Austrália vai vender até 46 caças F/A-18A/B à US Air para treinamento de combate aéreo

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F-18 Hornet da Austrália com JDAM de 2000 libras - foto MD Australia

F/A-18 Hornet da Austrália – foto MD Australia

A Austrália concordou em vender até 46 de seus caças F/A-18A/B para a Air USA, uma empresa de treinamento de combate aéreo nos Estados Unidos. A transferência ocorrerá nos próximos três a quatro anos, disse a ministra da Indústria da Defesa, Melissa Price.

A Air USA é uma empresa privada. O pessoal da Real Força Aérea Australiana (RAAF) na RAAF Base Williamtown será responsável por preparar as aeronaves para sua transferência à empresa.

O Departamento de Defesa da Austrália anunciou a venda no seu site. Williamtown é o lar de três das quatro unidades australianas restantes de F/A-18A/B, esquadrões número 3 e 77 e unidade de conversão operacional número 2, a última das quais é responsável pelo treinamento de pilotos no tipo.

A outra unidade é o Esquadrão No. 75 que está sediado na RAAF Base Tindal, no Território do Noroeste da Austrália.

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Leandro Costa

Felizmente não vieram parar aqui, hehehehe. Agora fico em dúvida a respeito de qual a média de horas voadas dessas células.

Allan Lemos

Felizmente porque?Eu acho que elas iriam dar a MB uma capacidade que não temos há muito tempo,no que pese não termos um PA para opera-las devidamente.

Leandro Costa

Allan, a MB tem mais com o que se preocupar no momento. Talvez em se fazer presente no mar, por exemplo. Uma coisa é tentar melhorar as capacidades das aeronaves que a MB já tem em inventário, outra coisa é comprar outra dor de cabeça, com toda o custo logístico, de treinamento e operacional que isso inclui. Novas capacidades? Com certeza, mas muitas novas despesas das quais não se precisa agora. E por quanto tempo? Como perguntei no meu post acima, eu gostaria de saber a média das horas voadas nessas células. Qual grau de modernização delas? São modelos A/B… Read more »

Entusiasta Militar

De fato, os caças F/A 18 sao muitos bons, mesmo numa versão mais antiga como essas, mas ‘Talvez’ as horas de voos dessas células sejam muito grandes e ja perto do fim vida útil, por isso, se houver interesse e disponibilidade orçamentaria para a MB comprar caças novos, creio que o F/A 18SH seria mais adequado.

André Luís

Prefiro os do Emirados Árabes.

Grozelha Vitaminada Milani

Prefiro que a MB tenha meios navais (faltam: varedores de minas, apoio logístico, fragatas, patrulhas oceanicas, helicópteros para instrução e emprego geral (Bell Jet Rangers e Esquilos estão chegando ao final da vida útil), helicópteros anti-submarinos, reforma e atualização do AMRJ, navio polar, …) antes de voar caças. A função da MB é a soberania nos nosso litoral (Amazônia Azul), rios e lagos. Tem MUITA coisa faltando ou inoperante antes de comprar caças. Nem uma base aeronaval apropriada temos hoje. São Pedro da Aldeia tem uma pista de pouso muito curta. Ideal para aviões de pequeno porte, baixo peso, ideal… Read more »

Horácio

Onde assino?
Grozelha Vitaminada Milani, Parabéns pela colocação centrada, sabemos da necessidade de uma aviação naval, contudo… a MB deve ser MB primeiro… ai… asas fixas depois de se tornar uma MB que garanta sua função de garantir a soberania do nosso litoral.

Bille

Buenas! Sempre que posso repito isso. Muito melhor mais 1/2 subs e mais 2/3 mekos que uma dúzia de F18 pra Marinha de hoje.

