Equipe feminina Falcões - foto 4 FAB

Os Falcões têm, agora, sete mulheres paraquedistas

A equipe Falcões, que reúne os paraquedistas de demonstração e competição da Força Aérea Brasileira, conta, desde o início deste ano, também com uma equipe feminina. O grupo de sete esportistas, que tem suporte da Comissão de Desportos da Aeronáutica (CDA), começa a se preparar para as principais competições de paraquedismo nacionais de 2015, como o campeonato brasileiro militar e o brasileiro civil. Uma das militares da equipe, a Terceiro-Sargento Elizangela Secco já compôs o grupo que representou o Brasil nos Jogos Mundiais Militares de 2014, na categoria de precisão em pouso – em que o objetivo do salto é chegar mais próximo de um alvo, o prato.

Equipe feminina Falcões - foto 3 FAB

O Tenente Marcos Gaertner, um dos técnicos da equipe feminina, explica que, embora as mulheres já fizessem parte dos Falcões há mais tempo, esta é a primeira vez que há paraquedistas suficientes para participar de competições. “Agora podemos afirmar que a equipe feminina de paraquedismo está sólida na FAB. Com a incorporação das atletas de alto rendimento, chegamos a um número ideal. Se há lesões, temos condições de substituir, pois na modalidade que temos mais expertise, a formação em queda livre (FQL -4) são quatro atletas que saltam”, diz o Tenente Gaertner.

Equipe feminina Falcões - foto FAB

A Aspirante a Oficial Vivian Valentini Bragante, que é uma das sete componentes da equipe feminina dos Falcões, explica que sua entrada na FAB foi motivada pelo apoio ao esporte, já que o paraquedismo depende de esforço aéreo, horas de voo e equipamentos pessoais. “Para um corredor, basta uma pista e um bom par de tênis; para um jogador de futebol, basta uma bola e um campo. Nós, paraquedistas, temos uma série de empecilhos para praticar nosso esporte”, explica a Aspirante.

A esportista da FAB é a única mulher do país que possui todas as licenças civis profissionais de paraquedismo e, em cinco anos de prática, já realizou 1.100 saltos. “É muito raro ver mulheres praticando esportes radicais. Acho que muitas não acreditam que elas podem, vejo isso nas minhas alunas. Entendo que isso está relacionado com nosso modelo de sociedade, em que os homens são mais incentivados a tentar algo novo e as mulheres precisam se preservar, não podem correr riscos. Fazer parte da equipe feminina dos Falcões é uma grande conquista, demonstra que o lugar da mulher está crescendo no esporte”, analisa a Aspirante Valentini.

Equipe feminina Falcões - foto 2 FAB

Próxima competição: A equipe feminina dos Falcões vai participar da 4ª Copa Falcões, que acontece na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), nos dias 21 e 22 de março, durante o evento Portões Abertos. O objetivo é divulgar e incentivar a modalidade de precisão de pouso, ainda pouco praticada no Brasil.

FONTE / FOTOS: FAB (agência Força Aérea)

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Kojak

Show, as mulheres tem que ter mais presença nas forças armadas, em todas as áreas.

É mais comum na Intendência, tem que ampliar geral.

Rafael Oliveira

Ontem, o Esporte Espetacular mostrou 4 mulheres que fazem base jump. Uma delas é a 3° Sargento da FAB Patrícia Porto, que aparece nas fotos.

Estudamos na Unicamp há mais de dez anos, e ela, assim como eu, largou o curso. Só não sabia que a mudança dela havia sido tão radical assim.

http://globotv.globo.com/rede-globo/esporte-espetacular/v/no-dia-da-mulher-conheca-as-brasileiras-pioneiras-no-base-jump/4019047/

PS: Kojak, nessa estou contigo, seguindo o exemplo de Israel.