Lockheed Martin F-35A

F-35A - foto 2 Lockheed Martin

Serão adquiridos 27 caças F-35A, que segundo a avaliação divulgada teriam capacidade de missão similar a de 38 jatos bipostos Super Hornet ou 34 caças Eurofighter Typhoon, os outros dois concorrentes

O Ministério da Defesa da Dinamarca divulgou nota informando a recomendação feita pelo Governo Dinamarquês na última quarta-feira, 12 de maio, para a seleção de seu novo caça, o F-35A da fabricante norte-americana Lockheed Martin. A nota foi acompanhada de uma página em pdf com o resumo dos motivos da recomendação e outros documentos um pouco menos breves, entre eles um sumário executivo sobre o processo de avaliação com 9 páginas (clique nos links para acessar).

O planejamento é adquirir 27 caças F-35A para substituir a frota de jatos F-16 que equipam atualmente a Força Aérea Dinamarquesa, que por volta de 2020 terão cumprido 40 anos de serviço. Os F-16 remanescentes em operação na Dinamarca (cerca de 48 de um total de 77 aeronaves recebidas, a maioria novas e uns poucos exemplares usados para reposição) equipam hoje apenas dois esquadrões (727 e 730) da chamada “Ala Skrydstrup, que opera a partir da base do mesmo nome.

Porém, o número de caças F-35 considerado na avaliação realizada era ligeiramente maior: 28 unidades. No modelo econômico de comparação adotado na avaliação, esse número de jatos F-35A foi considerado como capaz de cumprir o mesmo portfólio de tarefas que frotas maiores dos outros dois concorrentes, ao longo de 30 anos de operações. No caso, 34 jatos Eurofighter Typhoon e 38 Boeing F/A-18F Super Hornet (os documentos mencionam apenas esse modelo, biposto).

F-35A - foto Lockheed Martin

No aspecto econômico, foi destacado no sumário executivo que o custo de ciclo de vida dessa frota de 28 aviões F-35A seria menor que o das frotas concorrentes de maior número de aeronaves, em parte devido ao fato do F-35A ter vida útil estimada de 8.000 horas, enquanto os outros dois foram projetados para 6.000 horas. Também foram avaliados outros critérios, numa soma de fatores como risco, custo de aquisição e custo de manutenção.

O sumário também mencionou que o maior custo unitário de aquisição apresentado foi o do Eurofighter Typhoon, que também teria o maior custo de hora de voo.

Além dos aspectos econômicos, foram avaliados aspectos estratégicos (capacidade de cumprir todas os objetivos maiores da política de defesa e segurança, incluindo cooperação com outros países), militares (efetividade nas missões, sobrevivência, desenvolvimentos futuros e riscos não quantificáveis economicamente) e industriais (cooperação com a indústria dinamarquesa). O ranking geral divulgado foi este:

Dinamarca - ranking final selecao F-35 - fonte MD Dinamarques

Na recomendação do Governo Dinamarquês, foi divulgado também que o número de 27 aeronaves F-35 permitirá cumprir as mesmas tarefas nacionais e internacionais atualmente atribuídas à frota de F-16, e que o investimento será de aproximadamente 20 bilhões de coroas dinamarquesas (pouco mais de 3 bilhões de dólares).

A projeção de operação dos caças é entre 2020 e 2049, período em que deverão cumprir tanto os alertas de defesa aérea da Dinamarca quanto missões no exterior, em que se planeja um total de até 12 meses de operação fora do país a cada três anos.

Clique nos links do primeiro parágrafo para saber mais detalhes do processo de avaliação nos resumos apresentados em inglês. O relatório completo de avaliação, com mais de 100 páginas (clique aqui para acessar) só foi disponibilizado em dinamarquês.

F-35A e F-16 - foto Lockheed Martin

FOTOS (em caráter meramente ilustrativo): Lockheed Martin

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Delmo Almeida

A Dinamarca é muito afinada com a OTAN e é uma fiel defensora das políticas da Casa Branca para o continente (isso é recente, anos atrás era muito diferente). Participa das operações contra o EI e coisa e tal. O Eurofighter é furada pra eles porque os sócios não demonstram nenhum compromisso com seu contínuo desenvolvimento. A demora na integração de armas e outros sistemas demonstra isso (só lembraram de fazer essas coisas porque o Urso ta rugindo). O Super Lobby ta no fim do ciclo de produção dele, mas acredito que é mais garantido que haverão contínuos desenvolvimentos de… Read more »

Delmo Almeida

PS2: Até que a “Orca ficou bonita nessas fotos!!!

