Airbus compra participação majoritária do programa C Series da Bombardier

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Uma aeronave Bombardier CS300 decola enquanto um Airbus A380 aguarda na pista de decolagem durante um show aéreo. Foto: Pascal Rossignol/Reuters

O gigante europeia de aeronaves Airbus está comprando uma participação maioritária no programa C Series da Bombardier.

Os dois fabricantes de aeronaves anunciaram a parceria na segunda-feira à noite, semanas após a Bombardier ter sido atingida por uma imposição de importação de 300% pelos Estados Unidos, depois de uma queixa da rival Boeing de que a empresa tinha vendido seus jatos da série C em preços “absurdamente baixos”.

A empresa de propriedade canadense deve começar a entregar uma encomenda de até 125 novos jatos para a companhia Delta com base em Atlanta no próximo ano. A Boeing alega que a ajuda dos governos do Reino Unido e do Canadá equivale a subsídios ilegais.

Ainda não se sabe como o movimento de surpresa afetará os 4.000 funcionários da Bombardier em Belfast. As tarifas colocaram uma grande pressão sobre a Bombardier, e os sindicatos disseram que os trabalhadores na Irlanda do Norte estavam ansiosos enquanto esperavam o veredito da disputa comercial, temendo que seus empregos estivessem em risco.

Ambos os governos do Reino Unido e do Canadá estavam pensando em retaliar a Boeing congelando negócios de defesa com a empresa americana.

O executivo-chefe da Airbus, Tom Enders, disse em um comunicado: “Esta é uma vitória para todos. A série C, com seu design de ponta e excelente economia, é um ótimo ajuste com nossa família de aviões de um único corredor existente e amplia rapidamente nossa oferta de produtos em um setor de mercado de rápido crescimento.

“Não tenho dúvidas de que nossa parceria com a Bombardier aumentará enormemente as vendas e o valor desse programa. Não só esta parceria garantirá a Série C e suas operações industriais no Canadá, Reino Unido e China, mas também traremos novos empregos para os EUA. A Airbus se beneficiará do fortalecimento de seu portfólio de produtos no mercado de um único corredor de alto volume, oferecendo um valor superior aos nossos clientes de companhias aéreas em todo o mundo”.

Alain Bellemare, presidente e diretor executivo da Bombardier Inc, disse que ficou muito satisfeito por receber a Airbus no programa C Series. “A Airbus é o parceiro perfeito para nós, Quebec e Canadá”, disse ele. “Esta parceria deve mais do que duplicar o valor do programa da série C e garantir que nossa notável aeronave revolucionária alcance seu potencial total”.

A mudança também foi bem-vinda por Dominique Anglade, vice-primeiro ministro do país, que disse: “A chegada da Airbus como sócio estratégico hoje assegurará a sustentabilidade e o crescimento do programa da série C, bem como vai consolidar todo o cluster aeroespacial Quebec”.

A Airbus, que já havia conversado com a Bombardier sobre uma parceria, comprará uma participação de 50,01% na Parceria Limitada de Aeronaves da Série C (Series Aircraft Limited Partnership – CSALP), que fabrica e vende os aviões, disseram as empresas. A Bombardier será proprietária de cerca de 31%, enquanto a Investissement Québec manterá 19% uma vez que o negócio seja fechado. O acordo também oferece garantias da Airbus que podem ser exercitadas para adquirir ações de Classe B de até 100 milhões da Bombardier, disseram as empresas.

A Airbus fornecerá aquisições, vendas e marketing e conhecimentos de suporte à CSALP, disseram as empresas na segunda-feira.

Não haverá contribuição em dinheiro de nenhum dos parceiros, nem a CSALP assumirá qualquer dívida financeira, disseram as empresas.

FONTE: The Guardian

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wwolf22

agora a coisa ficou feia pra Embraer…

André Bueno

Alguém aposta em algum movimento da Boeing?
Aparentemente ela não precisa disso mas tudo isso é parte de um jogo, não?

Rui Chapéu

Tomara que a Boeing entre em parceria com a Embraer agora, só pra ver o pau torar!

Seria Europa com Canadá
EUA com Brasil
e Rússia com China….

Vai ser bom andar de avião daqui uns tempos….

