Getafe, 24 de setembro de 2019 – O cargueiro de nova geração Airbus A400M alcançou com sucesso seu primeiro contato de reabastecimento ar-ar de helicóptero com um H225M. Ao longo de quatro voos, operados em condições diurnas no sul da França, o A400M realizou 51 contatos secos, alcançando um marco decisivo para sua capacidade total como avião-tanque. Esses testes foram realizados sob a coordenação do centro de testes de voo francês “DGA Essais en vol”.

Os testes, sem combustível e realizados entre 1.000 pés e 10.000 pés em velocidades de voo de até 105 nós, confirmaram os resultados positivos de voos de proximidade anteriores realizados no início de 2019. A próxima etapa do programa de testes de voo envolverá operações de contato molhado programadas para ocorrer antes do final de 2019, antes da certificação final em 2021.

A campanha de testes de voo também incluiu os primeiros testes de proximidade entre o A400M e um helicóptero H160 solicitados pela Agência Francesa de Compras de Defesa (DGA) no quadro do estudo de viabilidade para o Guépard (futuro helicóptero multirole militar para as forças armadas francesas). Os testes foram realizados com sucesso.

A400M como avião-tanque

O A400M é certificado para ser rapidamente configurado como avião-tanque, não exigindo uma versão de aeronave dedicada. O A400M carrega até 50,8 toneladas (111.600 lb) de combustível em suas asas e na caixa da asa central, sem comprometer nenhuma área de carga. Também podem ser instalados dois tanques adicionais, fornecendo 5,7 toneladas adicionais (11.400 lb) de combustível cada. O combustível transportado nos tanques extras pode ser de natureza diferente do combustível nos tanques principais. Isso permite que o A400M atenda às necessidades de diferentes tipos de aeronaves receptoras.

Como avião-tanque, o A400M já demonstrou sua capacidade de reabastecer caças como Eurofighter, Rafale, Tornado ou F/A-18 em suas velocidades e altitudes preferidas e também é capaz de reabastecer outras aeronaves grandes, como outro A400M, C295 ou C-130.

O reabastecimento ar-ar de helicóptero é uma operação tática militar que envolve baixas velocidades e baixas altitudes. Após essa conquista e sua certificação final, o A400M se tornará uma das poucas aeronaves-tanque do mundo capazes de realizar tal operação.

Sobre a Airbus

A Airbus é líder global em aeronáutica, espacial e serviços relacionados. Em 2018, gerou receitas de € 64 bilhões e empregou uma força de trabalho de cerca de 134.000. A Airbus oferece a gama mais abrangente de aviões de passageiros. A Airbus também é líder europeia no fornecimento de aeronaves-tanque, combate, transporte e missão, além de uma das principais empresas espaciais do mundo. Em helicópteros, a Airbus fornece as soluções de helicópteros civis e militares mais eficientes do mundo.

FONTE: Airbus

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Leônidas Pereira

“O A400M carrega até 50,8 toneladas (111.600 lb) de combustível em suas asas e na caixa da asa central”
Tá correta essa informação??

Marcelo Andrade

Alexandre, apesar dos problemas, esse avião é espetacular para nossos olhos de entusiastas!!

nonato

Só não entendi porque, sendo colossal, e com uma capacidade de carga bem acima da do KC 390 (até 26 toneladas), só pode transportar 6 toneladas de combustível na área de carga…
Até porque imagino que essas 50 toneladas nas asas já seja configuração padrão para realizar transporte convencional.
Transporta 50 toneladas de combustível sem estar na configuração de reabastecedor.
A não ser que na configuração de transporte, não preencham 100% os tanques das asas para liberar peso para as cargas…
Não sou do ramo, mas acho que meu raciocínio está coerente…
?

Leandro Costa

A alguns meses atrás um deles passou bem alto pelo Rio de Janeiro, de madrugada. Acho que vindo da Argentina. Estava acordado e percebi o barulho diferente e quando olhei o flight radar veio a surpresa de ter sido um A400M.

É de uma categoria de aeronave de carga acima do KC-390 e do C-130. Não se deixe enganar pelas hélices.

Rommelqe

Provavelmente estava vindo das Falklands.

Biro Biro

Era do encontro do G20 na Argentina, eu também ouvi e moro no litoral paulista.

Clésio Luiz

Eles modificaram a mangueira, tornando-a mais longa e rígida. Isso permitiu a cesta se afastar da zona de turbulência atrás das asas que prejudicou os testes anteriores.