André Luís

Onde eu apago meu comentário? hehehehe

Felipe Z.C

Exatamente Grozelha! Já cansei de repetir estas mesmas palavras para um bocado de pessoas, as mesmas que insistem na ideia de aquisição sem planejamento. Quando se fala neste assunto (aquisição de um meio/canal estratégico) não se pode fazer uma conta de padeiro levando em conta apenas o investimento e o produto, e sim toda a conjuntura situacional interna e externa (politica, economia, necessidades etc..) Forte abraço ! (E reafirmo tudo o que você disse).

Munhoz

Pensamento errado, com o que os argentinos enfrentaram os ingleses nas malvinas ? Um caça abatido vc tem 1 ou 2 baixas, um navio vc tem dezenas de baixas ! Um caça com misseis anti navio modernos poderia se aproximar e ficar sondando uma possivel frota invasora em nosso litoral, lançar um missil a mais de 100 km de distancia, com os caças vc tem misseis operacionais numa divisão maior de meios, com um deslocamento mais rapido, dependendo do caça vc pode operar em pistas semi preparadas, um caça pode levar até 2 misseis anti navio, voando baixo e com… Read more »

Leandro Costa

Munhoz, eu concordo e discordo ao mesmo tempo. Por mais que seria ideal termos elementos aéreos para ataque naval, acredito que primeiro teríamos que elencar quais atividades a Força Naval precisa de imediato. Na minha opinião, o que mais a MB precisa nesse momento é de navios patrulha. Fazer presença no mar. Posse é uma questão de estar lá fazendo uso. Por mais que aeronaves sejam excelentes vetores dissuasórios, elas são limitadas à pouquíssimas funções, com um tempo de permanência pequeno, ainda mais se considerarmos aeronaves de ataque marítimo. Navios patrulha é que carregam a bandeira, efetuam fiscalizações, fazem com… Read more »

Munhoz

Também não discordo de seu raciocínio, no entanto levando em conta possíveis ameaças e possibilidades de atrito entre nosso pais com uma potencia européia por exemplo, o Ideal seria a FAB ter os seus caças voltados para missões aeronavais com um estoque de mísseis anti navio, deveríamos ter uma AA tipo um S 300/400, eu particularmente acho mais adequado ao nosso cenário enfrentar uma força naval adversária com submarinos e a aviação aeronaval, com caças dando cobertura aérea + a AA, os aviões de ataque tipo um AMX ou um Gripen por exemplo voando baixo teriam alguma chance de lançar… Read more »

Leandro Costa

Discordo, exatamente porque não há qualquer possibilidade de atrito à esse nível com alguma potência européia qualquer. Acho importante sim que a FAB esteja preparada para efetuar ataques navais e que deveria treinar isso em conjunto com a MB de forma regular. Afinal de contas se já temos ou contratamos os meios, é interessante que possamos nos aprestar à todo leque de operações em caso de necessidade. Digo isso não por ser provável, mas para mostrar à outros que existe o preparo e isso conta bastante. Os Argentinos não se prepararam para isso em 1982 e deu no que deu.… Read more »

jose luiz esposito

Sites de Defesa estão apinhados de ACHISTAS !

Leandro Costa

Eu ACHO que você pode estar certo, mas também ACHO que não entendi o comentário. Mas de qualquer maneira também ACHO que é difícil prever o futuro, a menos que haja algum fator que indique uma maior previsibilidade, mas aí eu ACHO que é uma questão de probabilidades. 😛

Trathanius

Acho que você quiz dizer os do Kuwait que é operador de F/A-18 Hornet. Os Emirados Árabes operam com Mirage 2000 e F-16.

Flanker

Do Kwait, vc quer dizer.

