Montagem comparando a versão ar-terra e terra-terra do MTC-300

Perfil do AV TM 300 de lançamento terrestre, equipado com booster

Sérgio Santana*

Nas últimas horas a mídia nacional especializada em Defesa tem comentado acerca de uma imagem divulgada em um vídeo do Ministério da Defesa na qual aparece um exemplar da versão ar-superfície do Míssil Tático de Cruzeiro Avibras MTC-300 Matador sendo acoplado ao pilone central de um caça Northrop/Embraer F-5EM Tiger II, como parte da campanha de ensaios do armamento.

Após a divulgação da imagem, uma fonte militar se pronunciou, alegando que a mesma mostra que o “míssil utilizou o F-5EM apenas para a abertura do envelope em voo supersônico, nada mais além disto…O míssil está previsto para ser lançado de terra, embarcado ou de helicópteros. O resto é especulação”.

Pois bem.

É fato notório que esta arma possui natureza ofensiva e se seu envelope contempla velocidades supersônicas não poderia ser testada a bordo da aeronave de ataque Aeritalia/Aermacchi/Embraer A-1, que está limitada a velocidades subsônicas.

Assim, o Matador só poderia ser testado acoplado ao F-5EM, que em configuração típica de interceptação (dois misseis infravermelhos Rafael Python 4 nas pontas das asas e o “centerline”, tanque de combustível ventral, de 1.041 litros) atinge a velocidade máxima de Mach 1.4 (1.713km/h) a 9.144m de altitude. Obviamente que sem o peso e arrasto causados pelos mísseis este valor é um pouco maior.

Contudo, isto não significa que esta arma será integrada e certificada para emprego no F-5EM. Primeiro porque a aeronave está atravessando os seus últimos anos de vida operacional na FAB e é fato sabido que boa parte dos exemplares atualmente voados na Força estão com sérias limitações estruturais, inclusive na sua capacidade de aceleração gravitacional, item vital na manobrabilidade de qualquer aeronave de caça.

Além destes fatores, é amplamente conhecido que qualquer sistema de armas necessariamente percorre uma extensa campanha de ensaios até que se torne plenamente operacional, campanha esta que demanda tempo e investimento financeiro continuado em material e pessoal qualificados. Coisa que infelizmente não ocorre com a devida frequência em terras brasileiras.

Mockup do MTC-300 sendo alinhado no pilone ventral do F-5M

As afirmações de que o míssil terá envelope supersônico e será lançado apenas a partir de helicópteros implicam que a arma necessariamente terá de ser equipada com um booster ou mostrará uma velocidade inicial extremamente alta capaz de ser sustentada por uma boa parte da sua trajetória, já que helicópteros não alcançam velocidades supersônicas. Curiosamente, na imagem do vídeo divulgado pelo MD, não há nada que indique a presença de um booster.

Caso as alegações de que a versão do “Matador” lançável por aeronaves será limitada a aeronaves de asas rotativas se concretizem, isto confirmará as informações de que a FAB encomendou para os seus Saab F-39 Gripen algumas dezenas de mísseis MBDA/Saab Bofors Dynamics Taurus KEPD 350, uma arma altamente sofisticada, com sistema quádruplo de guiagem, apresentando velocidade de Mach 1 (1.224km/h) a 40/50 metros de altitude, alcance máximo de 500km e pesando 1.500kg, dos quais 481 são representados pela ogiva denominada “Mephisto”.

Montagem comparando as versões ar-terra e terra-terra do MTC-300
Montagem comparando as versões ar-terra e terra-terra do MTC-300. Nota-se a ausência de booster na versão de lançamento aéreo

*Bacharel em Ciências Aeronáuticas (Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL). Pesquisador do Núcleo de Estudos Sociedade, Segurança e Cidadania (UNISUL). Pós-graduando em Engenharia de Manutenção Aeronáutica (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG). Autor de livros sobre aeronaves de Inteligência/Vigilância/Reconhecimento. Único colaborador brasileiro regular das publicações Air Forces Monthly, Combat Aircraft e Aviation News.

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Willber Rodrigues

Que pena.
Já tinha comentado na matéria anterior que, tirando o fato da integração de armamentos ( que é algo complexo ), se um F-5 poderia carregá-lo, qualquer outro vetor das nossas FA´s, como o Caracal, A-4, Gripen ou AMX, poderiam fazê-lo. Isso daria uma flexibilidade muito grande ao míssil.

