Bell V-280 Valor

O tiltrotor Bell V-280 Valor fez seu primeiro voo em 18 de dezembro. A principal diferença em relação ao V-22 Osprey é que somente os rotores mudam de posição, enquanto as naceles do motor permanecem na mesma posição, simplificando assim o mecanismo de inclinação

AMARILLO, Texas — A Bell Helicopter anunciou ontem (18.12) que sua aeronave V-280 Valor realizou o primeiro voo. O V-280 Valor é um tiltrotor de próxima geração que é projetado para fornecer capacidades incomparáveis ​​de agilidade, velocidade, alcance e carga a um custo acessível.

Este marco representa um progresso excepcional no programa de desenvolvimento do V-280 e traz a Bell Helicopter um passo mais perto de criar a próxima geração de aeronaves de transporte vertical para os militares dos EUA.

“Este é um momento emocionante para a Bell Helicopter, e não poderia estar mais orgulhoso do progresso que fizemos com o primeiro voo do Bell V-280”, diz Mitch Snyder, presidente e CEO da Bell Helicopter. “O primeiro voo demonstra o nosso compromisso de apoiar as prioridades de modernização da liderança do Departamento de Defesa e as iniciativas de reforma de aquisição. O Valor é projetado para revolucionar o transporte vertical para o Exército dos EUA e representa uma aeronave transformacional para todas as missões desafiadoras que nossas forças armadas são convidadas a realizar.

“Estamos entusiasmados em compartilhar esse sucesso do primeiro voo do V-280 com o Team Valor”, acrescentou Snyder. “O V-280 pretende transformar completamente o que é possível para os militares quando se trata de planejamento de batalha e operações  avançadas”.

O programa Bell V-280 Valor faz parte da iniciativa Joint Multi Role Technology Demonstrator (JMR-TD). O programa JMR-TD é o precursor de ciência e tecnologia do programa de transporte vertical futuro do Departamento de Defesa. O programa V-280 reúne os recursos de engenharia e as capacidades industriais da Bell Helicopter, Lockheed Martin, GE, Moog, IAI, TRU Simulation & Training, Astronics, Eaton, GKN Aerospace, Lord, Meggitt e Spirit AeroSystems – coletivamente referidos como Team Valentia.

Concepção artística do Bell V-280 Valor em operação

O Bell V-280 Valor é proposto para fornecer ao Exército dos EUA os mais altos níveis de maturidade e prontidão técnica. A aeronave é projetada para fornecer o melhor valor nas aquisições, operações e suporte, e estrutura de força, ao mesmo tempo que oferece as capacidades de desempenho de salto desejadas com maior facilidade de manutenção, confiabilidade e acessibilidade para o DoD.

Com o dobro da velocidade e de alcance de helicópteros convencionais, o Valor é projetado para oferecer aos comandantes de manobra agilidade operacional incomparável para se auto-desdobrar e realizar uma infinidade de missões de transporte vertical atualmente inatingíveis em uma aeronave. O Bell V-280 é um multiplicador de força de combate com desempenho superior, carga útil, capacidade de sobrevivência e confiabilidade para dar ao combatente a vantagem decisiva.

A Bell Helicopter, uma subsidiária integral da Textron Inc., é um produtor líder do setor de aeronaves comerciais e militares, tripulados e não tripulados de transporte vertical e pioneiro da aeronave revolucionária tiltrotor. Globalmente reconhecida para atendimento ao cliente de classe mundial, inovação e qualidade superior, a força de trabalho global da Bell atende clientes que voam aeronaves Bell em mais de 120 países.

DIVULGAÇÃO: Bell Helicopter

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MATHEUS

Se ele ganhar a licitação do US Army vão perder sua mobilidade. Ou será que ele cabe no C-17 e C-5 Galaxy?

Bosco

Se brincar cabe num C-130.

Jr

Creio eu ele não caiba num C-130, vi o pessoal da Bell falando em uma entrevista, creio que na AUSA, que ele cabe em um C-17. O C-130 não foi mencionado na entrevista

jorge Alberto

Nessa imagem da “Concepção artística do Bell V-280 Valor em operação”, poderiam incluir uma na paisagem de mogadigio e com ele sendo alvejado por um lança rojão?

Bosco

Jorge,
Os EUA perderam 3000 helicópteros no Vietnã. Não creio que os dois que eles perderam em Mogadíscio seja muito relevante.

