Voo inaugural do helicóptero Pantera K2 realizado no dia 13 outubro 2015 na Fábrica da Helibrás em Itajubá-MG. Fotografia de Renato Olivas

Voo inaugural do helicóptero Pantera K2 realizado no dia 13 outubro 2015 na Fábrica da Helibrás em Itajubá-MG. Fotografia de Renato Olivas
Voo inaugural do helicóptero Pantera K2 realizado no dia 13 outubro 2015 na Fábrica da Helibrás em Itajubá-MG. Fotografia de Renato Olivas

 

Helicóptero passou por todas as etapas na fábrica da empresa, em Itajubá (MG)

A Helibras realizou na última terça-feira (13) o primeiro voo de um helicóptero Pantera totalmente modernizado pela empresa no Brasil. Assista ao vídeo do primeiro voo no canal oficial da Helibras no Youtube.

Na presença do Diretor de Material de Aviação do Exército (DMAvEx), General Pedro Paulo de Mello Braga e do Comandante da Aviação do Exército (AvEx), General Achilles Furlan Neto, a aeronave realizou os testes em voo depois de ter passado por todas as etapas da modernização, executadas por mecânicos e técnicos brasileiros no hangar de manutenção da fábrica da empresa em Itajubá (MG).

Esse foi o terceiro Pantera K2 do Exército que passou por intervenção, mas o primeiro cuja estrutura original foi totalmente modernizada, uma vez que os dois primeiros helicópteros recebidos pela Força em 2014 foram reconstruídos a partir de novas células. Esses primeiros, inclusive, completaram neste mês 1.000 horas de voo.

Para realizar o trabalho de modernização, os mecânicos de manutenção da Helibras realizaram um treinamento na Airbus Helicopters que os capacitou a efetuar grandes intervenções nas aeronaves da família Dauphin. O chamado “on the job training” trouxe para os profissionais brasileiros o domínio de novos e importantes conhecimentos, que permitiram que a unidade colocada ontem em voo passasse por todas as etapas de modernização no Brasil com as equipes qualificadas pela empresa.

Dentro do espírito de parceria entre Helibras e Exército, em 2010 dois engenheiros da Aviação também passaram por uma integração de seis meses nas instalações da Airbus Helicopters em Marignane – França junto às equipes da Airbus Helicopters e da Helibras. Em 2016, seis militares da manutenção da AvEx permanecerão na Helibras para acompanhar o processo de modernização de uma aeronave e assim realizar o treinamento do cliente “on the job training”.

Agora, o helicóptero vai para a etapa de pintura e finalizações antes de ser entregue ao Exército, o que deverá ocorrer nos próximos meses.

Programa de Modernização

O programa para modernização dos 34 helicópteros Pantera da Aviação do Exército Brasileiro, adquiridos em 1988 vai dar às aeronaves mais 25 anos de vida útil e é bastante vantajoso para o operador.

O serviço tem um custo de 35% menor do que o valor de um helicóptero novo e, após as intervenções, as aeronaves terão um aumento de 400 kg na capacidade de carga paga em operação em áreas restritas (em comparação ao modelo anterior), maior velocidade (260 km/h contra 220 km/h) e alcance (660 km contra 550 km).

Novos e modernos sistemas de comunicação e aviônicos vão garantir a atualização dos helicópteros e das missões da corporação. A unidade em modernização na Helibras foi equipada com novas cablagens, novo capô do motor, novo motor Arriel 2C2CG, com 40% a mais de potência, além de um novo painel Glass Cockpit com piloto automático de quatro eixos, permitindo mais autonomia, maior velocidade e menor carga de trabalho aos pilotos.

DIVULGAÇÃO: Convergência Comunicação Estratégica

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Wellington Góes

Na minha opinião, é dinheiro jogado em um helicóptero com um péssima relação custo-benefício.

Wellington Góes

Afora a manutenção de um monopólio.

Resumo da ópera, péssimo negócio!

Até mais!!! 😉

Juarez

Uma hora desta eu me inspiro eu falo a realidade deste programa.
Sugestão aos amigos, estes números aí de desempenho são para “Inglês ver”………..