Wellington Góes

O indicativo de que a FAB prefere equipar nossos Gripens com armamentos estrangeiros, mostra que a mediocridade FABiana dos últimos comandos ainda reina na instituição.

Capacidade estratégica pela, não se conquista sendo sendo um mero importador de armamentos inteligentes. Síndrome de aeroclube é soda!!!

Mateus Lobo

Wellington, embora cumpram a mesma função, o MTC e o KEPD são de categorias distintas ao meu ver, tanto por tamanho quanto por sensores. Não vejo a compra do KEPD inviabilizando a compra do MTC. Para as missões mais problemáticas não temos como negar a superioridade do KEPD.

Flávio Henrique

Para mim parece mais um “Zueira” o fato de ser lançado por helicóptero…e não por caças….

Ricardo

Apesar de parecidos, eles tem alcances bem diferentes, o Taurus tem um range bem maior. O pior é que infelizmente não sei se construiremos um AT-500 por causa dos tratados contra proliferação de mísseis que assinamos. Atualmente podemos desenvolver e construir, mas acho que não exportar.

Mário SAE

Ricardo, já foi explicado que podemos construir o míssil com o alcance que nos interessar, no entanto para exportação estamos limitados, por força do tratado, a um alcance máximo de 300km. Dito isso, nada nos impede de desenvolver tecnologia que permita ao matador alcançar, por exemplo, 1.000km de alcance.

Fernando Turatti

aliás, o limite é pra exportação a países que não dominam tecnologia de mísseis superiores a tal alcance.

mendonça

o tratado que o brasil assinou se refere ao missil para exportação, ou seja,o brasil pode produzir para venda ,um missil com alcance maximo de 300 km ,para o proprio uso terá ou tem o alcance que que as forças armadas julgar necessario

Pedro S.

É inadmissível a FAB não apoiar a indústria nacional! a FAB terá os seus taurus sim! mas até quando os europeus quiserem! depois disso, terá que amarrar troncos de arvores pau-Brasil nas asas do Gripen, decolar e, depois rezar para que os mesmos acertem a cabeça de algum inimigo… Decepcionante…

Mauricio R.

A “industria nacional” não precisa de apoio mas de cobrança, da medíocre capacidade e do uso do $ do contribuinte alem de exposição a concorrência.
Senão será igual a industria de TI, enquanto esteve “protegida” pela reserva de mercado.
Produtos decrépitos de eficiência duvidosa, custando os olhos da cara.

Manuel Flávio

A FAB não comprou, nem pretende comprar o Taurus KEPD.

Merlin

Mediocridade da FAB equipando Gripen com Meteor e KEPD 350 também não.
Podem até não concordar com as compras, mas a FAB está se equipando com o estado da arte (mesmo não sendo viabilizado o KEPD) e investindo em alguns projetos.
Não investindo o necessário por problemas administrativos, mas considero a compra válida.
A longo prazo teremos um ótimo equipamento de dissuasão abrindo a janela para investimento exclusivo em projetos nacionais.

Srgt Uilha

estado da arte dependendo do inimigo. vamos torcer pelos nossos politicos, para não sermos pilhados pelos paises desenvolvidos.

Lucas Macedo

Apesar de achar difícil a FAB adquirir KEPD, uma possível compra desse excelente míssil, não impediria o desenvolvimento e compra do AV- MTC, vide a compra do Iris-T, mesmo a FAB desenvolvendo o A-Darter.

Sérgio Luís

Muito bom temos um míssil de cruzeiro!

Fernando Garcia

O ensaio poderia justificar um futuro uso do artefato no 39 também. Estrategicamente essa informação confirmada agora não seria interessante para a empreitada. Porém, o uso do artefato estrangeiro concomitante ao análogo nacional mostraria que o nosso entusiasmo inicial com a notícia e válido.

