FAB aprimora experiência operacional no Chile e realiza primeiro ‘abate’

A participação brasileira no exercício Salitre 2014 traz ganhos operacionais para a Força Aérea Brasileira (FAB). A opinião é do chefe da delegação brasileira, Brigadeiro do Ar Mário Luís Jordão. Além do treinamento dos tripulantes das aeronaves F-5EM e KC-130, as duas semanas de voos no Chile também são um teste para as áreas de logística e de manutenção. Nesta sexta-feira, 10 de outubro, a FAB divulgou o vídeo acima sobre esse assunto.
Piloto da FAB foi o primeiro a registrar um resultado positivo em um combate ar-ar no exercício
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Um Capitão da Força Aérea Brasileira, piloto de F-5EM, foi o primeiro a registrar um resultado positivo em um combate ar-ar no exercício Salitre 2014. A 5.180 metros de altura e 600 km/h, ele disparou de forma simulada um míssil Python 4 que, se fosse real, teria abatido uma aeronave inimiga. A informação foi divulgada em nota da FAB de 9 de outubro.
O combate aconteceu na manhã de quarta-feira, 8 de outubro, em uma área desabitada do deserto do Atacama, no norte do Chile. O F-5EM estava a 1,5 quilômetros da aeronave quando conseguiu “travar” no alvo seu míssil Python 4, guiado pelo calor da turbina do alvo.
Após o pouso, os pilotos envolvidos no combate simulado seguiram juntos para uma sala de debriefing, onde cada momento da missão foi recriada por computadores. Em exercícios como a Salitre 2014, apesar do lançamento de mísseis acontecer de forma simulada, equipamentos levados a bordo e cálculos de probabilidade indicam se o míssil teria ou não acertado seu alvo.
FONTE / FOTOS / VÍDEO: FAB
COLABOROU: Sandro
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Senta a Pua! Brilhantes!
Eu gostaria de saber é se o Chile tem míssil BVR, qual modelo e o que está sendo treinado lá agora.
Seria interessante fazer um paralelo do sparrow (suponho que o Chile tenha este míssil bvr) com o desempenho do derby.
Sparrow???
O Chile adquiriu AMRAAM (tanto que por anos a fio se polemizou sobre a estocagem dos mesmos nos EUA), então logicamente se treina disparos simulados desse tipo de míssil nesse exercício, no caso dos F-16 chilenos.
Nunca ouvi falar de compra de Sparrow para os F-16 da FACh, nem para os caças adquiridos novos, nem para os MLU comprados da Holanda.
O pessoal da comunicação da Aeronáutica tá aprendendo a fazer edição de vídeo. Gostei da apresentação final, cheio de efeitos.
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Vem cá, 1,5 km não é pouca distância pra “travar” num alvo?
Se fosse um Gripen NG, travaria mais depressa, ou seja, com maior distância?
(sou leigo, tenham paciência, hehe).
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A base é um Show. No meio do deserto, é um belo visual!!
Wellitom Villain,
Um combate aéreo pode ter um monte de variáveis, conforme as ações e reações do caçador e de sua presa (e a eventual troca de papeis durante o engajamento) fazendo com que o travamento no alvo varie muito. Então não dá para dizer se 1,5km foi ou não um travamento próximo demais sem saber as circunstâncias do combate.
Aproveitando o assunto levantado pelo Ivany, sobre os mísseis chilenos:
Abaixo, matéria, anúncio oficial da DSCA e imagens sobre o AMRAAM adquirido para os F-16 da FACh (há também referência ao Derby)
http://www.infodefensa.com/latam/2013/05/06/noticia-el-amraam-operativo-en-chile.html
http://www.dsca.mil/major-arms-sales/chile-aim-120c-7-amraam-missiles
http://www.aviacionargentina.net/foros/attachment.php?attachmentid=13300&d=1383100592
http://www.aviacionargentina.net/foros/attachment.php?attachmentid=11614&d=1376241220
Wellitom Villain 10 de outubro de 2014 at 17:49 “Vem cá, 1,5 km não é pouca distância pra “travar” num alvo? Se fosse um Gripen NG, travaria mais depressa, ou seja, com maior distância?” Existem dois tipos de combates ar-ar; O de curta distância (WVR) e os de média/longa distância (BVR). Neste caso, sim, no meu entender 1,5 Km fica dentro do alcance visual do vetor… praicamente um tiro a queima roupa.. mas normal dentro do escopo do tipo de combate dogfight WVR …. digamos que até uma distância pouco menor do que dez vezes o anunciado seja um combate… Read more »
Normal.
