Indonésia e Coreia do Sul assinam acordo de US$ 1,3 bilhão para o caça KF-X/IF-X

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SEOUL – A Indonésia assinou um contrato com a Coreia do Sul nesta quinta-feira para desenvolver conjuntamente caças de última geração, informou a fabricante de aeronaves KAI.

Sob o acordo assinado com a Korea Aerospace Industries (KAI), o Ministério da Defesa da Indonésia vai investir cerca de US$ 1,3 bilhão no programa coreano do Caça Experimental (KF-X/IF-X).

O programa é destinado a produção de novos caças, para substituir a frota envelhecida de caças sul-coreanos F-4 e F-5 importados dos EUA.

Um consórcio formado pela KAI e a gigante aeroespacial Lockheed Martin dos EUA em março do ano passado ganhou um contrato 8,6 trilhões de won (US$ 7,2 bilhões) para fornecer 120 aviões de combate à Força Aérea Sul-Coreana.

Os investimentos da Indonésia serão responsáveis ​​por cerca de um quinto (20%) do custo total do projeto, com um máximo de 100 trabalhadores indonésios tomando parte no desenvolvimento e produção, disse a KAI em um comunicado.

A Indonésia receberá um dos protótipos e terá acesso a alguns dados técnicos e informações que envolvem o projeto, ela acrescentou.

Os militares da Coreia do Sul planejam colocar os novos caças em serviço em 2025 para proteger o país contra ameaças da Coreia do Norte que possui armas nucleares.

FONTE: Antara News

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Glaxs7

Por favor, se eu estiver errado no meu raciocínio me corrijam, Lá, com U$ 7.2 vão desenvolver um caça stealt completamente novo, ou seja, U$ 61,6 Mi cada caça, Já o FX2 de U$ 5.4 Bi vai desenvolver um Up grade de um caça já conhecido em mais ou menos um 70% e que não é stealt só que a um custo de +/- U$ 150 mi cada caça. Como eles conseguem ser tão econômicos???

Tamandaré

Glaxs7,

Outros companheiros podem explanar melhor com você sobre o assunto, mas uma coisa já te adianto: vai sair bem mais caro que esse valor ai. Ao longo do tempo, haverá mais dificuldades e mais dinheiro será gasto. Todo programa de engenharia foge dos custos iniciais, nem q seja só um pouquinho. Além do mais, isso aí é coisa para 2025… até lá, muita coisa vai mudar de preço.

Forte abraço!! 😉

Carlos Campos

Glaxs7
o Gripen tá com preço super inflado pq vem com armas e manutenção e motores extras, e a porcaria de ToT, E esse caça não se sabe o quanto é furtivo é a primeira vez que Coréia do Sul vai fazer um caça avançado. além de que não se sabe o valor de cada unidade no futuro

Carlos Campos

Os coreanos choraram até os EUA dar tecnologias de várias áreas para esse caça inclusive o radar

Oganza

O texto da matéria tá muito truncado e com informações fora da linha do tempo…. mas para mim, esses 7.2 bilhões da KAI com LM é para o contrato dos F/A-50 e não do KF-X.

Mas se os 7.2 bilhões for referente ao KF-X, ele é para o desenvolvimento do projeto e das unidades experimentais (protótipos) e não a desenvolvimento e entrega de 120 unidades. Essa conta simplesmente não fecha, lembrando que será um bimotor.

Grande Abraço.

Space Jockey

Bingo Oganza ! pessoal nao entendeu que é pro desenvolvimento.

Fábio LM

Spacejokey, a questão não é não entender, é que como Organza disse o texto está bem confuso. Ele deixa bem claro que esse valor é para fornecer as 120 aeronaves e não para o desenvolvimento do projeto, por isso o estranhamento, principalmente de quem sabe dos custos de um projeto desse.

Excel

O valor refere-se ao desenvolvimento do avião. A fabricação de 120 caças terá orçamento próprio mas estima-se que será algo em torno de US$ 8 bi.

carlos alberto soares

“A Indonésia receberá um dos protótipos e terá acesso a alguns dados técnicos e informações que envolvem o projeto….”
What ?

