Chegada do Airbus C295 à Ala 5 em Campo Grande-MS

A aeronave chega ao país após exibição no Paris Air Show e um tour de cinco semanas pelo mundo

São Paulo, 3 de agosto de 2017 – A primeira aeronave Airbus C295 de busca e resgate da Força Aérea Brasileira (FAB) encerrou hoje sua longa viagem de cinco semanas por quatro continentes e chegou à base militar de Campo Grande.

Comandantes da Força Aérea Brasileira, entres eles o comandante da FAB, Tenente-Brigadeiro Rossato e o Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Botelho, além de outros brigadeiros e representantes da Airbus Defence and Space, deram as boas-vindas às tripulações brasileira e da Airbus, que conduziram, a aeronave com segurança por 22 fusos horários na Europa, África, Ásia, América do Norte e América do Sul.

A aeronave foi entregue formalmente em uma cerimônia em Sevilha, Espanha, no dia 16 de junho. Depois, ela foi exibida no Paris Air Show. Após a exibição, a tripulação combinada da FAB e da Airbus deram início ao tour da aeronave no dia 28 de junho, em uma maratona de demonstrações.

O avião passou por 15 países. Foram realizadas demonstrações formais para a Tailândia, Vietnã, Malásia, Filipinas, Coreia do Sul, Canadá e México antes de aterrissar no Brasil.

A aeronave demonstrou com sucesso seus recursos de patrulha marítima e operações de busca e resgate. Apesar da programação intensa, ela obteve 100% de disponibilidade durante o tour.

“Agradecemos a FAB por seu apoio na demonstração do C295 para outros países de todo o mundo que enfrentam os mesmos desafios relacionados ao monitoramento de vastas áreas terrestres e marítimas”, disse Bernhard Brenner, líder de marketing e vendas da Airbus Defence and Space. A incrível confiabilidade demonstrada pela aeronave durante o longo período de implementação longe de casa comprova claramente seu valor em situações em que as forças militares precisam lidar com diversas ameaças e desafios operacionais e orçamentos limitados”.

O avião agora vai atuar junto aos 12 modelos C295 configurados para transporte utilizados pela FAB hoje. Futuramente, um segundo modelo de busca e resgate será adicionado à frota.

Quase 200 unidades do C295 já foram encomendadas por 25 países. Mais de 100 aeronaves de transporte militar de diferentes modelos estão em operação na região da América Latina.

Sobre a Airbus

Airbus é a líder global em serviços aeronáuticos, espaciais e relacionados. Em 2016, a empresa gerou receitas de €67 bilhões e empregou por volta de 134,000 colaboradores. A Airbus oferece a gama mais abrangente de aeronaves de passageiros com capacidade entre 100 até mais de 600 assentos. A Airbus é também a líder europeia no fornecimento de aviões tanque, combate, transporte e missões, assim como é a empresa espacial número um da Europa e a segunda maior do mundo no mercado espacial. No segmento de helicópteros, a Airbus oferece globalmente as mais eficientes soluções para uso civil e militar.

DIVULGAÇÃO: Airbus

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Juliano Bitencourt

Parece que essa frota vai complementar bem a frota de KC-390. Não haveria espaço para um C-17, atingindo um amplo espectro de transportadores, pequenos, médios e grandes (que levem MBTs)?

Walfrido Strobel

Juliano Bitencourt: o C-17 ja teve a produção encerrada e as ultimas 10 unidades na mão de investidores ja foi vendida, não eciste mais C-17 a venda. Por outro lado é demais para nós, os KC-390 e o B767 ja dão conta de nossas necessidades, se precisar transportar mais coisa freta. Quando fecharam a linha de produção precisava vender mais 10 para fechar o lote final, um grupo de investidores arriscou e comprou os 10, foi uma operação de risco, mas deu certo e venderam para o Canadá, India, Austrália aumentarem suas frotas e países do oriente médio. A Boeing… Read more »

Juliano Bitencourt

Walfrido Strobel, se a USAF liberasse parte do excedente para venda, uns 8 desses bichões dariam maior capacidade para as FFAA nacionais, podendo transportar quase 80 tons, daria para levar um Leopard 1A5, mais dois Guaranis, e ainda sobra espaço. Dá mais flexibilidade. E o que não faltaria seriam peças no mercado. Mas dentro da realidade ATUAL talvez seja mesmo superfluo.

Flanker

Juliano, concordo que seria um ótimo vetor para a FAB, pois sua capacidade é enorme. Se a FAB pudesse comprar e operar, 4 unidades já estaria de bom tamanho. Mas não tivemos grana nem para converter 2 ou 3 células usadas de 767……pot isso, C-17 na FAB é sonho. Minha opinião, claro.

