Decolagem do Falcon Heavy – Foto: Pauline Acalin

O foguete Falcon Heavy, da SpaceX, lançou com sucesso sua primeira missão comercial na quinta-feira, dia 11 de abril. O lançador mais poderoso em operação, decolou às 18h35 EDT (2235 GMT do mesmo local que já hospedou as missões lunares Apollo e os ônibus espaciais: o histórico Pad 39A no Kennedy Space Center da NASA.

Cerca de 34 minutos depois, o foguete liberou o Arabsat-6A, um avançado satélite de comunicações que fornecerá serviços de internet e comunicações para residentes do Oriente Médio, África e partes da Europa.

O voo do dia 11 foi o primeiro de um lançamento do Falcon Heavy com as versões Block 5 dos seus foguetes componentes. Um foguete Falcon Heavy é composto de três primeiros estágios do Falcon 9, que são combinados para formar o megafoguete de 27 motores.

A SpaceX fez a transição para o Block 5 em seu voo do Falcon 9 em maio, após o voo de demonstração do Falcon Heavy em fevereiro de 2018.

O Falcon Heavy tem um preço base de US$ 90 milhões por lançamento. Em junho passado, a SpaceX conseguiu uma missão militar altamente cobiçada para o foguete – um acordo de US$ 130 milhões para lançar um satélite do Comando Espacial da Força Aérea dos EUA em 2020.

A SpaceX anunciou pela primeira vez os planos para o Falcon Heavy em abril de 2011, prevendo que seu primeiro voo poderia ocorrer dois anos depois. Mas esse prazo chegou e acabou, e só em 2018 o Falcon Heavy saiu do chão.

Antes do lançamento do ano passado, Elon Musk estimou que a SpaceX investiu cerca de US$ 500 milhões para desenvolver o foguete.

Os sucessos da SpaceX continuam a atrair os investidores e a avaliação da empresa agora é de pelo menos US$ 30,5 bilhões. As ações da SpaceX também continuam com forte demanda nos mercados privados.

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TeoB

Fez história!
parabéns!!! na minha humilde opinião a corrida espacial está renascida… espero os próximos capítulos…

Paulo Maffi

Em breve, na base de Alcântara mais próxima…

Victor Filipe

pra enfim dar uma utilidade ao lugar

Bosco

Sei que estão brincando mas vale salientar que a base de Alcântara é boa pra foguetes leves, com cargas de no máximo 2 t para uma órbita baixa. Foguetes médios, pesados e super pesados não sofrem tanto se lançados mais distantes do Equador.
Pouco provável que os foguetes da Space X (Falcon 9, Falcon Heavy e BFR) sejam lançados daqui.
O custo de se construir as instalações necessárias (incluindo a rampa de lançamento) e de trazer todo o foguete para ser lançado daqui só para se ter economia de combustível não compensa.

Humberto

Tem coisa que não entendo.
A resposta do Bosco é educada, sem ideologia, curta e bem lúcida, por que raios de carga d’agua alguém negativa a resposta?
Seria interessante quem negativou responder, tem algo melhor para postar ? Ou negativa pois não gosta dele ou da resposta?
É curiosidade antes de mais nada.

Victor Filipe

São os mesmos “Crânios” que negativaram a pergunta do Rui Chapeu na matéria do Stratolaunch onde ele simplesmente perguntou em que lado do avião o piloto ficava…

Jairo

Bosco é uma luz neste espaço – talvez a última – e olhe que tivemos varias por aqui…

Rafael_PP

Não acredito, Paulo.

A SpaceX está construindo uma instalação própria no Texas, não acredito que usarão apenas para contratos com o Departamento de Defesa daquele país.

Outro caminho será o lançamento por plataformas marítimas – já até pousaram assim. Uma alternativa que, ao sopesar com nos entraves políticos e jurídicos de Alcântara, torna-se factível.

Paulo Maffi

Bosco e Rafael_pp, concordo em gênero número e grau! Apesar de possuir muitas ressalvas em relação à concessão de Alcântara e de ser um entusiasta de carteirinha de um projeto integralmente nacional e operante (público ou privado) de foguete, também desconfiava que tais produtos seriam ‘muita areia para o nosso caminhãozinho’. Sendo assim, dos veículos operacionais ‘consagrados’ poderiam operar por aqui? Sds a todos

Rafael_PP

Caro Paulo, quem tem mais interesse em um novo local para lançamentos seria Israel.

Seu sítio de lançamentos é a base de Palmachim. Devido a questões geográficas, mas principalmente diplomáticas, os veículos lançadores precisam estabelecer uma rota que sacrifica consideravelmente sua capacidade de carga.

