Índia realiza testes finais do míssil Astra no Sukhoi Su-30

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Su-30 indiano lançando o Astra

Su-30 lançando o Astra

BALASORE (ODISHA): Os ensaios de voo finais de desenvolvimento do Astra, o Beyond Visual Range Air to Air Missile (BVRAAM) indiano, foram conduzidos com sucesso sobre a Baía de Bengala, na costa de Odisha, em Chandipur.

Os ensaios foram realizados de 11 a 14 de setembro, disseram fontes da DRDO no dia 15, acrescentando que um total de sete testes foram conduzidos contra Pilotless Target Aircraft (PTA) com sucesso.

Mais tarde, o ministro da Defesa, Nirmala Sitharaman, parabenizou a DRDO, a Força Aérea Indiana, a Empresa do Setor Público de Defesa (DPSU) e as indústrias pelos testes bem-sucedidos do míssil Astra.

Um comunicado do Ministério da Defesa disse: “As missões incluíram o engajamento do alvo em um alcance muito longo, o engajamento de um alvo com grande capacidade de manobra em médio alcance e vários lançamentos de mísseis em salva para engajar múltiplos alvos”.

“Todos os sub-sistemas, incluindo o buscador de rádio-frequência autóctone, funcionaram com precisão, cumprindo todos os parâmetros e objetivos da missão. Dois mísseis também foram lançados na configuração de combate com ogiva e os alvos foram neutralizados”, afirmou.

Este esforço para a construção de um BVRAAM de última geração pela Organização de Pesquisa e Desenvolvimento da Defesa (DRDO), juntamente com a Força Aérea Indiana (IAF), completou a fase de desenvolvimento do sistema de armas, disse o comunicado.

A Hindustan Aeronautics Limited (HAL) desempenhou um papel na modificação da aeronave para a integração de armas. Mais de 50 indústrias dos setores público e privado contribuíram para a construção do sistema de armas Astra.

O diretor de programas S. Venugopal liderou as operações de lançamento e testes de voo junto com as equipes de várias organizações.

O presidente da DRDO e o secretário do Departamento de Defesa (P&D), o Dr. S Christopher, felicitaram o “Team Astra” (DRDO, IAF, DPSU & Industries) pelo desenvolvimento e teste de voo de uma formidável classe de sistema de armas.

O Diretor Geral, de Mísseis e Sistemas Estratégicos, Dr. G Satheesh Reddy, disse que as tecnologias desenvolvidas no âmbito do programa serão os blocos de construção para o desenvolvimento de mais variantes de mísseis ar-ar e superfície-ar.

FONTE: The Economic Times

NOTA DO EDITOR: segundo os fabricantes, o Astra é projetado para um alcance de 80 km em modo head-on e 20 km no modo de perseguição (na posição 6h do alvo). O míssil de 3,8 metros de comprimento, com peso de lançamento de cerca de 154 kg, utiliza propulsor de combustível sólido e uma ogiva de 15 kg de alto explosivo, ativada por uma espoleta de proximidade.

Além do Sukhoi, o míssil pode ser integrado no Mirage-2000, MiG-29, Jaguar e no Tejas Light Combat Aircraft (LCA).

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Alex Nogueira

Muito interessante, sempre bom ter opção de armamentos que não sejam os tradicionais EUA, Rússia e países europeus.
*Claro, caso decidam exportar.

jagderband#44

Quais são as diferenças entre este Su 30 e o Su 27?

Nonato

No vídeo do disparo, gostei porque ele não “cai”, antes de acionar o motor.
Já sai do avião com essa “labareda” suave com de rosa.
Não parece danificar o avião…
Parece ser um disparo tranquilo, suave, sem deixar resíduos, etc.
Muito limpo o disparo, o que sugere qualidade.
Parece ser modo silencioso, diferente de muitos mísseis que levantam poeira, ou deixam um enorme rastro de fogo…
Ou fazem um barulho ensurdecedor.
E onde está o A-darter?
Ninguém viu, ninguém vê…

Bosco

Nonato, O míssil foi lançado por um trilho e não por um ejetor. Quando lançado por trilho ele tem que acionar o motor para sair. Em relação ao disparo parecer limpo, é porque os indianos tiveram o cuidado de utilizar um motor foguete com propelente sem fumaça, que é comum nos mais modernos mísseis antiaéreos (sup-ar e ar-ar). Já a cor rosa da labareda ser rosa não é muito interessante não. Seria melhor se fosse branca ou azul. Seria mais difícil de ver o lançamento e o míssil de dia. Já de noite tanto faz. Mas isso é só um… Read more »

Bosco

Há pesquisas acerca de criar um propelente que não emita uma chama visível e por incrível que pareça há quem queira desenvolver um motor foguete sem chama alguma, capaz de escapar até de um sensor térmico.

