Saab Gripen E, 39-8. Equipado com um míssil ar-ar IRIS-T em cada ponta da asa, e quatro pilones sob as asas e o pilone central na fuselagem

Saab Gripen E, 39-8

Saab Gripen E, 39-8. Equipado com um míssil ar-ar IRIS-T em cada ponta da asa, e quatro pilones sob as asas e o pilone central na fuselagem
Saab Gripen E, 39-8. Equipado com um míssil ar-ar IRIS-T em cada ponta da asa, e quatro pilones sob as asas e o pilone central na fuselagem

Tony Osborne

A Saab está se preparando para voar o segundo e terceiro protótipos do seu JAS 39E Gripen NG.

As duas aeronaves, de codinome 39-9 e 39-10, devem voar “em breve”, disse Jonas Hjelm, vice-presidente sênior de aeronáutica da companhia, a jornalistas.

Imagens mostradas pela empresa revelaram que 39-9 estava em grande parte completo e estava passando por pintura na fábrica da empresa em Linköping.

Testes de voo com a primeira aeronave, 39-8, que voou pela primeira vez em junho do ano passado, continuam, com a aeronave dando suporte a testes de expansão do envelope de voo.

Mais recentemente, a aeronave tem voado com pilones sob as asas produzidos pela RUAG Aerostructures da Suíça, enquanto os mísseis ar-ar IRIS-T foram montados nos lançadores de ponta das asas. O IRIS-T será o principal míssil ar-ar de curto alcance da aeronave no serviço sueco.

Os testes de voo com pilones abrirão o caminho para futuros testes de transporte e liberação de armas e tanques de combustível.

À medida que os novos jatos se juntam ao programa de testes, eles serão equipados com os sistemas de guerra eletrônica, radar e outros sensores. O radar Leonardo Raven ES-05 já está sendo testado no jato de demonstração 39-7, disse Hjelm.

Saab Gripen E 39-8
Saab Gripen E 39-8

Hjelm disse que a abordagem da empresa ao software embarcado – a de separar o software crítico de voo dos sistemas táticos – valeu a pena, com 39-9 sendo equipado com hardware de computador mais potente. O processo levou semanas e dias em vez de meses, como aconteceu com outros fabricantes de caças.

“Isso nos permite ser muito mais rápidos e nos dá uma vantagem”, disse Hjelm.

Hjelm expressou desapontamento com a recente decisão eslovaca de selecionar o F-16 Block Block 70 da Lockheed Martin sobre o modelo Gripen C/D. É a segunda decepção para o programa em vários meses depois que a Croácia, amplamente cotada para ser cliente do Gripen, optou pelos F-16 de segunda mão de Israel. Hjelm insistiu que a Saab tinha um forte roteiro de desenvolvimento para o modelo anterior, apesar do desenvolvimento do Gripen NG. A atualização recente de software MS20 adicionou a integração de mísseis MBDA Meteor à Força Aérea Sueca. O MS20 foi também adotado pela República Checa.

Também há planos para introduzir um radar ativo de varredura eletrônica (AESA) ao Gripen C/D, embora Hjelm não detalhasse a fonte do radar.

Hjelm também sugeriu que os EUA e o Reino Unido poderiam ser clientes em potencial para sua plataforma Gripen Aggressor desarmada, que a empresa tem comercializado para operadores comerciais de plataformas de jatos rápidos para apoiar o treinamento de Red Air e agressores.

A cooperação com o Brasil continua com a recente abertura de uma instalação de aeroestruturas para apoiar o desenvolvimento do Gripen no país. Hjelm disse que tanto o Brasil quanto a Suécia estavam discutindo como padronizar ainda mais a configuração dos jatos que estão sendo comprados pelos dois países. O Brasil está buscando introduzir um cockpit de exibição de área ampla (WAD) desenvolvido pela AEL Sistema. A Suécia, por outro lado, está buscando um cockpit mais tradicional com três monitores multifuncionais. Hjelm deu a entender que os dois países poderiam optar por uma configuração única de cockpit.

WAD no cockpit do Gripen - AEL Sistemas - Foto: Gilmar Gomes
WAD no cockpit do Gripen – AEL Sistemas – Foto: Gilmar Gomes

FONTE: Aviation Week

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Zampol

Boas notícias para a AEL no último parágrafo?

Rommelqe

Caro Zampol, aparentemente sim, ou seja, a SAAB estaria propensa a utilizar o WAD. Em outras palavras, a versao C do WAD estaria performando de forma adequada! Parabens à AEL e à FAB.

BILL27

Não poderia ser ao contrario tbm ? A FAB acabar usando a tela com os 3 mostradores ?

Luiz Konfidera

Dificilmente, pois a FAB pagou a mais para ter o WAD, então não faria sentido ela abandonar essa ideia, a menos que a SAAB devolva o valor pago a mais pela integração do WAD.

