Um F/A-18F Super Hornet reabastecendo um F-35C
Um F/A-18F Super Hornet reabastecendo um F-35C

Um F-35C Lightning II Joint Strike Fighter voando a partir do porta-aviões USS Abraham Lincoln (CVN-72) foi danificado durante um exercício de reabastecimento aéreo, no primeiro grande acidente de voo para a versão embarcada do JSF.

O motor de um F-35C do Strike Fighter Squadron (VFA) 125 foi danificado enquanto o avião recebia combustível de um F/A-18F Super Hornet do Esquadrão VFA-103 em 22 de agosto, confirmaram oficiais da Marinha dos EUA ao USNI News. Os detritos de uma cesta de reabastecimento aéreo foram ingeridos pela entrada do motor do F-35C, resultando em danos, disse o porta-voz da Naval Air Forces Atlantic, o comandante Dave Hecht na terça-feira.

Ambos os caças foram capazes de pousar com segurança – o Super Hornet voou para a Estação Naval Oceana, na Virgínia, enquanto o F-35C retornou para o porta-aviões Lincoln. Nenhum ferimento foi relatado e o incidente está atualmente sob investigação, disse Hecht.

Os danos ao F-35C foram relatados como um acidente de Classe A – o tipo mais grave de uma aeronave militar. Uma ocorrência é classificada como Classe A quando uma aeronave sofre mais de US$ 2 milhões em danos, é totalmente destruída ou envolve um ferimento grave ou fatal à tripulação. Os danos ao F-35 estavam acima do limite de US$ 2 milhões, disse Hecht. Um novo motor F135 para o JSF custa cerca de US$ 14 milhões, de acordo com o mais recente contrato para a fabricante de motores Pratt & Whitney.

O Super Hornet também foi danificado, mas foi relatado como um acidente de Classe C porque não houve feridos e o custo total estimado de danos à aeronave está entre US$ 50.000 e US$ 500.000, disse Hecht.

Um F/A-18E Super Hornet e um F-35C Lightning II a bordo do porta-aviões USS Abraham Lincoln (CVN 72). Foto: Marinha dos EUA
Um F/A-18E Super Hornet e um F-35C Lightning II a bordo do porta-aviões USS Abraham Lincoln (CVN 72). Foto: Marinha dos EUA

O F-35C estava voando em um evento de teste de ala aérea integrada a bordo do porta-aviões Lincoln que autoridades da Marinha descreveram como uma validação de como a aeronave opera e é mantida e sustentada no mar. Este primeiro teste operacional no mar para o F-35C, sendo lançado e recuperado ao lado de Super Hornets, E-2D Advanced Hawkeyes e C-2A Greyhounds, é um primeiro vislumbre de como será a futura ala aérea embarcada quando o F-35C alcançar a capacidade operacional inicial e for mais amplamente implementado.

O teste ofereceu à Marinha uma maneira de avaliar quão bem o F-35 “integra-se ao navio, como ele interopera com comunicações, enlaces de dados, outras aeronaves, e então como conduzimos a missão e conectamos as outras aeronaves que estão conduzindo missão e quanto eles são eficazes quando o fazem”, explicou o vice-almirante Dale Horan, diretor da Joint Strike Fighter Fleet Integration para a Marinha, a repórteres durante um evento de mídia na semana passada a bordo do Lincoln.

Os F-35Cs operando no Lincoln eram do VFA-125, um esquadrão de substituição de frota, e o VFA-147, um esquadrão operacional. Ambos são baseados na Naval Air Station Lemoore, Califórnia.

A Marinha espera alcançar a capacidade operacional inicial (IOC) para o F-35C em fevereiro de 2019. Antes de atingir a IOC, porém, o F-35C tem que realizar um evento inicial formal de teste e avaliação no mar, que deverá ocorrer no outono. A Marinha também terá que mostrar que pode tripular, treinar, equipar e operar 10 caças F-35C no mar, além de estabelecer uma rede de apoio apropriada para fornecer peças e pessoal, antes de declarar o IOC.