Bosco

Essa configuração do Valor resolve um problema do V-22 que é a turbina direcionar sua chama para baixo, aquecendo demais o piso e dificultando a operação de pessoal embaixo da aeronave com ela pairada.

André Luiz.'.

Bosco 19 de dezembro de 2017 at 15:48
… E que compromete o próprio deck do navio aeródromo onde ele operar! Mais um custo extra somado ao custo de manutenção desse modelo!

Diogo Lima

Imaginem uma versão Pave do Valor V-280, com sonda de reabastecimento, sensores e armamentos.

Hélio

O V280 já tem um custo hora vôo equivalente aos helicópteros?

Renan

Pergunta
Seria possivel as helices na posiçao vertical e turbinas para o movimento horizontal?
Teriamos um helicoptero a 800km/h
Abraços

Nonato

Bosco está vendo como é fácil?
Basta querer.
Turbina virada para baixo ou para trás…

Hélio

Tem os helicópteros compostos, existem alguns conceitos muito bonitos como o ka92, mas não são tão rápidos quanto um jato.

André Luiz.'.

Renan 19 de dezembro de 2017 at 16:52 Não é tão simples, Renan. Se você imagina que o problema da limitação da velocidade nos veículos seja meramente por pouco impulso horizontal dos rotores… Não, a aerodinâmica envolvida é beeeem mais complexa! Pra começar, temos o problema da velocidade relativa de cada pá do rotor quando em avanço ou em recuo: em regimes de voo a mais de 450 km/h (a velocidade máxima dos helicópteros atuais*) as pás em recuo teriam velocidade relativa muito menor à das pás em avanço, e isso criaria uma assimetria muito grande na sustentação gerada no… Read more »

carvalho2008

link da Bell
file:///C:/Users/sne5404/Downloads/Bell%20V-280%20Valor%20Data%20Brochure.pdf

carvalho2008

Moderação, por favor, poderia apagar meu ultimo comentario com o Link?

jorge Alberto

Bosco, do Vietna para Mogadigio, creio ter havido uma evolucao dos meios nao? E a meu ver, essa nova aeronave tilt rotor da bell eh ainda mais fragil contra rojoes quantos os velhos “sapoes”….
.
A aeronave, creio nao ser relevante mesmo sua perda, mas penso nos combatentes que nela estarao… A tripulacao do ARA “san Juan” que o diga….
.
Acho um bom vetor para retaguarda, nao para linha de frente.

JT8D

Renan 19 de dezembro de 2017 at 16:52
Renan, possível é, só não seria muito eficiente ter um grupo propulsor para cada regime de voo

WFonseca

Jorge Alberto – 19/12 17:44 “Acho um bom vetor para retaguarda, nao para linha de frente.” – Jorge, o texto diz: “O Valor é projetado para revolucionar o transporte vertical para o Exército dos EUA” – ele não é um vetor de ataque como o Cobra ou Apache, os quais possivelmente fariam a escolta se necessário. A propósito, helicópteros (qualquer um), são alvos preferenciais de Manpads, não seria diferente para o V-280, o risco seria minimizado na forma de atuar mas o risco existe. Abraço.

Agnelo

Depois de Mogadíscio, tem-se evitado Op Amv em áreas com inimigos (ameaças)
Procura-se uma ZPH em local seguro.
No Afeganistão, houve a situação q podemos ver no filme Grande Herói, q foi real.
Uma área com ameaças exige uma escolta atentíssima, e o risco ainda é alto.

Bosco
Jr

Hélio “O V280 já tem um custo hora vôo equivalente aos helicópteros?”

Muito provavelmente a hora voo dele é bem mais cara do que um helicóptero

Bosco
Bosco

Todos são convertiplanos que utilizam jatos no voo horizontal.

jorge Alberto

WFonseca 19 de dezembro de 2017 at 18:27 . Creio ter me expressado mal: Nao quiz dizer como um vetor de ataque, pois os Black-Halks nao o sao… Quiz dizer que sao “mais frageis” que um Heli convencional… E sem “recuperacao”, o que ainda “se pode tentar”, em um Heli convencional e “tentar” salvar a tripulacao… coisa que nao vai se conseguir com um V-280… . Utilizar qq meio de transporte sem escoltas…. rs . Sobre escoltas, lembro-me de ter lido certa vez, que tripulacoes de Gazzele, se negaram a decolar para uma missao no Iraque, pelo Heli ser fragil… Read more »