Wellington Góes

Com o EB abrindo caminho para sua aviação de transporte tático (até 9 ou 10 toneladas) a necessidade da FAB possuir mais aeronaves desse porte diminui. Com a possibilidade de ampliação da participação brasileira em missões internacionais (sob a égide da ONU), aeronaves de transporte estratégico, na minha opinião, se fará necessário. . Não acredito que apenas os KC-390 é os futuros KC-767 (se é que ainda serão estes) seja suficientes. Na minha opinião de “achista”, umas 4 ou 6 unidades de aeronaves de transporte de cargas militares (com rampa) seriam suficientes num primeiro momento, só não sei se o… Read more »

Humberto

Senhores, Um blindado ser enviado ao campo de batalha por um avião é mais uma demonstração de força, com pouca utilidade prática. Blindados são transportados por mar e terra por causa do seu altissimo peso. O C-17 é um avião para paises que tem necessidades globais, como apoiar tropas a milhares de kilometros de casa e que tem que descarregar o seu material relativamente perto do campo de batalha, não é o cenário do Brasil. Na minha opinião, a compra dos KC 390 vão esticar em demasia o parco orçamento da FAB, estamos comprando tantas células para dar um empurrão… Read more »

Maico

Um ATR-72 modificado pra SAR seria um bom competidor pro C-295 SAR?

Rinaldo Nery

Maico, o fabricante é o mesmo. É quase o mesmo avião (mesmos motores, mesma asa). Um é fabricado em Toulouse (visitei a fábrica em 2011) e o outro em Sevilha.

Hélio

A Embraer já manifestou intenção de projetar um turbo hélice concorrente do ATR, creio que os c295 sejam uma compra por hora, o complemento para o KC390 no médio prazo deve ser esse novo avião.

Walfrido Strobel

Rinaldo Nery, a fábrica ATR é uma sociedade 50% Airbus e 50% Leonardo, mas o ATR-72 e o C-295 são bem diferentes, só o motor é o PW-127 em ambos.
O C-295 MPA e o ATR-72 MP estão concorrendo entre si na mesma faixa.
Veja com calma a asa do C-295 neste desenho, sei que conhece o avião.
. https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d3/EADS_CASA_C-295.svg

Walfrido Strobel

Complementando o post acima:
E veja o desenho do ATR-72. As asas pacecem completamente diferentes.
. https://faq-fra.aviatechno.net/guide/3vues/atr.gif

LucianoSR71

Sem querer ser chato, mas a FAB ganhou alguma coisa c/ esse tour, desconto, por exemplo ?

Walfrido Strobel

Maico, ja saiu a versão ASW do ATR-72, para sair um SAR é só questão de encomendar.
Mas como a FAB não usa o ATR-72 não seria vantagem comprar mais um vetor, como não tem versão de transporte com rampa não substituiria um C-295 para transporte misto de cargo/tropa.
. http://bastion-karpenko.ru/VVT/ATR-72_161214_01.jpg

Rinaldo Nery

Conheço o ATR72 também. Fui instrutor/checador na Azul.

Juarez

Tenho pena do pessoal do Pelicano, tinham uma Roberta Close e agora ganharam uma cruza de Jean Willis com Marilene Chauí.
Ninguém merece

G abraco

gustavo

LucianoSR71 5 de agosto de 2017 at 18:02 Boa pergunta . Acredito que um acordo entre a FAB e a fabricante para esse tour fosse realizado ate a entrega final na ALA 5.Deve ter chegado lá como se fosse 0 km por conta da Airbus.

Caerthal

Para esclarecer: Pelo que foi divulgado s Embraer estuda retornar ao mercado de turbohelices, provavelmente com uma aeronave um pouco maior que o ATR-72. Nada a ver com uma aeronave militar onde a Airbus domina. Ja a discussão sobre o C-17 é um completo non sense, seria a reedição do projeto superpotência, como foi o São Paulo. Países sérios primeiro enriquecem, depois se armam.

Wellington Góes

Hélio e Caerthal, até onde sei, a Embraer não pretende voltar a aviação de regional com turboprop, aliás a única aeronave que a empresa ainda produz é o Super Tucano, uma aeronave militar. A Neiva (sua subsidiária) ainda produz o Ipanema (aeronave agrícola), além de montar outras aeronaves monomotor de outras fabricantes (como a Piper), mas nenhum é voltado para aviação regional de passageiros. Não vi, li, ou ouvi nada que indique isto a que vocês afirmaram. Se vocês puderem compartilhar, pelo menos, um link de alguma notícia sobre tal afirmação, seria muito proveitoso conhecer um pouco mais sobre isto.… Read more »

Wellington Góes

Humberto, uma aeronave de transporte de carga, com capacidade estratégica (mais peso e maiores volumes a grandes distâncias) tem muito mais serventia do que transportar blindados para um lado ou outro. Esta é apenas uma das suas várias outras utilidades. Sem contar a vantagem operacional de carregamento e descarregamento (menor tempo e mais agilidade), em comparação às aeronaves de carga baseadas em aviões comerciais (C-767, por exemplo). . Essa é uma questão repetida erroneamente quando se fala aeronaves de transporte de cargas militares estratégicas, de que sua principal função será transportar blindados para lá e para cá. . Até mais!!!… Read more »

Bardini

Se a questão é um transporte de grande porte, “é só” ir lá na Rússia e compensar a tal da “balança comercial” com IL-76MD-90A ao invés de trazer mais helicóptero inútil, como Mi-35 para “combater narcotráfico”…
Pelo menos, tal aeronave seria útil para apoiar missões como a da ONU, na possível ida a África, levando equipamentos e assegurando parte da logística que talvez não seja compatível com um C-390 e etc.

