Lockheed Martin’s LM-100J cargueiro comercial (PRNewsfoto/Lockheed Martin Aeronautics Com)

Cockpit do LM100J

MARIETTA, Georgia, 25 de maio de 2017 / PRNewswire / – A primeira aeronave de carga comercial Lockheed Martin (NYSE: LMT) LM-100J atingiu um marco crítico com a conclusão de seu primeiro voo hoje.

“Fiquei orgulhoso de realizar o primeiro voo do nosso LM-100J, que funcionou perfeitamente, como é típico de nossa nova aeronave militar de produção C-130J”, disse Wayne Roberts, piloto de testes chefe do Programa LM-100J. “Este novo modelo irá desempenhar muitos papéis comerciais nas próximas décadas, como o serviço humanitário após desastres naturais e outros como resposta a acidentes nucleares, contenção de derramamento de óleo e combate a incêndios. Este avião também permitirá o desenvolvimento de áreas remotas, como mineração e petróleo e gás. Este dia marca o início de uma tremenda capacidade comercial que só o LM-100J pode oferecer. ”

Este primeiro voo seguiu a mesma rota de voo do teste sobre o norte da Geórgia e Alabama que é usado para todas as aeronaves C-130J Super Hercules. O LM-100J completará os testes iniciais de voo de produção e, em seguida, iniciará os requisitos de teste de voo de atualização do certificado de tipo da Federal Aviation Administration (FAA).

“Este primeiro voo é uma fonte de orgulho para a Lockheed Martin e serve como um ponto de prova para a versatilidade em curso das aeronaves Super Hercules”, disse George Shultz, vice-presidente e gerente geral de Mobilidade Aérea e Missões Marítimas e gerente do fábrica de Marietta. “Estou continuamente impressionado com o compromisso com a qualidade e a relevância que nossos funcionários, parceiros industriais e clientes investiram no LM-100J, assim como o seu homólogo militar, o LM-100J supera todas as expectativas em termos de desempenho e capacidade”.

O LM-100J é a 17ª capacidade de missão desenvolvida para o C-130J Super Hercules e é uma versão atualizada do avião de carga L-100, produzido pela Lockheed Martin entre 1964 e 1992. Funcionários da Lockheed Martin enviaram uma Carta de Notificação de Programa à FAA em 21 de janeiro de 2014, para uma atualização de projeto de tipo para esta aeronave, uma variante civil-certificada do Super Hercules C-130J para ser comercializada como a LM-100J.

Através de inovações de design selecionadas, o LM-100J funcionará como um cargueiro comercial multifuncional capaz de transporte de carga rápida e eficiente. O LM-100J é uma solução de transporte aéreo ideal para entregar carga a granel e de grande tamanho, particularmente para locais distantes em todo o mundo. Tal como a sua contraparte militar, o LM-100J será capaz de suportar várias missões, que vão desde o combate a incêndios até ao transporte VIP.

O LM-100J incorpora desenvolvimentos tecnológicos e melhorias em relação aos L-100 existentes que resultam de anos de experiência operacional com o C-130J, incluindo mais de 1,5 milhão de horas de voo. O resultado desta experiência e avanço se traduz em uma aeronave que irá entregar serviço confiável em uma plataforma multifunção para as próximas décadas.

LM100J equipado para combate a incêndios

DIVULGAÇÃO: Lockheed Martin

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Fresney

Estão diversificando a linha de c-130, será que nosso KC-390 não poderia ir também para o mercado civil???

Abraço

Alfredo Araujo

Uma dúvida q sempre tive a respeito dessa versão civil do C-130…
Ela foi um sucesso comercial ? Vejo pouquíssimas fotos e referências aos operadores desse avião.

Chokoeater

Se a memória não falha, foram vendidas 115 unidades.

Ederson Joner

Podem fazer o que quiserem, até as versões futuras, continua sendo um projeto de mais de 60 anos, não tem como negar, e por mais que seja bom, não vai mais conseguir competir por muito tempo. Logo logo todas as suas qualidades vão ser superadas pelos projetos mais novos.

Flamenguista

A principio, os Correios seriam um grande cliente do KC. Podemos encontrar até a arte do aviao pintado nas cores da empresa na net.

Chokoeater

Até o momento o “projeto de mais de 60 anos” bate a novidade em 10 X 1, pois até o momento foram vendidos pelo menos 10 vezes mais C-130J, do que KC-390.
Um desses “projetos mais novos” é o enroladíssimo A-400M, cujas qualidades ainda estão sendo suplantadas pelos seus muitos defeitos.
O principal deles, é ser um produto da Airbus.

André Bueno

Lembro-me de ter lido algo sobre a versão civil de passageiros do Hércules em algum número de Flap Internacional nos anos 80 ou final de 70. Não creio que fará tanto sucesso e não sei se fez antigamente. O Roberto Santana escreveu bem. O Paulo Gastão [gerente do projeto KC-390] já disse que uma opção civil é possível. Não me lembro se ele condicionou sua existência a pedidos suficientes para criá-la mas penso que sim. Aviões militares são mais robustos e pesados do que aeronaves nascidas para o mercado civil então estas últimas levariam vantagem sobre as primeiras quando consideradas… Read more »

Alisson Mariano

Roberto Santana 26 de maio de 2017 at 12:11
Há algum tempo falava-se num possível interesse dos Correios na versão civil do KC-390…
Hj os Correios enfrentam dificuldades financeiras. Penso que a ideia foi, ao menos por enquanto, pra gaveta.
Abraços.