LucianoSR71

A Airbus só existe hoje porque foi mantida a base de fortes subsídios dos governos europeus, a divisão aeronáutica da Bombardier só não faliu por causa do mesmo mecanismo por parte do governo canadense, é elas tem realmente tudo haver. Se a coisa começar mesmo a pegar, não restará alternativa a Embraer senão se unir a Boeing, até porque não podemos menosprezar a China como um rival a médio prazo. A concentração que vimos no mercado de jatos comerciais que levou a termos apenas 2 fabricantes no mundo ( Airbus e Boeing ) parece ter avançado p/ o mercado de… Read more »

PRAEFECTUS

Prezados, ou era isso ou a Bombardier abria o bico, e já era empregos em Belfast e quiça no próprio Canada, até porque a própria Embraer move uma queixa semelhante contra a Bombardier, o uso de subsídios ilegais. A Airbus deu no figado da Boeing sem dó isso é inegavel. Devido ao entendimento(proximidade) que há entre a Embraer e Boeing para suporte em vendas do Super Tucano não seria proibitivo imaginar que possa haver algum tipo de sinergia conjunta pra fazer frente a este tipo de situação que se apresenta(evidentemente na surdina). A Bombardier é uma empresa que está na… Read more »

MadMax

Na prática a Bombardier entregou os pontos e a Airbus eliminou um concorrente.

MadMax

Daqui a pouco começam a eliminar cargos redundantes, param de fundo investir no desenvolvimento desse programa e fecham essa linha de produção…
Já vimos isso umas 100 vezes nesse tipo de fusão.

MBP77

Rui Chapéu 17 de outubro de 2017 at 7:13
*
Já fez isso no caso do KC-390 e, creio eu, que a parceria da americana com a SAAB no T-X da USAF faz parte de um plano maior envolvendo as três (Embraer, Boeing e SAAB) e seus respectivos portfólios de produtos e/ou serviços.
A conferir no decorrer dos próximos anos.
Sds.

Gilson

Opinião por opinião, a minha seria que a Bombardier, num futuro próximo estaria a beira de fechar suas portas, salva agora pelo gongo da Airbus, não vejo dificuldades pra Embraer, pois ela é líder de mercado em seu segmento. Posso até pensar que essa transação foi feita o mais rápido possível para salvar a Bombardier, e isso o mercado identifica como desconfiança.

Daniel Dutra

off topic
Avião militar cai perto de Madri e piloto morre
https://g1.globo.com/mundo/noticia/aviao-militar-cai-perto-de-madri-e-piloto-morre.ghtml

HMS TIRELESS

PRAEFECTUS, a Boeing e a Airbus irem para o vinagre é muito difícil. A primeira tem um setor de defesa muito pujante ao passo que a segunda tem forte (e bote forte nisso) apoio dos governos de França e Alemanha. Ademais suas divisões comerciais são bem consolidadas, visto serem 737 e A-320 os benchmarks do mercado de um corredor e os A-330/350 e 777/787 representando o mesmo no mercado de aeronaves de fuselagem larga. Nesse cenário embora eu não vá subestimar eu vejo muita dificuldade para os produtos chineses obterem penetração no mercado internacional embora venham a contar com um… Read more »

HMS TIRELESS

Esse movimento da Airbus, visando atingir a Boeing, pode ter um efeito negativo sobre o maior integrante da família CSeries, o CS 300, visto ser ele concorrente direto do A-320. Entretanto o CS 100 pode se beneficiar grandemente caso venha a ter uma linha de montagem final nas instalações da Airbus em Mobile. E também a Airbus sai ganhando tendo em vista o fracasso comercial do seu produto nesse segmento o A-318.

De toda forma se preparem! A Boeing vai responder a essa investida da Airbus de forma fulminante. E certamente a EMBRAER estará no meio….

Top Gun Sea

Porque a Bombardier estava vendendo mais barato a Boeing chamou o presidente para dizer que estava faturando menos. Ora que absurdo! Isso é cartel! A Boeing e a Lockheed sempre controlando o crescimento da Bombardier. Ainda bem que chegou a cavalaria de Napoleão.