Luis Marcello

Apesar da torcida dos “contra” este missil cruzeiro terá sim uma configuração de lançamento ar -terra que poderá ser lançado pelo novo caça Gripen E/F Br dando ao país um novo patamar em nível de equipamentos de dissuasão ! Parabéns Avibras

Filipe Prestes

Vamos dizer amém porque o negócio tá brabo. Torço pra que, independentemente de Meteor e Taurus, tenhamos sim essa versão ar-solo pro Gripen

Gilson

Gente uma situação meio confusa, se não tivesse nada em mente da FAB, em relação ao MTC 300, como a FAB, iria deixar fazar um vídeo da quela imagem do míssil todo em vermelho sendo acoplado ou não no F-5M, e meio estranho né, mas vamos aguardar a FAB, se pronunciar se tem um desenvolvimento do MTC 300, lançado do ar ou não. Não vejo secredo de bomba atômica nisso, até porque estão comentando que os Gripen serão possivelmente até equipados com o míssil Taurus KEPD 350, olha seria o MTC 300, melhor que o Taurus KEPD 350, da MBDA??

Juarez

Gilson, não tem nada demais nisto. De novo, efetuaram testes aerodinâmicos com um mock up do míssil, somente isto. Se um dia existir existir uma versão aero lançada, não será do F 5, que está em final de vida, mas sim do NG, repito, se existir esta versão .
Taurus KEPD, na versão utilizada pelos países membros foi negada a nós. Querem vender uma versão dow grade. A FAB comprou um lote de Spice para tapar o buraco até ver que farão. Podem comprar o KEPD 350 miopizado?
Podem.

FsM

Fonte de que querem nos vender o missel miopizado? É cada doido viu

Mateus Lobo

O design do míssil mudou bastante, ao que parece a versão ar-terra terá um peso inferior a 2000lb por ser compatível com a capacidade de carga dos pilones do EC725 e F-5m. Torcendo por esse projeto.

Flávio Henrique

Existe algum míssil de cruzeiro lançado por helicóptero???…..pelo menos confirmaram a versão naval resta saber se é para as Tamandares ou para Riachuelo/Álvaro Alberto ou para ambos…

Bardini

Ka-52K pode lançar o Kh-35, por exemplo…

Bosco

O Delilah pode ser lançado do Black Hawk. O Sea Eagle era lançado do Sea King. O Exocet AM-39 era lançado pelo Sea King. O Penguin é lançado pelo …

Roberto Bozzo

Lançamento por helicóptero?? Não é mais “correto” o lançamento em alta altitude por um caça ?? Aumenta o alcance e o lançador pode se evadir mais rápido…..

Quanto a possível aquisição do Taurus, a FAB que ata dando um importante passo em sua modernização. Mas acredito que um lote de Taurus e o complemento com possíveis versões do MT-30 lançado do ar seria mais vantajoso.

Como na matéria da Denel oferecendo uma parceria maior no desenvolvimento de mísseis, poderíamos fazer uma espécie de High/low em armamentos.

Flanker

Algumas perguntas:
– Um míssil subsônico pode ser lançado de uma aeronave que esteja em voo supersônico?
– um míssil com aquela cabeça “rombuda” tem ao menos a aparência de um míssil supersônico?
– quando se fala em teste para “abertura do envelope em voo supersônico” não seria para testar o comportamento do míssil ,quando sendo transportado , em voo supersônico? Para testar como se comporta com a aeronave lançadora voando em velocidade supersônica?

Rommelqe

Pois é caro Flanker, suas duvidas me parecem pertinentes, mas entendi que o objetivo é testar a resposta aerodinamica do missil em si (no caso acoplado no F5). Ensaios em geral sao efetuados em varias situaçoes distintas; digamos que medicoes de arrasto e vibraçoes tem que ser realizadas em pelo menos tres velocidades (com tres pontos vc começa a ter uma primeira ideia de uma curva …), mas neste caso seria muito importante registrar centenas de condiçoes distintas. Assim acho que o papel do F5 seria, neste caso, servir apenas como uma plataforma de teste. Mesmo assim muito limitada (a… Read more »

LucianoSR71

Com todo o respeito, essa fonte quer despistar ou está mal informada, se o míssil não será lançado de aeronave supersônica, p/ que testá-lo nessa velocidade? O teste foi de compatibilidade c/ aeronaves supersônicas, verificar se o arrasto reduziria muito a velocidade da aeronave, se gerava grande turbulência causando vibrações, por exemplo, e por aí vai.
Se fosse p/ testar sua própria fase supersônica, o míssil teria que estar c/ a parte estrutural completa, c/ todas as aletas, o que pela foto não foi o caso.