Chris

Ta… Eu reconheço !

Os foguetes retornando de marcha-a-ré foram impressionantes !!!

O maluco do Elon conseguiu !

Willber Rodrigues

Impressionantea parte onde o foguete pousa. Quero nem imginar a engenharia por trás disso.
Pergunta bem leiga mesma, talvez até besta, mas se esses foguetes serão usados pra carga, e não são tripulados, porque eles não poderiam ser modificados para reentrarem na atmosfera e pousarem como os ônibus espaciais?

Victor Filipe

isso faria eles ficarem mais caros e mais pesados Willber. eles teriam que ter um sistema mais complexo de trem de pouso e teria que reforçar mais as partes estruturais. fora isso, eles são boosters ou seja, são foguetes para impulso, eles não irão muito longe

Bosco

Willber, Vale observar que só o segundo estágio (aquele cilindro acima dos 3 booster e abaixo do compartimento de carga) com apenas um motor foguete é que não retorna. Para que ele retornasse teria que ter proteção contra o imenso calor da reentrada e talvez pousasse no mar com ajuda de paraquedas. Mas não parece que a Space X esteja interessada em fazer isso tendo em vista que está desenvolvendo o BFR, que irá retornar pousando na vertical suspensa por seus motores foguetes. Um programa interessante era o Venture Star que foi cancelado. Ele utilizaria motores do tipo “aerospike” capazes… Read more »

Diogo de Araujo

Cara que país é esse… todos sabem das atrocidades cometidas pelos americanos principalmente em seu passado longínquo mas todos, até os que os odeiam têm que reconhecer: os caras são fo#@$… senhor, colocar um satélite em órbita e voltar para a terra inteiro com todos os módulos para reutilização do foguete? com certeza até o Puting e Xi jiping devem ter falado pelo menos um “nossa” de suas cadeiras.. e nós tentando algo com “VLM”…. muito complicado, sei a culpa e de todos nós, mas a grande verdade é que se o Brasil fosse 20% do que são os EUA… Read more »

Denis

Boa tarde, Diogo. Pessoalmente, acho que não se trata de uma questão de nacionalidade, mas de investimento mesmo. Empreendimentos tecnológicos estatais tendem a ser mais “burros” do que suas contrapartes particulares. Estes não se preocupam tanto com geopolítica quanto aqueles, além de terem uma gestão mais eficiente e eficaz.

Billy

Elon, imperador de Marte!

smichtt

Maravilhoso. Rocket science de alto nível.

Eduardo Salvador da Silva

Os EUA sempre buscando intimidar o resto do mundo com seus ousados projetos. Claro que o primeiro lugar, em tudo, sempre será perseguido pelos outros colocados, faz parte do jogo. Não se pode esquecer que os americanos são os únicos que possuem permissão de produzir dólares a vontade. A economia americana não fecha às contas há décadas, sendo necessário produzir dólares cada vez mais. Até que ponto isso dará certo???

Everton camilo

Com dinheiro sugado de outros paises poderão até ir no sol kkkkk

Denis

Isso é um investimento particular, meu nobre.

α Tau

“Diogo de Araujo Cara que país é esse… todos sabem das atrocidades cometidas pelos americanos principalmente em seu passado longínquo mas todos, até os que os odeiam têm que reconhecer: os caras são fo#@$… senhor, colocar um satélite em órbita e voltar para a terra inteiro com todos os módulos para reutilização do foguete? com certeza até o Puting e Xi jiping devem ter falado pelo menos um “nossa” de suas cadeiras.. e nós tentando algo com “VLM”…. muito complicado, sei a culpa e de todos nós, mas a grande verdade é que se o Brasil fosse 20% do que… Read more »

Carlos Campos

muito impressionante

nonato

Uma questão que ninguém abordo. Não sei se esse foguete é melhor do que os russos, chineses ou da NASA. O fato é que uma “pequena” empresa, usando poucos recursos o desenvolveu. Na matéria fala em 500 milhões de dólares Não sei se apenas para o Falcon heavy que é um “molho” (não de comida, mas tipo um feixe) de outros foguetes. Tecnologia não requer necessariamente muito dinheiro. É mais conhecimento e seriedade. Provavelmente a NASA não transferiu conhecimento algum. As vezes gastam fortunas e décadas para um simples míssil ser certificado num avião Ou um caça receber certificação para… Read more »

Ronei

Os terraplanistas piram

Edicarlos

Uma empresa consegue algo que um país continental não consegue ! Pra mim não tem desculpa !