FONTE: USNI News

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Marcos

É igual Avestruz, come de tudo!

Dinheiro do contribuinte, paciência dos parceiros, cesta de reabastecimento.

jorge Alberto

boa… kkk

Sergio Peixoto

…e as perspectivas de um caça também…..

Thiago Telles

Pessoal, na boa…. Chamem uma benzedeira p f35.

Sergio Peixoto

…..acho que em toda a história da aviação nunca existiu um projeto tão problemático…..

Willber Rodrigues

Aproveitando o gancho da matéria, como são classificados os acidentes com aviões da FAB? São classificados por “valor´´ do concerto/prejuízo também?
“O F-35C estava voando em um evento de teste de ala aérea integrada a bordo do porta-aviões Lincoln que autoridades da Marinha descreveram como uma validação de como a aeronave opera e é mantida e sustentada no mar.´´
Isso que dá elogiar…

Guilherme Poggio

Ter um motor só sobre o mar e tendo que pousar num porta-aviões complica.

HMS TIRELESS

Ainda assim o F-35 pousou! Que coisa não é Poggio!?

Ricardo da Silva

HMS TIRELESS,
. . . e o F-35 sempre esta certo !

Hélio

Muito bem lembrado, ai entra a velha discussão entre monomotor x bimotor.

nonato

Exatamente.
Eu nunca dei valor a essa história de aviões com um motor em vez de dois ou dois motores em vez de quatro.
Já imaginou um 777 sobrevoando o Atlântico com um só motor?
Ou um avião com um motor sobre o mar?

Hélio

Se tem um motor não tem problema, o problema é quando não tem nenhum.

Marco Antonio Capoeira

Hélio, brevetei e voei muito planador… chamamos de voo de emergência o tempo todo… total atenção… Grande experiência.

Aêdo Rocha

Amigo sugiro a leitura sobre operações ETOPS.

Marcelo Andrade

Po, tirou daqui da minha boca, esse cara deve voar para a Europa só de Boeing 747 e A-340! kkkkkkkkk

nonato

Deve ser uma maravilha voar dos EUA para a Austrália em um Boeing 777, de repente um motor parar de funcionar e o piloto dizer que vai voar 5.000 km só com um motor.
Maravilha hein…

Fernando

Nonato, já houve caso de um 777 perder um motor em pleno voo no Atlântico e pousou sem problemas, que eu me lembre no havai.se você pesquisar sobre operações etops e suas características verá o motivo pelo qual a principal companhia aérea da nova Zelândia faz o voo transpolar ate Buenos Aires em um 787 com total segurança. As normas etops são hiper rígidas controladas pelo FAA. Saudações

Bardini

O caça engoliu uma cesta e não caiu?

Bardini

“Os detritos de uma cesta de reabastecimento aéreo foram ingeridos pela entrada do motor do F-35C, resultando em danos, disse o porta-voz da Naval Air Forces Atlantic, o comandante Dave Hecht na terça-feira.”
.
O que será que seriam esses detritos??

HMS TIRELESS

A cesta certamente se rompeu e o material da qual ela é feita (metal, tecido, etc) foi ingerido pelo motor.

nonato

Ia fazer a mesma pergunta.
O texto confunde.
Engoliu a cesta ou detritos?
Que detritos?
Esse problema teria ocorrido com qualquer outro caça?
Porque se a cesta se despedaçou, a culpa não é do avião.

Thiago Telles

Deve ter batido na aeronave e despedaçado.

Everton Matheus

Acidentes com F-35 deveriam ter um novo catalogo de tipificação tendo em vista que qualquer coisa nessa aeronave é absurdamente cara. Uma “maçaneta” ja seria alguns milhoes… Kkkkk de qualquer maneira eu fiquei abismado com a capacidade dessa maquina “engolir” uma cesta(ou parte dela) e ficar por isso mesmo(pousar logo ali, em um navio).

Maurício.

Se fosse aquela cesta de metal dos KC-137 da FAB, que danificava os radome de fribra dos AMX, não sei se esse F-35 chegaria até o porta-aviões.