Renan

André, JT8D e Bosco obrigado pela respostas. Imaginei o V280, com um distema de embreagem nos rotores. Os rotores ficaria fixo na posiçao vertical para pouso decolagem e com inclinação nos angulos o suficiente para acelerar e frear a aeronave, ao passar a aceleração para as turbinas (3 pequenas) as hélice ficam estaticas a 180′ em relação ao helicopitero. Imaginei que aquelas 2 turbinas nas laterais desenvolva tanto a rotação das hélices como possa gerar empuxo para deslocalo para frente.( hélices paradas) E mais uma turbina no centro na parte trazeira acima da calda. Está terceira só acionada para longos… Read more »

EduardoSP

Esse conceito pode ser útil para o exército, como o Osprey é para os Marines, mas v jo dificuldades dele substituir as diversas versões navais do Blackhawk. Deve ser muito difícil pousar essa aeronave cim essa envergadura em um contratorpedeiro ou em uma fragata. E se pousar, como hangará-la?

Rui chapéu

Renan.
O que vc quer já existiu:

Lockheed ah-56a Cheyenne.

Da uma olhada, era fantástico, e até hoje eu não sei porque não usaram esse conceito.

Bosco

Eduardo,
O Valor pode ser todo dobrado pra caber dentro de um hangar de navio.

Rui,
Na época do Cheyenne achavam que helicóptero de ataque iria operar como um caça bombardeiro, depois, ficou evidente que a melhor maneira seria a baixa altura se ocultando atrás do relevo e lançando ataques a partir de uma posição segura. Aí, acharam as características dele desnecessárias e não quiseram adquiri-lo.

Rui Chapéu

Bosco 20 de dezembro de 2017 at 7:56

Pois é. Mas parece que eles querem o tipo de “perfil de voo” que o Cheyenne possuia aquela época hoje. Tipo um VTOL com velocidade.
As armas deles foram usadas no Apache tb, tipo como o F-111 serviu de base pro F-14.

Eu não sei pq não usam o conceito dele, eu acredito ser mais viável que esse V-280 ai….
Ele usava a parte “helicóptero” dele até certa velocidade, depois disso a asa e o motor dele funcionavam como um avião normal….

Mas quem sou eu pra argumentar contra o Pentágono? 😀

Bosco

Uma configuração de convertiplano interessante com propulsão a jato seria a de uma aeronave como o Valor mas onde os turboshafts ficassem sobre a cabine (igual no helicópteros), e os turbojatos nas pontas das asas junto às naceles dos rotores. Na posição horizontal os rotores seriam utilizados e no voo vertical eles seriam girados, parados e recolhidos juntos às naceles.

Bosco

Rui,
O conceito do Cheyenne era interessante mas não é visto hoje como alternativa para um “helicóptero composto”. Os conceitos mais adiantados hoje em dia são o X3 (Eurocopter), X2 (Sikorsky) e o X49 (Piasecki).
O X2 inclusive é um sério concorrente do Valor nesse programa do USA.

Top Gun Sea

A Bell apenas melhorou algumas coisas em relação ao seu irmão mais velho V22 Osprey a começar o mecanismo do propulsor fixo, de resto o conceito é o mesmo, velocidade e aplicação idênticas. Talvez transporte de carga um pouco maior. Um Black hawk 60 veloz com rotores que se articulam e cauda em V (uma anomalia) e feio demais! Ao invés de melhorar no osprey que particularmente acho mais autêntico e mais robusto. Ou seja, melhorou aquilo que já era bom em um novo projeto e que vai sacrificar o osprey de sua própria marca. Vai entender!

Bosco

Top Gun,
O til-rotor é um conceito e não propriedade dessa ou daquela empresa. Haverá muitas aeronaves que adotarão tal conceito assim como há centenas de helicópteros que utilizam o conceito de rotor principal e rotor antitorque.
A capacidade de carga do Valor é menos da metade do V-22. É de outra categoria.

André Luiz.'.

