O GDDN (Gripen Design and Development Network), o centro de todo o desenvolvimento do Gripen no Brasil, completará três anos este mês. Localizado nas instalações da Embraer em Gavião Peixoto, a instalação do GDDN foi fundada pela Saab e pela Embraer em novembro de 2016, juntamente com outros parceiros brasileiros como AEL Sistemas, Atech, Akaer e a Força Aérea Brasileira.

O programa Gripen é mais do que apenas um aumento da capacidade operacional da Força Aérea Brasileira (FAB). Também representa um enorme salto tecnológico para a indústria de defesa brasileira através do extenso programa de transferência de tecnologia que permitirá que caças supersônicos sejam desenvolvidos, produzidos e mantidos no Brasil. O GDDN não apenas desenvolve e fabrica o Gripen, mas também cria simuladores e infraestrutura adequada, necessários para um processo de desenvolvimento de caças tranquilo.

O Programa de Transferência de Tecnologia começou em outubro de 2015, quando mais de 100 engenheiros brasileiros receberam treinamento teórico e prático na Suécia. A maioria desses engenheiros retornou ao Brasil para trabalhar no GDDN.

As quatro etapas pelas quais todos os engenheiros e funcionários do GDDN passam são: treinamento teórico, programas de pesquisa e tecnologia, treinamento prático na Suécia e trabalho de desenvolvimento e produção. O objetivo do GDDN é ter mais de 350 especialistas brasileiros (engenheiros, técnicos e operadores de montagem) treinados na Suécia até o final do Programa de Transferência de Tecnologia em 2024. O programa envolve mais de 60 projetos de compensação e busca desenvolver, fabricar e entregar 36 caças Gripen E/F à FAB.

Além do Gripen E, o GDDN também é responsável pelo desenvolvimento da maior parte do Gripen F (biposto). De fato, o primeiro Gripen F está sendo desenvolvido exclusivamente para a Força Aérea Brasileira por engenheiros do GDDN, com o apoio da Saab.

“O GDDN é um legado, um ativo que permanece para a Força Aérea Brasileira. Quero ver o primeiro voo do Gripen aqui em Gavião Peixoto”, diz Santosh Miadaira Hamza, gerente de programas do Gripen na Embraer.

Atualmente, o GDDN possui mais de 120 engenheiros trabalhando no programa de desenvolvimento do Gripen no Brasil.

No futuro, o GDDN também terá um Centro de Teste de Voo com equipamentos de última geração.

FONTE: Gripen Blog

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JT8D

Parabéns. Mais uma evidência de que o Gripen era mesmo a melhor opção para o Brasil

Fabio Jeffer

De repente depois destes 36 caças outros 36 poderão vir, seria o andamento certo para tudo isso

Willber Rodrigues

Amém

Tomcat4.0

Creio eu que o próximo (segundo) lote terá no mínimo os mesmos 36 caças e que ainda se terá um terceiro lote.

OSEIAS

muito lindo isso, e vai fazer o que? Vai produzir aviões de caça e competir contra russo e americanos?(não podemos nos esquecer que a Embraer ficou com medo e se vendeu na área em que ela se destacava e comercio civil). Ou teremos escala de produção suficiente para manter isso ai. Claro que NÃO. Nós compramos a tecnologia para desenvolver a Embraer e ele ser ainda mais competitiva e inovadora nas próximas décadas, mas ela foi vendida e a área militar que ficou conosco não vai se manter de pé porque não temos escala. No final, vamos comprar tecnologia, treinar… Read more »

Vagner Luiz

Eu não acredito nisso, penso que nas forças armadas exitam pessoas realmente comprometida com o nosso país, se exite sabotadores da pátria, estes estão em Brasília. É lá que mora o perigo!

FANTASMA

Não só em Brasília e sim em toda a nação brasileira, o que existe lá é apenas um reflexo… Quem botou eles lá?

OSEIAS

em nenhum momento digo que as FAB é responsável por isso.

FANTASMA

Ô complexo de vira-latas…

OSEIAS

Amigo, compras o Gripen para desenvolver e prepara a Embraer para o futuro. Ai vendemos a parte civil dela. Vai ser criado novos produtos civis para manter a empresa saudável? A Embraer irá desenvolver novos produtos militares e terá escala de pedidos por parte de nosso governo? Acho que.
Logo creio que estamos treinando esses engenheiros e os mesmos vão para outro lugar porque aqui não terá trabalho. Você acha isso complexo de vira latas? Eu tenho senso critico e vejo que fomos enganado. abra o olho.

Mauricio R.

Compra-se tecnologia para a Embraer usar, desde o Xavante e os pífios resultados estão ai.
Continuamos comprando tecnologia, não nos livramos disto.
Eis a grande diferença entre a Saab, parceira da Boeing no T-X, hoje T-7A, e a “divisão de aviação comercial”; hoje mera subsidiária da The Boeing Co.
Enquanto isso a HAL, que não tem nenhum ERJ ou Phenom da vida para lhe sustentar, é junto a DRDO frequentemente malhada qnto ao desenvolvimento do Tejas.
Aeronave que se dependesse da imensamente superestimada Embraer, não sairia do papel.

Fernando EMB

Você quer comparar a Embraer com a HAL, só pode estar de brincadeira. A HAL nunca foi uma empresa viável e sempre ficou pendurada e dependente das tetas do governo indiano. Nunca tiveram um produto que foi sucesso comercial dia da Índia.

João Moro

A Embraer dando mais um passo na excelência.

Rommelqe

Parabéns a todos diretamente envolvidos.
Gostaria apenas de comentar que os Gripen F estão sendo desenvolvidos não apenas para a FAB, mas sim para atender a um mercado mais amplo que certamente estará em busca deste produto.

Mauricio R.

Não tem nada de mais ai, é somente a oferta padrão de ToT da Saab, ofereceram o mesmo na Índia devido ao “Make in India”, Finlândia e até na Colômbia.

Beto

Eu gostaria de saber quando vamos ter alguma notícia do Gripen F pois até agora não vi nenhuma reportagem sobre o assunto não sei nem em que ponto esta este desenvolvimento, alguém tem alguma notícia sobre o assunto?

Alessandro Fernandes de Souza

Para o caro leitor saber mais detalhes da aeronave F-39 GRIPEN Saab, poderá clicar no link da Wikipédia.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Saab_JAS_39_Gripen