Nonato

É nessas fotos não está feio… Não entendo essas questões de custos. O valor de aquisição. 3 bi por 27 caças. O mesmo preço ou mais barato do que os gripen. Sei que tem a questão da fabricação local TOT etc. E também que o avião não está totalmente operacional. Mas convenhamos. É um caça de 5a. geração.

Carlos Crispim

A escolha do F35 tem uma resposta mais simples: É o melhor! O resto é o resto, Gripen é para subdesenvolvidos. Super Hornet é extraordinário, mas o F35 é mais moderno e stealth. Typhon é um erro de projeto, canhestro e caro. O Le Jaca é muito bom, porém, na comparação com o F35, ele é um passo atrás. F35 = Futuro.

Bosco

Vale salientar que o F-35 tem como equipamento integrado um sistema eletro-óptico de designação de alvos (EOTS), que nos outros caças é levado externamente em forma de pod. Só esse item já dá pra ver a economia proporcionada pelo caça já que além de ser computado o preço unitário dos outros caças ainda teria que ser somado ao preço de um pod de designação de alvos.
Ou seja, um Super Hornet pra fazer o que o F-35 faz precisa de pelo menos ter o pod ATFLIR, o Rafale do Damocles, o Gripen do Litening, o Typhoon do Litening, etc.

Delmo Almeida

Bosco, concordo que é uma vantagem, mas também possui seu revés. O sistema continua não saindo de graça, mas voa em todos os aviões independente da missão. O Gripen que vai interceptar um Tu-22 indo de São Petersburgo pra Kaliningrado (não sei se ta correto) não precisa desse recurso, mas já ta levando o equipamento. Os Rafales e os Mirrage em Operação sobre a Síria e Iraque não raro voam com um pod Damocles pra dois aviões, o que é uma economia. Quando o pod precisa de uma manutenção, simplesmente acoplam outro no avião e ele vai. Quando o avião… Read more »

Bosco

Delmo, De certo modo você tem razão, mas como essa prática já é adotada como norma há décadas por vários caças que têm um IRST integrado não creio que vá trazer nenhuma surpresa por ser um sistema mais afeito às operações ar-sup. E no caso do F-35 o EOTS terá função mesmo em operações ar-ar. Como ele não tem um IRST convencional e sim o sistema DAS com 6 sensores, será preciso o EOTS para completar a função de um IRST, como por exemplo a identificação visual de alvos aéreos a grandes distâncias. O diferencial do F-35, além da furtividade,… Read more »

Mauricio R.

Funcionalmente o pod francês “Damocles” é inferior aos pods americanos (além do ATFLIR, tem também o Sniper XR) e israelenses em pelo menos 6 anos. No “Question of the week” do site http://www.flightglobal.com, o Typhoon tá batendo ao F-35 e ao SH na preferência: 48.81% versus 29,17% p/ o F-35 e 22,02% p/ o SH. . “A demora na integração de armas e outros sistemas demonstra isso…” . A fase 3 do programa P3E assinado o ano passado prevê a integração nas aeronaves da RAF em 2018, dos mísseis: “Brimstone 2”; “Storm Shadow” e “Meteor”. A RAF foi a 1ª… Read more »

Mauricio R.

OFF TOPIC…, mas nem tanto!!!
.
Boeing retoma esforço pelo Super Hornet Advanced, enquanto Marinha dos EUA considera o tamanho da frota:
.
“Boeing Defense has “matured its thinking” about the Advanced Super Hornet concept that it launched in 2013 and flight tested, revealing a scaled-back configuration this week with fewer stealth features and perhaps a greater chance of being picked up by the US Navy.”
.
“The first Super Hornet to reach 6,000h will likely be inducted for overhaul later this year, and meanwhile, the lives of legacy Hornet types are already being extended out to 10,000h.”
.
(https://www.flightglobal.com/news/articles/boeing-resumes-advanced-super-hornet-push-as-us-navy-425221/)

junior

US$ 3 Bilhões por 27 F-35 enquanto o Brasil comprou 36 Gripen ng por US$ 5,4 bilhões. Depois ainda tem gente que diz que o F-35 é demais para o Brasil…

Bosco

O F-35 irá condensar as informações advindas de seus sensores próprios (radar, DAS, EOTS, Barracuda) e de sensores externos (outros F-35, UAVs, outros caças, E-3, E2D, AIM-120D, navios, satélites, radares de terra, equipes “comando”, etc. ) e mostrar tudo mastigado para o piloto. Infelizmente, por isso o F-35 é sim “muito” para nós. Nisso o ex-ministro da Defesa tinha toda razão. Nas nossas mãos um F-35 é só mais um caça caro que iria virar rainha de hangar. Só países capazes de operar de modo pleno dentro do conceito de “guerra centrada em redes” em altíssimo nível, com múltiplas plataformas,… Read more »