Top Gun Sea 20 de dezembro de 2017 at 8:39 Bonito, bonito… o V-280 realmente não é. Mas se a Bell resolveu usar uma cauda em ‘V’ no lugar da em formato de ‘U’ (profundores com derivas verticais nas pontas) do Osprey, é porque deve ter vantagens aerodinâmicas! 🙂 Ainda, o V-280 já é pensado como modelo ‘operacional’, que irá substituir o V-22, ou ainda é prova de conceito? … Lembro é daqueles helicópteros fictícios do filme Avatar, com dois rotores ‘encapsulados’: o “Aerospatiale SA-2 Samson” http://james-camerons-avatar.wikia.com/wiki/Aerospatiale_SA-2_Samson (Ah!, detalhe: esse também tem cauda em ‘V’, sem rotor de contrarrotação!…) Imagino… Read more »

Ney Jorge Hitos Ferreira

vale a pena sonhar, imaginem o navio Ocean um uns 10 desse e mais uns 10 apache

WellingtonRK

O Aerospatiale SA-2 Samson não pode voar como avião, não possui asas fixas, apenas como helicóptero.

Bosco

André,
Dois rotores não induzem a rotação e não precisa mesmo de rotor de cauda. O absurdo desse sistema SA-2 é que ele não traz vantagem nenhuma com aqueles rotores carenados que como disse o Wellington, não podem ser inclinado. Ele é só um helicóptero convencional com rotores duplos lado a lado. Nem um helicóptero composto ele é já que não tem uma hélice para voo horizontal e muito menos é um convertiplano. O filme sem dúvida é maravilhoso mas o consultor para assuntos de tecnologia não foi muito feliz.

Jota

Boa noite a todos.
Nonato , na verdade parece fácil mas não é: ao fixar a turbina e girar a hélice cria-se necessidade de uma complexa “gear box” . E pela experiência ruim do H225 vê-se que não é uma coisa trivial.
E mais , pela wikipedia: “… A driveshaft runs through the straight wing, allowing both prop rotors to be driven by a single engine in the event of engine loss.”
Ou seja , não é tão frágil assim , pode voar com um só motor.
Foram muuito criativos !

Gustavo

Bom, a ideia da Bell é um tiltrotor barato e acessível, custando pouco mais que um blackhawk e não um monstro proibitivo como o V-22 osprey. Torcendo para nossa marinha, se um dia sair da lama, adquirir alguns destes para operar do provável futuro meio, o ocean.

Moriah

Seria interessante converte-lo em uma aeronave AEW com radar de varredura sintética da Ericsson, servindo assim a bordo de porta-aviões ou navios auxiliares. A antena poderia ser colocada sobre bases móveis para reduzir a altura e caber em hangares mais baixos.

SmokingSnake ?

Moriah – Interessante para um porta aviões sem catapulta ou para um porta helicoptero como o Ocean…

André Luiz.'.

Bosco 20 de dezembro de 2017 at 17:02 Oi, Bosco. Eu já sabia que essa configuração de dois rotores (girando em sentidos opostos!) dispensa o rotor de cauda; escrevi só pra atiçar ! 😛 Você viu e gostou do filme (eu também!)! Mas acho que não reparou na cena do ‘Samson’ pousando numa das montanhas Haleluiah (as montanhas flutuantes de Pandora!…): as carenagens dos rotores têm — pelo menos — um grau de liberdade! Elas são fixadas cada uma a um eixo transversal à fuselagem do helicóptero (e com pequeno diedro positivo), permitindo que o conjunto carenagem/rotor rotacione! No filme… Read more »

André Luiz.'.

comment image

Bosco

André, O convertiplano do “6º Dia” é interessante. O conceito é a do rotor parado tipo “canard rotor wing”. Quanto ao “Avatar” foi sim um bom filme em que pese alguns poréns, como por exemplo utilizar um “space shuttle” para o ataque na atmosfera utilizando o modo VTOL. Isso simplesmente não tem lógica. Outra coisa “estranha” é relativo à conexão que se dá entre o humano e seu clone (avatar). É telepática? É por RF? Se for por RF deveria haver um “chip” na cabeça do avatar mas isso não foi mostrado. Também se fosse por RF a região das… Read more »

Bosco

Em relação à proposta do Renan de um convertiplano dotado de rotores e jatos no voo horizontal, em geral seria preciso dois sistemas diferentes de motopropulsores, um para os rotores e outro para o jato, já que um turboshaft não foi feito para gerar impulso mas tão somente produzir a rotação de um eixo conectado a ele, mas como atesta o sistema “lift system” do F-35B, é possível um turbojato gerar impulso e ainda fazer girar um eixo que pode se conetar a um “ducted fan” como no caso do F-35B, mas que pode muito bem ser um rotor inclinável.… Read more »