Resta agora ver se o nosso KC-390 terá de utilizar do mesmo artifício para helicópteros, ou se o modelo atual de casulo reabastecedor é suficiente.

Wellington Góes

Pois então, parece que esta solução deu bons resultados. No vídeo, pode ser só impressão da minha parte, mas percebe-se que a mangueira realmente fica mais instável numa distância menor e se estabiliza quando ficar mais distante do A400M.

Rommelqe

Concordo Wellington. Veja que mesmo essa mangueira mais longa apresenta uma tendencia de ondular. Se fosse tipo um cabo de linha de transmissão elétrica ou similares, há o recurso de distribuir massas estratégicas em certos pontos alterando a frequencia de oscilação. No caso da mangueira como ela tem que ser recolhida no tambor do dispositivo tem que ser reestudado todo o conjunto, inclusive o motor que estende e recolhe, etc…

Rommelqe

Exatamente Clésio. Aliás esta hipótese ja haviamos aventado tempos atras. O principal problema – como vc certamente sabe mas apenas para comentar com outros foristas menos experientes – é a esteira de turbulência gerada nas helices que interfere com os helis. Assim a solução é afastar os helicópteros (inclusive mais para baixo) utilizando mangueiras mais longas e rígidas também (para quem viu o teste em modelo reduzido específico do KC390 pode ter uma breve visão do que isso significa) . Parece uma solução tão simples mas veja que mesmo para fornecedores tão capacitados quanto os franceses/alemães demorou um tempo enorme;… Read more »

nonato

Sempre percebi o problema no reabastecimento de helicóptero (taivez não estejam falando disso) relacionado ao ângulo da mangueira para poder passar por baixo das hélices do helicóptero. Como normalmente são mangueiras flexíveis não dá para descer em linha reta e, de repente, fazer o ângulo de 90° por baixo das hélices. Uma solução seria, como vocês falaram uma mangueira rígida ou pelo menos com um peso, uma espécie de bóia, que puxasse bem a mangueira para baixo. Depois da bóia, uma mangueira bem leve para não descer muito e poder ir mais na horizontal. Não sou do ramo, mas acho… Read more »

nonato

Vi agora que a tática usada foi deixar o helicóptero voando acima do avião…

Marcelo Andrade

Peraí! Esse aí não é aquela’Kombi” que não pode voar mais de 10 hs? Ah, tá!

Wellington Góes

Vai ter “intendido” querendo rasgar a calcinha pela cabeça. Rsrsrsrs

Rommelqe

Vai ter entendido que vai quererr vender os C130? Como este entendido tentou explicar isso quando tiveram que reconhecer que o A400 não poderia reabastecer a Kombi? ? Já arrancaram as cuecas dele pela cabeça e enfiaram. Agora as nossa Kombis vão poder se manter no ar para serem reabastecidas pelos KC390?

Wellington Góes

Este é o ponto a ser estudado com maior profundidade, pois até agora, ao que parece, só testes em simulador foram feitos (no caso de helicópteros). Resta saber se, quando e se serão realizados os testes.

Com os KC-130, os H225M (Kombis rsrsrs) já testaram em seco, não tenho acompanhado para saber se isto evoluiu.

Rinaldo Nery

vi o A400 fazendo toque e arremetida em Toulouse. Enorme.

Jagderband#44

Prestes a estolar?

Rommelqe

Jagderband, não da a impressão de estolar nenhum dos dois. Mas vc repara que o eixo longitudinal do A400 não está na horizontal. Me parece que isso é para direcionar a esteira de turbulência mais para baixo

jagderband#44

Notei também essa característica na foto. Penso que não é proposital, e sim, fruto da baixa velocidade.

Rinaldo Nery

É o natural aumento do ângulo de ataque devido à baixa velocidade…

Rafael Oliveira

Só agora, após mais de dez anos do primeiro vôo que o A-400M começou os testes de REVO com helicópteros.
E tem uma galerinha aqui que acha um absurdo o KC-390 ainda não ter feito esses testes, dizem que a Embraer está atrasada, que a FAB foi enganada e etc.

JungleJets

Pelo vídeo tive a impressão que o helicóptero mantem a mangueira “para cima” e quando ela se desconecta ela “cai”. Alguém pode confirmar se isso é procedimento padrão para evitar que mangueira colida com as pás do rotor em caso de desconexão não intencional ?