Zmun

É bom lembrar também que já fazem muitos anos que os coreanos estão trabalhando nesse projeto, inclusive com ex-engenheiros da EMBRAER e pessoal da Saab. Eles já devem ter gasto um bom dinheiro que não aparece na conta confusa dessa reportagem.

Glaxs7

Space Jockey; O texto diz: “Um consórcio formado pela KAI e a gigante aeroespacial Lockheed Martin dos EUA em março do ano passado ganhou um contrato 8,6 trilhões de won (US$ 7,2 bilhões) para fornecer 120 aviões de combate à Força Aérea Sul-Coreana” Então acho que está claro que os 7.2 Bi são pro fornecimento dos 120 caças incluindo o seu desenvolvimento. Tal vez a minha compreensão de leitura não seja lá muito boa mas… Pode ser que a informação esteja errada e seja como menciona Oganza, que o valor seja pro fornecimento dos F/A-50 e não do KF-X.

Renato B.

Ué, mas os Coreanos não iam comprar o F-35, com unidades chegando até o ano de 2021?

groosp

Vão comprar os dois.

Vader

Pra mim isso aí vai ser um F-35 de pobre…

Vader

O Japão é que deveria entrar junto nisso aí.

Marcelo

Japão nunca iria entrar em um projeto de defesa com a Coréia do Sul. Nem eles e nem os coreanos iriam aceitar. E uma aeronave stealth com motores consagrados como 2 F414 ou 2 EJ200 é tudo o que o F35 deveria ter sido, se não fosse pela versão B que ditou todo o projeto. Interessante o KFX, mas a participação da Indonésia vai atrapalhar ainda mais a cessão das tecnologias críticas para um caça pelos EUA. São elas: radar AESA, EW, Sensores de pontaria e navegação (pods ou internos) e IRST. Parece que vão desenvolver na Coréia, o que… Read more »

ederjoner

Com a participação da LM esse projeto tem tudo para dar certo, a não ser que os USA vetem alguma tecnologia por conta de algum parceiro coreano, mas acredito que a Coreia não colocaria um parceiro que colocasse repasse de tecnologia yanke em risco. Não lembro de ter lido os detalhes do projeto, mas ao menos é muito bonito. Um par de F414, radar Aesa e um banho de sensores de fabricantes renomados vão tornar este projeto muito atraente, como disseram, “O F-35 para os pobres”. Salvo as devidas proporções, pode se tornar algo como o que o F-5 se… Read more »

Rodrigo

Eu nao quero saber desse aí! Eu quero ver é o nosso em parceria com a Bolivia!

Zmun

Um F-35 de pobre é tudo o que o mercado de caças pede. Os chineses já perceberam isso e responderam com o J-31, que é um um tiro no escuro (para o comprador). Se a aeronave coreano vier com equipamentos já consagrados pelo mercado, com preços acessíveis, e, sem tentar reinventar a roda como fizeram com o F-35, certamente será um sucesso.

Oganza

Só pra constar:
A Koreia nunca quis/desejou que o KF-X fosse um VLO 100%, em fato ele terá uma assinatura maior que a do F-35. O único momento que ele poderá se “igualar” ao F-35 será em configuração ar-ar, que em seu caso, é menor até que a do Lighting, que poderá levar até 6x AIM-120 enquanto o caça Koreano levará “apenas” 4 em suas baias.
Grande Abraço.

Space Jockey

“F 35 de pobre” usahuashuashuashuashus

Jr

Achei até que esse f-35 para pobre foi um elogio, se chegar a isso já vai ser muito, mas como o Oganza disse, a Coreia só quer um caça para substituir seus F-5 e F-16,ou seja, ele não precisa ser um caça com a mesma qualidade do F-35, até porque se fosse assim a Coreia não teria comprado os F-35, basta que ele supere a qualidade dos F-16 existentes na força aérea coreana que para os coreanos já estaria de ótimo tamanho.

