Rafale B do Egito

PARIS – O espetacular salto de 72% nas exportações de armas da França no período 2015-2019 em relação aos cinco anos anteriores se deve em grande parte a duas empresas: Dassault Aviation e Naval Group.

A primeira dessas empresas vendeu caças Rafale para o Egito, Índia e Catar, enquanto a segunda se tornou a exportadora de navios de guerra mais bem-sucedida do mundo – se incluir encomendas – vendendo submarinos para o Brasil e Índia, fragatas para a Malásia e Emirados Árabes Unidos e varredores de minas para a Bélgica e os Países Baixos.

Um relatório divulgado em 9 de março pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo observa que “as exportações francesas de armas atingiram seu nível mais alto em qualquer período de cinco anos desde 1990 e representaram 7,9% do total das exportações mundiais de armas em 2015-19”.

Diego Lopes Da Silva, pesquisador do SIPRI, acrescenta: “A indústria francesa de armas se beneficiou da demanda por armas no Egito (que representou 26% das exportações de defesa da França), Catar e Índia (14% cada).”

Tanto os políticos quanto os líderes da indústria de defesa na França entenderam que, sem exportações, eles não podem dar ao luxo de fornecer às próprias forças armadas da França as armas mais inovadoras e de alto desempenho. Além disso, a compra pelos franceses de armas dos Estados Unidos traz burocracia, incluindo a exigência de autorização do congresso em todas as vendas militares estrangeiras, o que pode atrasar o processo e alguns argumentam que mancham a soberania da França.

Nas palavras de Hervé Guillou, o ex-CEO do Naval Group, “nenhum país europeu pode manter a competitividade de sua indústria de defesa com base apenas em seu próprio mercado doméstico”.

FONTE: Defense News

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Vovozao

13/03/2020 – sexta-feira, bdia, primeiro…..deveriamos contribuir com os franceses…….comprando as 2 la fayettes, que serao descomissionadas a partir de 2021, mesmo que alguns digam serem pouco armadas…. .isto nos temos em nossos estoques pela desativação da Niterói, e algumas corvetas, teriamos nais 2 fragatas para pidermos superar este momento tao dificil de transicao das nossas forcas de escoltas.

JuggerBR

O histórico de compras de navios franceses recentes não foi muito bom… O Nae SP é a prova disso…

Peter nine nine

O São Paulo apenas é prova de incompetência de quem o decidiu optar e de quem edificou e julgou viável os consequentes processos de modernização a que o navio teria obrigatoriamente de ser sujeito. Se você quer comprar o que eu já não quero, independentemente se é sucata ou não, eu não o vou impedir.
Da mesma maneira que se julgou inviável, tardiamente, o esforço financeiro necessário para tornar o SP numa embarcação operacional, o contrário poderia ter ocorrido, e, nesse caso, não estaria a reclamar tanto dos franceses.

Observador

Dado ao nosso histórico antigo e mesmo recente com franceses, pela mentalidade colonialista e intervencionista deles, deveríamos evitar ajuda-los e depender deles ao máximo, e não só deles. O Brasil deve aprender a buscar seu próprio desenvolvimento e seus interesses primeiro, somos nós quem precisamos de “ajuda”, e poucos países se dispõe a nos estender a mão nos momentos de dificuldade.
Pergunte aos franceses, se em retribuição por essa compra, Prosub e etc, se eles querem nos ajudar permitindo a abertura do mercado europeu para nossos produtos…

Carlos Campos

Só se eles aprovarem a o acordo UE-Brasil e ainda fazer campanha

GILBERT

Concordo e muito, são com leiaute interno que agra muito a MB e poderia ficar em serviço na MB por mais de 20 anos, design extremamente moderno. Não dá para comparar a eventual compra das La Fayettes com a do São Paulo , já que era o único NAe a venda na época e que por sinal foi um aboa compra de oportunidade só que claro como um navio usado precisa ser feita muita manutenção e como sempre a MB não tinham verbas suficientes para a manutenção de que o NAe precisava. E claro a MB imaginava que até 2020… Read more »

Willber Rodrigues

De modo geral, os franceses sempre tiveram bons sucessos em vendas militares. O Mirage, o Exocet e o Scorpene são os melhores exemplos disso

Antunes 1980

Quem não queria um Rafale ao invés do inacabado Gripen E?

ODST

Querer não é poder. Quem vai bancar o custo de manutenção BEM maior dos Rafale? As coisas não são tão simples quanto você faz parecer. Aliás, depois do que fez o Macron, o Gripen, mesmo sem quer, se tornou a opção AINDA MAIS acertada.

Nilton L Junior

Existe Forças Armadas de acordo com o tamanho do seu orçamento, quem quer ter uma boa defesa tem que gastar.

ADRIANO MADUREIRA

Se houve culpa na aquisição do Foch,foi única e exclusivamente da MB,que não seguiu as recomendações e usou o porta-aviões do jeito que estava,empurrando a manutenção com a barriga. Depois ficam iguais a aqueles proprietários de Peugeot,que compram o carro,não fazem a manutenção adequada e dizem que o carro é uma porcaria… Se não tem dinheiro para comprar um carro com uma manutenção que necessita de um custo elevado,que compre um fiat uno Vivace. Mas como a galera é traumatizada com a passagem do A-12,acha que adquirir as Lafayette seria um erro e iria repetir a história do Foch. Repetiria… Read more »

Carlos Gallani

Depois daquila conversa atravessada do Macron eu não compro nem palito de dente deles, prefiro que a verba seja destinada para mais unidades da corveta Tamandaré!