Leandro Costa

Allan, não faz sentido trocar aeronaves velhas e muito limitadas que estamos tendo problemas para manter operacional, mesmo que seja de baixo custo de hora de vôo (monomotor, subsônico), por aeronaves pouco menos velhas, um pouco mais capazes, que vamos continuar tendo problemas para manter operacional (vide USMC), e que vão custar ainda mais para operar (bimotores supersônicos). A MB tem muitas outras prioridades e espero que se atenha à elas. OBS.: Mesmo que tivéssems porta-aviões, esses F/A-18A/B Australianos NÃO podem operar embarcados. O gancho de parada foi trocado para um terrestre e a conexão com a catapulta nunca foi… Read more »

Flanker

Olha, em todas as imagens que vi dos F-18A australianos, eles aparecem com o “arpão” para encaixe no trilho da catapulta, localizado no trem dianteiro. E o gancho, se foi substituído por um de uso terrestre, é idêntico ao original, para uso naval. Teria a fonte dessas tuas informacões?

Leandro Costa

Flanker,

https://web.archive.org/web/20110605074547/http://www.aph.gov.au/library/pubs/RN/2002-03/03rn26.htm

Dá uma olhada no ‘arpão’ direito e compara com a de algum F/A-18 da USN. Vai perceber que a barra nos Hornets Australianos não tem os anéis de conexão para a tartaruga da catapulta. Foram instaladas essas barras falsas para eliminar uma tendência do trem de pouso de nariz dar uma ‘rebolada,’ provavelmente porque o projeto original contava com o peso da barra ali.

Se der uma boa pesquisada, vai conseguir encontrar imagens dos Hornet Australianos anteriores à instalação da barra falsa.

Fabio Araujo

Essas empresas de treinamento tem forças aéreas mais poderosas que muito países!

Clésio Luiz

Qual é o poder de uma aeronave de combate desmilitarizada e desarmada, operada por civis sem acesso a armamento?

Marcelo

É só armar e equipar de novo uai, e cada coisa.

Kemen

Geralmente esses civis são ex militares, as aeronaves não carregarão armas, mas não acredito que tenham seus sistemas depenados, caso contrario não serviriam ao seu propósito, seria um “tiro ao pombo”. Existem simulações de disparo.

Sincero Brasileiro da Silva

Vc quis dizer Brasil? kkk

OSEIAS

Como é interessante essa questão de empresas privadas atuando na área de defesa nos EUA, os chamados (empreiteiros) tem mais poder de fogo que muito país. Só fico imaginado onde isso vais parar no futuro. Ótimo tema para uma matéria.

Leandro Costa

Gente, essas aeronaves, quando passam para os civis, são recondicionadas de modo que fiquem inutilizadas para utilização de armamento real. Claro que, se compradas por algum país com know-how, eu elas podem vir à serem modificadas novamente para utilizarem armamento. No mais, são lastreadas e equipadas com equipamentos de telemetria de combate para gerarem resultados mais realísticos em treinamento.

Portanto não se pode simplesmente colocar bombas ou mísseis nessas aeronaves e esperar que funcionem.

Mauro

No Brasil o material do Exército quando é vendido a colecionadores tem também seu armamento incapacitado para uso. Já vi blindado antigo com canhão rodando sábado a noite na Faria Lima. Mas nos EUA talvez isso não ocorra, não digo com aviões, mas talvez com blindados não. Certa vez vi num vídeo aquele pessoal que se reúne final de semana, tomar cerveja e comer carne processada preparada na assadeira elétrica, e claro, dar tiro de tudo quanto é coisa, estavam lá, disparando tudo, até que apareceu um M4 Sherman, estacionou na linha de tiro e sem cerimônia começou a disparar… Read more »

Leandro Costa

Mauro, lá nos EUA varia de estado para estado. O cara pode ter .50, canhão e tudo mais, inclusive carros de combate mesmo. Porém existem regras para esse tipo de coisa e com esses armamentos e equipamentos mais pesados, a coisa é bem regulada. Mesmo em estados mais liberais em relação ao tipo de armamento que você compra, ainda é uma trabalheira burocrática de se comprar uma metralhadora, por exemplo. Ademais, certos equipamentos de origem militar, não podem ser relevantes em um cenário de combate atual, caso do Sherman que você viu, por exemplo. Jamais deixariam um colecionador comprar um… Read more »

OSEIAS

Leandro, em minha postagem não fui claro o suficiente e agradeço o completo sobre as aeronaves. Sim com muita certeza elas não empregaram armas de fogo. Mas me refiro mesmo essa questão de empresas privadas no setor de defesa americano que trabalham ativamente, como algumas que são bem notórias. E sugeri uma matéria sobre o tema, acho que seria muito interessante conhece a terceirização das forças americanas para alguns casos. Abraço.