Rommelqe

Pois é Luciano, mas entendo que o F5 nao ultrapassaria, nestes ensaios, velocidades transonicas. A escolha deste vetor foi devida certamente a varios fatores e parametros (nao necessariamente tecnicos) , mas acho que se vc usase um aviao com altas velocidades subsônicas (por exemplo um LearJet) seria mais dificil (a começar pornao ter um espaço adequado sob a fuselagem, pontos de fixaçao equivalentes a um tanque de combustivel externo central como tem um F5, etc…). Seja la o que for, certamente é um “case” muito interessante. Espero que ajude muito na evoluçao do missil para um dia, quem sabe, ser… Read more »

LucianoSR71

Rommelqe, eu cito velocidade supersônica devido a declaração da tal fonte militar falar disso, particularmente também creio que ele não será supersônico.

Bosco

O que significa “envelope supersônico”. Resta claro que o míssil não é supersônico e não vejo relação direta com o Taurus. Também não vejo relação da necessidade de um booster por conta dele ser supersônico e lançado de helicóptero. Mesmo sendo subsônico o booster seria necessário já que para se dar a “partida” na turbina em geral se exige velocidades acima de 400 km/h. Tá tudo muito confuso. Na verdade acho que por conta de alguém querer dar um furo de reportagem, trouxe muita confusão ao assunto e só a FAB poderá explicar o porquê de colocar um mockup semelhante… Read more »

Flanker

Bosco, e LucianoSR71, por isso escrevi o que escrevi mais acima. Eu penso que o míssil é subsônico e foi testado seu comportamento com a aeronave lançadora voando em velocidade supersônica. O resto é apenas confusão.

LucianoSR71

Flanker, como disse p/ o Rommelqe, eu cito velocidade supersônica devido a declaração da tal fonte militar falar disso, particularmente também creio que ele não será supersônico.

Meireles

Vou arriscar um palpite, acho que é versão do míssil de cruzeiro de fragmentação, aquele que carrega várias granadas dentro, só acho rsrs… Vão com calma sobre o meu achismo!

Eduardo

Bosco, a notícia não faz uma dedução correta, ao se dizer que ele somente será lançado de helicópteros, não significa dizer que adquiriremos o KEPD, concordo contigo que pesou a mão na reportagem.

Munhoz

É isso que não entendi, vai ser lançado de helicóptero mas não nos AMX ?

samuka

Bosco, durante o lançamento com booster o missil atinge velocidade supersonica? Não seria um ensaio para avaliar a parte aerodinamica nessas condições?

Clésio Luiz

Sem querer ser aquele cara pedante, e já sendo, este trecho “atinge a velocidade máxima de Mach 1.4 (1.713km/h) a 9.144m de altitude”, leva em conta que a velocidade do som é constante do nível do mar até os 9.000m, o que não é verdade. O valor correto é Mach 1,6~.

Já sobre o modelo testado sob o F-5, curioso notar o radome ovalado e não pontudo, algo pouco natural em artefatos transônicos.

Sérgio Santana

Clésio, do nível do mar até 11.000m a velocidade do som, Mach 1, equivale a 1.224km/h. A partir daquela altitude passa a ser de 1.061km/h. Estes são os valores geralmente adotados em cálculos de velocidade aérea.

Clésio Luiz

Se for para efeito de simplificação em alguma equação, até vá lá. Mas sinceramente fica feio pra caramba adotar isso em fichas técnicas, porque se sabe que a velocidade do som varia constantemente, e o público leigo acaba acreditando em valores que na realidade não são atingidos pelas aeronaves.

Até onde sei existe uma curva padronizada sobre isso, com valores de uma atmosfera padrão.

Inclusive existem websites que ajudam a calcular os valores. Eis um exemplo:

http://www.aviation.ch/tools-atmosphere.asp

Sérgio Santana

Experimente colocar 11.000 metros neste site. Vai dar o resultado aproximado que comentei…E sobre sua afirmação de que “o público leigo acaba acreditando em valores que na realidade não são atingidos pelas aeronaves”, os valores de desempenho que citei constam de publicações…

Clésio Luiz

E se colocar os 9.000 do artigo, vai dar abaixo de 1.224. E aqui entre nós, não é porque está publicado que a informação informará o correto. O site da USAF fala que o F-15 atinge mach 2,5 (o que na verdade ele o faz somente por poucos segundos), mas daí fez o inverso do seu texto, transformando Mach em velocidade relativa ao solo, dando o valor de 3000 km/h (1900 milhas por hora), que é totalmente incorreto. Eu tenho ciência de que o desempenho das aeronaves não é algo fixo, variando de acordo com as condições climáticas, como o… Read more »

Ramon Grigio

Já eu achei curioso a afirmação de que o F-5EM atinge, com 2AAM + centerline, mach 1,4, quando no manual da aeronave consta, com apenas 2AIM-9B, e cerca 50% de combustível interno (logo, nada afixado no centerline), mach 1,5.