Oganza

A compra do F-35 não é só e apenas para ter um caça de 5ª Geração. A aquisição do Lightning foi a contrapartida Koreana para ter acesso a certas tecnologias “que a levarão até o KF-X”… tem muuuita coisa em jogo, os EUA e a LM miguelaram até onde puderam as tecnologias que permitiram os T-50 dos caras… Agora é o que nós estamos vendo: os caras comprando F-35 para poderem chegar ao KF-X… definitivamente não tem bobo nesse jogo.

Grande Abraço.

Felipe Morais

“A Indonésia receberá um dos protótipos e terá acesso a alguns dados técnicos e informações que envolvem o projeto”. É isso mesmo? 1,3 bi de dólares para receber um protótipo e “alguns” dados técnicos e informações? Segundo a fonte, a própria KAI ainda informou que no máximo 100 indonésios participarão do projeto. 1º) A nota foi bastante restritiva, limitando a participação da Indonésia. Não sei se para não deixar os americanos com a pulga atrás da orelha pelas tecnologias fornecidas ou se realmente limitarão a presença da Indonésia. De qualquer forma, não está caro? Se realmente é essa a participação,… Read more »

Excel

Felipe, Do avião em construção a Coreia só abriu mão de desenvolver a turbina do avião, pois é claro que eles não tem tecnologia, dinheiro nem tempo para desenvolve-la, ou seja, os caras são realistas. De resto, querem produzir tudo no país até o Batch III do projeto. Pelos planos o avião será produzido em três etapas (batch) sendo que em cada etapa sucessivo o país planeja aumentar o nível de nacionalização dos componentes do avião. Na primeira etapa as peças mais sensíveis, aqueles 4 que os EUA se negam a transferir ao país (radar aesa, IRST, Eletro opticos e… Read more »

Nonato

O mundo está precisando disso. Um caça mais simples mas com alguma furtividade. A Embraer, com décadas de experiência, não sabe construir um jato supersônico. Os coreanos, aparentemente com pouca experiência, já partem para um stealth. Tudo tem um quê de vontade. Se achar que é difícil ninguém faz nada. Sobre o formato todo mundo já sabe o que reflete e o que não reflete. E tentar juntar isso num pacote que consiga voar mantenha a manobrabilidade economia etc. É só colocar no computador. Quanto às tintas o princípio básico é o mesmo. Conduzir as ondas de rádio. Nada do… Read more »

Bardini

Nonato, – Como vivo dentro de uma universidade Federal, envolvido em um curso de engenharia posso lhe assegurar que o Brasil atual não é um país ainda suficientemente sério para dar conta da empreitada que você apresenta. Sabe, existem “simplificando” dois tipos de pesquisas que reinam em uma Universidade: a) As com um objetivo de estudar algo visando uma posterior aplicação; b) As com um objetivo de estudar algo sem visar uma posterior aplicação; – Adivinhe qual é massivamente empregada no Brasil (e no mundo, incluindo EUA, Japan e demais potências tecnológicas)? Se você respondeu letra a, você acertou. E… Read more »

Nonato

Berrini, muito obrigado pela resposta e atenção . Você, Bosco e alguns outros são legais e atenciosos. O mesmo não se pode dizer de um outro colega… Bom, gostei muito de sua resposta, até porque você conhece a realidade, mas ainda acredito ser possível não necessariamente que as universidades façam tudo ou o façam do zero. Mas não podemos negar que há professores e pesquisadores em diversas áreas que, se fossem incentivados, conseguiriam desenvolver idéias, projeto e, etc. Muitos projetos poderiam partir de conceitos gerais. Digamos que o governo fizesse uma abrisse um concurso para selecionar ideias. Muito parecido com… Read more »

Bardini

Na minha visão pessoal da coisa: Existem excelentes profissionais nas instituições de ensino, excelentes! Mas não deveria caber a estes ou a própria instituição de ensino projetar nada, quem dirá um complexo equipamento como um caça. Vararia bagunça e suas verdadeiras funções, como a pesquisa e o ensino, perdem parte do sentido. – A exemplo dos Americanos, quando se abre uma concorrência, quem se aventura são empresas, visando o lucro com o fornecimento dos equipamentos requeridos. – Vamos supor que a FAB tenha o desejo possuir um caça F-35 de pobre 100%Tupiniquim (coisa impossível). O que poderia ser feito é… Read more »