Top Gun Sea

É estranho como esse caça de quarta geração plus dotado de tanta tecnologia de ponta, bem mais barato que os seus concorrentes direto e sobretudo com sua hora/ vôo de baixo custo em relação ao próprio F16 não consegue emplacar vendas!!

ALEXANDRE

Simples,ele é novo menos usado etc…

Alfredo RCS

Quando se compra armamentos americanos, voce tem as portas abertas para um pacote mais amplo de sistemas militares. Acredito que a carta na manga dos EUA é criar perspectivas no cliente para aparelhar toda suas forças militares, atraves do FMS ou outras opcoes. Acredito que seja por isso que os F16 atraiam interesse, nao apenas pelo caça. Algo que, devido a economia de escala, a Suécia nao tem como oferecer “excedentes” militares para seus clientes, apenas produtos novos a serem negociados caso a caso. Os EEUU sao uma grande potencia.

Alex

Discordo em partes Alfredo. Tem aliados dos EUA que recebem pacotes de armas das mais avancadas, mais na grande maioria e lobby e pressao politica.

Sandro Demaria

O que ocorre é que o lobby Americano é extremamente eficiente e difícil de ser derrubado na indústria de armamentos mundial, mas eles já estão acompanhando muito atentamente a evolução do Gripen, sabendo que é um equipamento de altíssima qualidade e perigoso na sua categoria, com o “DNA” de quem sabe construir aviões de combate, a maior prova disso, é a recente atualização oferecida aos f-16, a block 70, dotada com elementos do F-35, uma clara manobra para “dar combate” no mercado ao voo promissor dos Gripens 4++, vai ser uma briga boa!!!

Paulo Giovanni Pereira

Vendas de material bélico envolve em todo mundo muito mais que apenas a venda de material. A uma forte atuação de governos e termos secretos envolvendo essas compras. Trump está a reavivar os F-16 e sua indústria.

Marcus Rodrigued

É isso mesmo! Acertou em cheio. Venda de armas envolve financiamentos, pressão política, emprétimos facilitados psra diversos projetos, promessas e acordos de todo tipo, etc. Não obstante o NG ser um projeto novo e não testado em combate real.

Fernando Pereira

Isso se chama lobby. O poder de persuação e de interferir diretamente nas decisões do poder público mundo a fora, pelos USA é enorme quando se fala em venda de armamentos. O próprio presidente Trump apresentou reforma na política de exportação de armas dos Estados Unidos visando a expansão de vendas a aliados para impulsionar a indústria de defesa norte-americana e criar empregos no país. Seja F16 novo ou usado, mesmo recheado de avionicos israelenses, ainda é material americano.

Rui Chapéu

Lobby é um dos motivos, porém existem vários outros. Exemplo: olha a quantidade de F-16 produzidos e quantas empresas no mundo são homologadas a trabalhar com eles e compara com o Gripen.
Quantidade de peças de reposição no mercado… tem uma infinidade de motivos.

Humberto

Fernando, só complementando o Rui Chapeu, Além da quantidade absurda de F-16 e de operadores no mundo, o mesmo é um caça mais do que provado em combate, quem compra pode verificar com os outros operadores, qual a disponibilidade, custo e eficiência do mesmo. Sem contar que um usado, será mais barato que um novo. Um outro fator é um outro ponto de vista dos gringos, comprando um F-16, você está mais perto dos americanos, países que estão mais perto da Russia (e lembram como era a vida junto a União Soviética) sempre tem a preocupação de ter um aliado… Read more »

Tomcat4.0

E vamo que vamo FAB//Gripen E/F continuar,e com louvor, a por moral nos céus da AL!!!!!

DOUGLAS TARGINO

Não vejo a hora em ver nossa primeira aeronave chegar ao Brasil! E melhor ainda, não vejo a hora em ver lotes adicionais.

Augusto Cesar Gomes Galvao

Quando li a mesma notícia a respeito do primeiro protótipo…Passaram-se 3 anos e meio para ocorre o primeiro voo!

Gustavo

é agora que vamos ver se o E/F conseguirá sustentar o supercruise na configuração ar-ar com ao menos um tanque de combustível ventral e mais mísseis. A torcida é que sim! Lembro que a SAAB espera que seja sustentado mach 1 a 1.1. No primeiro protótipo e sem armas sustentou mach 1.2 e com o Iris-T acima de mach 1. “Nesse voo, o supercruise ocorreu a aproximadamente 23.000 pés. Nosso jato, carregando dois mísseis ar-ar IRIS-T na ponta das asas, acelerou ultrapassando a barreira do som. Fredrik rapidamente desligou a pós-combustão e a velocidade no ar estabilizou-se bem acima de… Read more »

Silvano Conti

Lembram dos “”críticos”” do WAD adotado pela FAB??… ahh mas e se der problema… aahhh mas e se falhar na hora do combate… ahh não tem redundância… E alguns diziam, e eu sempre tive essa opinião de que a Suécia ainda iria adotar o WAD do Gripen da FAB… primeiro a SAAB anunciou que os Gripen oferecidos à Índia seriam com o WAD do modelo brasileiro, agora os suecos já falam em “”configuração única””… entre os modelos, ou seja, tudo indica que o Gripen sueco vai evoluir para o WAD adotado pela FAB. É o mesmo modelo utilizado no F-35,… Read more »

Saldanha da Gama

“O problema é quando se pratica um dumping criminoso e descarado” Como no caso da AIRBUS? concordo plenamente, e…. qto ao texto todo, onde assino? st4

ivo

…….”É o mesmo modelo utilizado no F-35, e a empresa responsável é a mesma.”…..
a AEL Sistemas é quem fornece o WAD para a Lokheed montar no F35?
disso eu não sabia!