Ivan BC

A Argentina tem interesse nesse míssil, inclusive já enviou uma comitiva para análise.

carcara_br

já existe, inclusive ensinam a fazer na internet https://www.youtube.com/watch?v=dtrO0n07KVw

Nonato

Bosco, você é o cara!
Informações abrangentes, completas, didáticas.
Muito bom.
Vez por outra alguém aqui fala: ah, mas informação tal está na matéria tal de três anos atrás. Vão pesquisar…
Vou ver se gravo essa sua informação: ejetor x trilho.
Algumas coisas não tem como esquecer…
Não sei se vou gravar essa do propelente cor de rosa ser coisa de míssil moderno ou que querem míssil sem chama e sem cor… RS.
Talvez até invisível a olho nu também para evitar detecção visual. RS.

Nonato

Bosco, sem querer ser chato, acredito que seria útil para nós (mim) saber que mísseis bem conhecidos atuais usam ejetor ou trilho e sobre propelentes, cores e fumaça deles…

Bosco

Nonato, Na verdade a corrida a um propelente sem fumaça começou há dois séculos com o desenvolvimento da pólvora sem fumaça em substituição à pólvora negra. De lá pra cá a coisa sofisticou muito. Quanto aos mísseis que utilizam propelentes de baixa assinatura (sem fumaça) em geral são os antitanques e antiaéreos (ar-ar e sup-ar) mais modernos, de 90 pra cá. São esses que são passíveis de serem vistos e a grande quantidade de fumaça denunciaria o lançador e daria tempo de reação ao alvo. Um caça que for alvo de um míssil com motor com grande emissão de fumaça… Read more »

Karl Bonfim

Ivan BC 18 de setembro de 2017 at 23:01

“A Argentina tem interesse nesse míssil, inclusive já enviou uma comitiva para análise”.
Con qué avión nuestros hermanos van a lanzar ese misil? Con Pampa IAA III? Con el T-6 Texan II?

Johan

A cor apresentada é o resultado da qualidade da queima, temperatura e do composto do propelente. Através de espectrômetro (em laboratório) é possível determinar a composição do propelente, mas não é tudo, pois ainda tem os cálculos para determinar a granulação, algo bastante complexo e que a equipe brasileira enviada para a Africa do Sul, dentre outras coisas, foi aprender, mas se aprenderam de fato e colocaram em prática aí já é outra história.

donitz123

A Argentina antes de mais nada tem que adquirir um avião para lança-lo

Ricardo Da Silva

Me lembrou o De Havilland Firestreak

marcio alves

Se o Brasil tivesse ampliado a cooperação com a Africa do Sul além do A-Darter poderiam ter desenvolvido o míssil BVR Marlin assim não dependeria de mísseis ar-ar estrangeiros.

Carlos Alberto Soares

Gostei.

Space Jockey

A pergunta que não quer calar: e o A-Darter, que eu já leio ha 20 anos desde a época das revistas impressas ??!!

E o MAR-1 ?! Ele existe ? Foi mesmo vendido ao Pakistão ? A FAB tem em estoque ?? ?? ??

Johan

O contrato inicial para desenvolver o A-Darter foi de $56 milhões, mas a última notícia que eu me lembro já estava na casa dos $200 milhões e mais de 10 anos de “desenvolvimento” sem ser apresentado o modelo de produção por parte do Brasil. Estou cada vez mais achando que estou errado em defender o desenvolvimento de produtos de alta tecnologia com iniciativa do desgoverno. O que é desenvolvido neste país só vai para frente se for visando o mercado externo.

JT8D

Não tem nada mais nebuloso ou obscuro do que o desenvolvimento de mísseis no Brasil

Carpophorus

marcio alves 19 de setembro de 2017 at 10:40

“Se o Brasil tivesse ampliado a cooperação com a Africa do Sul além do A-Darter poderiam ter desenvolvido o míssil BVR Marlin assim não dependeria de mísseis ar-ar estrangeiros.”

Márcio, se a cooperação com a África do Sul funcionasse, estaríamos com o A-Darter e fabricando ou montando Rooivalk para o nosso Exército.

Agnelo

Prezado, JT8D
19 de setembro de 2017 at 21:36
Não tem nada mais nebuloso ou obscuro do que o desenvolvimento de mísseis no Brasil
A questão é. Ajudaria? Porque a maioria q não foi abordado na mídia tem andado. Comunicações, Blindados, Artilharia etc etc. O FX-2 foi bem abordado e… levou anos e mais anos, cheio de opiniões de quem não entende nada, influência de quem entende menos ainda e só quer o $$ e ainda não temos nosso vetor…
É uma dúvida cruel
Sds