G abraço

joao.filho

Brasil, o pais da “modernização”. Acho que não existe nem uma peça de equipamento nas FFAAS que por mais velha ja não tenha sido modernizada, re-modernizada, e re-re-remodernizada. Tudo é versão 2.0, 3.0, 4.0, etc…

Alfredo Araujo

joao.filho
15 de outubro de 2015 at 9:14 #
.
.
Em que lugar do mundo não acontece isso ?
Você fala como se só acontecesse aqui…

Claudio Moreno

Bom dia Senhores,

Colegas Góes, Juarez, João Filho, por gentileza qual seria em vossas opiniões então um bom negócio ou alternativa as mais de 30 aparelhos que sempre deram conta do recado a que se lhes presta?

Quanto ao desempenho colega Juarez, teria outros dados para me apresentar, estou curioso…

Obrigado de antemão pelas respostas.

CMoreno

Vader

Eu sou fã desse heli, acho ele bonito e voei nele quando estava na Infantaria.

Mas a verdade é que ele não é um helicóptero projetado para o que o EB o utiliza: transporte de tropas. Dizer, como diz a doutrina do EB, que ele transporta um GC armado e equipado, é só por licença poética mesmo…

Fazer o que? É o que tem pra hoje…

Ícaro Luiz Gomes

Quais as opçoes , em vez dos Panteras?!

Vader

BH

Mauricio R.

A época sem outras considerações: Bell 212/UH-1N; Lynx.
Depois: Bell 412; AW-139 e por ai vai.
Exagerando: BH; “Hip”.

Mauricio R.

“Dizer, como diz a doutrina do EB, que ele transporta um GC armado e equipado, é só por licença poética mesmo…”

Seriam necessários 2 p/ transportar somente o CG e outros 2 somente p/ as tralhas.

Juarez

Rinaldo Nery 16 de outubro de 2015 at 17:28 #

Gostaria de conhecer a metodologia de cálculo da Força Aérea da Índia pra manter toda essa salada voando, com disponibilidade acima de 60%. O comando logístico deles deve ser foda….

Caro Claudio Moreno, se eu falar a verdade sobre mais esta negociata, os editores me tiram do ar, tem tão indecente que é, tem amao de um certo Cel R1 do EB com sobrenome Mercadante, preciso dizer algo mais????

G abraço

Mauricio R.

OFF TOPIC…

…mas nem tanto!!!

É proporcional, a Embraer não sabe o que vem a ser um avião de caça.
Já a Helibrás só sabe de helicóptero, o que é produto Airbus.
Assim a menos que compremos de prateleira, nunca saberemos o que vem a ser um destes:

(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/10/chinas-ch-53k-clone.html)

PS: E eu me refiro a tdos os modelos citados no link: o CH-53K; seu suposto clone chinês e o Mi-26 “Halo”.

Iväny Junior

Sem dentes. Uma boa aeronave, mas só dispara flatulência (se a boia foi buchada azeda). Sem dentes não da pra fazer CSAR.

Jeronimo

Para alguns que sempre comentam aqui ,os únicos equipamentos que servem são de procedência dos EUA,pois Sempre estão criticando os de outras origens,sejam russa,francesa,alemã,sueca ,na opinião deles todos são sucatas ou estão obsoletas,já as estadunidenses estão sempre no estado da arte .Esses helicópteros são bons,belos e modernizar -los e’ a melhor opção,ou queriam que fossem desativados?

Daniel Silva Esparza

Acredito que em tempos de restrições orçamentárias a modernização é sim um bom negócio. Quanto a real utilidade desses helicópteros devemos lembrar que estes podem efetuar tanto a tarefa de transporte quanto de ataque solo e marítimo, como estamos em tempos de paz não há a necessidade do emprego exclusivo deles à tarefa de ataque, portanto o EB utiliza-os para transporte de tropas no momento. Em casos de emergência nacional esses helicópteros com certeza serão usados para ambas funções para que foram projetados.