Silvano Conti

Elbit Systems, a AEL Sistemas é uma empresa gaúcha subsidiária da Elbit Systems. Israel, a origem é Israel. Elbit Systems é a mesma empresa que fornece o WAD para o F-35. Se é exatamente o mesmo, não sei, mas tem a mesma filosofia, vamos dizer assim. Se não for o mesmo, são muito próximos. Uma coisa interessante neste tipo de apresentação é que toda a tela pode ser configurada para fornecer apenas as informações que o piloto precisa naquele momento, em tamanho grande, se a missão for ar-ar ou ar-terra por exemplo, todas a informações, e apenas as necessárias serão… Read more »

Almeida

Falta de grana para um avião 0Km no caso da Croácia e influência geopolítica no caso da Eslováquia.

No mundo da indústria de defesa, nem sempre o melhor sistema vende.

Delfim

Já dizia o velho Dassault sobre as 4 dimensões de um caça : comprimento, altura, largura e… política.
Aeronaves de combate mostram seu alinhamento político.
O BR quer seus próprios meios para manter relativa autonomia.

Sérgio Luis

Compacto,robusto e “aparentemente” eficiente! Espero que não seja como a seleção brasileira cheia de nomes famosos e internacionais mas que na hora do vamos ver deu pra trás!!! Esse caça é cheio de “coisas boas e de ponta” mas veremos!!!!

Jefferson Ferreira

Olhando cada vez mais para esse mundo polarizado, mais acredito que a escolha pelo gripen foi acertada. Não tem como ter uma segurança jurídica/política fechando acordo de longo prazo com eua e até mesmo a russia…
Se o huezil foi sério, investiria em áreas militares sensíveis como turbinas, aviônicos… para ai sim ter um caça completamente autônomo em relação a equipamento estrangeiro!

JT8D

Tenham em mente que a Suécia é um país não alinhado, que sempre busca independência tecnológica e tem capacidade para desenvolver sistemas muito complexos. Com tudo isso eles não fabricam uma turbina, usam uma da GE americana. A Índia se meteu a desenvolver uma turbina há décadas atrás e ficou numa situação que chega a ser constrangedora. Desenvolver uma turbina suficientemente potente, eficiente e confiável para ser utilizada num caça supersônico é um empreendimento que exigiria rios de dinheiro. Somente EUA, França, Inglaterra, Rússia e China fizeram isso até hoje. Resumindo, uma turbina brasileira para um caça supersônico é delírio… Read more »

Diego K

Tem gente capaz aqui pra isso.

Leo ITA

Fico feliz com a opção da FAB pela Saab. Ele demonstra que possui potencial para se tornar um 5∆ geração em pouco tempo. Pé no chão, isso sim me agradou. Não há pq entrarmos em uma corrida armamentista quando nos encontramos com a atual situação política, educacional… Enquanto não honrarmos a constituição brasileira, estamos indo.muito bem nos ares. Mas a Embraer a FAB e a Saab, estao de parabéns para nosso atual cenário. Pé no chão e … Gripen Brasileiro 😉

Gallina

Apenas um contraponto: mas ele já não é hoje stealth eletronicamente, como diz a Saab ? rsrs Então, para que 5ª geração, ou seja, para que gastar com a forma stealth ?
Sds

BILL27

Esta “inovação ” ja continha nos modelos C/D .

Nilson

“Top Gun Sea 19 de julho de 2018 at 7:22 É estranho como esse caça de quarta geração plus dotado de tanta tecnologia de ponta, bem mais barato que os seus concorrentes direto e sobretudo com sua hora/ vôo de baixo custo em relação ao próprio F16 não consegue emplacar vendas!!” Caro Top Gun, não vejo nada de estranho. O F-16 existe há muitos anos, voando e combatendo, versões com evolução sobre a anterior. Do Gripen NG só há o primeiro protótipo. Ou seja, é um caça testado e aprovado contra um projeto em andamento e promessas de baixo custo… Read more »

Nilton L Junior

Posso estar enganado nas todo projeto de desenvolvimento tem tempo de vida útil mesmo com up grade, o NG também.
A escolha do Gripen tem que ser vista como um inicio de um ciclo de dominio de tecnologia por empresas no Brasil, pode ser caro mas vale cada centavo empregado.