Nonato

Mas o KC 390 também tem uso civil, tanto é que os correios vão ou iam adquiri-lo…

Renato

Para que serve isto? por que se faz necessário uma versão civil? Imagino que seja uma aeronave militar simplificada para custar mais barato

Victor Moraes

Eu nunca entendi a razão de se comparar o KC390 com o C130… O C130 é maior, leva mais carga, é turbo-hélice, portanto mais econômico, e se eu não me engano, é mais barato do que um KC 390. Foi um erro da Embraer comparar o KC 390 com o C130? Não seria melhor comparar com um avião menos poderoso?

Nonato

No caso do KC 390 é cargueiro civil mesmo.
Transporte comercial de cargas… Correios, etc.
Nesse caso aí fala-se em atividades paramédicas ou relacionados a catástrofes, etc.
Renato tem razão. Para uso “paramilitar” ou militar sem conflito, não precisaria de defesa, talvez alguns radares, etc.

donitz123

Esse negócio de KC-390 nos Correios era bravata do Hélio Costa. Não vai acontecer.

André Bueno

Roberto Santana 26 de maio de 2017 at 12:11

Correto Roberto. E de fato, se o engenheiro/gerente/”vendedor” não compactuar com sua cria estará desmerecendo o projeto.

Victor Moraes 26 de maio de 2017 at 18:40

Com relação à carga é o contrário, o KC-390 leva mais carga. O fato de ser propulsado por motores jatos a jato o torna mais rápido e, em muitos casos, mais econômico.

André Bueno

Chokoeater 26 de maio de 2017 at 19:54 “Dizem” é uma boa referência. De fato, uma aeronave maior e mais pesada pode ser mais cara do que outra mais leve, tanto em relação ao seu custo de aquisição como de manutenção. Uma aeronave mais rápida pode ser mais cara do que outra mais lenta, tanto em relação ao seu custo de aquisição como de manutenção. Pode, é possível. Mas penso que não é exatamente esse o caso. No caso dos objetos aqui em questão, a aeronave brasileira é mais recente, mais moderna e, possivelmente mais eficiente do que o quadrimotor… Read more »

Jota

Interessante esse lançamento. A mim me parece que a LM sentiu a ameaça(futura) do KC390 frente ao Herc130 e está reagindo , tentando ocupar o máximo de nichos possíveis. Bom sinal. É claro que a briga vai ser duríssima , mas o adversário já reconhece o perigo do concorrente.

Antônio de Sampaio

Jota 26 de maio de 2017 at 20:19 Perfeito, é isso mesmo, a Lockheed Martin acusou o golpe com o lançamento do KC-390 desde o começo. Desde planos mirabolantes de lançar uma espécie de C130J menos equipado, ou seja, “pelado”, e mais barato para fazer frente ao avião da Embraer, agora essa versão para uso de carga civil. O pessoal da Embraer tem dito que um grande operador civil de logística está interessado no KC-390, mas não revela o nome. De qualquer forma, essas ações da Lockheed são mesmo nessa linha, acusaram o golpe faz tempo. Na realidade é que… Read more »

Alisson Mariano

Roberto Santana 26 de maio de 2017 at 14:52
Concordo. A EBCT mesmo detendo “monopólio” ou pouca concorrência em seus serviços, está em crise. Várias agências dos Correios estão, inclusive, meio sucateadas. Investir num segmento desnecessário e com concorrentes que, aparentemente, atendem a demanda teria, até mesmo, repercussão no relacionamento com os funcionários, já marcado por isso satisfação e por seguidas greves.
.
Quanto à versão civil do Hércules, a Bravo Industries comprou algumas unidades para operação no Brasil.

zorannGCC

Quanto aos Correios: . Recentemente em entrevista concedida pelo presidente da empresa, este deixou claro que a ao ser nomeado para presidente, sua função seria sanar as contas da empresa. Até foi estipulada uma data limite, de final do primeiro semestre de 2018, para que consiga cumprir esta tarefa. Caso contrário a empresa será privatizada. Os Correios amargam prejuizos a mais de uma década. Só em 2016 o prejuizo foi de R$ 2 bilhões. Em 2015 este prejuizo foi de R$ 2,1 bilhões. Os funcionarios foram informados atraves de comunicado interno sobre a possibilidade de privatização, sobre o corte de… Read more »

Salomon Weetabix

Não lembro bem, mas há tempos (muitos) falou-se desse meio para operar na antiga Ponte Aérea Rio-SP. Até anúncios foram publicados.

Léo Barreiro

Pessoal

Ano passado fui para Manaus à serviço e perguntando aqui e ali fui informado que só haviam duas aeronaves de carga da Tam que eram utilizadas para envio e recebimento de carga, mas que davam prioridade a remédios e coisas do tipo e que o grosso msm da produção era escoada via balsa. Mas que devido a urgência as vezes era preciso pagar mais para colocar as mercadorias nesses vôos… O BNDS não poderia vender (financiar) de forma parcelada tipo casas Bahia? E ajudar a vender esse tipo de avião para as empresas que fazem esse tipo de vôo?

Rafael Oliveira

Léo Barreiro, o BNDES pode sim financiar essa e outras aeronave. Inclusive já faz, sendo a Embraer uma grande beneficiária de suas linhas de crédito.
O problema, a meu ver, é uma empresa civil optar pelo KC-390 em vez de comprar Boeing e Airbus de 2ª, 3ª ou até 4ª mão, com preços mais em conta, com trocentos pilotos aptos a pilotarem e grande mercado de peças.

André Bueno

Salomon Weetabix 27 de maio de 2017 at 17:00

Lembro-me dessa notícia.

Fábio Mayer

Havia um plano dos Correios adquirirem 15 unidades da versão civil do KC390.

Mas como o governo brasileiro é useiro e vezeiro da tática de prometer muito e cumprir absolutamente nada, ficou só no projeto..