Fica difícil crer nessa informação em particular.

Marcos

Estão colocando panos quentes. Lançado de helicópteros? hehehe, mente que eu gosto. É KIT completo, Naval, Ar e por terra

FighterBR

Exatamente.

João Moro

Sobre poder ser lançado em helicópteros, acha muito interessante e útil que este míssel possa ser lançado de várias plataformas. Na guerra, nem sempre você tem o vetor adequado.

Cristiano

Na minha opinião o ministério da defesa fez besteira botou no vídeo algo que a FAB não queria divulgar ainda e agora estão tentando botar panos quentes.

ECosta

Galante,
Falasse tanto que por normas internacionais países não podem comercializar mísseis de cruzeiro com alcance superior a 300km. Então como o Brasil está comprando o MBDA/Saab Bofors Dynamics Taurus KEPD 350 que tem 500km de alcance ?

ECosta

Corrigindo… *fala-se.

FsM

Porque nem todos países seguem o TNP talvez…

Mauro

Boa.

willhorv

Mas penso que, uma vez operacionais com lançamento via terrestre e por forças navais de superfície, é questão de tempo para nossos SBR e Gripens o adotarem também….
Porquê não!
Seria burrice o contrário….

Meireles

Espero que cheguem logo na versão de alcance de 2.000km semelhante ao tomahawk, parabéns, que noticiais como essa se repitam!

Space Jockey

amanhã estará pronto

Meireles

Cores laranjas são usadas na água, isso na cor laranja parece mais um casulo, estou curioso pra saber que versão é essa, está valendo um prêmio pra quem adivinhar?
Cadê os espiões blog? Rsrs…

João Moro

Pode ser que a cor laranja seja para facilitar a visualização do míssil quando for lançado ou até mesmo no choque dele com o alvo.

Carlos Campos

Acredito que seria bom comprarmos o Taurus e continuar o desenvolvimento do MTC300, porém não no F5 e sim no Gripen, assim futuramente teríamos A-DARTER, Meteor, Taurus e MTC300, sendo que desses 4 o Brasil poderia fabricar 2 sem se preocupar com embargos.

Bardini

Interessante que se colocar as aletas nesse míssil, mal deve caber embaixo do F-5…

Meireles

kkkkkkkkkkkkk…. Bardini é o mais engraçado!

Meireles

Bardini, você acha que está faltando um designer de mísseis na Avibrás?

Eduardo

Acho que autor forçou a mão ao dizer “confirmará a compra do KEPD”, restam outros argumentos a serem validados, me parece simplificação ao extremo supor que se é verdade que “Matador” “só será lançada de helicópteros” também é verdade que o KEPD é a escolha da FAB.

Torço para que a aquisição do KEPD seja verdade pois parece ser uma arma notável, mas também torço pelo desenvolvimento do “Matador”.

Carlos Alberto Sperb

Esse tipo de teste não poderia ter sido executado em um túnel de vento? Por que usar um casa para tal função? Isso foi uma gambiarra ou estão nos passando a conversa?

Walfrido Strobel

Se vc tiver um túnel supersônico que caiba o missil.

João Moro

Um túnel não consegue simular todas as situações possíveis que um teste real pode.

Luiz Antonio Mendes de Resende

Espero que os mísseis se adequem à aeronaves brasileiras de modo a, ha ter velocidades iniciais de arranque .

Mateus Lobo

“míssil utilizou o F-5EM apenas para a abertura do envelope em voo supersônico, nada mais além disto…O míssil está previsto para ser lançado de terra, embarcado ou de helicópteros. O resto é especulação”
Quando se diz abertura do envelope supersônico, entendo que seja o comportamento do míssil em velocidades supersônicas, umas vez que o míssil será integrado em aeronaves com essa capacidade, o míssil em si, não terá regime de voo supersônico uma vez que a turbina que utiliza (Polaris TR3500) tem limitação Mach 0.86 e o próprio radome não tem perfil aerodinâmico para vôos supersônicos.

