Possíveis novas encomendas de Super Hornet animam a Boeing

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Super Hornet sobre o Japão - foto 2015 USN

Encomendas são esperadas por parte do Kuwait e da Marinha dos EUA, e permitiriam manter linha de produção aberta ao longo de 2018. Porém, nenhuma delas ainda está fechada

Segundo notícia publicada pelo site Flightglobal na terça-feira, 19 de maio, o chefe da área de negócios da empresa aeroespacial Boeing, Chris Chadwick, afirmou que a linha de produção do caça F/A-18 Super Hornet poderá ficar aberta ao longo de 2018, caso se concretizem encomendas de mais 12 aviões por parte da Marinha dos EUA (USN) no ano fiscal de 2016 e uma venda quase fechada para o Kuwait.

Apesar de nenhum os pedidos já estar confirmado, as afirmações de Chadwick são encorajadas pela nova legislação de política de Defesa do Congresso dos EUA, que financiaria a compra de 12 caças Super Hornet adicionais. Além disso, segundo a reportagem do Flightglobal, há notícias de que o Kuwait está próximo de se tornar o terceiro país (após os Estados Unidos e a Austrália) a encomendar a aeronave.

Super Hornet da RAAF lanca flares - foto 2015 Min Def Australia

As declarações de Chadwick foram dadas durante uma visita (financiada pela companhia) para a mídia nas instalações de St Louis (EUA), onde fica a linha de montagem do caça. Ele afirmou que não poderia comentar especificamente a possibilidade de um contrato com o Kuwait, já que o país também considera comprar o Eurofighter Typhoon. Porém, disse que as duas encomendas, combinadas, permitiriam adiar por um ano o fechamento da linha de produção, prevista para encerrar no final de 2017.

A linha de St. Louis já havia ganho uma sobrevida no ano passado, quando o Congresso dos EUA alocou verbas para adquirir mais jatos de ataque eletrônico EA-18G Growler (da família do Super Hornet). Quando aos 12 Super Hornets do plano de gastos de 2016, estes estão ainda numa “lista de prioridades ainda sem verbas”, enviada para o legislativo neste ano.

Growler decola do CVN Carl Vinson - foto 2015 USN

 

Concorrente mais barato do F-35 – Sobre a continuidade da linha de montagem, o executivo da Boeing afirmou: “Eu posso vislumbrar a produção do F-18 e do F-15 mantendo-se fortemente ao longo do final da década.” Sobre a possível encomenda da USN, Chadwick disse ser “uma boa notícia”. Para a companhia, é necessário manter uma cadência mínima de produção de dois caças por mês, e esses contratos podem ajudar na decisão de outros países escolherem o Super Hornet, considerado um rival mais barato que o avançado F-35 da Lockheed Martin.

Chadwick disse que há “discussões ativas, em andamento, com todos os atuais clientes do ‘clássico’ Hornet”. Entre os operadores dessa versão mais antiga do F-18 e que já haviam selecionado o F-35 como substituto, o Canadá e a Dinamarca estão reconsiderando a decisão, ainda que fontes da indústria acreditem que o caça da Lockheed Martin acabe sendo adquirido pelos dois países.

Super Hornet e F-35 - foto 2015 USN

O executivo da Boeing rejeita essa percepção, afirmando que a Boeing só compete com o Super Hornet onde a disputa esteja “verdadeiramente aberta”, e que esses governos “estão realmente colocando um segundo olhar em quais são suas necessidades e que capacidades os F/A-18 poderiam prover.”

FOTOS (em caráter meramente ilustrativo): Marinha dos EUA e Ministério da Defesa da Austrália

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Penguin

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AVIAÇÃO DE PATRULHA

FAB terá míssil antinavio com 278 km de alcance
O armamento será utilizado pelos aviões P-3AM
Publicado: 19/05/2015 10:51h

http://www.fab.mil.br/noticias/mostra/22130/AVIA%C3%87%C3%83O-DE-PATRULHA—FAB-ter%C3%A1-m%C3%ADssil-antinavio-com-278-km-de-alcance

Guilherme Poggio

Realmente Nunão esta matéria do P-3 não traz novidades. Só mais do mesmo.

Iväny Junior

Se estas encomendas não fecharem a linha do super lobby fecha esse ano.
Ainda existem várias declarações de oficiais da Austrália que também queriam mais super lobbys.

Apesar de não ser muito simpático ao avião, estou na torcida.

Joner

Já passou da hora de ter mais um grande player na fabricação de caças de quinta geração, faz falta a Boing ter um “caça de quinta” para oferecer. Sei que é caro, sei que uma empresa não bancaria um projeto destes, mas a LM está sozinha neste negócio, e mesmo com os atrasos, o programa esta atingindo a maturidade e a LM vai nadar sozinha e de braçadas longas. Será que a Boing planeja pular a quinta geração e ir direto para os não tripulados? Ou o resto do mundo deixou a LM sozinha por que não aqueditavam que iria… Read more »