HMS TIRELESS

Top Gun Sea 17 de outubro de 2017 at 10:07

A Bombardier recebeu generosos e vultuosos subsídios do governo da província de Quebec para poder vender o aparelho abaixo do preço. Aliás esses mesmos subsídios também estão sendo questionados pela EMBRAER na OMC.

Jr

Tireless, o CS300 não vai sofrer nenhum efeito negativo, o presidente da Airbus (Tom Enders), aquele que muito em breve vai passar por uma tempestade perfeita pelos diversos casos de corrupção que foram descobertos pelo MP Alemão, disse que o CS300 não concorre com os produtos da Airbus, tendo em vista que o A319NEO não foi vendido para ninguém, ou seja, ele deixou subentendido que a Airbus pretende matar o A319NEO e colocar o CS300 no lugar, tendo em vista que ele é bem superior em termos de desempenho ao A319 NEO, não se enganem a Airbus fez isso para… Read more »

Rui Chapéu

O legal de tudo isso é que os contribuintes canadenses pagaram para os donos da Airbus!

Olha que legal essa troca de dinheiro, tira dos contribuintes e entrega de mão beijada para os acionistas.

Vai ser bom pra Embraer no longo prazo. Eles não vão conseguir cuidar de toda essa linha de aviões e demais produtos que a Bombardier trabalha.

Flamenguista

Caros colegas, a despeito do protecionismo do atual governo americano, será que a Boeing nao tem razao nas suas alegaçoes? Se sim, a Bombardier praticou o famigerado dumping.
Acho que Embraer e Boeing tem tudo a ver…. Sao empresas de forte credibilidade no mercado e o portifolio de ambas se complementam, entao, nao seria estranho que as duas empresas se unissem, de alguma forma.
SRN com cheirinho de nada para este ano..

Caerthal

De uma maneira errática, o C-Series virou protagonista de lances cruciais para se entender a indústria aeronáutica: 2007: BBD lança o C-Series, criando um cliente para o revolucionário GTF Turbofan da PW (PW em longo declínio no segmento comercial); 2010: Airbus lança o A-320neo, com 2 opções de motores (sendo uma dela o GTF); 2011: Boeing lança do 737 Max (4a geração), com o turbofan concorrente Leap, da GE; 2013: Embraer lança do E2 com os novos GTFs, fechando o cerco ao C-Series; 2015: BBD encontra-se a beira da falência, com vendas pequenas e pelo atraso do programa, de custo… Read more »

LucianoSR71

Fusão da Airbus c/ a Bombardier, está criada a AIRSUBSIDIOS !

Jean-Marc Jardino

Sensacional essa fusao, Europa e Canada se aproximando ainda mais, e a Boeing tomando uma invertida, cutucaram querendo impor 300% de aliquota sobre os avioes CS, e agora ganhou uma concorrente de peso dentro do solo americano. Embraer que se cuide, pq a Airbus vai alavancar as vendas da familia CS e muito.

smichtt

Senhores, Eu gostaria de saber se alguém poderia esclarecer e, principalmente, tivesse paciência para informar a este leigo a respeito de custos de fabricação da indústria aeronáutica em diferentes países (estou falando apenas em aeronaves comerciais). Minha questão é a seguinte: Há vantagens competitivas (e, em caso afirmativo, quais seriam?) em fabricar aeronaves em um país X, em detrimento do país Y (excluindo subsídios, subvenções, etc.., obviamente)? Explico: -Aço, alumínio, materiais compostos e congêneres são commodities. Portanto, com preços relativamente iguais (em dólar ou outra moeda forte) em qualquer canto do globo. -O maquinário com a precisão necessária para transformar… Read more »

Ferreras

Uma peça importante do tabuleiro se mexeu. Pode ser um indício que as próximas famílias de aeronaves irão contemplar uma gama mais ampla de assentos (chegando aos 120 assentos, talvez 80 ) , reduzindo os custos de de concepção/produção e manutenção/operação ainda que as famílias sejam feitas por empresas distintas (Embraer/Boeing) e (Airbus/Bombardier) .