Delfim Sobreira

O F-35 não seria o substituto ideal do A-1 ?

shambr

sem contar que engenheiros israelenses resolveram os problemas dos f35s salvando o inteiro projeto sendo que o tio Jacob e o unico naum Americano no mundo que tem permissao de colocar as maos na massa vejam bem um projeto de centenas de bilhoes de dolares e muita responsabilidade pro tio Jacob ninguem pode errar naum existe lugar para erros mais Israel ja provou que e lider em technologia e engenharia reversa sera que tio Jacob pode copier?seria igual aos kafirs copias dos mirages franceses huehuehue

André Lourenço

Acho que o Gripen seria ideal para a Dinamarca, pelo tamanho do país, mas quando se fala em missões no exterior e os caças SU 35 da união soviética próxima de suas fronteiras eu acho que pensaria melhor no Rafale ou Eurofighter, o F35 pode ser vir a ser um bom caça, mas até agora fiquei preocupado com os custos de aquisição e problemas de projeto, a Itália está voando apenas com um, Israel também, os outros já estão com novas versões melhoradas,padrão F3 por exemplo, quem sabe até 2040 consigam chegar a furtividade por um preço menor que o… Read more »

Jr

shambr “sem contar que engenheiros israelenses resolveram os problemas dos f35s salvando o inteiro projeto” ????????????A fonte dessa sua afirmação esta aonde?

EduardoSP

Até posso concordar que o F-35 é mais capaz que outros caças de 4ª geração “plus”, mas o que me incomoda é a contínua queda na quantidade de aviões operados. O aumento dos custos unitários tem levado a uma queda constante no número de aviões de combate nas forças aéreas e pode-se chegar a um ponto em que uma força, ainda que de menor qualidade possa, por saturação, superar uma força com equipamentos mais modernos mas em menor quantidade.
Concluindo, quantidade ainda é um valor em si.

Alfredo Araujo

“shambr 13 de maio de 2016 at 18:12″
seria igual aos kafirs copias dos mirages franceses huehuehue”
.
Certíssimo !!! É exatamente a mesma complexidade, copiar um Mirage 3 e copiar um F-35…
É só desmontar todinho, tirar xérox e montar novamente… Formata o HD, instala o Windows 10 Shalom Edition e ta pronto !!
Só não esquece de separar os parafusos em saquinhos… senão é uma _____para montar de novo.

EDITADO

Iväny Junior

A Dinamarca é parceira do projeto desde o início. Só a consideração de outra aeronave mostra o quão duvidoso o projeto esteve ao longo do tempo. No fim, precisaram de uma consultoria dos especialistas israelenses (que terão código fonte, fabricarão aeronaves modificadas, integrarão novos armamentos e o escambau) para estabelecer um envelope de vôo viável, bem como, uma estratégia industrial e de controle de qualidade que permitiriam seguir com o caça adiante. O ruim é que o “novo” envelope de vôo é bastante restrito, e, segundo alguns sites de oficiais dos EUA, algumas aeronaves dos primeiros lotes entregues não são… Read more »

Delfim Sobreira

Não sei se Israel realmente melhorou os caças. O que foi divulgado é que seriam diferentes dos fornecidos aos aliados árabes dos EUA. E que seriam mais direcionados em ataque que em caça.

Delmo Almeida

Mauricio R., . O Rafale lançou o Storm Shadow-Scalp EG em 2011 sobre a Líbia e estamos falando com 2018 para o Eurofighter. To acompanhando os ensaios, só começaram de verdade quando o Urso voltou com as fungadas no cangote. O radar AESA também é previsto para 2018, mas esse eu não tenho informações se o desenvolvimento ta cumprindo o cronograma. A Dassault recebeu o primeiro AESA de operacional para instalar no Rafale e entregar em 2011. O Typhoon só possui 3 pontos pesados, que são os mesmos que são molhados e um deles é o único que pode levar… Read more »

Jr

Pois é Delfim, o que foi divulgado é que os F-35 de Israel teriam vários itens(do recheio do caça) locais, diferentemente de todos os outros F-35 e mesmo assim os EUA e a Lockheed Martin em um primeiro momento foram bastante relutantes a essa demanda que foi feita pelos Israelenses. Israel vetou a venda do F-35 para qualquer país do Oriente Médio, portanto não haverá F-35 nas cores dos aliados árabes dos EUA pelo menos por um bom tempo ainda. O único país próximo a Israel que tem o F-35 é a Turquia por ser um dos parceiros do programa… Read more »

Bosco

Duvido muito que os israelenses possam agregar algo de muito diferente do modelo americano. Penso que só particularidades como sistemas de comunicação e a integração de armamentos domésticos.
Não há o que mexer em relação aos sensores principais: radar, DAS, EOTS e Barracuda.
Só se os israelenses pensam em integrar sistemas defensivos próprios, como interferidores de auto-proteção ou dispositivos IRCMs tipo DIRCM, que deverá ser instalado futuramente nos caças americanos (me refiro ao DIRCM).
O F-35 padrão se vale apenas da furtividade, de lançadores de chaffs e flares e da capacidade do radar de efetuar interferência direcional de alta intensidade.