caerthal

Wellington Goes: Segue o link, bastante recente:https://www.flightglobal.com/news/articles/embraer-commercial-chief-sees-opportunity-for-new-tu-437991/ Na Ásia e Europa existem mercados interessantes para equipamentos do porte de 100 passageiros e pequeno alcance. Falta um motor moderno e eficiente, coisa que a GE promete com um novo desenvolvimento derivado do motor para helicoptero pesado. Imagino que a Embraer deve estar fazendo exercícios para ver de a seção do EMB 170/190 não poderia servir, incluindo o fly by wire, que é algo novo no segmento. Os competidores ATR e Q-400 terão dificuldades em produzir um derivativo no segmento 95-110 passageiros. Talvez exista uma oportunidade. O problema é que neste momento… Read more »

caerthal

Quanto ao transporte de MBT fica a pergunta: pra quê, meter medo em quem? Se for para apoiar ações da ONU teremos o KC-390, que será um baita investimento? Alguém já se perguntou como está a performance do IL-76? Suspeito que a Rússia estará muito pouco disposta a revelar o real fator de disponibilidade destas velhas senhoras.

Walfrido Strobel

caerthal 6 de agosto de 2017 at 17:33
…….Alguém já se perguntou como está a performance do IL-76? Suspeito que a Rússia estará muito pouco disposta a revelar o real fator de disponibilidade destas velhas senhoras.
.
Caerthal, existe o velho Il-76 com seu motores Soloviev D-30, existem os velhos Il-76MD-90 que são Il-76 remotorizados com novos motores Aviadvigatel PS-90 e existem novos IL-76MD-90A(Il-476) que foi o avião citado pelo Bardini.
O Il-476 é zero hora com glass cockpit: https://m.youtube.com/watch?v=IkkdYE3gDxM

Mauricio R.

Nova motorização sob as asas, glass cockpit na carlinga, mas o trem de pouso…
Até os chineses deram muita atenção a isso no Y-20.

caerthal

A fixação por transportar MBTs deve ser repensada. Desde a II Grande Guerra poucas vezes se viu conflitos envolvendo blindados fora dos locais “quentes” de fronteira. Transporte para longa distância em aviões é o sonho de muitos generais mas não resiste a avaliação dos custo x benefício bélico. Ainda pior é a tentação em se projetar avões muito grandes (e caros), como capacidade de pousos em pistas semi-preparadas. Você terá que arcar com um investimento absurdo e a final não vai empregar esta capacidade em situação de paz porque você não tem como arcar com o impacto na vida útil… Read more »

Walfrido Strobel

Um off topic: Ficou interessante a modernização parcial do cockpit dos Il-76 em Il-76MD90, não confundir com o Il-76MD90A que é novo, o Il-476 totalmente glass cockpit.
Ficou uma mistura de novos e velhos componentes na cabine, com os displays dos novos motores no centro do painel, display do radar acima e outros itens modernizados perto das manetes, contrastando com o resto tradicional.
. http://www.uac-ta.ru/images/il76tdvd/il76tdvd_06.jpg
.
Maurício R, se eles não mexeram no trem de pouso é porque não precisa.

Wellington Góes

Caerthal, valeu, realmente é uma informação bastante nova, pelo menos para mim. Se a Embraer resolver desenvolver um turboprop na faixa dos 70 a 90 Pax, ela criará um concorrente direto aos seus novos E175-E2, mas isto é assunto para outra matéria, acho melhor não desviarmos demais. . No mais, quero entender está mania de achar que toda vez que se toca no assunto transporte estratégico, o pessoal só pensa em carregar MBT. Um C-17, Y-20, ou IL-76. Senhores, estes aviões servem para muitas outras missões do que somente levar CC para lá e para cá. E, mesmo com tantos… Read more »

Walfrido Strobel

Desde 2015 a ATR tem idéia de construir um novo avião na faixa de 90 a 100 passageiros, a Leonardo é a favor e a Aisbus é contra, como diz o CEO da ATR neste artigo como a sociedade é 50% Leonardo e 50% Airbus, só sai este avião com apoio da Airbus. Eles tambem estão interessados em usar o novo motor GE turbohélice, a GE comprou a Walter e lançou sua linha de turbohélices, ja conseguiram certificação na FAA para remiotorização dos King Air antigos, mas estão procurando fabricantes que queiram usar seus motores, ja tem uma versão menor… Read more »

caerthal

A GE é a maior empresas de turbinas aeronáuticas do mundo e nos últimos 40 anos tomou espaço da PW em vários segmentos. O movimento dela irá desencadear uma corrida para produzir turboélices bastante mais avançados (leia-se com maior razão de compressão). No segmento de 70-90 passageiros os produtos atuais levam vantagem por serem mais leves. O nicho, se existir, seria para aeronaves entre 90-110 passageiros (alta densidade), ainda em pequenas distâncias. O 175 E2 é competitivo em distâncias maiores.