Walfrido Strobel

Claro que isso foi um tiro no pé da Boeing e a Embraer vai perder com isso, com a Airbus oferecendo um portfólio completo. A Boeing e Airbus disputavam os aviões maiores e a Embraer e Bombardier os jatos regionais menores. Agora a Airbus está em todos os ramos, sozinha com os jatos maiores, com os jatos regionais em parceria com a Bombardier e com os turbohélices regionais como parceira da Leonardo com 50% da ATR, lider do segmento. A Airbus vai poder ganhar na venda do ATR-42/72, os C-Series e os A320/330/350, está em todas as faixas do mercado,… Read more »

Marcelo Andrade

Embraer que se cuide? Não entendi ? Este projeto C-series já nasceu problemático, um tiro no pé da Bombardier querer competir com a Boeing e Airbus, a Embraer não é maluca, ela está muito bem, obrigado em seu nicho de negócios, ou Core Business, como gostam. Isto aí foi jogada pra salvar a Divisão de Aviação Comercial da Bombardier que come dinheiro de outros segmentos rentáveis como Ferroviário e Transportes. A Airbus vai vender um avião que concorre diretamente com os A-320?? Não dou 2 anos para que este segmento da Bombardier se torne uma subcontratada de partes da Airbus… Read more »

Delfim Sobreira

Off topic que vale tópico.
F-35 Adir acusou dano talvez irrecuperável, ao mesmo tempo que a bateria S-200 síria foi alvejada. IAF declarou ser impacto de pássaro. Coincidência ou não ?
https://southfront.org/israel-hiding-state-art-f-35-warplane-hit-syrian-s-200-missile-reports/

HMS TIRELESS

Walfrido, não se esqueça que a Airbus está perdendo MUITO dinheiro com o A-380 visto que o aparelho apenas vende para uma companhia. Bem ou mal o desenvolvimento do 747 está completamente pago, ao contrário do aparelho da Airbus. Ademais no setor de defesa a empresa patina e feio, ao contrário da Boeing.

Ademais, será inevitável que com isso a Boeing venha a juntar forças com a EMBRAER onde ao contrário do casamento Airbus/Bombardier teremos a junção de duas companhias competitivas e saudáveis, e bem mais complementares.

HMS TIRELESS

Delfim Sobreira 17 de outubro de 2017 at 11:30

Southfront é um site abertamente antissemita e pró-Teerã. Não deve ser levado a sério. É Sputnik sabor de kibe…

Top Gun Sea

HMS TIRELESS 17 de outubro de 2017 at 10:14 Na prática não é considerado dumping quando você consegue comprar por cooperação do fornecedor lotes de estoques de materias primas relativamente baixo e com menas carga tributária aliado a isso fazer acordos com sindicatos por uma mão obra mais baixa reduzindo os encargos, obviamente você terá um custo operacional relativamente baixo. Partindo dessas premissas você pode produzir, estocar e ver o melhor momento para desovar o seu estoque regulador aliado a isso a sua margem de lucro pode ser relativamente pequena com o intuito de querer ganhar no volume salvar o… Read more »

Delfim Sobreira

HMS TIRELESS
.
Que seja, mas em nenhum momento o site afirmou que o Adir foi atingido, só comentou a coincidência de fatos.
Lembrando que se o F-35 não se revelar o prometido, muitas cabeças em muitos lugares vão rolar bonito.
De qualquer maneira, mesmo se atendo ao que a IAF declara, um F-35 dar PT por um choque com pássaro e o A-1 engolindo urubu e continuando a voar não deixa de ser engraçado.

Delfim Sobreira

Quanto à união da Bombardier com Airbus, eu avisei que Trudeau e May poderiam se unir contra a Boeing e o Trump.
F-35 para a RCAF já era.

JT8D

A Bombardier praticamente sair do mercado de aviões será muito bom para todos, inclusive para o Canadá. Era uma empresa incompetente, pouco competitiva, que se mantinha a base de subsídios custeados pelo contribuinte canadense. Já vai tarde

HMS TIRELESS

Top Gun Sea 17 de outubro de 2017 at 11:48

Amigo, a província de Quebec colocou algo em torno de US$ 1bilhão de dólares (americanos e não canadenses) do dinheiro do contribuinte no programa. E isso é subsídio ilegal.

HMS TIRELESS

Delfim Sobreira 17 de outubro de 2017 at 12:11

Outra consequência é que a RCAF pode acabar comprando o Typhoon.