Oganza

Bardini, explicaste bem direitinho, parabéns. Eu vou um pouco mais longe: – Estudei em Universidades Americana e Holandesa, além de um famigerado tempo na Federal do Pará e na PUC. Pois bem, o interessante é a mentalidade… apenas 5% do nosso meio acadêmico se salva. – Pois bem, nos EUA a instituição era privada, já na Holanda era Estatal (mas controlada por um Conselho Diretor Civil ou Raad Van Bestuur), mas ambas fazem um esforço absurdo para vender suas capacidades e mentes para a sociedade e a iniciativa privada. promovendo Fóruns e encontros. – Ex. na Holanda: Um dos sistemas… Read more »

Nonato

Quando falei das universidades falei considerando que, talvez, a Embraer não consiga fazer de supetão. Nas universidades buscar-se-ia talentos. Já que ninguém tem a fórmula do avião supersônico com (ou sem) supercruzeiro nem stealth, acredito que a busca por mentes capazes de criar, pensar, aceitar desafios poderia trazer frutos. Por exemplo, temos outras fábricas de aviões no Brasil além da Embraer. Em todo mundo há empreendedores, entusiastas, loucos por uma oportunidade. O que falar das empresas de espaçonaves não governamentais? Se todo mundo achasse difícil é que so a Nasa tinha know how não teriamos aquelas duas que recentemente pousaram… Read more »

Excel

Senhores,
Não existe sorte no que os coreanos conseguiram alcançar até hoje na área de ciência e tecnologia. Trata-se de planejamento e determinação.
Anexo abaixo link com material preparado sob orientação do Itamarati preparado para a viagem e FHC à Coreia em 2012. Me ajudou muito na minha pesquisa de mestrado.
O assunto que interessa ao debate aqui começa na página 54, no material preparado pelo Helio Barros sobre a política científica na Coreia.

http://funag.gov.br/loja/download/184-Coreia_Visoes_Brasileiras.pdf

Vader

Só pra constar: o “F-35 de pobre” foi um elogio à capacidade e determinação coreanas. De fato o mundo que importa provavelmente precisa mesmo desse F-35 “de pobre”. Quanto a uma eventual e hipotética participação, ou conjunção de forças japonesa no projeto, seria apenas para fins de otimizar esforços, pois ambos os países (Japão e Coréia-que-presta) possuem condições técnicas, tecnológicas e financeiras, além de dinheiro, para tocar projetos independentes. E se é verdade que os sul-coreanos não gostam dos japoneses e vice-versa, ambos gostam menos ainda dos coreanos vermelhos. E temem este inimigo comum a ambos (e ao resto do… Read more »

Oganza

Nonato, infelizmente meu caro, não é caso de ser difícil e por isso não se faz. Por vezes nossos acadêmicos nem compreendem o difícil. A maioria até consegue acompanhar e até entender os conceitos, mas ai vem a hora de aplica-los e é nesse exato momento em que a porca torce o rabo pra eles. Explico: – No Brasil existe uma distorção infantil no inconsciente coletivo sobre observações, técnicas e aplicação de técnicas: Acadêmicos, principalmente os de “aplicação teórica”, fazem suas observações e por muito desenvolvem técnicas para tais observações, MAS a “Aplicação de Técnicas”, é um campo diferente e… Read more »

Oganza

Por falar em technologias de precisão, lhes apresento a Anacom, a ÚNICA empresa no Brasil que produz (fabrica mesmo) soluções de precisão em análise científica com nível de nacionalização superior a 50%. Uma verdadeira withe fly tupinikim, e como tal, limitada as necessidades do Mercado Industrial/de Análises Brasileiro e que para sobreviver não pode se dar “ao luxo” de viver apenas de suas inovações e que para isso tem que recorrer ao expediente de ser tb uma representante de produtos de Technologias de Precisão importados.

http://www.anacomci.com.br/