alemanha, Joël Barre e Benedikt Zimmer respectivamente, num encontro por videoconferência enquadrado no projeto de desenvolvimento do Next Generation Weapons System (NGWS) que faz parte do Future Air Combat System (FCAS).

Além de revisar o andamento do projeto tanto nas fases atualmente contratadas (Estudo de Conceito Conjunto e Fase 1A de atividades de P&D e demonstradores), bem como nas que estão em negociação (Fase 1B e 2 de P&D e demonstradores), especial atenção foi dada à seleção de arquiteturas de sistema, um ponto crítico para continuar avançando em todas as atividades de definição e design.

O status deste processo de seleção de arquitetura foi apresentado por uma delegação das principais empresas de cada país chefiada por Eric Trappier, CEO da Dassault Aviation, Dirk Hoke, CEO da Airbus Defense and Space, e Ignacio Mataix, CEO da Indra Systems.

Os Secretários de Estado da Defesa dos três países assinaram então a adenda ao Acordo de Implementação 2 da integração da Espanha na Fase 1A do projeto NGWS/FCAS.

Este documento constitui um marco fundamental para a Espanha, pois representa a plena incorporação do país ao projeto, desde que foi assinado em 14 de fevereiro de 2019 pela Ministra da Defesa, Margarita Robles e seus homólogos francês e alemão, a Carta de Intenções para o adesão da Espanha ao projeto franco-alemão do Future Combat Air System (NGWS/FCAS).

Com a assinatura dos contratos que serão formalizados ao abrigo deste Acordo e que deverão concretizar-se nas próximas semanas, a Espanha atinge a velocidade de cruzeiro da França e da Alemanha e todas as atividades e decisões do programa serão tomadas com um posicionamento do país em igualdade de condições com os seus parceiros.

O projeto NGWS/FCAS é essencial para as capacidades futuras das Forças Armadas espanholas, bem como para o desenvolvimento tecnológico e industrial da Defesa e a geração de empregos altamente qualificados. Também se aplica a muitos outros setores do resto do tecido industrial nacional, razão pela qual a participação de outros ministérios em um programa de Estado é considerada essencial.

FONTE: Ministério da Defesa da Espanha

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Willber Rodrigues

Aparentemente, esse projeto vai mesmo em frente. Espero que dê certo.
Mas quero ver quando o custo disso começar a chegar…
E sobre o Tempest britânico, alguma novidade?

Thiago

Tenho até medo do preço, é só tirar como parâmetro o Rafale e Typhoon, caros de comprar e manter.

Marcelo

muitas tambem, a ultima que li foi que estao fazendo para gerar emprego e manter capacidade tecnologica no Reino Unido, o que com certeza tambem eh o caso de Franca, Alemanha e Espanha, e eu duvido que esses paises nao tenham condicoes financeiras de tocar um programa desses, tudo eh questao de prioridade e vontade politica.

Willber Rodrigues

Que esses 3 países tem dinheiro, é fato.
Mas mesmo assim, dinheiro não dá em árvore. E é fato que projetos militares sempre estouram o orçamento previsto…

Rogério Loureiro Dhierio

Eu acho que os dois projetos FCAS e Tempest, serão de alguma forma unificados no futuro como um vetor em comum para todas as forças aéreas da Europa.

Não consigo ver para o futuro, dois projetos separados sendo bancados por dois blocos distintos.

Eu imagino que em algum momento, os desenvolvedores de ambos projetos se cruzarão em uma esquina e se esbarrar misturando toda essa papelada.

Willber Rodrigues

Será mesmo?
A europa é cheia de equipamentos e projetos que começaram em comum acordo, e depois se desmembrou, com cada país fazendo seu projeto próprio.
Typhoon, Rafale, AMX Lecrec, Leopard…

Wagner

Os franceses vão acabar arrumando alguma treta e acabar desenvolvendo o deles.

Jean Jardino

Nao meu caro, enquanto os ingleses nao entrarem nesse projeto, ele vai muito bem e obrigado……

Willber Rodrigues

Acho que, dessa vez, isso não vai acontecer.
Esse projeto vai ficar caro demais pra que apenas um país o faça sozinho. Eles vão ter que entrar num concenso. De que forma vai ser isso, eu não sei…

rui mendesmendes

Pois, então não será por isso mesmo que tanto o tempest, como o fcas, têm cada um, 3 países a desenvolver cada projecto???
Acho que é por isso mesmo, por ser muito caro desenvolver aviões deste tipo, que se tentou ir em parceria.

Heli

Os franceses abandonaram o projeto do Eurofighter entre outras coisas porque queriam uma versao naval (alem de nao terem chegado a um acordo na participacao da industria aeroespacial francesa no projeto) e o Eurofighter nao oferecia. Teriam que projetar um novo trem de pouso,principalmente o dianteiro.

Kemen

Alguém tem dúvida que a Dassault Aviation é a maior participante no projeto da aeronave em si?__ Vem ai o caça do futuro com carimbo da Dassault, substituto do Rafale.__ Outras empresas serão encarregadas de sistemas e partes que serão montadas, a Airbus, Indra, etc.__ Os britanicos que sairam da UE agora terão menos participantes que no Eurofigther no seu projeto do Tempest.__ e a Italia já decidiu para onde irá?__ A Leonardo esta presionando para o Tempest…

rui mendesmendes

A Itália, está quase desde o inicío com os Britânicos, os que entraram à pouco tempo nessa parceria do Tempest, foram os Suecos.

Antoniokings

Esse projeto reitera o posicionamento europeu de distanciamento dos EUA.
A tentativa americana de criar um ‘pool’ sob seu comando de forma a impingir seu projeto a alguns parceiros foi por água abaixo.

PAULO

Na minha opinião, não é bem assim. Aviões de combate são a ponta de lança do desenvolvimento tecnológico, principalmente na área de defesa. Como citado pelo companheiro acima, os países europeus (em que pese serem um só bloco econômico e militar), nunca abriram mão de desenvolver estas tecnologias, como os programas do Tornado, Rafale, EF2000 etc. para simplesmente comprar dos EUA. Todo país que almeja manter sua independência e soberania e, ainda, possui recursos (intelectuais, tecnológicos e financeiros), procura desenvolver e manter sua indústria de defesa, por uma série de motivos. Portanto, este programa não é consequência de distanciamento europeu,… Read more »

Last edited 3 anos atrás by PAULO
Paulo

Bullshit.

A Europa sempre desenvolveu equipamentos próprios.

MestreD'Avis

Kings, já ouviu falar de Tornado, Rafale, Eurofighter?

Kemen

E mais agora com as sobretaxas a produtos europeus pelo Trump, alguns paises ali ainda são objeto de pressão, outros não.__ Vamos ver a Suiça que tinha F-18 para que lado irá.__ A Espanha e a Alemanha já sairam antes da pressão norte americana, escolheram o Eurofigther, alguns paises que estavam na órbita da antiga U. Soviética ainda optam em compras de aeronaves norte americanas, mas com o passar dos anos aposto que isso irá mudar.

rui mendesmendes

Caso não saibas, a UE respondeu ao mentiroso e gabarolas Trump, taxando produtos Americanos ao entrar na UE.

rui mendesmendes

E ainda o humilharam, no acordo do Irão, dizendo que a palavra daquela administração, nada valia, depois de se armarem em campeões, e terem saído do acordo, e comprovou-se esta semana, com a vitória dos principais países Europeus, da Rússia e da China, sobre a administração do Trump.