Jr

A maior prejudicada nisso tudo foi a Embraer que não tinha nada que ver com a briga Boeing/Bombardier, isso fica bastante claro, basta ver qual das quatro grandes esta mais perdendo nas bolsas de valores hoje, vai ser muito complicado para Embraer competir com a Airbus, o CSeries era um programa muito bom, porém estava manco, quase morrendo, com a entrada da Airbus no programa ele ganha musculatura, os pedidos que não vinham por medo do projeto não seguir em frente vão começar a aparecer com muito mais frequência, as companhias aéreas que gostaram do que viram e não tinham… Read more »

HMS TIRELESS

Jr 17 de outubro de 2017 at 12:47

Eu não vislumbro dessa forma. Primeiramente o programa vai sofrer baixas visto que muito provavelmente o CS 300 será retirado prematuramente de produção para não canibalizar o A-320. Quanto ao CS-100 pode em tese se beneficiar de ser eventualmente montado em Mobile mas os seus concorrentes, os E-Jets e o futuro E-2, também poderão o ser em Jacksonville. E caso a EMBRAER se junte à Boeing vai complicar….

Walfrido Strobel

Uma empresa que usa os ATR e os Airbus ficará mais tentada a comprar os C-Serirs do que os Embraer. Não digo a Azul porque está no Brasil, sede da Embraer. . Matéria do InfoMoney de agora. ” Embraer cai 3% com negócio de rival(3,47%) Embraer (EMBR3, R$ 16,40, -3,47%) Airbus e Bombardier anunciaram um negócio em que a Airbus vai adquirir uma participação majoritária no CSeries. Esse negócio faz com que o C-Series ganhe força comercialmente, especialmente nos EUA (onde a planta da Airbus poderia ser utilizada para evitar as tarifas de importação que estão sendo impostas a Bombardier).… Read more »

Walfrido Strobel

Por outro lado as ações da Bombardier subiram 19% com a notícia. “Ação da Bombardier sobe 19% após acordo com Airbus Por João José Oliveira | Valor SÃO PAULO – As ações da fabricante canadense de aeronaves Bombardier sobem 19,5% na bolsa de Toronto nesta terça-feira (17), negociadas a 2,83 dólares canadenses, a maior cotação em dois anos. O mercado reage positivamente ao contrato anunciado ontem à noite pela empresa com a francesa Airbus. Pelo acordo, a Airbus vai assumir uma fatia de 50,01% da CSeries Aircraft Limited Partnership (CSALP), controladora do programa de desenvolvimento, produção e vendas dos jatos… Read more »

Jr

HMS Tireless, leia a entrevista do presidente da Airbus, ele deixou bem claro que o CS300 não compete com o A320NEO e que vai oferecer para as operadoras o CS300 e o A319NEO(avião que compete com o CS300) e elas é que vão escolher qual dos dois elas querem. Isso é um ótimo negócio para a Airbus, ganha de mão beijada um programa muito bom, pronto e praticamente de graça. A alternativa que a Airbus tinha em seu portfólio que competia com o CS300 era o A319NEO, avião esse que só vendeu 55 aeronaves até agora, ou seja, a Airbus… Read more »

Nonato

Smiccht.
Muito pertinente sua pergunta a qual ninguém deu muita atenção.
Seria ótimo alguém com conhecimento opinar…

Walfrido Strobel

Complementando o que o Jr escreveu, o Airbus que competiria com o CS300 era o A318CEO, que foi um fracasso na tentativa de entrar no mercado regional com o máximo encurtamento da família A320CEO, nem vai ser continuado na versão NEO, morreu….
A318CEO:comment image

Walfrido Strobel

A Boeing tambem fracassou ao encurtar o seu 737 fazendo o Boeing 737-600 que não foi continuado na versão MAX, outro que morreu pelo caminho. Agora resta a Boeing investir em um regional ou jogar suas garras para cima da Embraer através de acordos mais “fortes” para não ficar fora do mercado regional.
Airbus e Boeing acharam que poderiam entrar no mercado regional competindo com a Bombardier e Embraer simpesmente encurtando seus aviões, não deu certo.
B737-600: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT1ErsCDq4sVEmx-MsQAvujOsWDfXeCqNmKHwBZZ0yuDPIhaJs39Oi6lK__

HMS TIRELESS

Jr 17 de outubro de 2017 at 13:29

A capacidade máxima do CS 300 é de 160 lugares. Assim ele termina competindo, sim, com o A-320 embora de fato o mais afetado seja o A-319. E a Airbus não “ganhou de mão beijada” pois vai pagar pelos 50,1% do programa do CSeries. Quanto à ser “muito bom” apenas o tempo vai dizer pois ele enfrenta a feroz competição dos E-Jets e também dos novos E-2 da EMBRAER, lembrando que esses aparelhos podem vir a ser montados em Jacksonville.