Leandro Costa

Como as Blackwater da vida? Acho interessante o trabalho delas, mas eu as enxergo de forma diferente. Não conseguiria compará-los à uma Força Armada em si, apesar do poder de fogo de muitas delas. São contratadas para fazer serviço especializado X ou Y, mas essa é a MINHA visão e eu realmente preciso me aprofundar mais no assunto, então posso estar mais enganado de torcedor fanático da seleção em 2014. 😉

OSEIAS

Isso mesmo Leandro, a Blackwater é a mais conhecida delas e já se envolveu em alguns conflitos irregulares. Mas seria isso que sugiro, uma matéria falando a respeito dessas empresas, como funciona a legislação americana sobre isso, e a legislação da ONU sobre esse emprego e trazer alguns fatos em que essas empresas se envolveram. Abraços.

Leandro Costa

Acho uma boa ideia, OSEIAS. Pelo menos pessoalmente me interesso em ler.

Doug385

“Claro que, se compradas por algum país com know-how, eu elas podem vir à serem modificadas novamente para utilizarem armamento. ”

Somente com apoio do fabricante e, por conseguinte, do governo do país de origem.

Leandro Costa

Faltou eu ter incluído o “acho” depois de “eu,” mas é basicamente isso aí mesmo. Existem casos de engenharia reversa que obtiveram algum sucesso em integração de novos armamentos sem qualquer ajuda do país fabricante, mas mesmo assim esses casos foram a exceção ao invés da regra. Vejo isso como uma empreitada extremamente difícil e a quantidade de recursos e tempo necessários para se fazer algo assim faz valer mais à pena a compra de unidades novas.

Gustavo

TALVEZ, isso reforce a baixa qualidade dos F-18 A/B/C/D estocados nos EUA. A empresa privada foi buscar na Australia, que com certeza voaram menos, e não comprou no quintal de casa.

Leandro Costa

Mesmo que tivessem voado tanto quanto os Hornets americanos, eles não tiveram que aguentar a corrosão salina e principalmente pousos à bordo de NAe’s.

Gustavo

exatamente!

Marcelo

Só fato de talvez nunca terem pousado em porta aviões, já é um indício de que essas células australianas estavam em melhores condições que as americanas!

Sincero Brasileiro da Silva

É melhor 6 F-18 australiano na mão do que 60 F-5 brasileiro voando…

JuggerBR

F-18 A melhor que F-5M? Então tá…

Eduardo

Tu falaste bobagem Sincero Brasileiro da Silva.

JuggerBR

F/A-18A melhor que F-5M? Conhece muito de avião, realmente…

Marcelo

Será mesmo? Acho que não hein!
Esses F-5M ficaram muito bons com a revitalização, novo radar e principalmente, novos mísseis!

Marcelo

Algumas pessoas estão confundindo as coisas! Essas empresas privadas não operam armamentos, portanto elas não tem mais poder de fogo que alguns países. Elas simplesmente não tem poder de fogo nenhum! Os aviões são entregues desarmados! E avião desarmado é a mesma coisa que nada!
Elas apenas voam os aviões em simulações de combate, dogfights, sem armamentos, no máximo, com equipamentos que simulam o disparo de mísseis e canhões!!

MFB

Você é que não entendeu o comparativo feito no comentário. Escreveu esse 1+1=2 para nada. Todo mundo sabe disso.

Gustavo

Empresas privadas operam sim caças armados, mas não nesse caso, vide Academi, antiga BlackWater.