Bosco

Um míssil para poder ser levado por um caça supersônico que eventualmente irá se por em regime supersônico precisa ter um perfil aerodinâmico supersônico. Haja vista as bombas da série 80, que sequer são propulsadas, mas são feitas para serem levadas externamente por caças supersônicos e até lançadas em velocidade supersônica. Ou seja, como você notou, o perfil do suposto míssil é não é otimizado para um regime de voo supersônico, o que sinaliza que ele não pode ser levado externamente por um caça supersônico que pretenda voar nessa velocidade com o dito cujo acoplado. Também sabemos que ele não… Read more »

Mateus Lobo

Realmente não faz muito sentido essa desculpa de teste de voo supersônico.

TeoB

Bem, o lançamento por um helicóptero faz todo sentido para a MB que poderá usá-lo a partir do Atlântico, seria uma projeção de poder muito maior, no caso da FAB acho que deve ser do F39 msm, outra coisa é que a aerodinâmica de um voo por um meio de asa rotativa e sua velocidade de seilá lá 350 km/h a baixa altitude (no talo pq o bicho é pesado) é bem diferente de um voo supersônico mach 1.4 a 9000 mil metros… Ou seja, algo de errado não está certo. outra coisa me chamou a atenção, e que é… Read more »

Farroupilha

Um helicóptero, Caracal, pode ser o ideal para em voo baixo, fora dos radares, fazer uma profunda penetração em território inimigo para lançar o míssil e estender assim seu alcance. Deixarei a cargo dos leitores fazerem os cálculos a respeito dos territórios dos países vizinhos e da amazônia azul, para descobrirem com essa tática até onde podemos atingir a mais com o Tauros de 500 km. Por enquanto temos que fazer toda sorte de contorcionismo tático, já que não temos mísseis de 1, 2, 3, 4mil km de alcance. Ou seja, helicópteros são muito úteis para misseis ar-terra sim. E… Read more »

Bosco

Caças em cenários ar-ar utilizam a velocidade supersônica para melhor se posicionarem em relação ao alvo BVR ou para se evadirem. Em cenários ar-sup só implementam velocidade supersônica para aumentarem o alcance de bombas de queda livre ou para se evadirem depois de lançarem as armas ar-sup. Não há hipótese de um caça supersônico levar um míssil cruise (subsônico ou supersônico) e implementar voo supersônico com o míssil dependurado. Só o faria caso tivesse que se evadir depois do lançamento (ou ejeção) dos mísseis. Ou seja, o míssil não é supersônico e o caça não irá voar supersônico com o… Read more »

Bardini

“Ou seja, o míssil não é supersônico e o caça não irá voar supersônico com o míssil dependurado.”
.
Então tu tais me dizendo que se eu pendurar um par de mísseis debaixo das asas de um Gripen E/F, eu estaria matando a capacidade de realizar super-cruise?
.
Faria sentido isso, já que a configuração de armamentos divulgada para essa capacidade é a Ar-Ar.

Mauro

Acho que eles está se referindo a esses mísseis como na foto, rombudos, estilo cabeça de cachalote.

Victor Filipe

Não Bardini, pelo que entendi. ele disse que se você colocar um míssil subsônico em um caça você esta restringindo ele ao envelope de voo subsônico pois o míssil não tem perfil aerodinâmico para voar nessas velocidades

ECosta

Bosco, como pode o Brasil estar comprando este míssil Taurus com alcance de 500km se existe um tal tratado internacional que limita mísseis de cruzeiro a 300km para exportação ?

Bardini

KEPD 350 é modular. Tem até uma versão anti-navio pra quem quiser bancar. Baita de um míssil… Proporcionaria capacidade de bater qualquer alvo na América Latina e Central, incluindo capacidade de bater Bunkers, coisa que bem dizer, não temos.
.
Mas eu acho meio difícil que a FAB tenha colocado a mão nisso aí.