HMS TIRELESS

Walfrido Strobel 17 de outubro de 2017 at 13:45

Basta lembrar do A-318, cujos exemplares desativados são sucateados pelo simples fato do motor e outros itens como aviônicos valerem mais que o próprio aparelho. Quanto à Boeing ela certamente não vai desenvolver um jato regional mas a parceria com a EMBRAER certamente será incrementada.

Walfrido Strobel

Nonato 17 de outubro de 2017 at 13:31
Nonato, esta pergunta do Smiccht é muito complexa e daria um estudo bem demorado, acho difícil que seja solucionada em um blog.
Só quem está envolvido na produção aeronautica poderia responder sem estar chutando.

HMS TIRELESS

Walfrido Strobel 17 de outubro de 2017 at 14:21

Embora a pergunta do Smiccht seja de fato complexa e demandar uma resposta aprofundada, especialmente em um tópico fora daqui, sabemos que fatores tais como o custo, qualificação e a produtividade da mão de obra, custo da energia e também a facilidade ou não de comunicação via estradas ou ferrovias impactam na indústria.

smichtt

Nonato, Strobel e Tireless:

Realmente parece se tratar de um assunto complexo. Porém, se alguém pudesse ao menos indicar alguns livros para eu estudar, poderia depois com prazer tentar fazer um resumo e, assim que a circunstâncias permitirem, compartilhá-lo com todos.

Caerthal

Walfrido, muitas outras ações estão caindo. É muito cedo para falar. O que parece provável é que entraremos em uma era de consolidação na indústria aeronáutica mundial.

Rafael Oliveira

Só um breve comentário sobre a pergunta do smichtt. Em média, a mão de obra no brasil tem baixa qualificação e baixa produtividade. Porém, como as oportunidades de bons empregos são limitadas no Brasil, a Embraer consegue selecionar empregados qualificados (ela oferece treinamento também) e produtivos. . Ela é uma empresa de ponta, onde a média dos trabalhadores é irrelevante. . Quiçá, ela tem mais mão de obra qualificada disponível do que Airbus, com os europeus mais interessados em estudar ciências humanas e artes, ou que a Boeing, que disputa a mão de obra qualificada com centenas de empresas americanas… Read more »

Walfrido Strobel

Caerthal 17 de outubro de 2017 at 15:56 Caerthal, sei que estas flutuações no valor das ações tendem a se acomodar, mas realmente vamos ver uma nova era. Vamos por faixas: 1- Regional a hélice, tinhamos uma briga Bombardier X ATR(Airbus 50%/Leonardo50%) com algumas vendas da Bombardier porem com vitória folgada da ATR. Agora a Embraer cogita entrar neste segmento e a Indonésia vai lançar dois aviões mas sem pretensões a nível mundial de olho somente no mercado interno e asiático. 2- Jatos regionais, tinhamos uma briga antiga da Bombardier versus Embraer na faixa de até 50 passageiros com disputa… Read more »

Farroupilha

Smichtt aviões são mercadorias negociadas no mercado internacional, bem diferente de pastel de feira (onde cada pasteleiro põem o preço que bem entender). Seus valores, precificações, são de certa forma regulados tanto pelas leis de mercado (onde estão incluídos todos os itens-fatores por vc alavancados) como também pela OMC (de forma significativa), acha visto ser a responsável por colocar um certo equilíbrio entre as diferenças econômicas dos vendedores e inclusive arbitrar desavenças. O caso acima da Boeing contra Bombardier é exemplificador: A Bombardier com capital doado pelo governo de seu país acaba extrapolando em eficiência uma competição comercial que deveria… Read more »