João Bosco

Mais uma desse caça…..caro, cheio de problemas e agora, comedor de cestas de reabastecimento.

Walfrido Strobel

Neste caso a culpa não é do avião, se o piloto atropelar cesto com a mangueira, o motor engole sem pena…..
Quanto a continuar funcionando, pode ser uma questão de sorte, pois em alguns casos uma palheta solta pode causar um evento catastrófico com despalhetamento que pode inutilizar completamente o motor causando uma explosão ou incêndio.

Celso

É que a cesta também era stealth….kkkk

Victor Filipe

É muita inocência culpar o F-35 pelo acidente com a cesta de reabastecimento…

Marcos R.

Na verdade cabe elogiar a capacidade de assimilar os danos e pousar em segurança.

Humberto

Sim, por esta prova o projeto do avião passou. O motor aguentou bem a prova tb, pois trouxe o avião e o piloto de volta.

LucianoSR71

Só lembrando de alguns dos jatos monomotores operados pela US Navy ( descartando aqueles do início da operação de jatos em porta aviões ):
A-4, A-7, F-8 e há ainda o AV-8B Harrier II pelos USMC. Ter 2 motores pode ser até melhor, mas se a aeronave for bem projetada e tiver um motor confiável, não é insegura.

nonato

Mas qualquer motor está sujeito a problemas, especialmente num ambiente hostil.

Ozawa

A moral do Lightning está tão baixa ultimamente que o episódio pode sair na imprensa sensacionalista com o título: “Foi fazer rendez-vous e engoliu tudo” . . .

Marcelo Andrade

kkkkkkkkkk muito boa!!!!

J-20

E quando dizem que o reabastecimento em voo é uma das manobras mais difíceis, ainda tem gente que não acredita. Tá aí, um piloto experiente que errou nesse procedimento.

Ricardo Bigliazzi

Não caiu??? Não deve ser tão ruim assim.

EduardoSP

KKK!!!
Excelente!

Alex II

“O motor de um F-35C do Strike Fighter Squadron (VFA) 125 foi danificado enquanto o avião recebia combustível de um F/A-18F Super Hornet” disse o porta-voz da Naval Air Forces Atlantic, o comandante Dave Hecht na terça-feira.

Está é uma diferença realmente importante entre os EUA e as outras superpotências, o quesito transparência.

Eles comunicam as cagadas deles e as tornam publicas. Russos escondem. Chineses escondem mais ainda.

Vale o registro.

Aêdo Rocha

Não sabemos o que foi ingerido pelo motor, que parte da cesta (não sei se é o nome correto) foi ingerida. Mas nem tudo que é ingerido pelo motor entra na seção de força do motor (compressores, câmaras de combustão e turbinas), grande parte do ar passa por fora da seção de força e esse detrito pode ter seguido este caminho. Essa área é chamada de área de by-pass, simplificando é a área ao redor do motor em si (seção de força). Ou seja, o detrito entrou no motor mas não afetou seu centro (partes giratórias).

Aêdo Rocha

Completando: Os maiores danos, e mais perigosos, são exatamente se afetados estes componentes giratórios.

EdcarlosPrudente

Engoliu a cesta no momento do reabastecimento entrando pelo duto que conduz o ar até o motor. Dentro do duto de ar o cesta soltou detritos que danificaram o motor. Isso tudo é suposição de minha parte.

Agora vem o mais complicado, a simples possibilidade do F-35C engolir a cesta de reabastecimento em voou ser uma ameaça constante nesse tipo de operação.

Saudações!

Sérgio Luís

Estava com muita sede!

CRSOV

Esse F 35 praticamente todo dia tem uma notícia negativa a respeito dele !! Como disse o amigo acima é preciso dar uma boa benzida nesse caça !!

