Bogdan: ajustes no capacete e no assento ejetável do F-35 podem levar mais de um ano

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Col. Tomassetti's walk around for his first flight in a F-35 (BF-01).

Col. Tomassetti's walk around for his first flight in a F-35 (BF-01).
Anteontem (20) o escritório do programa do F-35 (JPO) informou que está tomando medidas para tornar o assento ejetável do caça o mais seguro possível para os pilotos de pouca massa corpórea. No entanto, a solução final deve levar mais de um ano.

O brigadeiro Chris Bogdan, que administra o programa do F-35, informou aos congressistas que três medidas distintas estão sendo tomadas para reduzir o risco que os pilotos de pouca massa corpórea (que pesam 105-135 libras  – 48 a 61 kg) possam eventualmente se ferir ou ter seus pescoços lesionados durante uma ejeção.

“[O problema] tem toda a minha atenção”, disse o brigadeiro ao subcomitê de forças táticas terrestres a aéreas do Comitê de defesa do Congresso. Bogdan também informou que os outros nove países que integram o programa também estavam preocupados com a questão do assento ejetável.

As correções incluem a adição de um interruptor para retardar o mecanismo de ejeção para os pilotos mais leves, uma reformulação para reduzir o peso do capacete do piloto, e uma mudança o próprio paraquedas.

Segundo Bogdan, os pilotos de pouca massa corpórea possuem uma chance em 50.000 de ferir seu pescoço durante uma ejeção, em comparação com os pilotos pesando entre 136 libras (61,69 kg) a 165 libras (74,84 kg), cujo risco de lesão no pescoço é de uma em 200.000.

FONTE: Reuters (tradução e edição do Poder Aéreo a partir do original em inglês)

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Leonardo

É complicado, capacete pesado, um piloto leve, dadas as violentas forças G em uma eventual ejeção, o risco de fratura na cervical é bem grande, senão causar morte instantânea, pode causar tetraplegia.

Caso não prejudicasse a mobilidade do piloto, principalmente em combate aéreo, talvez o uso de um “hans” conforme os utilizados pelos pilotos de fórmula 1 ou algo semelhante talvez resolvesse o problema, mas é óbvio, isso é apenas uma suposição, em aviação de caça tudo é mais complicado.

Marcelo

Esse aí da foto (é o Bogdan?) está longe de sofrer com este problema…mas para um avião que pretende ser o substituto do F-35 e o pináculo das forças ocidentais e aliadoa, esse é um problema sério sim. Já vi coreanos bem pequenos, e mulheres de qulquer etnia são menores.

Vader

God damned!

O anão raquítico vai ter que ficar um ano e meio inteiros sem ejetar do F-35?????

Porcaria de avião!

Maldituzamericanu…

Vader

🙂

joao.filho

Não tem terror…
Já encomendaram algums Hobbits da Middle Earth…rsrsrs

Rafael Oliveira

Não é mais fácil fazer os magrinhos e magrinhas engordarem do que gastar ainda mais dinheiro com isso???

Carboidrato, proteína e academia resolvem esse problema rapidamente.

Marcelo

Corrigindo, substituto do F-16….

Clésio Luiz

O F-35 foi/será adquirido pelo Japão e Coreia do Sul, então não há nada de engraçado nesse problema. Como caça global e moderno que é, seu projeto tem que contemplar uma gama maior de portes físicos que seus antecessores, até porque a mulher como piloto de caças de primeira linha não era uma realidade nos tempos dos Teen Fighters. Dia desses eu estava vendo um video com 2 pilotos de demonstração do F-14. O piloto era mais alto que Goose do Top Gun e o co-piloto certamente cairia fora do limite inferior de peso do F-35. Então não é de… Read more »

Pangloss

Não haviam anunciado que o F-35 seria tão fácil de pilotar que até adolescentes poderiam fazê-lo?

Esse problema do assento ejetor pode ameaçar o corte de custos que adviria da contratação de mão-de-obra infanto-juvenil.

Mas talvez nem isso ocorra, se os adolescentes forem obesos.

Nick

A solução pode ser mais simples mesmo. Como já foi dito, uma espécia de HANS, ou um protetor cervical. Os pilotos vão ficar parecidos com os dos caças TIE, mas é o de menos.

🙂

[]’s

Marcos

Olhando a imagem que aparece no artigo, vê-se que o piloto não tem visão alguma da parte traseira. Vai ter de depender do capacete.

Iväny Junior

A orquinha vai apresentando problema de protótipo de novo…
Se eles se revelam em combate…

Afora isso, que vídeo interessante o Roberto postou. Parece que é um treinamento BVR simulado, confere?
To falando por causa dos trilhos dos mísseis vazio.

Saudações a todos.

joseboscojr

A tecnologia traz vantagens mas é uma solução de compromisso. Sem dúvida um infante da PGM tinha muito mais mobilidade e podia mexer o pescoço com muito mais liberdade que um infante do Século XXI, mas daí para acharmos que os equipamentos de proteção individual que são usados pelos soldados atuais constitui um problema não tem o mínimo cabimento. Querem um capacete que tem mais tecnologia embutida que todo um caça de 4ª G e além disso seja seja levinho, fininho e baratinho. Ora! Novas tecnologias exigem mudanças de paradigma. Se chegarem a conclusão que é mais importante que o… Read more »

Clésio Luiz

Poggio, lembra do F-100? Foi a mesma coisa. Se iniciou a produção em série sem a aeronave estar pronta.

Esse regime de planejamento do F-35 já tinha sido um fracasso décadas antes de alguém saber o que era JSF.

É como dizem: quem não conhece a história, tende a repetir os mesmos erros do passado. Os indivíduos que assinaram esse tipo de contrato com a Lockheed deveriam estar na cadeia.

Marcelo

Clesio e Poggio, já li artigos em que indicam que o culpado foi o “concurrent development/production”. Ou seja, antes de terminarem o desenvolvimento de vários sistemas, já colocaram encomendas para dezenas de aviões, com objetivo de não atrasar as entregas. E estão muito preocupados que o novo porta aviões (Ford class) está seguindo o mesmo caminho, em especial risco alto no desenvolvimento do EMALS e do sistema de pouso (cabos de parada).
Abraços