Estados Unidos reforçam domínio no mercado de armamentos

17

F-35A - armamentos em exposição - foto Lockheed Martin - Code One Magazine

F-35A - armamentos em exposição - foto Lockheed Martin - Code One Magazine

Os grupos americanos reforçaram nos últimos anos sua primazia no setor de armamentos diante da Rússia e da China, enquanto a Europa perde velocidade, indica o Instituto de Pesquisas da Paz Internacional (SIPRI), em um informe que será publicado na segunda-feira em Estocolmo.

As cifras deste centro de pesquisas abrangem um período de cinco anos (2011-2015) e revelam fortes tendências. Demonstram que o volume do comércio mundial de armamento aumentou de forma constante desde 2001, após ter estado em declínio durante 20 anos.

No que diz respeito a encomendas, “os Estados Unidos continuam liderando amplamente” a lista, destacou o SIPRI no comunicado. Sua cota do mercado aumentou para 33%, com relação a 29% em 2006-2010.

Os fabricantes norte-americanos têm a clientela mais diversificada.

“Os Estados Unidos venderam ou deram grandes armas a 96 Estados nestes últimos cinco anos”, destacou Aude Fleurant, diretora do programa para Armamentos e Gastos militares.

“A indústria da Defesa americana está preparando grandes encomendas para a exportação, entre eles 611 aviões de combate F-35 para nove países”, acrescentou.

Atrás dos Estados Unidos, a Rússia também fez avanços, com 25% das exportações mundiais. Sua tendência, no entanto, foi pior em 2014 e 2015, quando os ocidentais decidiram sancionar Moscou por seu papel no conflito no leste ucraniano.

A China, que em 2010-2014 se tornou o terceiro exportador mundial, superando Alemanha e França, se consolida nesta posição, com 5,9% da cota de mercado. Os produtos de sua indústria de Defesa, cada vez mais prestigiosa, são comprados, sobretudo, por países asiáticos (Paquistão, Bangladesh e Mianmar, entre outros).

Os produtos europeus perdem terreno. Nos últimos cinco anos, a França (5,6%) viu suas exportações diminuírem um décimo com relação aos cinco anos anteriores. As exportações da Alemanha (4,7%) se dividem em dois.

As encomendas de parte de seus parceiros europeus diminuem (-41% ) devido a cortes orçamentários nos exércitos.

Quanto às importações, a Índia é, de longe, o principal cliente (14%). Compra o dobro de armas estrangeiras que o país que a segue – a Arábia Saudita – e o triplo da China.

FONTE: Isto É Dinheiro

Subscribe
Notify of
guest

17 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Rinaldo Nery

O nosso desgoverno sucateia a nossa indústria de defesa, que poderia ter uma participação bem mais significativa na nossa balança comercial.
E ainda tem os “pacifistas” que criticam esse ramos da indústria.

Arnaldo Nenco

Policia do mundo sempre, se armando até os dentes, ^^

Paraná CWB

Mas é claro, os Estados unidos vendem armas para o EI, FSA, ansar al suna (al qaeda), iraq army.. Isso que chamamos de ética e bom senso. Cria o caos em todas as regiões que exerce influência. Desestabiliza os países com sua política armamentista. E depois como um guardião da liberdade e dos valores. Intervém nestes países; onde diretamente acaba impulsionando sua indústria bélica, através de ações ” corretivas” nestas áreas. Tipo war lord.

Juarez

É, merd…….cerebral ideológica é altamente contagiosa……”uzamericanu” tem costas largas hen

G abraço

Carlos Crispim

Juarez, concordo contigo, tem uns desmiolados que acreditam em cada coisa, é inacreditável a ignorância de certos alienados, enfim, a culpa é sempre duzamericanu malvados, é mais fácil de jogar a culpa..

Mauricio Veiga

Na configuração da foto o F-35 perde toda a “suposta” invisibilidade ou se preferir ‘menor’ visibilidade …

Abraço.

Carlos Alberto Soares

Ética em armas é as mesma coisa que ética na política.
Não existe e nem tem como fazê-lo.
Outra dinâmica, outros interesses e por ai vai.
Normal.
Para os moralmente atingidos, vão reclamar com o Buda.

PauloR

Não deixa de ter razão quem diz que os americanos destabilizam países para vender seus produtos depois. Exemplos de tal ação não faltam.

Farroupilha

Linda foto, muito bem tirada com luzes clareando suavemente o modelo F-35, em meio a uma grande área sombreada… Das sombras da invisibilidade eu ataco. rs! Rinaldo Nery 22:37, Boa parte das bases fracas, de caprichosa sustentação, de nossa pequena indústria de Defesa atual e passada, são devidas ao tal conceito implantado em nossa imprensa e na cabeça de muitos políticos e intelectuais, de que o Brasil não tem inimigos, que ele pertence a uma área geográfica privilegiada. Claro que sendo assim nossas FFAA então devem ser pequenas e sem grandes necessidades de armas novas e em maior número. O… Read more »

Bardini

Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras… E essa imagem traduz muito bem para que o F-35 foi desenhado.

Zmun

É só terminar com a farra dos brigadeiros, generais e almirantes que sobrará mais dinheiro para o reequipamento das forças armadas. Enquanto continuarem com essa pouca vergonha, nenhum oficial general terá moral para chorar por mais dinheiro.

Vader

Muito legal a imagem.

mauriciosilva2014

Olá.
Meio o off-topic: para quem quiser ter “uma idéia” de como o mercado internacional de armas funciona, recomendo assistir ao filme “O Senhor das Armas”.
SDS.

Bosco

Faltou uma arma importante para o F-35 que é a “bomba” JSOW.
Uma característica interessante dos mísseis internos do F-35 é que em cada baia com 2 amraams um deles é lançado por trilho e o outro é ejetado.

Ricardo

Os russos ficarem em 2º com uma cota de 25% do mercado mundial não deixa de ser surpreendente, visto que sua economia é umas 9 vezes menor que a dos EUA. Por outro lado, as exportações dos países da Europa ocidental estão caindo pelas tabelas o que mostra que foi muito bla bla bla no conflito ucraniano, mas nada de concreto foi feito para reforçar suas defesas,

Victor Moraes

Guerras sempre existiram e sempre existirão, provavelmente. Nem todos gostam de chuchu com molho branco, e isto é suficiente para causar uma guerra. A questão fica é: quem está por cima? Os EUA, que impõe uma maneira de ser que todos nós copiamos. Nós não copiamos o jeito de ser dos japoneses, chineses, indianos, paraguaios, búlgaros… Nós copiamos a maneira do líder. E o líder é os EUA. Não apenas militarmente como culturalmente. Ele dita as regras do líder. E, bem, se esforça para manter a liderança. Faz justiça rasa quem apenas vê desgraça na liderança americana. É certo que… Read more »

Tadeu Mendes

Senhores;

O Brasil faliu. Perdeu outra vez o bonde.

Se nao tomarem providencias serias, o pais vai cair no ranking mundial.

A defesa do territorio e da infraestrutura nacional, praticamente nao existe.

Enquanto isso is EUA continuam liderando I mundo.