F 16 – p#t@ inveja.
Nos fóruns de língua espanhola se costuma mencionar como armamento missilistico dos F-5E/F chilenos os misseis Python III, IV e Chaffir para WVR e mais recentemente o míssil BVR Derby.
Para os F-16 Fighting Falcon os Sidewinder (WVR) e AMRAAM C-120 (BVR), se não me engano a versão.
Sds.
Baschera e Nunão, obrigado pelas explicações!
Enquanto escrevia, lembrava que poderia ser dodfight mesmo. Lembro que vi um vídeo de um exercício com pilotos dos EUA e de vários países e o combate era bem próximo mesmo. Muito show!
Se não fosse tarde, me tornaria piloto, haha!
Nos F-16 hermanos Sidewider: versões P e as velhinhas J, que hj equipam tb os CASA C-101 – mais de 200 unidades ao todo. AMRAAM: versão C7, que depois da aquisição do sistema de defesa aérea NASAN, não estão mais estocados nos EUA, se eles precisarem eles tem, é só tirar da caixa. – mais de 150 unidades ao todo. Derby: que tb foram integrados ao NASAN – mais de 100 unidades ao todo. Nos F-5 hermanos Python III e IV : que tb foram integrados ao NASAN que ficou muito parecido com o SPYDER, mas com outro radar e… Read more »
Ps.: os Derby tb estão nos F-5 hermanos.
Wellitom Villain,
tecnicamente a Base de Cerro Moreno e a cidade de Antofagasta não ficam necessariamente no “meio”do deserto, na verdade elas ficam no litoral e quando se olha ao horizonte quando o C-130 da FAB decola, akilo ali é o Oceano Pacífico.
A base se localiza no centro de um vale entre o Morro Moreno e a cordilheira de Cerro Los Morros com a Bahia Jorge a 3 km ao sul e Antofagasta a menos de 15 km a sudeste. Mas sim, tudo ali faz parte do Atacama.
Grande Abraço
Interessante. Portanto, os F5 chilenos também têm capacidade BVR. Provavelmente o F-5BR vai ser presa fácil para o F-16 em BVR, já que não levamos AWACS. Impressionante ver que os AMRAAM dos chilenos são o c-7. Um dos mais avançados, mais do que o que se usa no Typhoon Tranche 1, por exemplo.
Nunão, pensei que eram sparrows que os chilenos tinham porque este é o míssil liberado para o Iraque, que convenhamos, está em um cenário de muito mais intensidade.
Ivany, cada compra é um contexto, e o que surpreende na real é o Sparrow estar na relação dos armamentos para o Iraque, e não o fato do Amraam estar relacionado para o Chile.
Não dá pra generalizar, cada compra está numa época e contexto diferentes. Não faltam notícias de vendas de Amraam para diversos outros clientes de F-16, várias delas publicadas aqui.
Não estou generalizando. Só que como não sabia exatamente o míssil que o Chile usava, e, se usava, uma vez que todos falavam que ninguém no T.O. fazia treinamento BVR (na ocasião do exercício Sabre), não imaginei que eles utilizassem um equipamento tão avançado.
No Iraque, me parece que a alternativa foi deixar a força com padrão claramente inferior aos outros principais aliados do T.O. (Israel e Arábia Saudita) e superior aos potenciais inimigos mais bem armados (Irã e Siria?). Uma jogada estratégica, com seu nível de risco, afinal, ninguém sabe exatamente se a Síria utiliza o equipamento russo ‘top’.
Iraque não faz fronteira com Israel, há duas barreiras:
Jordânia e Syria.
Os Saudi tem um sistema de defesa que um Iraqui desavisado ou mal intencionado nem chegaria perto.
Iran, desconheço ……
Os Amis querem vender a conta gotas e manter os laços,
normal para uma superpotência.
Quanto ao Chile, são os aliados dos USA nª 1 e depois a Colômbia na AS.
Depois vem os outros.
Inteligentes esses uzamericanu.
Amigos, bom dia.
Achei uma falta de cortesia com os demais participantes essa citação sobre o “primeiro abate”.