Bardini

” Proporcionaria capacidade de bater qualquer alvo na América Latina e Central”
.
Ok… Sim, sim, só um pedaço da AC. Mas daria pra ferrar com todo o canal do Panamá, por exemplo… Não que isso seja uma ideia muito inteligente.

sub urbano

Esqueceram de mencionar que o alcance do míssil é de apenas 300 km porque os Estados Unidos não permite que o Brasil faça um míssil com alcance maior que isso.

FighterBR

De novo isso…

João Moro

A sua afirmação está errônea, SUB URBANO. o Brasil pode produzir, só não pode vender mísseis com capacidade maior que 300 KM pois aderiu a esta regra.

Saury Alvarenga dos Santos

Desconfio que isto seja um recado. rsrsrsrs

Carlos Alberto Soares

Alguém ascendeu a luz antes da hora !

Carlos Alberto Soares

Já foi dito aí para baixo.

Farroupilha

Bem, imagens significam muito, que o digam o Neymar (que deveria ter levado flores para enfeitar e suavizar o encontro vapt vupt) com seu cacho Najila (que se frustrou com a ausência de roamntismo em Paris)(roamntismo sem romantismo é assim, tudo sai errado rsrs).

Não querendo falar muito, mas, a foto acima significa que TESTES (para determinadas cargas) estão sendo feitos, e sabiamente com os vetores que podemos contar.
Afinal, quase não há flores na relação com países arrogantes.

Farroupilha

Resumo da história do momento, uma pobrezinha (falida) foi a Paris para ser estapeada por um milionário e ficar num quarto simples. Dá até pena.
rs!

Sei que isso não tem nada a ver com o tópico de Defesa, portando se for deletado compreenderei. Mas é que esse caso “internacional”, envolve movimentos táticos, estratégicos, batalha campal, que se tornou uma verdadeira guerra entre um lado fraco, mas desesperado por sobrevivência, e um forte porém com falhas na sua defesa.
Quem vencerá?

Carta Branca

Acredito que o motivo do teste supersônico é devido ao lançamento do helicóptero ser com booster. O Kh-35 lançado pelo Ka-52K é lançado com booster. Imagino que em alguns cenários o helicóptero pode necessitar fazer o lançamento em baixas velocidades e alturas e por isso a necessidade do booster para atingir velocidade e altura adequados, mas pode ocorrer também do helicóptero estar em velocidade maior, talvez para aumentar o alcance, e assim existe a chance do míssil entrar em velocidade supersônica quando da ativação do booster e no caso imagino que seria preciso testar o comportamento do míssil que nesse… Read more »

Carta Branca

Quanto a discussão sobre o MTC-300 e o Taurus KEPD 350, são duas armas distintas embora sejam misseis de cruzeiro. Os misseis de cruzeiro lançados por uma artilharia do exército tem como alvos principais depósitos de combustíveis, depósitos de armas, quarteis generais inimigos, centros de manutenção e etc, alvos de alto valor tático. Misseis de cruzeiro lançados por caças multiúso teriam como alvos principais centrais energéticas, centros de comando de operações, centros de pesquisas, ataques a VVIP e indústrias estratégicas, alvos de alto valor estratégico. O perfil de missão do KEPD 350 se reflete no preço pois é projetado para… Read more »

Matheus

Já foi desmentido que esse não é uma versão Ar-Terra do “Matador”, mas sim uma “casca vazia” com o motor do “Matador” na parte de trás para testes.
Quem assistiu a LIVE do Cmd. Farinazzo, viu que a AVIBRAS estava tendo algumas dificuldades com o motor do míssil depois que o Booster desaclopava do míssil apos seu estágio, assim fazndo o missil simplesmente cair.

José Luiz

Como já postou o colega. A história é outra segundo jornalista Caifa. Sugiro uma nova matéria diante dos novos fatos. A informação é que foram testes da turbina que parece enfrentar dificuldades.

LucianoSR71

Só p/ deixar bem claro, complementando o que os 2 colegas acima já falaram, o problema é no acionamento, na partida do motor, logo após a ejeção do booster, não c/ o funcionamento em si do motor a jato.

Leonardo de Araújo

Foi só um terre do motor microturbofam do missel encapsulado no casulo do jameador lightning 3.
O F5 só servio de vetor para por o microturbofan do AV MTC 300 nas condições de altitude e velocidade que a Avibras desejava para os testes.
Não é a versão do ar terra do AV MTC300.
Foi só um teste do motor.