Horus FT-100

Brasília, 8/08/2014 – Com apoio e intermediação do Ministério da Defesa, pela primeira vez uma empresa brasileira venceu uma concorrência internacional para exportar Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT). Até o final do mês, a Flight Technologic – credenciada como empresa estratégica de Defesa – passará a fornecer à África unidades do VANT Horus FT-100, veiculo leve capaz de realizar o aerolevantamento de até quatro mil hectares por voo. O equipamento pode ser utilizado em operações especiais de busca de alvos e de suporte ao deslocamento de tropas.

O gerente do Departamento de Produtos de Defesa (Deprod) do Ministério da Defesa, coronel Hilton Grossi, afirma que essa conquista fortalece a Indústria Nacional de Defesa e comprova a importância do esforço do governo em apoiar o setor.

“O domínio dessa tecnologia é importante para o país porque mostra a nossa capacidade instalada. É mais um degrau sendo conquistado, o que estimulará essa e outras empresas a desenvolverem, no futuro, produtos ainda mais sofisticados e com grandes chances de novas exportações”, disse.

O representante de Produtos de Defesa do ministério lembrou ainda que o contrato de exportação implica em mais carga de trabalho e, consequentemente, novas contratações, já que a venda envolve ainda o apoio logístico para atender por completo a negociação.

“É o chamado efeito cascata que a indústria de defesa propicia ao país: na medida em que ela vende, pode usar parte de seu lucro no desenvolvimento de produtos ainda mais sofisticados, o que pode levar a outras exportações, gerando mais empregos”, explica Grossi.

Negociação

O coronel explica que autoridades africanas fizeram contato com o Brasil interessadas nos VANT produzidos em território nacional. Diante disso, as empresas que fazem parte da Indústria Nacional de Defesa foram apresentaram suas propostas e a Flight Tech acabou vencendo a concorrência.

“Intermediar esse contato das nossas empresas com outros países e mostrar as nossas competências é uma das atribuições do Ministério da Defesa no âmbito do esforço de incentivo à Base Industrial de Defesa”, explica. “Essa ‘propaganda’ faz com que os países identifiquem as competências e procurem as nossas empresas”, esclarece.

Além disso, o coronel explica que, nesse caso específico, o Ministério da Defesa atua ainda como facilitador dos trâmites burocráticos para assegurar que a empresa consiga cumprir os prazos estabelecidos pelo cliente estrangeiro.

Detalhes como a data de envio das primeiras unidades do VANT ou o nome do país africano que receberá as aeronaves não podem ser revelados por causa do sigilo obrigatório nesse tipo de transação.

VANT

O nome ‘Veículo Aéreo Não Tripulado’ (VANT) designa as aeronaves que voam sem a necessidade de ter um piloto a bordo para guia-las. Todos os movimentos desse tipo de veículo são controlados à distância por computador em cidades com acesso à rede de aviação comercial.

Justamente por não precisarem da presença de pessoas a bordo, os VANT podem ser utilizados com flexibilidade em operações complicadas como as realizadas em locais inóspitos ou regiões de conflito.

De acordo com o fabricante, o VANT Horus FT-100 foi projetado para operações de curto alcance que envolve busca de alvos, deslocamento, reconhecimento policial urbano e vigilância perimetral. Esse VANT também pode ser utilizado para aerolevantamento em geral.

DIVULGAÇÃO: Ministério da Defesa

Subscribe
Notify of
guest

3 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Leonardo Pessoa Dias

Seria interessante saber o volume do negócio.
Principalmente para comparar com qualquer outro tipo de venda de tecnologia recente para o hemisfério norte.

Mauricio Silva

Olá.

A notícia é boa. Mas o aparelho é feio que doi…
Tudo bem, se ele cumprir a missão, a estética é o que menos importa.
Mas que é feio, isso é!!!

SDS.

Carlos Alberto Soares

Feio ?

Putz …. ele é horrível ….

Quando eu era garoto há meio século, fazia “capuxeta” (uma espécie rara e já extinta de pipa) de jornal ficava bem melhor.

“…..o nome do país africano que receberá as aeronaves não podem ser revelados por causa do sigilo obrigatório nesse tipo de transação.”

Deve ter m#rd@ nessa estória, caso esteja indo para um pais com governantes assassinos.

Logo saberemos, alguém vai detectar e “berrar” …..