Muitos outros engajamentos já ocorreram e ainda vão acontecer. Esses exercícios servem para treinar, não para competir ou para contar vantagem no início do primeiro tempo.
A fala do Brig. Jordão foi impecável. Nada mais precisaria ser dito pelo CECOMSAER, na minha opinião.
Abraços,
Justin
Justin, Quero só deixar claro que, se houve falta de cortesia no título, foi de minha parte, que juntei duas matérias da FAB numa só e adaptei o título original para que fizesse referência aos dois assuntos em questão. Mas não houve qualquer intensão de ser descortês, tanto que houve o cuidado de colocar a palavra abate entre aspas, e só foi usada para o título não ficar imenso com algo do tipo “a primeira vitória simulada em exercício real de combate aéreo”. Agora é tarde para mudar, mas se algum leitor se sentir ofendido pela palavra, peço desculpas desde… Read more »
Justim,
parabéns… é isso mesmo.
Treino é treino, jogo é jogo.
Sds.
Nunão,
“(embora, nesse caso, eu conheça menos os militares dessa aérea e mais os civis, e estes últimos geralmente competem entre si com sangue nos olhos, manuseando teclas alfanuméricas ao invés do HOTAS…)”
A analogia do HOTAS foi perfeita…. kkkkk
PA de parabéns.
Oganza! Nem a FACH e nem a FAB utilizaram o Derby operacionalemnte dos seus F 5, ambos pela mesma razão.
Grande abraço
Juarez, não entendi seu comentário.
Amigos, os F-5EM brasileiros estão voando com seus parceiros dentro de uma Força de Coalizão. Precisa saber que tipo de aeronave está fazendo o papel de OPFOR (Opposite Force). Os AWACS, certamente, estão voando ao lado da coalizão.
Abates ocorrerão em todas as missões, dos dois lados. Era assim nas CRUZEX.
Rinaldo,
Pelo que entendi vendo esta e outras matérias a respeito, os “agressores” ou OPFOR são F-16 baseados em Iquique. Como estamos vendo imagens dos F-16 MLU em formatura com outras aeronaves da coalizão, talvez (deixo claro, talvez) a OPFOR seja dos mais novos F-16C/D chilenos.
Mas, como você bem frisou, haverá vitórias em combates aéreos de parte a parte, esse foi apenas o relato sobre o primeiro deles, que por circunstâncias específicas coube a um F-5EM.
Acabei de perceber um detalhe: a fase de pacotes de ataque começou no dia 10, enquanto a primeira vitória aérea registrada foi noticiada no dia 9, então a mesma pode ter acontecido, talvez (e friso mais uma vez, talvez) em fase do exercício preliminar, talvez focada só em combates aéreos.
O exercício se divide em duas fases. FAM/FIT e LIVEX.
Na fase FAM/FIT (Familiarization/Integration Training) são realizadas missões de navegação a baixa altura e de combate aéreo (1v1 e 2v1). Deve ter sido nessa fase.
A fase LIVEX é a guerra em si.
juarez,
entendi e não entendi… bom, rlrs foram compredos, existe algum probleba com a utilização do Derby nos F-5 modernizados? Fiquei curioso.
Grande Abraço
Eu não posso me estender muito se não vão fechar o blog, mas vou te responder a tua pergunta e do Cel Nery com outra pergunta:
Já viram, ouviram, ou leram por aí de um disparo de Derby apartir de um F 5?
Outras informações:
O arrasto aerodinâmico provocado pelo Derby limita a velocidade do F 5(não vou ser preciso para não arrumar confusão) a um número, limita G e limita curva.
Os Chilenos sabem disto também…
Xiiiii já falei demais.
Grande abraço
Entendi tudo…
Lembro dos testes de efeitos cinemáticos do Sparrow no envelope aerodinâmico do F-20… na verdade tenho esse .pdf
Vlw.
Grande Abraço.
Juarez,
outra forma de responder é perguntando quantas fotos de spotters ou mesmo de exercícios existem de “Mikes” com os Derbys? Não vale foto posada pra “golpe de imprensa” ou na chon…
Que bom que vocês enteneram a “mensagem a Garcia”…..
Grande abraço
PS Lembram das fotos dos T III da FACH com P IV nas posições Fox 1 e Fox 2???
Este é o porgue…..