Mauricio R.

“Ps: De onde você tirou essa informação do Damocles ser inferior???”.
.
Pesquisei nos blogs especializados em defesa.

Delfim Sobreira

Jr.
Como Israel teria poder de veto sobre aeronaves Made in América ?

Mauricio R.

“A Dassault recebeu o primeiro AESA de operacional para instalar no Rafale e entregar em 2011.”
.
Não, o radar só foi entregue em 30/03/2012.
.
(http://www.aereo.jor.br/2012/03/30/thales-entrega-o-primeiro-rbe2-aesa-de-producao-para-a-dassault/)
.
Olha, nem tenta. Seu proselitismo em relação a “Le Jaca”, aqui somos vacinados, lemos e cansamos de discutir o general da AdA, que falou poucas e boas a respeito das reais capacidades do trambolho francês.
.
“…e um deles é o único que pode levar o pode designador de alvos.”
.
O designador de alvos não ocupa mais a posição do “center line”.

Jr

Delfim, não só teria como tem, as vendas do F-18 para o Kuwait, f-16 para o Bahrein, F-15 para o Qatar estão paradas a dois anos e a casa branca alega que não toma uma decisão apesar da pressão de vários senadores americanos porque ainda esta discutindo o plano de ajuda para Israel para os próximos dez anos. Aliás nessas últimas semanas saíram várias matérias em sites especializados americanos sobre esse assunto.

Veja como Israel usa sua influência no congresso americano para barrar vendas de produtos militares para países do OM:

http://www.theyeshivaworld.com/news/headlines-breaking-stories/411021/us-approves-fighter-jet-packages-to-qatar-and-kuwait.html

Delfim Sobreira

Jr
Aí estamos falando da influência israelense sobre congressistas messingélicos, não de restrições contratuais.

ronaldo de souza gonçalves

jamais venderia um f35 ao Brasil, somos um meio aliado do EUA, nem a ditadura consegiu na epoca o f104 se não me falhe a memoria deve contentar com o f-5 mesmo que o Brasil comprou o mirage dos franceses.Para eles nos somos o quintal mas agora com ogrispen acho que estamos bem servido

Carlos Campos

Ronaldo Souza os EUA ofereceram para o Brasil mas não quisemos, Boeing ofereceu se o F18 ganhasse parceria para um caça de geração G 5,5, mas o brasil não quis

Mauricio R.

OFF TOPIC…, mas nem tanto!!!! . Alguém para quem o F-35 jamais existiria, a “fighter máfia” perde aquele que é o seu possível criador: Charles E. “Chuck” Myers . “He spent the next several years working to convince everyone that the services needed separate airframes to achieve optimum combat effectiveness for the different missions. His task was made easier when he met John Boyd and Tom Christie, who were developing their groundbreaking “Energy-Maneuverability (EM)” theory at Eglin Air Force Base in Florida.” . “As Chuck Myers’ friend Jim Stevenson wrote, “If Boyd, Sprey, and Riccioni were to get credit for… Read more »

Rinaldo Nery

A hora de vôo do F-22 custa USD $ 58,000, como já foi divulgado aqui em outra matéria. A do F-35 não fica muito diferente disso. Jamais a FAB conseguiria manter uma aeronave dessas. Quero uma Ferrari, mas não consigo pagar o seguro e o IPVA.

ronaldo de souza gonçalves

Os caças estão ficando caro demais ,Não e de supreender que daqui a uns 10 ou 20 anos poderá se contar quais nações terão mais de cem aparelhos nos seus inventários.Deste jeito vão ter que passar para desenvolver radares muito mais apurados e misseis com alcance maiores e guiagem vindas de avião radar. Claro que em terra terão que protege-los como se protege um caixa forte.

ronaldo de souza gonçalves

Carlos o EUA ofereceu no fx sem transferencia de tecnologia sem abertura dos codigos fonte me desculpe mas seria uma bomba para nós graças a Deus teve essa espionagem e o F-18 ficou fora do pareo.E graças a Deus o governo escolheu o gripen no lugar do rafael. Foi para o Brasil um bom negocio ,um negocio que vai dar bom frutos vc vai ver e concordar comigo.