HMS TIRELESS

o F-35C a despeito do motor ter ingerido pedaços da cesta de reabastecimento ainda conseguiu pousar no NAe! Alguns anos atrás, durante aquelas operações dos Balcãs, um Mirage 2000 do Armée D’Air teve o mesmo problema quando foi reabastecer de um KC-135. Sabe o que aconteceu com o avião? Foi parar no fundo do Mar Adriático…. No mais cumpre lembrar que o F-35C já fez inúmeros reabastecimentos em vôo a partir de diversas plataformas inclusive o próprio F/A-18E/F sem qualquer problema. Esse incidente pode ter sido causado por uma série de fatores inclusive falha humana ou uma corrente de turbulência… Read more »

Walfrido Strobel

Vc está querendo tirar uma conclusão en cima de dois casos isolados sem ter detalhes, como quais foram as partes ingeridas e o modelo e catacteristicas de cada cesta.
Não saberiamos qual seria a reação do motor do F-35 se tivesse engolido a cesta do KC-135.

Felipe

Isso que é motor! Se fosse Russo ou Chinês, teria soltado pecinha e caído no oceano matando todos os tripulantes.

Rodrigo M

Senhores usuários, para reclamações do F-35 retire sua senha e aguarde atendimento..

Maurício.

A respeito da cesta ou drogue(nome correto), eu não sei exatamente essa da matéria, mas as cestas atuais são bem mais leves, não sei se esse sistema é o da Cobham, mas no site da Cobham se fala que em caso de acidente ou sucção pelo motor do caça, a cesta meio que se parte e automaticamente já elimina as partes que poderiam causar um dano maior, tudo evolui, inclusive uma cesta de reabastecimento, não são mais iguais as cestas dos anos 80 e 90, que eram em grande parte feitas de metal. Olhem essa cesta como parece ser leve.… Read more »

Guizmo

Eu acho que o F-35 passou dos limites, engolir a cesta já é demais, recomendo uma reunião do AA assim que o navio atracar no porto

AL

Kkkkkkkkk, essa boi boa Guizmo!!! Poderiam chamar o avião de F-35C Lightning II Zica Strike Fighter!!! Ô avião azarado esse…

WFonseca

A US Navy espera atingir capacidade operacional (IOC) DO F35C em fevereiro 2019, testes e avaliações em andamento. F35 B e C possuem ponta da sonda intencionalmente fraca para proteção do equipamento e por isso quebram com frequência. Entre abril2014 e agosto2017 ocorreram 21 incidentes, impondo restrições para reabastecimentos e exigindo: 1) melhoria no treinamento pilotos; 2) inspeção mais detalhada no equipamento abastecedor; 3) melhoria no software de reabastecimento a partir de maio 2018, 4) Reforço na sonda de abastecimento. Este novo e caro incidente deverá acelerar solução efetiva, um achismo meu. Para efeito de comparação, talvez as recentes aeronaves… Read more »

Guina

E aqui estamos mais uma vez naquelas matérias onde os paga-paus dos americanos vão fazer de tudo pra dizer que o avião é perfeito, os paga-paus dos russos vão dar muita risada e os sensatos só verão e dirão “o piloto está vivo e a aeronave não foi perdida, que bom!”.

E agora é a parte que provavelmente serei atacado por criticar fanboys. Já deixo aqui que ignoro tudo mesmo, porque esse tipo de gente não presta.

Ricardo da Silva

Sugestão ao Poder Aéreo :
Falam muito do F-35, de suas pertenças qualidades e de seus inúmeros problemas. Porém as intenções de compra continuam crescendo. Isso me faz lembrar do F-104, de quem a USAF “desistiu” mas que foi um sucesso de vendas na Europa. Alguns anos mais tarde surgiram denúncias, investigações, abafamentos, condenações e absolvições de casos de corrupção envolvendo as compras do Starfigther. Com menor repercussão também ocorreu tal fato com o F-16.
Concluindo, vocês poderiam fazer uma matéria sobre esse assunto?

Mauro Oliveira

O problema do F-35 não é ser problemático, porque a maioria dos aviões quando entra em operação tem muitos problemas. Perguntem a alguém da manutenção da United Airlines como foi gostoso aqueles primeiros 777-200.

O problema do avião é que foi o primeiro a entrar em operação na época de redes sociais. Haters são uma coisa complicada